SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  27
Elementos de Coerência
Aspectos macroestruturais do
texto
Coerência
•
•
•
•
•

Relação entre os elementos do texto;
Continuidade de sentidos;
Articulação das ideias;
Necessária para tornar o texto compreensível;
Fundamental: interpretação.

Alguns elementos de coerência
• Referência;
• Progressão;
• Não contradição.
Aspectos necessários
“Não existe texto incoerente em si, mas o texto pode
ser incoerente em/para determinada situação
comunicativa”.

• Intenção comunicativa;
• Influência do emissor;
• Relacionamento emissor/receptor e as “regras
sociais” entre ambos;
• Conhecimento de mundo;
• Domínio das regras da língua.
Exemplos
• “Maria tinha lavado a roupa quando chegamos,
mas já tinha lavado a roupa”.
▫ Incoerência: tempo verbal das ações.

• “João não foi à aula, entretanto estava doente”.
▫ Incoerência: oposição inesperada.

• “A galinha estava grávida”.
▫ Incoerência: contraria conhecimentos de mundo.
Coerência x Coesão
A coesão do texto influencia na sua coerência e na sua
interpretação, mas não é um aspecto obrigatório em um texto.

• “Fui à praia me bronzear porque estava nevando
e, quando isso ocorre, o calor aumenta, o que faz
com que sintamos frio”.
▫ Coesão sem coerência.

• “Olha fito no horizonte. Apenas o mar imenso.
Nenhum sinal de vida humana. Tentativa
desesperada de recordar alguma coisa. Nada”.
▫ Coerência sem coesão.
O Show
O cartaz
O desejo

O estádio
A multidão
A expectativa

O pai
O dinheiro
O ingresso

A música
A vibração
A participação

O dia
A preparação
A ida

O fim
A volta
O vazio

Texto produzido por aluno de 1º grau, baseado no modelo de “A pesca” de Affonso Romano de
Sant’anna. Retirado do livro “A coerência textual”, Ingedore Villaça Koch e Luiz Carlos Travaglia.
O Show
Sexta-feira Raul viu um cartaz anunciando um show de Milton
Nascimento para a próxima terça-feira, dia 04/04/89, às 21h,
no ginásio do Uberlândia Tênis Clube na Getúlio Vargas. Por
ser fã do cantor, ficou com muita vontade de assistir à
apresentação. Chegando em casa, falou com o pai que lhe deu
dinheiro para comprar o ingresso. Na terça-feira, dia do show,
Raul preparou-se, escolhendo uma roupa com que ficasse mais
à vontade durante o evento. Foi para o UTC com um grupo de
amigos. Lá havia uma multidão em grande expectativa
aguardando o início do espetáculo. Mas valeu a pena: a música
era da melhor qualidade, fazendo todos vibrarem e
participarem do show. Após o final, Raul voltou para casa com
um vazio no peito pela ausência de todo aquele som, de toda
aquela alegria contagiante.
Corte
Maria Amélia Mello

(O dia segue normal. Arruma-se a casa. Limpa-se em volta.
Cumprimenta-se os vizinhos. Almoça-se ao meio-dia. Ouve-se
rádio à tarde. Lá pelas 5 horas, inicia-se o sempre).
• Miniconto que apresenta poucos elementos de coesão, mas coerente.

João vai à padaria. A padaria é feita de tijolos. Os tijolos são
caríssimos. Também os mísseis são caríssimos. Os mísseis são
lançados no espaço. Segundo a teoria da relatividade, o espaço
é curvo. A geometria rimaniana dá conta desse fenômeno.
• Texto sem progressão que, fora de contexto, torna-se incoerente.
Texto incoerente (contraditório)
“O verdadeiro amigo não comenta
sobre seu próprio sucesso quando o outro
está deprimido. Para distraí-lo, conta-lhe
sobre seu prestígio profissional, conquistas
amorosas e capacidade de sair-se bem das
situações. Isso, com certeza, vai melhorar o
estado de espírito do infeliz”.
Tipos de (in)coerência
• Semântica (relação entre o significado dos
elementos)
▫ “Ouvem-se vozes exaltadas no lugar para onde
correram muitos fotógrafos e telegrafistas para
registrarem o fato”.

• Sintática (meios sintáticos para representar a
coerência, como pronomes, conectivos etc.)
▫ “As pessoas que têm condições procuram o ensino
particular, onde há métodos e equipamentos
adequados”.
Tipos de (in)coerência
• Estilística (linguagem, grau de formalidade e
estilo)
▫ “Quero mostrar meus profundos sentimentos por sua
mãe ter batido as botas”.

