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Olho vermelho
Neuzelito Cavalcanti Sobral Filho – Estudante de Medicina
• Carla, 40 anos, sem comorbidades, chega
ansiosamente ao seu consultório para mostrar
seu olho que amanheceu parcialmente coberto
de uma cor vermelha intensa. Ficou assustada
pois seu pai teve um AVC hemorrágico
recentemente. Refere apenas desconforto leve
no olho direito, sem outros sintomas. Ao
exame, apresenta coleção difusa de sangue no
olho direito, preservando a íris, com acuidade
visual normal e reflexos pupilares presentes.
Pressão arterial é de 155x95 mmHg.
Qual a conduta a ser tomada?
Olho vermelho
• Representada por hiperemia da conjuntiva bulbar
• Qualquer doença que afete a córnea, a conjuntiva,
a íris ou corpo ciliado pode se expressar por olho
vermelho
• A maioria dos pacientes com olho vermelho tem
um problema de fácil diagnóstico e tratamento
• Uma das principais causas oftalmológicas de
consulta em atenção primária
Olho vermelho
• Abordagem diagnóstica:
Realizar uma anamnese em busca de sintomas
associados e um exame físico direcionado
Buscar sinais de alerta( necessidade de
encaminhamento para oftalmologista)
Olho vermelho
• Sensação de corpo estranho e a fotofobia podem
estar na conjuntivite ou em lesão corneana.
Diferenciação: na lesão corneana, o pct não
consegue manter os olhos abertos em ambiente
claro
• Pesquisa de trauma ocular: fluoresceína
Olho vermelho
Lacrimejamento Secreção aquosa Secreção purulenta
Lesões corneanas Conjuntivites
virais
Infecções bacterianas
Corpo estranho Conjuntivites
alérgicas
Glaucoma
Olho vermelho
Conjuntiva bulbar + conjuntiva
palpebral
Hiperemia perilimbar (entre
córnea e esclera)
Conjuntivite Condições graves: glaucoma e
iridociclite
• Padrão da hiperemia ocular
• Exame pupilar
Glaucoma agudo Iridociclite
Midríase irregular, sem reação a
luz
Miose
Olho vermelho
• Inflamação da conjuntiva, secundário a uma
infecção bacteriana, viral ou uma reação alérgica.
• Geralmente autolimitada e com pouca morbidade
• Diagnóstico clínico
Conjuntivite:
• Quadro clínico
• Geralmente um olho é acometido primeiro,
seguindo-se o acometimento bilateral.
• Não é incomum a ocorrência de inflamação da
pálpebra ( blefarite)
• Sensação de “areia nos olhos” ou de corpo
estranho.
• Não tem: dor ocular, redução da acuidade visual e
fotofobia excessiva
• Pupilas normais e fotorreagentes
Conjuntivite:
• Sinais característicos:
I. Hiperemia conjuntival de predomínio periférico
II. Diversos tipos de secreção
III. Conjuntiva tarsal inflamada (papilas, folículos,
pseudomembranas ou membranas)
IV. Blefarite associada
Conjuntivite:
• Viral:
• A mais comum
• Geralmente Adenovírus
• Eliminado pela via respiratória e secreções
oculares
• Bastante contagiosa.
• Forma de contágio: Olho do paciente- mão do
paciente- mão do contactante- olho do
contactante
• Duração: 1-2 semanas (período de transmissão)
Conjuntivite:
• Conjuntivite alérgica:
• Hipersensibilidade tipo I
• Ácaros, gatos, mofo etc
• Início abrupto
• Afeta os 2 olhos simultaneamente
• Lacrimejamento, secreção mucoide, quemose e
prurido intenso
• Autolimitada
• Colírios de anti-histamínicos-H1 (levocabastina
0,05%) . 4x/dia, até 2 semanas
Conjuntivite:
Conjuntivite tóxica
Conjuntivite mecânica
Conjuntivite da lente de contato
Conjuntivite:
• Conjuntive bacteriana:
• Agente mais comum é o Staphylococcus aureus
(adultos), Haemophilus influenzae. Pseudomonas(
lente de contato
• Transmitidas pelas secreções, geralmente pelas
mãos
• Começa em um olho e 1-2 dias passa para o outro
• Secreção purulenta
Conjuntivite
Bacteriana Viral Alérgica
Secreção
mucopurulenta
Secreção mais
aquosa
Ardência, prurido e
secreção mucoide
Conjuntiva lisa e
inflamada, com
pontos vermelhos
Folículos translúcidos
circundados por
vasos sanguíneos
Exposição a uma
substância
alergênica.
