O documento discute os três períodos da enfermagem perioperatória: pré-operatório, trans-operatório e pós-operatório. No período pré-operatório, o foco é na preparação do paciente para a cirurgia através de exames, jejum, preparo da pele e ensino sobre cuidados pós-operatórios.
4. ”
▹O termo perioperatório é
empregado para descrever todo o
período da cirurgia, incluindo antes
e após a cirurgia em si. As três fases
dos cuidados perioperatórios são:
Pré-operatório, Trans-operatório e
Pós-operatório.
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12. 12 Desde a indicação para a
cirurgia →
até o dia anterior à mesma
Cliente é submetido a
exames que auxiliam na
confirmação do diagnóstico
Auxiliarão no planejamento
das Ações, Inclui neste
período orientações dadas
ao paciente
24 horas anteriores à
cirurgia
Preparação do cliente para
o ato cirúrgico:
Jejum, preparo intestinal,
esvaziamento vesical,
preparo da pele (tricotomia).
MEDIATO IMEDIATO
14. REVISÃO DOS EXAMES DIAGNÓSTICOS E LABORATORIAIS
PRÉ-OPERATÓRIOS
▹Hemograma completo
▹Glicemia de Jejum
▹Sinais vitais
▹Tipagem sanguínea e prova de
coagulação
▹Função Renal
▹Eletrocardiograma
▹ Condição circulatória
▹Outros exames relacionados
ao procedimento ou à condição
clínica do paciente
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17. ESTADO NUTRICIONAL E
HÍDRICO
▹Qualquer deficiência
nutricional, como a desnutrição
deverá corrigida antes da cirurgia
de modo que a proteína
suficiente esteja disponibilizada
para a reparação tissular.
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▹A nutrição ótima é um fator
essencial na promoção de cura e
resistência à infecção e a outras
complicações cirúrgicas.
19. USO DE ÁLCOOL E DROGAS
▹Alcoolismo crônico;
▹ Observar desnutrição;
▹ Abstinência do álcool;
▹Delirium tremens – prevista
entre 48 e 72h após a
abstinência do álcool.
▹Taxa de mortalidade
significativa no PóS OP.
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20. ESTADO RESPIRATÓRIO
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A meta para pacientes cirúrgicos potenciais é a
função respiratória ótima. Ensino sobre exercícios
respiratórios Incentivo a fisioterapia respiratória
Fumantes: parar de fumar 2 meses antes ou no máximo
24 horas antes ( devido a reatividade aumentada da via
aérea, depuração muco ciliar diminuída, bem como as
alterações fisiológicasdo sistema cardiovascular e imune.
21. ESTADO CARDIOVASCULAR
▹Hipertensão arterial
descontrolada: contra-indicado
▹Doença cardiovascular
aumenta o risco de complicações.
Necessário assegurar um bom
funcionamento cardiovascular
para satisfazer as necessidades
de oxigenação, hídrica e
nutricionais.
▹Em casos de risco para
pressão alta, realizar
Modificação no tratamento
cirúrgico.
▹EX: (Ressecção do colon por colostomia
simples menos exposição ao período
anestésico ao invés de uma cirurgia mais
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22. FUNÇÃO HEPÁTICA E RENAL
1. Fígado: biotransformação dos compostos anestésicos.
2. Rins: excreção de medicamentos anestésicos e seus
metabólicos.
▹Cirurgia contra-indicada: nefrite aguda, IRA com oligúria ou anúria.
Exceção: medida salvadora ou necessária para melhorar a-função
urinária (uropatia obstrutiva).
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23. FUNÇÃO ENDÓCRINA
▹Diabetes: risco de
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hipoglicemia (ingestão
insuficiente e administração
excessiva de insulina) durante a
anestesia ou no PÓS OP
▹hiperglicemia (devido ao
estresse cirúrgico que aumenta o
risco: de infecção);
▹meta: glicemia em menos
200mg/dl
24. USO DE MEDICAMENTOS
PRÉVIOS
▹Histórica Medicamentosa de cada
paciente (Anestesiologista);
▹Casos específicos:
▹Aspirina, interromper 7 a 10 dias
antes de cirurgias significativas;
▹Medicamentos fitoterápicos,
interromper 2 a 3 semanas antes da
cirurgia.
