O documento discute a dessecação pré-colheita da soja, incluindo quando realizá-la no estágio R7, os produtos químicos utilizados como paraquat e diquat, e fatores importantes como condições climáticas e equipamentos na aplicação.
2. Dessecação pré-colheita da soja
“É uma prática que pode ser utilizada somente em áreas
de produção de grãos, com o objetivo de controlar as
plantas daninhas ou uniformizar as plantas com
problemas de haste verde/retenção foliar”
Áureo Lantmann
3. Por que fazer?
Uniformidade de maturação;
Antecipação da colheita;
Venda antecipada, obtendo melhor preço;
Plantio da cultura subsequente no limpo;
4. Aproveitamento da maior umidade do solo para a
safra seguinte;
Melhor resultado na safrinha;
Dessecação de plantas daninhas adultas;
Eliminação de plantas daninhas jovens;
Transporte de grãos de soja sem impurezas
5. Risco
Depois do sétimo dia aplicado, se chover ou
continuar chovendo, o produtor corre o risco de
perder toda a lavoura porque a soja poderá murchar,
encharcar, ficar suscetível a vários patógenos e perder
a produção.
Obs.: Deve-se consultar boletins meteorológicos
frequentemente.
Caso aplicação no momento errado, perdas
significativas de produtividade
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7. Experimento com Soja
Dessecação com paraquate em diferentes estágios
(PELÚZIO et al., 2008)
Esperar 7 dias da aplicação do produto até a colheita
:risco de resíduos de produto nos grãos
( contaminação e penalidades).
Estágio Produtividade
R6 2373 kg/ há
R7 3231 kg/há
R8 3384 kg/há
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11. Quando fazer?
Maturação fisiológica - R7
Grãos de soja com no máximo 58% de umidade.
Folhas e vagens mudando da coloração verde intenso
para verde claro a amarelo.
Quando, ao abrir a vagem, os grãos estiverem
desligados um do outro (não presos por fibras,
“desmamados”).
Grãos passando de aspecto esbranquiçado para
aspecto brilhoso.
Pelo menos uma vagem sadia sobre a haste principal
que tenha atingido a cor de vagem madura,
normalmente amarronzada ou bronzeada.
14. Quais produtos utilizar?
Finale ( Glufosinato de amônio, 2 L/há);
Gramoxone ( Paraquat, 2 L/há);
Reglone ( Diquat, 2L/há);
Principais misturas:
Pramato ( Bentazon + dicloreto de paraquat,2 l/ha );
Tocha ( Dicloreto de paraquat + paraquat, 2L/ha);
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17. Modo de ação ( paraquat e diquat)
Age na presença de luz;
Desidrata as partes verdes que entra em contato;
Necessita de adjuvante;
Local de ação: Cloroplasto
Fotossistema I produz elétrons livres Paraquat
Radicais livres + O2 Superóxidos ac. Graxos
Resultado: Desintegra as membranas e tecidos.
22. Aplicar dessecante em área total?
Se não há capacidade (operacional) de colher toda a
área no R8, então desseca-se uma parte da área e
realiza a colheita do talhão enquanto que o outro
talhão é colhido em outra época.
Área dessecada
23. Plantio de apenas um material
Adotar prática de dessecação em uma lavoura com o
mesmo material plantado na mesma época com o
mesmo dia de colheita pode dar errado.
Ex. de plantio:
5909 (100 dias)
IPRO 7011 ( 105 dias )
7337 ( 115)
28. Umidade relativa > 60%
Temperaturas < 30º
Ventos entre 2 a 8 km/h
Glifosato : requer período de 6 horas sem chuva
Roundup Transorb : requer apenas 1 hora sem chuva
após aplicação.
Paraquat e diquat : 30 minutos
PH entre 3 e 4 para herbicidas.
Água: sem matéria orgânica e impurezas.
29. Íons presentes na água
ÍONS PODER DESATIVADOR DO
GLIFOSATO
Fe+3 e Al +3 Muito severo
Ca +2 e Zn+2 Severo
Mg +2 Moderado
K+1 e Na+1 Nenhum
Fonte: Monsanto, revista Acames.
31. Gotas
• Nº de gotas por cm² de folha ideal:
Sistêmicos : 20-30
Contato: 40-50
• 50 L/há pode produzir, em média , 120 gotas
cm²(Sartori, 1975).
• Gotas de tamanho médio tendem a depositar em
alvos horizontais como as folhas
• Gotas finas tendem a depositar em alvos verticais,
como a pilosidade do caule.
35. Produtos que espumam no
tanque
Deve-se principalmente aos inertes;
Saber dosagem, cuidado com o agitador;
A espuma retêm produto;
Programação de aplicação pode não fechar.