Congestão nasal e
espirros
Sem adenopatia pré-
auricular
Adenopatia pré-
auricular
Não é contagiosa
*A queixa de amanhecer com “olho grudado”, isoladamente, não pode
ser utilizada para diferenciar as conjuntivites
Conjuntivite
• Cuidados com conjuntivite infecciosa:
1. Orientações com cuidado com higiene das mãos,
soluções oftálmicas e toalhas.
2. Secreção palpebral deve ser limpa com pano
delicado umedecido em água limpa.
3. Uso de lentes de contato deve ser interrompido
por pelo menos 24h após o término do
tratamento ou até não haver mais sinais e
sintomas.
• Tratamento geral:
1. Medidas gerais: compressas de água gelada
4x/dia...
2. Colírios lubrificantes(hidroxipropilmetilcelulose
0,5%) 4x/dia
Conjuntivite
• Tratamento conjuntivite viral:
I. Compressa de água gelada 4x/dia
II. Colírios lubrificantes 4x/dia
Conjuntivite
Conjuntivite
• Sobre uso de antibióticos nas bacterianas...
1. Maioria dos quadros de conjuntivite infecciosa se
resolve em até 1 a 2 semanas (65% em cinco dias)
2. Estudos realizados na atenção primária: não
houve diferença entre o grupo tratado com
antibiótico e o grupo placebo
3. Até 10% dos indivíduos tratados apresentavam
reações adversas
4. Risco de complicações é baixa para os não
tratados
• Tratamento conjuntivite bacteriana:
I. Compressa de água gelada 4x/dia
II. Colírios lubrificantes 4x/dia
III. Antibiótico:
a) Ciprofloxacina 0,3%( P e C)
b) norfloxacina 0,3% ( C)
c) Tetraciclina (P)
d) Tobramicina 0,3% ( C ou P)
e) Cloranfenicol 0,4% ( C)
Conjuntivite
Ricardo, 40 anos, chegou na UBS apresentando, há 5
dias, hiperemia conjuntival mais intensa em um dos
olhos, presença de folículos na conjuntiva e
adenopatia pré-articular. Qual o diagnóstico mais
provável e seu tratamento?
a) Conjuntivite alérgica.
b) Conjuntivite bacteriana.
c) Conjuntivite micótica.
d) Conjuntivite viral.
Hemorragia Subconjuntival
• Coleção de sangue entre a conjuntiva e esclera,
com margens limitadas
• Decorrente de um pequeno trauma, crise de
tosse ou vômitos.
• Associada a Hipertensão, diabetes, uso de
corticoide etc
• Remissão espontânea
• Tranquilizar paciente
Episclerite
• Inflamação aguda da episclera
• Benigna e autolimitada
• Idiopática(70%)
• Desconforto ocular, lacrimejamento
• Sem dor ocular, fotofobia, borramento visual ou
secreção
• Alívio dos sintomas: colírio lubrificantes e colírios
antinflamatórios(diclofenaco 1%), 4x dia
Glaucoma agudo
• Forte dor ocular, diminuição da acuidade visual,
fotofobia e lacrimejamento intenso.
• Globo ocular difusamente vermelho
• Pressão ocular elevada: consistência dura à
palpação bidigital do globo ocular.