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26. SITUAÇÕES ESPECIAIS
▹Pacientes obesos
A obesidade aumenta o risco e a gravidade das
complicações associadas a cirurgia, como por exemplo, as
deiscências e infecções de ferida cirúrgica.
O peso avantajado é um fator complicante devido a
dificuldade de cuidar. Em decúbito dorsal o cliente obeso
respira mal, o que aumenta o risco de hipoventilação e
complicações pulmonares pós-operatórias. Além disso, a
distensão abdominal a flebite e as doenças
cardiovasculares, endócrinas, hepáticas e biliares
ocorrem mais prontamente nos pacientes obesos.
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30. SITUAÇÕES ESPECIAIS
▹Pacientes idosos: Podem estar associados doenças
crônicas concomitantes aquelas em que o motivo leva ao
procedimento cirúrgico.
▹ O risco está no número e à gravidade dos problemas
de saúde coexistente e á natureza e duração de
procedimento operatório. O cliente idoso apresenta
menor reserva fisiológica, onde as reservas cardíacas são
menores, as funções renal e hepática estão deprimidas e
a atividade gastrointestinal esteja reduzida. A artrite
pode afetar a imobilidade e condutas devem ser
realizadas para a redução de pressão em protuberâncias
ósseas. Com a diminuição do tecido adiposo, o cliente
idoso torna-se ais susceptível a alterações da
temperatura.
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32. Pesquisa para determinar a eficácia do
ensino de enfermagem
▹108 mulheres
▹Histerectomia abdominal total
▹Ensino pré operatório
▹Deambulação
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▹As complicações pós operatórias mais comuns de
histerectomia total ou qualquer cirurgia abdominal
são a atelectasia, pneumonia, íleo paralítico e
trombose venosa profunda. Os estudos mostraram que
a deambulação PÓS OP diminuiu ou impede essas
complicações.
35. INSTRUÇÕES AO PACIENTE
▹Uma das metas do cuidado de enfermagem no pré-
operatório é ensinar ao paciente como promover a
expansão pulmonar e a oxigenação sanguínea após a
anestesia geral. Isto é conseguido pela demonstração
para o paciente sobre como fazer uma respiração
profunda e lenta e sobre como expirar lentamente e ainda
o ensino 'da utilização do espirômetro. Deve ser ensinado
Enfermeiro
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37. ▹A meta quanto a promoção da tosse
é mobilizar as secreções de forma que
elas possam ser removidas. Quando
uma respiração profunda é feita antes
da tosse, o reflexo da tosse é
estimulado.
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▹Colocar as mãos entrelaçadas
no abdome nos casos de cirurgias
abdominais e torácicas, para
alívio da dor em casos de tosse.
▹Se o paciente não tosse
efetivamente, atelectasia,
pneumonia e outras complicações
pulmonares.
TOSSE
39. Mudança de Decúbito e
Movimentação Ativa do
Corpo
▹As metas quanto à promoção de
movimentos corporais deliberados no
pós-operatório são melhorar a
circulação, prevenir a estase venosa e
contribuir para uma ótima função
respiratória.
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▹Deve-se usar uma adequada
mecânica corporal e a instruir o
paciente a fazer o mesmo.
42. Controle da Dor
▹O paciente é informado que
a medicação pré-anestésica
será administrada para
promover o relaxamento,
podendo causar sonolência e
possivelmente sede.
▹ No pós-operatório
medicações serão
administradas para reduzir a
dor e manter o conforto, ao
paciente é assegurado que a
medicação estará disponível.
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43. Controlando a Nutrição e
Líquidos
▹O propósito da suspensão dos
alimentos antes da cirurgia é evitar a
aspiração. A aspiração acontece
quando o alimento ou líquido é
regurgitado do estômago e entra no
sistema pulmonar.
