Webinar: "Fallopia japonica - vamos travar esta invasão"

15 abril 2021| Fallopia japonica
Fallopia japonica = Reynoutria japonica
(= Tiniaria japonica (Houtt.) Hedberg; Polygonum cuspidatum
Siebold & Zucc.; P. sieboldii De Vriese)
sanguinária –do-Japão (Japanese knotweed)
- Vamos travar esta invasão!
Hélia Marchante
Embaixadora

Fallopia japonica = Reynoutria japonica
(= Tiniaria japonica (Houtt.) Hedberg; Polygonum cuspidatum
Siebold & Zucc.; P. sieboldii De Vriese)
sanguinária –do-Japão (Japanese knotweed)
+ variedades + híbridos + …
Hélia Marchante
Embaixadora

Como reconhecer?

sanguinária-do-Japão (Fallopia japonica) – Ásia
• Ocorre principalmente nas margens de rios, ribeiras, áreas degradadas e
margem de vias-de-comunicação; também em terrenos agrícolas, jardins, …
• Distribuição mais (conhecida) a Norte/Noroeste mas a aumentar distribuição
para Sul (1951)
• Outras espécies semelhantes… variedades, híbridos, e.g., R. x bohemica… =!

Até + & - 3 m! Caules em zig-zag. Regeneração vegetativa (muito vigorosa!) tanto de
rizomas como de caules aéreos: fragmentos < 1cm originam novas plantas! Semente?

Até + & - 3 m! Caules em zig-zag. Regeneração vegetativa (muito vigorosa!) tanto de
rizomas como de caules aéreos: fragmentos < 1cm originam novas plantas! Semente?
chega a 90% da planta; ca.
80% nos 20cm + superficiais
Importante confirmar em Portugal 
condiciona opções de controlo ou “não
fazer nada” (ginodióica; híbridos,…)

https://www.invasoras.pt/pt/planta-invasora/fallopia-japonica OU invasoras.pt

https://www.japaneseknotweed.co.uk/news/category/news/page/4/

Que problemas causa?

• ameaça grave para a biodiversidade: plantas, microbiologia solo, insetos, etc…
• danifica infraestruturas e interfere e entope canalizações, esgotos, etc.
• custos de controlo e reparação dos danos causados podem ser muito
avultados, reforçando a urgência de atuação precoce
@Paula Graça
@Paula Graça

IP + ESAC/ IPC & UC - CFE

Onde sabemos que está?

Como controlar/ gerir?

Prevenção
• Prioridade: medidas preventivas que impeçam o estabelecimento da espécie (e
de outras invasoras); por exemplo:
• Apostar no bom estado de conservação de ecossistemas ripícolas (e outros) e
restauro dos ecossistemas/ áreas alterados/ intervencionados
• Controlar o destino tanto das plantas removidas, como dos solos contaminados com
Fallopia, de forma a evitar a sua transferência e reutilização
Controlo
• persistência e continuidade essenciais para obter bons resultados
• custos de controlo e reparação dos danos podem ser muito avultados, de 5.000
a 250.000€/ha/ano, reforçando a urgência de atuação o mais cedo possível
• Muita atenção à eliminação dos fragmentos

Controlo “físico”
Arranque de rizomas e remoção dos fragmentos (até - 3 m)  trabalhoso,
demorado e dispendioso; solo crivado!
• Destruição dos fragmentos/plantas cortadas (e.g., deixar secar e depois queimar;
compostagem >> 40ºC várias semana) ou remoção para local seguro (onde não
originem novas plantas).
• Ferramentas cuidadosamente limpas: não transportar fragmentos para outros
locais (novos focos de invasão!) Fragmentos < 1cm originam nova planta
Aplicação de geotêxteis de boa qualidade pode diminuir regeneração após corte
(ou pré estação crescimento): cobrir o solo com tela + camada de 40 cm de solo
(sem invasoras!) até um raio de 3m do limite da área invadida; sem obstáculos!
 Restaurar com espécies autóctones, após a intervenção.
Métodos para Invasões pequenas, muito localizadas  Deteção Precoce.
Cortes sucessivos, repetidos, assim que atinge ca. 40cm (pelo menos, 3 - 4 X/ano,
maio - set??; vários anos). APENAS quando há destino seguro para a biomassa
Pastoreio intensivo dos rebentos, durante anos. Difícil aplicar em muitas zonas