• Encaminhamento
CORPO ESTRANHO
• Dor, fotofobia, lacrimejamento, sensação de corpo
estranho ou história de trauma
• Colírio anestésico antes do exame
• Eversão da pálpebra
• Irrigar córnea com água na direção do corpo
estranho
• Remoção com contonete molhado
• Em último caso, pode utilizar agulha de insulina
Queimadura química
• Urgências oftalmológicas
• Dor e vermelhidão ocular, fotofobia e redução da
acuidade visual
• Por agentes ácidos(ácido sulfúrico) e básicos(
soda cáustica, cal e amônia)
• Lavagem ocular copiosa
• Analgésico sistêmico
• Encaminhamento
Queimadura física
• Exposição à irradiação ultravioleta (sol, solda
elétrica)
• Surge 10 a 12 horas após a exposição
• Dor, vermelhidão ocular, fotofobia e
blefarospasmo.
• Tratamento: curativo oclusivo binocular(24h),
sedação e repouso por 24 horas
BLEFARITE
• Inflamação crônica das margens palpebrais, com
secreção purulenta
• Sintomas intermitentes: Prurido, queimação e
fincada em palpebras
• Disfunção seborreica, contaminação por
Staphylococcus aureus ou disfunção das glândulas
de Meibomius.
• Pode predispor aparecimento de hordéolos
• Tratamento: Higiene palpebral com xampu neutro
+ pomada de antibiótico
Síndrome do Olho seco
• Redução da produção lacrimal, aumento da
evaporação lacrimal e alteração qualitativas da
lágrima
• Ardência ocular, sensação de corpo estranho,
borramento visual, com variação ao piscar,
vermelhidão e lacrimejamento.
• Diagnóstico: Teste de Schirmer.
• Tratamento: colírios lubrificantes( lágrimas
artificiais).
Osvaldo tem 62 anos, trabalha como porteiro de escola e
permanece em acompanhamento com diagnóstico de
diabetes, polineuropatia e glaucoma de ângulo fechado.
No retorno ambulatorial refere dor em ‘’ambas as
pernas’’ sendo medicado com amitriptilina. Evolui com
olhos vermelhos, dor importante na cabeça e sobre os
olhos, visão com halos coloridos, náuseas e vômitos. O
diagnóstico mais provável de Osvaldo e a orientação
pertinente são, respectivamente:
a) conjuntivite/afastado do trabalho e medicado com
colírio de corticoide
b) glaucoma agudo/encaminhado para emergência
oftalmológica
c) enxaqueca/medicamento com analgésicos
d) episclerite/ tratamento ambulatorial/
Paciente chega a UBS, vítima de queimadura química
por ácido em região facial periorbitária, há 2 hora. Diz
que demorou a vir, pois não tem transporte, e veio a
pé. A conduta imediata para o atendimento é:
a) lavagem ocular com solução tampão alcalina
b) lavagem ocular com soro fisiológico
c) lavagem ocular com ringer lactato e lidocaína
d) encaminhamento ao oftalmologista para limpeza
ocular
e) curativo oclusivo
f) lavagem ocular com neutralizador químico

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Olho vermelho causas diagnóstico tratamento

  • 1. Olho vermelho Neuzelito Cavalcanti Sobral Filho – Estudante de Medicina
  • 2. • Carla, 40 anos, sem comorbidades, chega ansiosamente ao seu consultório para mostrar seu olho que amanheceu parcialmente coberto de uma cor vermelha intensa. Ficou assustada pois seu pai teve um AVC hemorrágico recentemente. Refere apenas desconforto leve no olho direito, sem outros sintomas. Ao exame, apresenta coleção difusa de sangue no olho direito, preservando a íris, com acuidade visual normal e reflexos pupilares presentes. Pressão arterial é de 155x95 mmHg. Qual a conduta a ser tomada?
