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A PESQUISA EM PSICOLOGIA
Profa. Hilma Khoury
Psicóloga e Doutora em Psicologia
UFPA/IFCH/Faculdade de Psicologia
E-mail: hilmatk@yahoo.com.br
Fones: (91) 98112-4808/ 98800-5762/ 3201-8057/ 3201-7695
Perguntas RespostasComo obter respostas?
A atividade física programada é
capaz de melhorar a memória
de idosos?
Qual a atitude dos universitários
com relação à diminuição da
idade para a maioridade penal?
DOIS CAMINHOS PARA DESCOBRIR RESPOSTAS
Observar Perguntar
Exemplos:
- Freqüência de
batimentos cardíacos
por minuto.
- Freqüência de
chuvas em uma
semana.
- Número de cistos
presentes na mama.
Exemplos:
- Frequência de figuras
lembradas, em um teste
de memória,
imediatamente após a
exibição e 5 minutos
depois.
- Frequência de interações
sociais amistosas que
uma pessoa dirige a outra
em uma reunião de
trabalho.
Estes fenômenos podem ser observados diretamente,
algumas vezes com ajuda de tecnologias.
Observam-se e medem-se fenômenos.
Exemplos:
- A idade de uma rocha ou
de um fóssil.
- Elétrons (onda e
partícula)
Algumas vezes utilizam-se relatos
que, em geral, são submetidos a
exames para comprovação.
Exemplos:
- Os prévios diagnósticos
médicos baseados no relato
dos sintomas pelo paciente.
Exemplos:
- Atitudes de uma
população em relação à
redução da idade para a
maioridade penal;
- As intenções de voto dos
eleitores de uma cidade;
- As percepções de um
grupo de trabalhadores
sobre sua vida após a
aposentadoria.
Alguns fenômenos não podem ser observados diretamente
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observáveis ou de relato verbal.
OBSERVAÇÃO
AUTO RELATO
Você é contra ou a favor da diminuição da idade
para a maioridade penal?
A Favor
Contra
Xi! Se disser que
sou a favor
Você é contra
ou a favor da
diminuição da idade para
a maioridade penal?
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As pessoas podem mentir;
Dar respostas socialmente aceitáveis, ou
seja, que supõem que o investigador
concordará ou que não pensará mal delas;
Podem responder de forma incorreta, ou
seja, entendendo algo diferente do que o
pesquisador quis perguntar.
AUTO-RELATO
Correm-se riscos que podem afetar a
objetividade ou veracidade das informações
OBSERVAÇÃO
Estaria livre de erros?
Seria sempre precisa para apreender
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fenômeno social?
Comportamentos sociais amistosos -
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trabalho.
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todas as tardes, durante uma semana.
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muito útil e esclarecedor COMBINAR
OBSERVAÇÃO E AUTO-RELATO quando
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Atualmente se trabalha muito com
combinação de vários métodos de pesquisa:
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Além disso...
Em geral, não se tem certeza absoluta de
nada, nem mesmo nas ciências exatas e
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Temos que confiar na probabilidade.
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O determinismo da ciência é probabilístico.
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Probabilidade > ou <
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Portanto, quer os dados sejam obtidos por
meio de observação ou de auto relato, há
sempre uma probabilidade maior ou menor
de serem confiáveis.
Tudo vai depender de como a pesquisa é
planejada e da qualidade das medidas ou
instrumentos de medição.
DOIS CAMINHOS PARA DESCOBRIR
RESPOSTAS
Observar Perguntar
Auto Relato
Diretamente
Relato de
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Assume diferentes formas:
Observação de comportamento
em situação natural:
Participante
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OBSERVAÇÃO DIRETA
Não-Participante: o observador nem participa,
nem intervém; adota postura discreta e tenta
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Participante: o observador interage com a
pessoa que está sendo observada, mas não
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OBSERVAÇÃO DIRETA
Observar o comportamento social de idosos - cooperação,
competição, agressão - em situação de lazer e investigar
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subcultura.
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Investigar a participação de idosos em propagandas de TV
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Por meio de Questionários ou
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Adequado quando as variáveis
envolvidas não podem ser
observadas.
Seja por impossibilidade real;
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É utilizado geralmente em
LEVANTAMENTOS (Surveys).
AUTO-RELATO
Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para
Presidente da República?