• Pragmática (sequência apropriada)
▫ “Onde fica a rua 12?”
▫ “O ônibus está prestes a chegar.”
Fatores de coerência
A coerência de um texto decorre de múltiplos fatores:
linguísticos, discursivos, cognitivos, culturais e interacionais.

•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•

Elementos linguísticos;
Conhecimento de mundo;
Conhecimento compartilhado;
Inferências;
Fatores de contextualização;
Situacionalidade;
Informatividade;
Focalização;
Intertextualidade;
Intencionalidade e aceitabilidade;
Consistência e relevância.
Elementos linguísticos
• Conhecimento da língua e de seus mecanismos
(palavras, conectores, expressões: coesão);
• Pistas para ativação do conhecimento da
memória;
• Ajudam o leitor a fazer inferências dentro do
texto;
• Facilita a compreensão das referências e a
progressão textual.
Conhecimento de mundo

Um texto precisa falar sobre coisas que conhecemos, através das experiências
e leituras, para que possa ser compreensível. Alguns tipos de conhecimentos
armazenados na memória:

• Frames (ou rótulos): conhecimento de elementos que
pertencem a um mesmo conjunto.

▫ Ex: Carnaval (confete, serpentina, escola de samba, baile,
fantasia etc).

• Esquemas: sequência temporal ou causal.

▫ Ex: como fazer um aparelho funcionar, o cotidiano de uma
pessoa comum.

• Planos: como agir para atingir um objetivo.
▫ Ex: como vencer uma partida de xadrez.

• Scripts: modos de agir em determinado ambiente ou
cultura (estereótipos).

▫ Ex: rituais religiosos (batismo, casamento), cortesias,
praxes jurídicas.

• Esquemas textuais: conhecimento sobre diversos
tipos de texto.
Conhecimento compartilhado
É importante que o emissor e o receptor possuam uma boa
parcela de conhecimentos comuns para que o texto possa ser
melhor compreendido. São informações “dadas”, ou seja:

• Podem ser recuperadas dentro do próprio texto
(referências);
• Fazem parte do contexto e da situação do texto;
• São de conhecimento geral em determinado
grupo ou cultura;
• São de conhecimento comum do produtor e do
receptor do texto.
Inferência

• Relação de sentido feita entre o que está no texto e os
conhecimentos ativados na memória;
• Interpretações feitas a partir do que não está explícito
no texto;
• Inferências podem ser possíveis ou equivocadas
“Paulo comprou um Kadett novinho em folha”.
▫
▫
▫
▫

Paulo tem um carro. Possível.
Paulo tinha recursos para comprar um carro. Possível.
Paulo é rico. Equivocada.
Paulo é melhor companhia que você. Equivocada.

• As inferências equivocadas podem precisar de um
contexto para serem possíveis.
Fatores de contextualização
• Alguns fatores, embora dispensáveis na fala, são
fundamentais para o texto escrito.
• São, geralmente, elementos gráficos, como:
▫ Data, local, assinatura, timbre etc. (cartas);
▫ Título, fotografias, gráficos, disposição de páginas e
conteúdo (em caso de jornais, por exemplo),
capítulos, capa, nome do autor organização da
estrutura (em caso de livros, por exemplo).

• Ligados à disposição e organização da estrutura de
um texto.
Situacionalidade
• Contexto.
• Da situação para o texto:
▫ Contexto imediato (situação em que ocorre a
comunicação);
▫ Contexto social, político e cultural.
▫ Verificar adequações ao contexto, como: grau de
formalidade, variedade de dialetos, tratamento dado
ao tema etc.

• Do texto para a situação:
▫ O texto não reproduz o mundo real, mas o “recria”;
▫ Intenções do autor;
▫ Interpretação pela visão do receptor.
Informatividade
• O que se espera da informação contida no texto;
• Menor grau de informatividade: informações
redundantes ou previsíveis;
▫ Ex: O oceano é água.

• Maior grau de informatividade: informação nova
ou não previsível;
▫ Ex: O oceano é água. Mas ele se compõe, na verdade,
de uma solução de gases e sais.