  • 3. Olho vermelho • Representada por hiperemia da conjuntiva bulbar • Qualquer doença que afete a córnea, a conjuntiva, a íris ou corpo ciliado pode se expressar por olho vermelho • A maioria dos pacientes com olho vermelho tem um problema de fácil diagnóstico e tratamento • Uma das principais causas oftalmológicas de consulta em atenção primária
  • 4. Olho vermelho • Abordagem diagnóstica: Realizar uma anamnese em busca de sintomas associados e um exame físico direcionado Buscar sinais de alerta( necessidade de encaminhamento para oftalmologista)
  • 5. Olho vermelho • Sensação de corpo estranho e a fotofobia podem estar na conjuntivite ou em lesão corneana. Diferenciação: na lesão corneana, o pct não consegue manter os olhos abertos em ambiente claro • Pesquisa de trauma ocular: fluoresceína
  • 6. Olho vermelho Lacrimejamento Secreção aquosa Secreção purulenta Lesões corneanas Conjuntivites virais Infecções bacterianas Corpo estranho Conjuntivites alérgicas Glaucoma
  • 7. Olho vermelho Conjuntiva bulbar + conjuntiva palpebral Hiperemia perilimbar (entre córnea e esclera) Conjuntivite Condições graves: glaucoma e iridociclite • Padrão da hiperemia ocular • Exame pupilar Glaucoma agudo Iridociclite Midríase irregular, sem reação a luz Miose
  • 9. • Inflamação da conjuntiva, secundário a uma infecção bacteriana, viral ou uma reação alérgica. • Geralmente autolimitada e com pouca morbidade • Diagnóstico clínico Conjuntivite:
  • 10. • Quadro clínico • Geralmente um olho é acometido primeiro, seguindo-se o acometimento bilateral. • Não é incomum a ocorrência de inflamação da pálpebra ( blefarite) • Sensação de “areia nos olhos” ou de corpo estranho. • Não tem: dor ocular, redução da acuidade visual e fotofobia excessiva • Pupilas normais e fotorreagentes Conjuntivite:
  • 11. • Sinais característicos: I. Hiperemia conjuntival de predomínio periférico II. Diversos tipos de secreção III. Conjuntiva tarsal inflamada (papilas, folículos, pseudomembranas ou membranas) IV. Blefarite associada Conjuntivite:
  • 12. • Viral: • A mais comum • Geralmente Adenovírus • Eliminado pela via respiratória e secreções oculares • Bastante contagiosa. • Forma de contágio: Olho do paciente- mão do paciente- mão do contactante- olho do contactante • Duração: 1-2 semanas (período de transmissão) Conjuntivite:
  • 13. • Conjuntivite alérgica: • Hipersensibilidade tipo I • Ácaros, gatos, mofo etc • Início abrupto • Afeta os 2 olhos simultaneamente • Lacrimejamento, secreção mucoide, quemose e prurido intenso • Autolimitada • Colírios de anti-histamínicos-H1 (levocabastina 0,05%) . 4x/dia, até 2 semanas Conjuntivite:
  • 15. Conjuntivite: • Conjuntive bacteriana: • Agente mais comum é o Staphylococcus aureus (adultos), Haemophilus influenzae. Pseudomonas( lente de contato • Transmitidas pelas secreções, geralmente pelas mãos • Começa em um olho e 1-2 dias passa para o outro • Secreção purulenta
  • 16. Conjuntivite Bacteriana Viral Alérgica Secreção mucopurulenta Secreção mais aquosa Ardência, prurido e secreção mucoide Conjuntiva lisa e inflamada, com pontos vermelhos Folículos translúcidos circundados por vasos sanguíneos Exposição a uma substância alergênica. Congestão nasal e espirros Sem adenopatia pré- auricular Adenopatia pré- auricular Não é contagiosa *A queixa de amanhecer com “olho grudado”, isoladamente, não pode ser utilizada para diferenciar as conjuntivites
  • 17. Conjuntivite • Cuidados com conjuntivite infecciosa: 1. Orientações com cuidado com higiene das mãos, soluções oftálmicas e toalhas. 2. Secreção palpebral deve ser limpa com pano delicado umedecido em água limpa. 3. Uso de lentes de contato deve ser interrompido por pelo menos 24h após o término do tratamento ou até não haver mais sinais e sintomas.