Aronson, E., Wilson, T. D., & Akert, R. M. (2015). Metodologia: Como os cientistas
sociais fazem pesquisas. Em E. Aronson, T. D. Wilson & R. M. Akert, Psicologia
social (Capítulo 2). Rio de Janeiro/RJ: LTC.
Babbie, E. (1999). Métodos de pesquisas de survey (Capítulos 2 e 4, pp. 57-76; 95-
111). Belo Horizonte/MG: Ed. UFMG.
Fuchs, F. D. (2013). Metodologia do trabalho científico. Em E. V. Freitas, L. Py, F. A.
X. Cançado, J. Doll, & M. L. Gorzoni, Tratado de geriatria e gerontologia (3ª. Ed.,
pp. 124-132). Rio de Janeiro/RJ: Guanabara Koogan
Gerrig, R. J., & Zimbardo, P. G. (2005). Métodos de pesquisa em psicologia. Em R.
J. Gerrig & P. G. Zimbardo, A psicologia e a vida, 16ª Ed, (pp.51-70). Porto
Alegre/RS: Artmed.
Günther, H. (2006). Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a
questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22 (2).
Günther, H. (2011). Métodos de pesquisa em psicologia social. Em C. V. Torres & E.
R. Neiva (Orgs.). Psicologia Social: Principais temas e vertentes (pp. 58-76). Porto
Alegre/RS: Artmed.
Rodrigues, A., Assmar, E. M. L, & Jablonski, B. (2015). Psicologia Social (Capítulo 2,
pp. 43-71). Petrópolis/RJ: Vozes.
Salkind, N. J. (2012). Exploring Research, 8ª Ed, (Capítulos 9, 10 e 11). São Paulo:
Pearson.

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Pesquisa em Psicologia

  • 1. A PESQUISA EM PSICOLOGIA Profa. Hilma Khoury Psicóloga e Doutora em Psicologia UFPA/IFCH/Faculdade de Psicologia E-mail: hilmatk@yahoo.com.br Fones: (91) 98112-4808/ 98800-5762/ 3201-8057/ 3201-7695
  • 2. Perguntas RespostasComo obter respostas? A atividade física programada é capaz de melhorar a memória de idosos? Qual a atitude dos universitários com relação à diminuição da idade para a maioridade penal?
  • 3. DOIS CAMINHOS PARA DESCOBRIR RESPOSTAS Observar Perguntar
  • 4. Exemplos: - Freqüência de batimentos cardíacos por minuto. - Freqüência de chuvas em uma semana. - Número de cistos presentes na mama. Exemplos: - Frequência de figuras lembradas, em um teste de memória, imediatamente após a exibição e 5 minutos depois. - Frequência de interações sociais amistosas que uma pessoa dirige a outra em uma reunião de trabalho. Estes fenômenos podem ser observados diretamente, algumas vezes com ajuda de tecnologias. Observam-se e medem-se fenômenos.
  • 5. Exemplos: - A idade de uma rocha ou de um fóssil. - Elétrons (onda e partícula) Algumas vezes utilizam-se relatos que, em geral, são submetidos a exames para comprovação. Exemplos: - Os prévios diagnósticos médicos baseados no relato dos sintomas pelo paciente. Exemplos: - Atitudes de uma população em relação à redução da idade para a maioridade penal; - As intenções de voto dos eleitores de uma cidade; - As percepções de um grupo de trabalhadores sobre sua vida após a aposentadoria. Alguns fenômenos não podem ser observados diretamente São inferidos a partir de certas características observáveis ou de relato verbal.
  • 7. Você é contra ou a favor da diminuição da idade para a maioridade penal? A Favor
  • 8. Contra Xi! Se disser que sou a favor Você é contra ou a favor da diminuição da idade para a maioridade penal? Vai pensar que sou reacionário
  • 9.
  • 10. As pessoas podem mentir; Dar respostas socialmente aceitáveis, ou seja, que supõem que o investigador concordará ou que não pensará mal delas; Podem responder de forma incorreta, ou seja, entendendo algo diferente do que o pesquisador quis perguntar. AUTO-RELATO Correm-se riscos que podem afetar a objetividade ou veracidade das informações
  • 11. OBSERVAÇÃO Estaria livre de erros? Seria sempre precisa para apreender o comportamento humano ou o fenômeno social?
  • 12. Comportamentos sociais amistosos - sorrisos, elogios - durante uma reunião de trabalho. Seriam demonstração de apreço genuíno por parte do colega que os emitiu? OU Seriam expressões de submissão, de medo?