Controlo “físico”
Arranque de rizomas e remoção dos fragmentos (até - 3 m)  trabalhoso,
demorado e dispendioso; solo crivado!
• Destruição dos fragmentos/plantas cortadas (e.g., deixar secar e depois queimar;
compostagem >> 40ºC várias semana) ou remoção para local seguro (onde não
originem novas plantas).
• Ferramentas cuidadosamente limpas: não transportar fragmentos para outros
locais (novos focos de invasão!) Fragmentos < 1cm originam nova planta
Aplicação de geotêxteis de boa qualidade pode diminuir regeneração após corte
(ou pré estação crescimento): cobrir o solo com tela + camada de 40 cm de solo
(sem invasoras!) até um raio de 3m do limite da área invadida; sem obstáculos!
 Restaurar com espécies autóctones, após a intervenção.
Métodos para Invasões pequenas, muito localizadas  Deteção Precoce.
Cortes sucessivos, repetidos, assim que atinge ca. 40cm (pelo menos, 3 - 4 X/ano,
maio - set??; vários anos). APENAS quando há destino seguro para a biomassa
Pastoreio intensivo dos rebentos, durante anos. Difícil aplicar em muitas zonas
Importante conhecer melhor
as fase ciclo de vida PT
Resultados variam com os
animais e aquilo que comem

@Ruud Beringen

Controlo químico
Resistente a muitos herbicidas. Glifosato eficaz mas não recomendado em muitas
situações. Utilização em casos de elevada gravidade e só produtos comerciais
homologados para uso na situação.
Exemplo de tratamento:
1ª fase: corte após o primeiro "surto" de primavera (como orientação, maio/ junho
- pode variar com a região); + 1 corte; reduz-se a vitalidade da planta; reduz-se a
altura do próximo crescimento; atrasa o ciclo;
2ª fase: pulverização com herbicida (e.g., glifosato 0,7%?!) (setembro/outubro); as
plantas estão perto do final do período vegetativo (e na fase de pós-floração?
verificar ciclo!) (para outros organismos pode ser mais seguro) OU injeção (20cm)
3ª fase: restauração por plantação/sementeira de alta densidade de espécies
autóctones adequadas ao local

SEMPRE
• Qualquer método (há muitos outros!): voltar ao local regularmente: quando
é necessária nova intervenção?  persistência e continuidade essenciais
• Ajustar o método ao local e a continuidade à reação das plantas
• Se não houver garantia de continuidade e de biossegurança, NÃO perturbe!
• Muita atenção aos fragmentos!! Aéreos e no solo (solos contaminados), nas
ferramentas…
• Cooperação no território é essencial

15 abril 2021| Fallopia japonica – vamos travar esta invasão!
O papel de cada um
Elizabete Marchante
Embaixadora

O que FAZER
 Colocar esta espécie “na agenda”!
• (Procurar) Financiamento para a sua gestão
• Colocá-la na escala de tarefas dos colaboradores
Se é dirigente ou técnico de autarquias, ou de empresas florestais,
de gestão de vegetação, de gestão de infra-estruturas lineares, etc.

O que FAZER
 Desenvolver planos de gestão (prevenção, detecção-precoce,
contenção, controlo, controlos de continuidade, etc.)
• Localizar e mapear todos os núcleos na área de intervenção (mais à frente)
• Prioridade à detecção-precoce e eliminação rápida de pequenos núcleos

O que FAZER
• Promover formação e sessões de esclarecimento para
operacionais e quem está no terreno (GT Fallopia pode ajudar)

O que FAZER
• Promover formação e sessões de esclarecimento para
operacionais e quem está no terreno (GT Fallopia pode ajudar)
• Monitorizar e estar Alerta!