  • 18. • Tratamento geral: 1. Medidas gerais: compressas de água gelada 4x/dia... 2. Colírios lubrificantes(hidroxipropilmetilcelulose 0,5%) 4x/dia Conjuntivite
  • 19. • Tratamento conjuntivite viral: I. Compressa de água gelada 4x/dia II. Colírios lubrificantes 4x/dia Conjuntivite
  • 20. Conjuntivite • Sobre uso de antibióticos nas bacterianas... 1. Maioria dos quadros de conjuntivite infecciosa se resolve em até 1 a 2 semanas (65% em cinco dias) 2. Estudos realizados na atenção primária: não houve diferença entre o grupo tratado com antibiótico e o grupo placebo 3. Até 10% dos indivíduos tratados apresentavam reações adversas 4. Risco de complicações é baixa para os não tratados
  • 21. • Tratamento conjuntivite bacteriana: I. Compressa de água gelada 4x/dia II. Colírios lubrificantes 4x/dia III. Antibiótico: a) Ciprofloxacina 0,3%( P e C) b) norfloxacina 0,3% ( C) c) Tetraciclina (P) d) Tobramicina 0,3% ( C ou P) e) Cloranfenicol 0,4% ( C) Conjuntivite
  • 22. Ricardo, 40 anos, chegou na UBS apresentando, há 5 dias, hiperemia conjuntival mais intensa em um dos olhos, presença de folículos na conjuntiva e adenopatia pré-articular. Qual o diagnóstico mais provável e seu tratamento? a) Conjuntivite alérgica. b) Conjuntivite bacteriana. c) Conjuntivite micótica. d) Conjuntivite viral.
  • 23. Hemorragia Subconjuntival • Coleção de sangue entre a conjuntiva e esclera, com margens limitadas • Decorrente de um pequeno trauma, crise de tosse ou vômitos. • Associada a Hipertensão, diabetes, uso de corticoide etc • Remissão espontânea • Tranquilizar paciente
  • 24. Episclerite • Inflamação aguda da episclera • Benigna e autolimitada • Idiopática(70%) • Desconforto ocular, lacrimejamento • Sem dor ocular, fotofobia, borramento visual ou secreção • Alívio dos sintomas: colírio lubrificantes e colírios antinflamatórios(diclofenaco 1%), 4x dia
  • 25. Glaucoma agudo • Forte dor ocular, diminuição da acuidade visual, fotofobia e lacrimejamento intenso. • Globo ocular difusamente vermelho • Pressão ocular elevada: consistência dura à palpação bidigital do globo ocular. • Encaminhamento
  • 26. CORPO ESTRANHO • Dor, fotofobia, lacrimejamento, sensação de corpo estranho ou história de trauma • Colírio anestésico antes do exame • Eversão da pálpebra • Irrigar córnea com água na direção do corpo estranho • Remoção com contonete molhado • Em último caso, pode utilizar agulha de insulina
  • 27. Queimadura química • Urgências oftalmológicas • Dor e vermelhidão ocular, fotofobia e redução da acuidade visual • Por agentes ácidos(ácido sulfúrico) e básicos( soda cáustica, cal e amônia) • Lavagem ocular copiosa • Analgésico sistêmico • Encaminhamento
  • 28. Queimadura física • Exposição à irradiação ultravioleta (sol, solda elétrica) • Surge 10 a 12 horas após a exposição • Dor, vermelhidão ocular, fotofobia e blefarospasmo. • Tratamento: curativo oclusivo binocular(24h), sedação e repouso por 24 horas
  • 29. BLEFARITE • Inflamação crônica das margens palpebrais, com secreção purulenta • Sintomas intermitentes: Prurido, queimação e fincada em palpebras • Disfunção seborreica, contaminação por Staphylococcus aureus ou disfunção das glândulas de Meibomius. • Pode predispor aparecimento de hordéolos • Tratamento: Higiene palpebral com xampu neutro + pomada de antibiótico
  • 30. Síndrome do Olho seco • Redução da produção lacrimal, aumento da evaporação lacrimal e alteração qualitativas da lágrima • Ardência ocular, sensação de corpo estranho, borramento visual, com variação ao piscar, vermelhidão e lacrimejamento. • Diagnóstico: Teste de Schirmer. • Tratamento: colírios lubrificantes( lágrimas artificiais).