  • 13. Um menino estudando disciplinadamente todas as tardes, durante uma semana. Posso julgar que é estudioso, que gosta de estudar? E se estiver estudando para ganhar uma recompensa prometida pelo pai? Estaria estudando por gosto ou apenas por obrigação?
  • 14. Em Ciências Humanas e Sociais, pode ser muito útil e esclarecedor COMBINAR OBSERVAÇÃO E AUTO-RELATO quando possível. Atualmente se trabalha muito com combinação de vários métodos de pesquisa: MULTIMÉTODOS. Além disso...
  • 15. Em geral, não se tem certeza absoluta de nada, nem mesmo nas ciências exatas e naturais. Temos que confiar na probabilidade. Um exame de DNA tem 99% de chance de ser confiável. O determinismo da ciência é probabilístico.
  • 17. Portanto, quer os dados sejam obtidos por meio de observação ou de auto relato, há sempre uma probabilidade maior ou menor de serem confiáveis. Tudo vai depender de como a pesquisa é planejada e da qualidade das medidas ou instrumentos de medição.
  • 18. DOIS CAMINHOS PARA DESCOBRIR RESPOSTAS Observar Perguntar Auto Relato Diretamente Relato de Outrem Via Documentos
  • 19. Assume diferentes formas: Observação de comportamento em situação natural: Participante Não-participante Observação de comportamento em situação planejada (Sistemática); Observação de desempenho em testes. OBSERVAÇÃO DIRETA
  • 20. Não-Participante: o observador nem participa, nem intervém; adota postura discreta e tenta fundir-se tanto quanto possível com o cenário. Participante: o observador interage com a pessoa que está sendo observada, mas não tenta alterar a situação. OBSERVAÇÃO DIRETA Observar o comportamento social de idosos - cooperação, competição, agressão - em situação de lazer e investigar possíveis diferenças quanto a sexo.
  • 21. Documentos acumulados ou arquivos de uma cultura ou subcultura. Romances, letras de músicas populares, cartas de suicidas; Programas de televisão, filmes, artigos de revistas e jornais, anúncios publicitários; Páginas de internet, prontuários, leis e programas de governo ANÁLISE DE DOCUMENTOS Investigar a participação de idosos em propagandas de TV nos últimos 5 anos, observando mudança de papéis sociais.
  • 22. Por meio de Questionários ou Entrevistas Adequado quando as variáveis envolvidas não podem ser observadas. Seja por impossibilidade real; questões éticas ou práticas. É utilizado geralmente em LEVANTAMENTOS (Surveys). AUTO-RELATO Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para Presidente da República?
  • 23. Aronson, E., Wilson, T. D., & Akert, R. M. (2015). Metodologia: Como os cientistas sociais fazem pesquisas. Em E. Aronson, T. D. Wilson & R. M. Akert, Psicologia social (Capítulo 2). Rio de Janeiro/RJ: LTC. Babbie, E. (1999). Métodos de pesquisas de survey (Capítulos 2 e 4, pp. 57-76; 95- 111). Belo Horizonte/MG: Ed. UFMG. Fuchs, F. D. (2013). Metodologia do trabalho científico. Em E. V. Freitas, L. Py, F. A. X. Cançado, J. Doll, & M. L. Gorzoni, Tratado de geriatria e gerontologia (3ª. Ed., pp. 124-132). Rio de Janeiro/RJ: Guanabara Koogan Gerrig, R. J., & Zimbardo, P. G. (2005). Métodos de pesquisa em psicologia. Em R. J. Gerrig & P. G. Zimbardo, A psicologia e a vida, 16ª Ed, (pp.51-70). Porto Alegre/RS: Artmed. Günther, H. (2006). Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22 (2). Günther, H. (2011). Métodos de pesquisa em psicologia social. Em C. V. Torres & E. R. Neiva (Orgs.). Psicologia Social: Principais temas e vertentes (pp. 58-76). Porto Alegre/RS: Artmed. Rodrigues, A., Assmar, E. M. L, & Jablonski, B. (2015). Psicologia Social (Capítulo 2, pp. 43-71). Petrópolis/RJ: Vozes. Salkind, N. J. (2012). Exploring Research, 8ª Ed, (Capítulos 9, 10 e 11). São Paulo: Pearson.