Deuteronômio: Lei de Moisés para Israel

Aula 6:
Deuteronômio
prof Gustavo Zimmermann
EFD Curso I – Fundamento: A Bíblia – Antigo Testamento E-mail: contato@gust4vocom

Deuteronômio
Devarim
“segunda lei”

Curso A Bíblia AT: Aula 6 - Deuteronômio
Deuteronômio (pág. 58)
Título
O título em português (derivado da Septuaginta) significa “segunda
lei” e vem de uma tradução equivocada de Dt 17:18, onde se lê “um
traslado desta lei”. O título judaico (que significa “palavras”) vem do
primeiro versículo e é típico do inicio de antigos tratados de
suserania (Êx. 19:3-4).
Deuteronômio: Devarim(segunda lei)

Título: suserania
A partir de Êxodo 19, juntamente com Levítico e os primeiros
10 capítulos de Números apresentavam o conjunto de
preceitos conhecido como Lei Mosaica.
A Lei foi apresentada na forma de um Tratado de Suserania da
época, normalmente firmada entre rei poderoso e seus
vassalos (aquele que é súdito de um soberano).

Título: suserania
Um tratado típico incluía:
 Um preâmbulo (relatório que antecede uma lei ou decreto): Êx. 19:3;
 Uma introdução histórica com ênfase na benevolência do rei. Êx. 19:4;
 Obrigações específicas dos vassalos;
 Testemunhas do tratado;
 Uma lista de consequências da transgressão ou obediência ao mesmo.

Título
Boa parte do material de Deuteronômio segue o
modelo de tais tratados, apresentando as
responsabilidades de Israel como povo da aliança de
Deus. Inclui a repetição de diversas leis contidas em
Êxodo, Levítico e Números.

Autoria
O livro contém os discursos feitos por Moisés durante os últimos meses de
sua vida, quando os israelitas estavam acampados nas planícies de Moabe,
antes de entrar na terra prometida. Israel defrontava com guerras, tentações
e novo estilo de vida (tudo sobre a nova e ainda não provada liderança de
Josué). Os ouvintes de Moisés não haviam experimentado pessoalmente o
livramento do Mar Vermelho nem a outorga da Lei no Sinai, então, era
preciso relembrá-los do poder de Deus e das leis de Deus.

Autoria: Dt. 34
O registro da morte de Moisés no capítulo 34 não poderia ter sido
escrito por ele, mas essa verdade óbvia não nega, de modo algum, a
autoria mosaica do restante do livro. Era bastante comum
acrescentar um obituário à obra final de grandes homens, e seria
impensável alguém (mais provavelmente Josué) não fazer tal adição
ao último texto de Moisés.

Tema
O livro pode ser visto como uma constituição para a teocracia
de Israel, uma vez que o povo estivesse estabelecido na terra.
Sua estrutura equivale à de um tratado de suserania típico da
época.

Tempo
1. Preâmbulo: Dt 1:1-5;2
2. Prólogo Histórico: Dt 1:6-4:49;3
3. Prescrições Essenciais: Dt 5:1-26:19
4. Maldições e Bênçãos: Dt 27:1-30:20;5
5. Disposições para a continuação da aliança: Dt 31:1-33:29

Tema
Jesus Cristo citou este livro ao responder ao diabo (Mt 4:1-11) e ao resumir a
Lei (Mt 22:37). Dezessete dos 27 livros do N.T. citam Deuteronômio.
Dentre as passagens especialmente importantes pode-se citar:
 Os Dez Mandamentos: Dt 5:6-21
 O Shema: Dt 6:4-9
 Falsos Profetas: Dt. 13:1-5
 Adivinhos e Feiticeiros: Dt 18:9-15
 Aliança Palestina: Dt 29:1-30:20

Tema
O nome do livro de Deuteronômio, ou "segunda lei", sugere sua natureza e
propósito. Figura como o último dos cinco livros de Moisés, fazendo um
resumo e pondo em relevo a mensagem que os quatro livros precedentes
contém.
Moisés toma a legislação que Deus dera a Israel havia quase 40 anos, e
adapta-se às condições de vida da coletividade na terra para a qual Israel se
mudaria em breve.

Tema
Quando este livro foi escrito, a nação de Israel se encontrava na terra
de Moabe, ao leste do rio Jordão e do mar Morto. Numa oportunidade
anterior, Israel havia falhado, por falta de fé, ao não entrar na Palestina. Agora,
quase 40 anos depois, Moisés reúne o povo escolhido e procura infundir-lhe
fé que capacitará a avançar em obediência. Assim a data da escrita pode ser
situada aproximadamente em 1406 a.C..

Tema
Assim como Gênesis é a introdução do Pentateuco, Deuteronômio é
a conclusão. Neste livro as palavras "O Senhor Deus" são faladas algumas
300 vezes, e no resto do Pentateuco todo só 50 vezes.
 Jesus Cristo citou este livro quando foi tentado pelo diabo: Dt. 6:13; 6:16, 10:20
em Mateus 4:1-11 e Lucas 4:1-13. Também o citou em Mateus 22:37 (Dt. 6:4-5).
 O Apóstolo Paulo citou este livro nos seus escritos também: Romanos 10:6-9
(Dt. 20:12-14), Gálatas 2:10 (Dt. 21:23, 27:26).
 No Novo Testamento este livro é citado em torno de 50 vezes.

1. Introdução (Dt. 1:1-5)
2. Parte Histórica (Dt.. 1:6-4:43):
Recapitulação da peregrinação de Israel
3. Parte Legal (Dt. 4:44-26:19)
Repetição da Lei de Israel
4. Retificação da aliança com Israel (Dt. 27:1-30:20)
5. Conclusão (Dt. 31:1-34:12)

Parte Histórica: Recapitulação da peregrinação de Israel
• Israel no Sinai (Dt. 1:6 – 30:20)
• Israel em Cades-Bárnéia (Dt. 1:19–46)
• Israel na planície de Moabe (Dt. 2:1 – 3:29)
• Israel na planície de Moabe (Dt. 4:1–43)

Parte Legal: Recapitulação da peregrinação de Israel
• Mandamentos referentes a Deus (Dt. 4:44 – 12:32)
• Prescrições referentes aos falsos profetas (Dt. 13:1–18)
• Prescrições referentes à alimentação (Dt. 14:1–21)
• Prescrições referentes aos dízimos (Dt. 14:22–29)

Parte Legal: Recapitulação da peregrinação de Israel
• Prescrições referentes ao ano sabático (Dt. 15:1–23)
• Prescrições referentes às festas religiosas (Dt. 16:1–17)
• Prescrições referentes aos líderes (Dt. 16:18 – 18:22)
• Prescrições referentes às relações humanas (Dt. 19:1 – 26:19)

Retificação da aliança com Israel
• Cerimônias preparatórias (Dt. 27:1–26)
• As promessas de bênçãos (Dt. 28:1–14)
• As promessas de maldições (Dt. 28:15–68)
• Prescrições da aliança palestina (Dt. 29:1 – 30:20)

Conclusão
• As incumbências de Moisés (Dt. 31:1–29)
• O cântico de Moisés (Dt. 31:30 – 32:47)
• O testamento de Moisés (Dt. 32:48 – 33:29)
• A morte de Moisés (Dt. 34:1–12)

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