  • 31. Osvaldo tem 62 anos, trabalha como porteiro de escola e permanece em acompanhamento com diagnóstico de diabetes, polineuropatia e glaucoma de ângulo fechado. No retorno ambulatorial refere dor em ‘’ambas as pernas’’ sendo medicado com amitriptilina. Evolui com olhos vermelhos, dor importante na cabeça e sobre os olhos, visão com halos coloridos, náuseas e vômitos. O diagnóstico mais provável de Osvaldo e a orientação pertinente são, respectivamente: a) conjuntivite/afastado do trabalho e medicado com colírio de corticoide b) glaucoma agudo/encaminhado para emergência oftalmológica c) enxaqueca/medicamento com analgésicos d) episclerite/ tratamento ambulatorial/
  • 32. Paciente chega a UBS, vítima de queimadura química por ácido em região facial periorbitária, há 2 hora. Diz que demorou a vir, pois não tem transporte, e veio a pé. A conduta imediata para o atendimento é: a) lavagem ocular com solução tampão alcalina b) lavagem ocular com soro fisiológico c) lavagem ocular com ringer lactato e lidocaína d) encaminhamento ao oftalmologista para limpeza ocular e) curativo oclusivo f) lavagem ocular com neutralizador químico

Notas do Editor

  1. Tranquilizar apaciente, pois trata-se de uma ltemorragia subconjuntival com melhoraespontânea;
  2. A abordagem inicia‐se com anamnese detalhada, em busca de sinais e sintomas oculares e sistêmicos. É importante, também, investigar tempo de início e duração do quadro, recidivas e antecedentes oftalmológicos, como uso de medicações, óculos, lentes de contato e cirurgias prévias. Escala de snellen: avaliação da acuidadde visual do paciente. O exame deverá ser realizado em uma sala com boa iluminação, A escala deverá estar colada em uma parede vazia, sem janelas e a aproximadamente 1,5 m do chão. deverá estar sentado confortavelmente a uma distancia aproximada de 5-3 metros da parede Na indisponibilidade de snellen, mandar paciente ler um texto, se n enxergar, encaminhar imediatamente para oftalmologista Pupila: pensar em causa neurologica, uso de droga(opioide=miose). Glaucoma: midríase. Uveite: miose Hipopio: acumulo de pús na camara anterior. úlcera de córnea, beçet Hifema= trauma Optico vai n.oculomotor volta nos 2
  3. detectar úlceras; - avaliar a integridade da córnea; - determinar a qualidade da película lacrimal; Luz escura
  4. Importante fazer a diferenciação Diferenciar p ex: lacri e secreção aquosa: glaucoma alem da secreção tem perda da acuidade visual
  5. Iridociclite: Uveíte anterior é o termo utilizado para definir a inflamação da íris, corpo ciliar e humor vítreo.
  6. Papilas: reação papilar: pontos vermelhos, hiperplasia do epitélio conjuntival Folículos: reação folicular, protuberância translúcida, nódulos linfáticos Pseudomembrana: camadas de leucocitos e fibrina de aspecto amarelo, pode ser removido sem sangrar Papila gigante: conjuntivite alergica cronica, conjuntivite primaveril e por lente de contato Blefarite inflamação da pálpebra
  7. Tipo 1 imediata(ige) Quemose: edema da conjuntiva
  8. Toxica reação de hipersensibilidade IV. Conjuntivite da lente de contato: uso prolongado, 8 meses, normalmente com lente gelatinosa. Hipersensibilidade iv. Tarsal e papilas gigantes