• Organização das informações no texto para ficar
mais compreensível.
Focalização
• Modo de ver o texto (tanto do produtor quanto do
leitor);
• Focalizar: delimitar o assunto e estabelecer um
objetivo para o texto.
• Um mesmo texto pode ser visto de formas
diferentes, dependendo de quem lê e quem
escreve.
▫ Ex: “Traga-me uma vela nova”.
 A mulher para o marido quando acaba a luz.
 O mecânico que está consertando um carro.
 O armador que está construindo um barco.
Intertextualidade
• Quando um texto recorre a outros textos.
• Forma: retoma a estrutura, enunciados,
expressões ou trechos de outros textos.
• Conteúdo: retoma conceitos e ideias de outros
textos de uma mesma época, cultura, área etc.
• A intertextualidade pode
▫ reproduzir trechos;
▫ readequar estruturas;
▫ fazer
paráfrases,
paródias,
referências
(bibliográficas ou implícitas);
▫ reforçar um assunto/texto/conteúdo ou negá-lo a
partir da intertextualidade.
Intertextualidade
• Quando um texto recorre a outros textos.
• Forma: retoma a estrutura, enunciados,
expressões ou trechos de outros textos.
• Conteúdo: retoma conceitos e ideias de outros
textos de uma mesma época, cultura, área etc.
• A intertextualidade pode
▫ reproduzir trechos;
▫ readequar estruturas;
▫ fazer
paráfrases,
paródias,
referências
(bibliográficas ou implícitas);
▫ reforçar um assunto/texto/conteúdo ou negá-lo a
partir da intertextualidade.
Intertextualidade
Canto de regresso à pátria
(Oswald de Andrade)
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá.
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra.

Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que volta pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo.
Intertextualidade
“Olímpico leitor, divinal leitora, há mais coisas entre o
céu dos deuses e a terra do futebol do que sonha a nossa
vã crônica esportiva”. [...]
(trecho de crônica de José Roberto Torero)
“Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa
vã filosofia”.

(Shakespeare)
Intencionabilidade
• Modo como o emissor usa o texto para realizar seus
objetivos.
▫ Argumentação;
▫ Coerência do texto;
▫ Pistas para a interpretação do leitor.

Aceitabilidade
• Contrapartida do receptor para compreender o texto.
▫ Interpretação;
▫ Ativação dos conhecimentos:
▫ de mundo;
▫ compartilhados;
▫ da língua.
Consistência
• Não contradição;
• Progressão textual;
• Relação lógica entre todos os elementos do texto.

Relevância
• Enunciados relacionados a um mesmo tema;
• Ideias apresentadas estão bem relacionadas (não
fogem do assunto central);
• Assuntos apresentados são relevantes para o tema
proposto.

Contenu connexe

Tendances

Fatores de textualidade
Fatores de textualidadeFatores de textualidade
Fatores de textualidadeAFMO35
 
Coerência e coesão textual
Coerência e coesão textualCoerência e coesão textual
Coerência e coesão textualISJ
 
AULA 3 - COESÃO E COERÊNCIA
AULA 3 - COESÃO E COERÊNCIAAULA 3 - COESÃO E COERÊNCIA
AULA 3 - COESÃO E COERÊNCIAaulasdejornalismo
 
Denotação e Conotação - Resumo.pptx
Denotação e Conotação - Resumo.pptxDenotação e Conotação - Resumo.pptx
Denotação e Conotação - Resumo.pptxRafael Moraes
 
Competências avaliadas na redação do ENEM
Competências avaliadas na redação do ENEMCompetências avaliadas na redação do ENEM
Competências avaliadas na redação do ENEMma.no.el.ne.ves
 
Contexto de produção, circulação e recepção de textos
Contexto de produção, circulação e recepção de textosContexto de produção, circulação e recepção de textos
Contexto de produção, circulação e recepção de textosma.no.el.ne.ves
 
1 coesão textual - referencial e sequencial
1   coesão textual - referencial e sequencial1   coesão textual - referencial e sequencial
1 coesão textual - referencial e sequencialLuciene Gomes
 
Coerência textual
Coerência textualCoerência textual
Coerência textualCarla Souto
 
Texto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativoTexto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativoCicero Luciano
 
Passos para a redação do enem
Passos para a redação do enemPassos para a redação do enem
Passos para a redação do enemLuciene Gomes
 
Gênero de texto conto
Gênero de texto contoGênero de texto conto
Gênero de texto contoguestd9a4ef3c
 
Relação de denotação e conotação
Relação de denotação e conotaçãoRelação de denotação e conotação
Relação de denotação e conotaçãoiamraphael
 

Tendances (20)

Fatores de textualidade
Fatores de textualidadeFatores de textualidade
Fatores de textualidade
 
4. generos textuais aula 3
4. generos textuais   aula 34. generos textuais   aula 3
4. generos textuais aula 3
 
Coerência e coesão textual
Coerência e coesão textualCoerência e coesão textual
Coerência e coesão textual
 