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▹JEJUM:As restrições dependem da
idade e do tipo de alimento ingerido
▹12 h - cirurgias do trato
gastrointestinal
▹08 h - ingestão de alimentos
gordurosos; 04 h - ingestão Láctea;
▹02 h - líquidos leves
44. Preparo Intestinal
▹Os enemas NÃO são comumente
prescritos, a menos que o paciente
vá se submeter a uma cirurgia
abdominal pélvica. Os objetivos
desta preparação são permitir a
visualização satisfatória do sítio
cirúrgico e evitar o trauma do
intestino e a contaminação do
peritônio por fezes.
▹Antibióticos podem ser prescritos
para reduzir a flora intestinal
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45. Preparo da pele
▹A meta da preparação da pele
no pré-operatório é diminuir as
fontes bacterianas sem lesar a
pele.
▹Quando há tempo, como em
uma cirurgia eletiva, o paciente
pode ser instruído a utilizar um
sabão contendo um detergente
germicida para limpar a região da
pele vários dias antes da cirurgia
para reduzir o número de
organismos da pele.
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46. ▹O horário do banho deve ser o mais/próximo possível |do
horário da cirurgia e a finalidade é reduzir o risco de
contaminação da pele da ferida cirúrgica a lavagem dos
cabelos no dia anterior à operação é aconselhável a menos
que a condição do paciente não o permita
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▹É preferível que a pele no local e à volta da região a ser
operada não seja tricotomizada. Se o pelo deve ser
removido, os cortadores elétricos são usados para a
remoção segura de pelo imediatamente antes da cirurgia
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No entanto, diante da necessidade da tricotomia, deve-se
atentar para dois indicadores: período máximo de duas horas
antes da cirurgia e utilizar o tricotomizador elétrico. Essas
são medidas imprescindíveis para promover segurança do
paciente diante da intervenção cirúrgica, reduzindo os riscos
da infecção do sítio cirúrgico
51. ”
▹Vestir camisola hospitalar apropriada; - Cobrir a cabeça com um
gorro;
▹- Remover próteses dentárias (podem gerar obstrução
respiratória); - Remover jóias, bijuterias, piercings, maquiagem e
cabelos de náilon;
▹- Roupas íntimas devem ser retiradas;
▹Retirar esmalte
▹- Orientar para urinar imediatamente antes da cirurgia, a fim de
promover a continência durante a cirurgia abdominal baixa e tornar
mais acessíveis os órgãos abdominais; a sondagem deverá ser feita
somente em sala cirúrgica. - Administrar medicação pré-anestésica
"perante a chamada da sala de cirurgia". Por provocar sonolência e
tonteira, as grades do leito ou da maca deverão estar elevadas;
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52. ”
▹Registro Pré-ooeratórío
▹Pode ser realizado através de roteiro pré-operatório
(checklist). O prontuário completo acompanha o paciente à
sala de operação. O consentimento informado é também
afixado, assim como todos os resultados laboratoriais e
evoluções de enfermagem. Qualquer observação de última
hora não usual, que possa ter influência sobre a anestesia ou
cirurgia, ,é colocada na parte anterior do prontuário em um
local de evidência
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PESQUISA: NUTRIENTES IMPORTANTES PARA CICATRIZAÇÃO DAS FERIDAS
Exemplos de medicamentoscom potencial para afetar a exeperiência cirúrgica
OBS: Medicamentos a base de ervas: efeitos sobre a coagulação e interação com outros medicamentos: Equinácea, Éfedra, Alho(Allium sativum), Ginkgo biloba, Ginseng, Kava kava, Erva-são-joão, Alcaçuz, Valeriana (Valeriana officinalis)
No entanto, diante da necessidade da tricotomia, deve-se atentar para dois indicadores: período máximo de duas horas antes da cirurgia e utilizar o tricotomizador elétrico. Essas são medidas imprescindíveis para promover segurança do paciente diante da intervenção cirúrgica, reduzindo os riscos da infecção do sítio cirúrgico