38. Por que uso de N e P no tanque?
N: Passagem livre na planta sem gasto de energia. A
gota chega no limbo e a planta entende como energia
e absorve mais rápido (recebe estimulo para absorver
a gota);
P: ligado a parte energética da planta, ou seja, auxilia
na translocação do produto intra-celular (reduz
sintomas de fitotoxidade).
39. Fatores que influenciam a má aplicaçã
Uso do produto inadequado;
Equipamentos desregulados;
Dosagens incorretas;
Deriva;
Momento de aplicação incorreto;
Condições climáticas.
40. Quanto tempo após a chuva pode-se recomeçar a
aplicação?
Foram desenvolvidas plantas para cultivo resistentes
ao paraquat?
41. Se me derem 8 horas para cortar uma árvore, levarei 7
para afiar meu machado!
Abraham Lincoln
Os autores relacionam o decréscimo de produtividade em estádios menos avançados pode estar relacionado ao fato da planta ainda estar translocando fotoassimilados para semente, resultando na paralisação deste fornecimento. R6 ainda está enchendo o o grao
O mais recomendável é que se faça a dessecação entre os estádios R 6.5 e R 7. Utiliza-se normalmente o estádio R 7, por ser de mais fácil visualização a campo.
Não ocorre mais translocação de seiva para o grão
R.O paraquat age na presença de luz, desidratando as partes verdes de todas as plantas com as quais entra em contato. Após a aplicação, a penetração pela superfície da folha ocorre quase imediatamente. Essa absorção é aumentada pela alta intensidade luminosa, alta umidade e pelo sistema adjuvante específico que geralmente faz parte da formulação, que garante boa retenção da pulverização e umidificação da folhagem alvo. É necessário adicionar adjuvantes à mistura do tanque, caso não faça parte da formulação.
O local de ação do paraquat é o cloroplasto. Os cloroplastos contêm os sistemas fotossintéticos das plantas verdes, que absorvem a energia luminosa usada para produzir açúcares. O paraquat é conhecido por agir no sistema da membrana fotossintética, chamado fotossistema I, que produz elétrons livres para impelir a fotossíntese. Os elétros livres do fotossistema I reagem com o íon do paraquat, resultando na forma de radical livre. O oxigênio rapidamente reconverte esse radical livre e, nesse processo, produz superóxidos. Quimicamente altamente reativos, os superóxidos atacam os ácidos graxos de membranas insaturadas, rapidamente abrindo e desintegrando as membranas e tecidos da célula. O processo íon de paraquat ion/radical livre então se recicla, produzindo maiores quantidades de superóxido até que o suprimento de elétrons livres cesse.
A murchidão visível das plantas tratadas fica aparente em algumas horas em clima quente e claro, mas pode de korar mais se as condições forem frias e nubladas. Isso logo é seguido pelo aparecimento de tecido marrom desidratado ou clorótico. A luz, o oxigênio e a clorofila são indispensáveis para os efeitos herbicidas característicos do paraquat. É a ruptura das membranas celulares, permitindo o escape de água do material vegetal que leva à rápida desidratação da folhagem.
P. Como se pode descre
Ph... Melhora a solubilidade do meio. Possibilidade de incompatibilidade e problema quimico é reduzida
Crucial x round up
Pode utilizar o leque, Conico entra rodando na soja , mas no R7 já há uma desfolha. Indicaria o conico pq já procede os fungicidas . Acho o leque mais completo que o conico, mas o conico não é muito bom para distribuição de gota entretanto a penetração é melhor. Tem produtor que usa o leque pra tudo e conico pra tudo e dá certo. Não apontar que está errado. Tentar convencer. Vamos tentar usar outro bico, usar o papel sensível. Acho a distribuição melhor pra tal situação...
P turgidez da membrana,
As vezes o produtor que usar um herbicida para dessecar a soja, usa o glifosato em uma soja RR e não irá ter resultado. Só o oleo
R. Não. Há várias razões pelas quais a tolerância ao herbicida paraquat não foi comercializada. Uma razão crucial é que o modo de ação do paraquat é tão rápido que é tecnicamente difícil atingir resistência efetiva. Além disso, nos locais onde lavouras resistentes ao glifosato são introduzidas, sempre há o risco de que as plantas resistente ao herbicida surjam como ervas daninhas em culturas sucessivas, reduzindo a eficácia do controle de ervas daninhas. Portanto, o principal fabricante do paraquat, a Syngenta, decidiu não introduzir lavouras transgênicas de paraquat para certificar que o paraquat continue sendo uma ferramenta altamente eficaz (herbicida de extermínio préplantação) para o manejo de ervas daninhas resistente ao glifosato.