AULA 3 - COESÃO E COERÊNCIA
AULA 3 - COESÃO E COERÊNCIAAULA 3 - COESÃO E COERÊNCIA
AULA 3 - COESÃO E COERÊNCIA
 
Gêneros textuais
Gêneros textuaisGêneros textuais
Gêneros textuais
 
Denotação e Conotação - Resumo.pptx
Denotação e Conotação - Resumo.pptxDenotação e Conotação - Resumo.pptx
Denotação e Conotação - Resumo.pptx
 
Pressuposto e subentendido
Pressuposto e subentendidoPressuposto e subentendido
Pressuposto e subentendido
 
Competências avaliadas na redação do ENEM
Competências avaliadas na redação do ENEMCompetências avaliadas na redação do ENEM
Competências avaliadas na redação do ENEM
 
Contexto de produção, circulação e recepção de textos
Contexto de produção, circulação e recepção de textosContexto de produção, circulação e recepção de textos
Contexto de produção, circulação e recepção de textos
 
Variação linguística
Variação linguísticaVariação linguística
Variação linguística
 
1 coesão textual - referencial e sequencial
1   coesão textual - referencial e sequencial1   coesão textual - referencial e sequencial
1 coesão textual - referencial e sequencial
 
Coerência textual
Coerência textualCoerência textual
Coerência textual
 
Texto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativoTexto dissertativo argumentativo
Texto dissertativo argumentativo
 
Coesão
CoesãoCoesão
Coesão
 
Adjunto Adnominal
Adjunto AdnominalAdjunto Adnominal
Adjunto Adnominal
 
Passos para a redação do enem
Passos para a redação do enemPassos para a redação do enem
Passos para a redação do enem
 
Gênero de texto conto
Gênero de texto contoGênero de texto conto
Gênero de texto conto
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Textualidade e a construção dos sentidos
Textualidade e a construção dos sentidosTextualidade e a construção dos sentidos
Textualidade e a construção dos sentidos
 
Relação de denotação e conotação
Relação de denotação e conotaçãoRelação de denotação e conotação
Relação de denotação e conotação
 

Similaire à Elementos de coerência textual

Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesaAula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesamarcelosallas14021
 
tipologiatextual-230317235329-fb91fd71 (1).pptx
tipologiatextual-230317235329-fb91fd71 (1).pptxtipologiatextual-230317235329-fb91fd71 (1).pptx
tipologiatextual-230317235329-fb91fd71 (1).pptxEdilmaBrando1
 
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
AULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTOAULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTO
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTOMarcelo Cordeiro Souza
 
Escrita Acadêmica em Inglês - Módulo 5
Escrita Acadêmica em Inglês - Módulo 5Escrita Acadêmica em Inglês - Módulo 5
Escrita Acadêmica em Inglês - Módulo 5Ron Martinez
 
Formando o leitor e o produtor de texto
Formando o leitor e o produtor de texto Formando o leitor e o produtor de texto
Formando o leitor e o produtor de texto Elenjusse Martins
 
TIPOLOIA TEXTUAL.ppt
TIPOLOIA TEXTUAL.pptTIPOLOIA TEXTUAL.ppt
TIPOLOIA TEXTUAL.pptJaymeTavares2
 
Situação de aprendizagem avestruz
Situação de aprendizagem  avestruzSituação de aprendizagem  avestruz
Situação de aprendizagem avestruzedilca
 
Edilça
  Edilça  Edilça
Edilçaedilca
 
Situação de aprendizagem avestruz
Situação de aprendizagem  avestruzSituação de aprendizagem  avestruz
Situação de aprendizagem avestruzedilca
 
Coesão e Coerência textual - material
Coesão  e Coerência  textual  - materialCoesão  e Coerência  textual  - material
Coesão e Coerência textual - materialMaiteFerreira4
 
Tipologia e gênero textual
Tipologia e gênero textualTipologia e gênero textual
Tipologia e gênero textualAndriane Cursino
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 1-2
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 1-2Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 1-2
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 1-2luisprista
 
Reescrevendo histórias
Reescrevendo históriasReescrevendo histórias
Reescrevendo históriasNeemias
 
Textualidade e discursividade_(2)
Textualidade e discursividade_(2)Textualidade e discursividade_(2)
Textualidade e discursividade_(2)Lourdes Vinhal
 
Pnaic producao textos_orais_escritos
Pnaic producao textos_orais_escritosPnaic producao textos_orais_escritos
Pnaic producao textos_orais_escritosClaudio Pessoa
 

Similaire à Elementos de coerência textual (20)

Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesaAula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
 
tipologiatextual-230317235329-fb91fd71 (1).pptx
tipologiatextual-230317235329-fb91fd71 (1).pptxtipologiatextual-230317235329-fb91fd71 (1).pptx
tipologiatextual-230317235329-fb91fd71 (1).pptx
 