  9. Compressa: alívio dos sintomas.
  10. O autor sugere aplicação de atb em conjuntivite agravada
  11. 4x e 6x/dia/ 5-7 dias/ Tobramicina não é a melhor escolha por risco de ceratoconjuntivite Criança é melhor pomada Uso de corticoide tópico não é permitido em não especialista: risco de conjuntivite herpetica, glaucoma e catarata.
  12. viral,. Todo paciente com históriadeolho vennelho,queafeta umolhoelogo depoiso outro,assroado à secreção,devemosnos lembrar de conjuntivite
  13. Episclera abaixo da conjuntiva A episclerite é diferenciada da conjuntivite pelo fato de a hiperemia estar localizada em uma área limitada do globo, e muito menos lacrimejamento e nenhuma secreção. É diferenciada da escleritepela ausência de dor ocular intensa.
  14. Aumento da pressao intraocular(Drenagem humor aquoso) colírio de pilocarpina a 2% 15/15min Manitol 20% ,250ml iv
  15. As suspeitas de corpo estranho adicional, laceração da esclerótica ou perfuração de córnea, dor após 3 dias da retirada são indica­ ções de encaminhamento imediato a serviço de oftalmologia. Pequenas partículas (sujeira, grãos de areia, cílios, pêlos, unhas, ferrugem, pedaços de metal, vidro, plástico ou madeira, sementes, fragmentos de insetos, etc.) podem aderir à superfí- cie do olho trazidos pelo vento ou pelo próprio dedo do paciente, sendo normalmente eliminados pelas lágrimas durante o ato de piscar. Entretanto, algumas vezes podem permanecer aderidos à superfície ocular, provocando grande desconforto, olho vermelho e eventualmente algum tipo de lesão. Dois locais são bastante comuns de se encontrar um corpo estranho aderido: na conjuntiva tarsal superior e na córnea.
  16. Acido sulfurico(bateria do carro) Ao menos 1l de soro fisiologico ou água e no minimo 30 minutos
  17. Blefarospasmo é o espasmo dos músculos perioculares, resultando em piscar involuntário e fechamento ocular.
  18. Atb 7 dias bacitracina
  19. Produção: idade, menopausa Evaporação: clima seco, ar condicionado, PC, fumaça E importante ressaltar que a forma mais comum de olho seco não se deve à falta de lágrimas, e sim à instabilidade do filme lacrimal O filme lacrimal é classicamente dividido em três camadas: a de mucina, aderida ao epitélio corneano, a aquosa, intermediária, e a lipídica, mais superficial, que impede a sua evaporação Na forma mais frequente, a deficiência de produção desta última leva à evaporação precoce da lágrima e ao quadro de olho seco.1 Isso explica o aparente paradoxo do lacrimejamento ser um dos sintomas de olho seco. As situações que levam ao olho seco por deficiência de produção aquosa estão mais relacionadas com doenças reumatológicas (síndrome de Sjõgren) e deficiências primárias ou secundárias da glândula lacrimal É feito com a coloca- ção de uma fta de papel de fltro no canto externo dos olhos, com o paciente mantendo as pálpebras fechadas, quando então mede-se a extensão do papel que se tornou umidifcada após 5min. Uma extensão menor que 5 mm indica olho seco. O encaminhamento ao oftalmologista deve ser considerado em casos com suspeita de doença subjacente causando o olho seco ou quando, após quatro semanas de medidas terapêuticas, não houver melhora dos sintomas
  20. Alavagem deve ser sempre oomágua correnteou soro; nenhuma outra substância deve ser usada pelorisco dereações químicas; colírio de antibiótico proflático Um curativo oclusivo deve ser mantido por 24h