O que FAZER
• Aprenda a reconhecer a espécie!
• Se a vir, registe a sua localização:
• www.invasoras.pt/mapeamento ou APP “Plantas Invasoras” (iOS, Android)
Se está no terreno, por ex., assistente operacional, sapador florestal,
vigilante da natureza, técnico de empresa consultoria ambiental,
praticante de pedestrianismo, cidadão interessado, professor, etc.

O que FAZER
• Biodiversity4All ou outra App similar de Ciência-cidadã
• Contacte gtfallopia@gmail.com

O que FAZER
• Se a tem no jardim/terreno elimine-a. Deixe biomassa secar (ex.,
em cima de plástico, para impedir que enraíze), guarde num saco
robusto (até secar completamente) ou queime-a (depois de seca)

O que FAZER
• Se a tem no jardim/terreno elimine-a. Deixe biomassa secar (ex.,
em cima de plástico, para impedir que enraíze), guarde num saco
robusto (até secar completamente) ou queime-a (depois de seca)
• Se a controlar, plante outras espécies para dificultar a re-invasão

O que FAZER
• Aposte no bom estado de conservação de ecossistemas ripícolas
e restauro dos ecossistemas alterados/ intervencionados (pode
ajudar a evitar o estabelecimento e a expansão da invasora)

O que FAZER
• Controle o destino dos solos "contaminados" com Fallopia sp.
de forma a evitar a sua transferência e reutilização

O que FAZER
• Se a vir à venda (viveiro, florista, internet,...), informe o proprietário
que é proibido e/ou alerte as autoridades (SEPNA, ICNF)

O que FAZER
• Adira à "Rede de Luta contra a Fallopia" (gtfallopia@gmail.com)

O que FAZER
• Adira à "Rede de Luta contra a Fallopia" (gtfallopia@gmail.com)
• Passe palavra e Alerte os outros!

O que NÃO FAZER
• NÃO intervenha/corte sem confirmar se há Fallopia na área
(perturbação promove dispersão)

O que NÃO FAZER
• NÃO fragmente rizomas e caules (ex., com cortadores de relva,
motorroçadoras) - fragmentos < 1 cm originam novas plantas em 10
dias! Se o fizer, limpe muito bem as ferramentas!

O que NÃO FAZER
• NÃO coloque plantas cortadas/fragmentos no caixote do lixo,
na compostagem ou em contato com solo - podem sobreviver!

O que NÃO FAZER
• NÃO ignore que a pode receber/ dispersar para outros locais
como contaminante do solo e de composto (não aceite solo sem ter
certeza que não tem sanguinária-do-Japão)

O que NÃO FAZER
• NÃO ignore que a pode receber/ dispersar para outros locais
como contaminante do solo e de composto (não aceite solo sem ter
certeza que não tem sanguinária-do-Japão)
 NÃO contribua para criar novos focos de invasão!

O que está a SER FEITO
Grupo de Trabalho Fallopia:

 Fazer o ponto da situação da espécie em Portugal
Invasoras.pt Biodiversity4All Flora-on

Invasoras.pt Biodiversity4All Flora-on
Precisamos da ajuda de TODOS!

 Preparar um plano de ação, incluindo definição de medidas de
controlo, sensibilização e divulgação, etc.

 Preparar um plano de ação para Fallopia spp. incluindo definição
de medidas de controlo, sensibilização e divulgação, etc.
 Dinamizar a "Rede de luta contra Fallopia em Portugal“ – reunir
entidades e cidadãos para diminuir a expansão e problemas
causados por Fallopia (divulgação do problema, mapeamento da espécie,
ações de controlo, entre outros).

Obrigada! Questões? Comentários?
Mais informação: invasoras.pt
https://www.facebook.com/InvasorasPt | https://www.instagram.com/invasoraspt/
emarhante@uc.pt ou hmarchante@esac.pt

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