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
AULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTOAULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTO
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
 
Lectoescrita
LectoescritaLectoescrita
Lectoescrita
 
Escrita Acadêmica em Inglês - Módulo 5
Escrita Acadêmica em Inglês - Módulo 5Escrita Acadêmica em Inglês - Módulo 5
Escrita Acadêmica em Inglês - Módulo 5
 
Formando o leitor e o produtor de texto
Formando o leitor e o produtor de texto Formando o leitor e o produtor de texto
Formando o leitor e o produtor de texto
 
TIPOLOIA TEXTUAL.ppt
TIPOLOIA TEXTUAL.pptTIPOLOIA TEXTUAL.ppt
TIPOLOIA TEXTUAL.ppt
 
TIPOLOIA TEXTUAL.ppt
TIPOLOIA TEXTUAL.pptTIPOLOIA TEXTUAL.ppt
TIPOLOIA TEXTUAL.ppt
 
Elementos de coesão
Elementos de coesãoElementos de coesão
Elementos de coesão
 
Apostila redacaodiscursiva fcc
Apostila redacaodiscursiva fccApostila redacaodiscursiva fcc
Apostila redacaodiscursiva fcc
 
Situação de aprendizagem avestruz
Situação de aprendizagem  avestruzSituação de aprendizagem  avestruz
Situação de aprendizagem avestruz
 
Situação de aprendizagem avestruz
Situação de aprendizagem  avestruzSituação de aprendizagem  avestruz
Situação de aprendizagem avestruz
 
Edilça
  Edilça  Edilça
Edilça
 
Situação de aprendizagem avestruz
Situação de aprendizagem  avestruzSituação de aprendizagem  avestruz
Situação de aprendizagem avestruz
 
Coesão e Coerência textual - material
Coesão  e Coerência  textual  - materialCoesão  e Coerência  textual  - material
Coesão e Coerência textual - material
 
Tipologia e gênero textual
Tipologia e gênero textualTipologia e gênero textual
Tipologia e gênero textual
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 1-2
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 1-2Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 1-2
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 1-2
 
Reescrevendo histórias
Reescrevendo históriasReescrevendo histórias
Reescrevendo histórias
 
Textualidade e discursividade_(2)
Textualidade e discursividade_(2)Textualidade e discursividade_(2)
Textualidade e discursividade_(2)
 
Pnaic producao textos_orais_escritos
Pnaic producao textos_orais_escritosPnaic producao textos_orais_escritos
Pnaic producao textos_orais_escritos
 

Plus de Cynthia Funchal

Parágrafos expositivo x argumentativo
Parágrafos   expositivo x argumentativoParágrafos   expositivo x argumentativo
Parágrafos expositivo x argumentativoCynthia Funchal
 
Concordância verbal e concordância nominal
Concordância verbal e concordância nominalConcordância verbal e concordância nominal
Concordância verbal e concordância nominalCynthia Funchal
 
Pontuação em redação
Pontuação em redaçãoPontuação em redação
Pontuação em redaçãoCynthia Funchal
 
Coesão e operadores argumentativos
Coesão e operadores argumentativosCoesão e operadores argumentativos
Coesão e operadores argumentativosCynthia Funchal
 
Modernismo 2ª fase (Poesia)
Modernismo  2ª fase (Poesia)Modernismo  2ª fase (Poesia)
Modernismo 2ª fase (Poesia)Cynthia Funchal
 
Parnasianismo e Simbolismo
Parnasianismo e SimbolismoParnasianismo e Simbolismo
Parnasianismo e SimbolismoCynthia Funchal
 
Proposta de redação carta argumentativa
Proposta de redação carta argumentativaProposta de redação carta argumentativa
Proposta de redação carta argumentativaCynthia Funchal
 
Adjunto adverbial, Adjunto adnominal e Complemento Nominal
Adjunto adverbial, Adjunto adnominal e Complemento NominalAdjunto adverbial, Adjunto adnominal e Complemento Nominal
Adjunto adverbial, Adjunto adnominal e Complemento NominalCynthia Funchal
 
Tipos e gêneros textuais
Tipos e gêneros textuaisTipos e gêneros textuais
Tipos e gêneros textuaisCynthia Funchal
 
Arcadismo no brasil - autores e obras
Arcadismo no brasil  - autores e obrasArcadismo no brasil  - autores e obras
Arcadismo no brasil - autores e obrasCynthia Funchal
 
Conclusão - Dissertação
Conclusão - DissertaçãoConclusão - Dissertação
Conclusão - DissertaçãoCynthia Funchal
 
Conclusao - Dissertação (ENEM)
Conclusao - Dissertação (ENEM)Conclusao - Dissertação (ENEM)
Conclusao - Dissertação (ENEM)Cynthia Funchal
 

Plus de Cynthia Funchal (20)

Parágrafos expositivo x argumentativo
Parágrafos   expositivo x argumentativoParágrafos   expositivo x argumentativo
Parágrafos expositivo x argumentativo
 
Concordância verbal e concordância nominal
Concordância verbal e concordância nominalConcordância verbal e concordância nominal
Concordância verbal e concordância nominal
 
Pontuação em redação
Pontuação em redaçãoPontuação em redação
Pontuação em redação
 
Coesão e operadores argumentativos
Coesão e operadores argumentativosCoesão e operadores argumentativos
Coesão e operadores argumentativos
 
Modernismo 1ª fase
Modernismo 1ª faseModernismo 1ª fase
Modernismo 1ª fase
 
Modernismo 2ª fase (Poesia)
Modernismo  2ª fase (Poesia)Modernismo  2ª fase (Poesia)
Modernismo 2ª fase (Poesia)
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
Parnasianismo e Simbolismo
Parnasianismo e SimbolismoParnasianismo e Simbolismo
Parnasianismo e Simbolismo
 
Planejamento de texto
Planejamento de textoPlanejamento de texto
Planejamento de texto
 
Proposta de redação carta argumentativa
Proposta de redação carta argumentativaProposta de redação carta argumentativa
Proposta de redação carta argumentativa
 
Planejamento de texto
Planejamento de textoPlanejamento de texto
Planejamento de texto
 
Aposto e vocativo
Aposto e vocativoAposto e vocativo
Aposto e vocativo
 
Adjunto adverbial, Adjunto adnominal e Complemento Nominal
Adjunto adverbial, Adjunto adnominal e Complemento NominalAdjunto adverbial, Adjunto adnominal e Complemento Nominal
Adjunto adverbial, Adjunto adnominal e Complemento Nominal
 
Tipos e gêneros textuais
Tipos e gêneros textuaisTipos e gêneros textuais
Tipos e gêneros textuais
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Arcadismo no brasil - autores e obras
Arcadismo no brasil  - autores e obrasArcadismo no brasil  - autores e obras
Arcadismo no brasil - autores e obras
 
Conclusão - Dissertação
Conclusão - DissertaçãoConclusão - Dissertação
Conclusão - Dissertação
 
Conclusao - Dissertação (ENEM)
Conclusao - Dissertação (ENEM)Conclusao - Dissertação (ENEM)
Conclusao - Dissertação (ENEM)
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Resumo e resenha
Resumo e resenhaResumo e resenha
Resumo e resenha
 

Dernier

O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?MrciaRocha48
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 

Dernier (20)

O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 

Elementos de coerência textual

  • 1. Elementos de Coerência Aspectos macroestruturais do texto
  • 2. Coerência • • • • • Relação entre os elementos do texto; Continuidade de sentidos; Articulação das ideias; Necessária para tornar o texto compreensível; Fundamental: interpretação. Alguns elementos de coerência • Referência; • Progressão; • Não contradição.
  • 3. Aspectos necessários “Não existe texto incoerente em si, mas o texto pode ser incoerente em/para determinada situação comunicativa”. • Intenção comunicativa; • Influência do emissor; • Relacionamento emissor/receptor e as “regras sociais” entre ambos; • Conhecimento de mundo; • Domínio das regras da língua.
  • 4. Exemplos • “Maria tinha lavado a roupa quando chegamos, mas já tinha lavado a roupa”. ▫ Incoerência: tempo verbal das ações. • “João não foi à aula, entretanto estava doente”. ▫ Incoerência: oposição inesperada. • “A galinha estava grávida”. ▫ Incoerência: contraria conhecimentos de mundo.
  • 5. Coerência x Coesão A coesão do texto influencia na sua coerência e na sua interpretação, mas não é um aspecto obrigatório em um texto. • “Fui à praia me bronzear porque estava nevando e, quando isso ocorre, o calor aumenta, o que faz com que sintamos frio”. ▫ Coesão sem coerência. • “Olha fito no horizonte. Apenas o mar imenso. Nenhum sinal de vida humana. Tentativa desesperada de recordar alguma coisa. Nada”. ▫ Coerência sem coesão.
  • 6. O Show O cartaz O desejo O estádio A multidão A expectativa O pai O dinheiro O ingresso A música A vibração A participação O dia A preparação A ida O fim A volta O vazio Texto produzido por aluno de 1º grau, baseado no modelo de “A pesca” de Affonso Romano de Sant’anna. Retirado do livro “A coerência textual”, Ingedore Villaça Koch e Luiz Carlos Travaglia.
  • 7. O Show Sexta-feira Raul viu um cartaz anunciando um show de Milton Nascimento para a próxima terça-feira, dia 04/04/89, às 21h, no ginásio do Uberlândia Tênis Clube na Getúlio Vargas. Por ser fã do cantor, ficou com muita vontade de assistir à apresentação. Chegando em casa, falou com o pai que lhe deu dinheiro para comprar o ingresso. Na terça-feira, dia do show, Raul preparou-se, escolhendo uma roupa com que ficasse mais à vontade durante o evento. Foi para o UTC com um grupo de amigos. Lá havia uma multidão em grande expectativa aguardando o início do espetáculo. Mas valeu a pena: a música era da melhor qualidade, fazendo todos vibrarem e participarem do show. Após o final, Raul voltou para casa com um vazio no peito pela ausência de todo aquele som, de toda aquela alegria contagiante.
  • 8.
  • 9. Corte Maria Amélia Mello (O dia segue normal. Arruma-se a casa. Limpa-se em volta. Cumprimenta-se os vizinhos. Almoça-se ao meio-dia. Ouve-se rádio à tarde. Lá pelas 5 horas, inicia-se o sempre). • Miniconto que apresenta poucos elementos de coesão, mas coerente. João vai à padaria. A padaria é feita de tijolos. Os tijolos são caríssimos. Também os mísseis são caríssimos. Os mísseis são lançados no espaço. Segundo a teoria da relatividade, o espaço é curvo. A geometria rimaniana dá conta desse fenômeno. • Texto sem progressão que, fora de contexto, torna-se incoerente.
  • 10. Texto incoerente (contraditório) “O verdadeiro amigo não comenta sobre seu próprio sucesso quando o outro está deprimido. Para distraí-lo, conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de sair-se bem das situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz”.
  • 11. Tipos de (in)coerência • Semântica (relação entre o significado dos elementos) ▫ “Ouvem-se vozes exaltadas no lugar para onde correram muitos fotógrafos e telegrafistas para registrarem o fato”. • Sintática (meios sintáticos para representar a coerência, como pronomes, conectivos etc.) ▫ “As pessoas que têm condições procuram o ensino particular, onde há métodos e equipamentos adequados”.
  • 12. Tipos de (in)coerência • Estilística (linguagem, grau de formalidade e estilo) ▫ “Quero mostrar meus profundos sentimentos por sua mãe ter batido as botas”. • Pragmática (sequência apropriada) ▫ “Onde fica a rua 12?” ▫ “O ônibus está prestes a chegar.”
  • 13. Fatores de coerência A coerência de um texto decorre de múltiplos fatores: linguísticos, discursivos, cognitivos, culturais e interacionais. • • • • • • • • • • • Elementos linguísticos; Conhecimento de mundo; Conhecimento compartilhado; Inferências; Fatores de contextualização; Situacionalidade; Informatividade; Focalização; Intertextualidade; Intencionalidade e aceitabilidade; Consistência e relevância.
  • 14. Elementos linguísticos • Conhecimento da língua e de seus mecanismos (palavras, conectores, expressões: coesão); • Pistas para ativação do conhecimento da memória; • Ajudam o leitor a fazer inferências dentro do texto; • Facilita a compreensão das referências e a progressão textual.
  • 15. Conhecimento de mundo Um texto precisa falar sobre coisas que conhecemos, através das experiências e leituras, para que possa ser compreensível. Alguns tipos de conhecimentos armazenados na memória: • Frames (ou rótulos): conhecimento de elementos que pertencem a um mesmo conjunto. ▫ Ex: Carnaval (confete, serpentina, escola de samba, baile, fantasia etc). • Esquemas: sequência temporal ou causal. ▫ Ex: como fazer um aparelho funcionar, o cotidiano de uma pessoa comum. • Planos: como agir para atingir um objetivo. ▫ Ex: como vencer uma partida de xadrez. • Scripts: modos de agir em determinado ambiente ou cultura (estereótipos). ▫ Ex: rituais religiosos (batismo, casamento), cortesias, praxes jurídicas. • Esquemas textuais: conhecimento sobre diversos tipos de texto.
  • 16. Conhecimento compartilhado É importante que o emissor e o receptor possuam uma boa parcela de conhecimentos comuns para que o texto possa ser melhor compreendido. São informações “dadas”, ou seja: • Podem ser recuperadas dentro do próprio texto (referências); • Fazem parte do contexto e da situação do texto; • São de conhecimento geral em determinado grupo ou cultura; • São de conhecimento comum do produtor e do receptor do texto.
  • 17. Inferência • Relação de sentido feita entre o que está no texto e os conhecimentos ativados na memória; • Interpretações feitas a partir do que não está explícito no texto; • Inferências podem ser possíveis ou equivocadas “Paulo comprou um Kadett novinho em folha”. ▫ ▫ ▫ ▫ Paulo tem um carro. Possível. Paulo tinha recursos para comprar um carro. Possível. Paulo é rico. Equivocada. Paulo é melhor companhia que você. Equivocada. • As inferências equivocadas podem precisar de um contexto para serem possíveis.
  • 18. Fatores de contextualização • Alguns fatores, embora dispensáveis na fala, são fundamentais para o texto escrito. • São, geralmente, elementos gráficos, como: ▫ Data, local, assinatura, timbre etc. (cartas); ▫ Título, fotografias, gráficos, disposição de páginas e conteúdo (em caso de jornais, por exemplo), capítulos, capa, nome do autor organização da estrutura (em caso de livros, por exemplo). • Ligados à disposição e organização da estrutura de um texto.
  • 19. Situacionalidade • Contexto. • Da situação para o texto: ▫ Contexto imediato (situação em que ocorre a comunicação); ▫ Contexto social, político e cultural. ▫ Verificar adequações ao contexto, como: grau de formalidade, variedade de dialetos, tratamento dado ao tema etc. • Do texto para a situação: ▫ O texto não reproduz o mundo real, mas o “recria”; ▫ Intenções do autor; ▫ Interpretação pela visão do receptor.
  • 20. Informatividade • O que se espera da informação contida no texto; • Menor grau de informatividade: informações redundantes ou previsíveis; ▫ Ex: O oceano é água. • Maior grau de informatividade: informação nova ou não previsível; ▫ Ex: O oceano é água. Mas ele se compõe, na verdade, de uma solução de gases e sais. • Organização das informações no texto para ficar mais compreensível.
  • 21. Focalização • Modo de ver o texto (tanto do produtor quanto do leitor); • Focalizar: delimitar o assunto e estabelecer um objetivo para o texto. • Um mesmo texto pode ser visto de formas diferentes, dependendo de quem lê e quem escreve. ▫ Ex: “Traga-me uma vela nova”.  A mulher para o marido quando acaba a luz.  O mecânico que está consertando um carro.  O armador que está construindo um barco.
  • 22. Intertextualidade • Quando um texto recorre a outros textos. • Forma: retoma a estrutura, enunciados, expressões ou trechos de outros textos. • Conteúdo: retoma conceitos e ideias de outros textos de uma mesma época, cultura, área etc. • A intertextualidade pode ▫ reproduzir trechos; ▫ readequar estruturas; ▫ fazer paráfrases, paródias, referências (bibliográficas ou implícitas); ▫ reforçar um assunto/texto/conteúdo ou negá-lo a partir da intertextualidade.
  • 23. Intertextualidade • Quando um texto recorre a outros textos. • Forma: retoma a estrutura, enunciados, expressões ou trechos de outros textos. • Conteúdo: retoma conceitos e ideias de outros textos de uma mesma época, cultura, área etc. • A intertextualidade pode ▫ reproduzir trechos; ▫ readequar estruturas; ▫ fazer paráfrases, paródias, referências (bibliográficas ou implícitas); ▫ reforçar um assunto/texto/conteúdo ou negá-lo a partir da intertextualidade.
  • 24. Intertextualidade Canto de regresso à pátria (Oswald de Andrade) Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá. Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra. Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá. Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá. Não permita Deus que eu morra Sem que volta pra São Paulo Sem que eu veja a rua 15 E o progresso de São Paulo.
  • 25. Intertextualidade “Olímpico leitor, divinal leitora, há mais coisas entre o céu dos deuses e a terra do futebol do que sonha a nossa vã crônica esportiva”. [...] (trecho de crônica de José Roberto Torero) “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”. (Shakespeare)
  • 26. Intencionabilidade • Modo como o emissor usa o texto para realizar seus objetivos. ▫ Argumentação; ▫ Coerência do texto; ▫ Pistas para a interpretação do leitor. Aceitabilidade • Contrapartida do receptor para compreender o texto. ▫ Interpretação; ▫ Ativação dos conhecimentos: ▫ de mundo; ▫ compartilhados; ▫ da língua.
  • 27. Consistência • Não contradição; • Progressão textual; • Relação lógica entre todos os elementos do texto. Relevância • Enunciados relacionados a um mesmo tema; • Ideias apresentadas estão bem relacionadas (não fogem do assunto central); • Assuntos apresentados são relevantes para o tema proposto.