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I N C I D Ê N C I A S E M P A , P E R F I L , A P A X I A L
( M É T O D O D E B R E T O N ) , P A R I E T O A C A N T I A L
( M É T O D O D E W A T E R S ) E S U A S P A T O L O G I A S
V I S U A L I Z A D A S .
CRÂNIO
Anatomia básica do crânio:
O crânio encontra-se na extremidade superior da
coluna vertebral e é divido em 8 ossos cranianos
(frontal, parietal direito e esquerdo, occipital, temporal
direito e esquerdo, esfenoide e etmoide) e 14 ossos
faciais (dois ossos maxilares, 2 ossos zigomáticos, 2
ossos lacrimais, 2 ossos nasais, 2 conchas nasais
inferiores, 2 ossos palatinos, vômer e mandíbula).
A anatomia do crânio é muito complexa, logo a
radiografia do crânio exige atenção e um bom
entendimento anatômico.
Analisar imagens a seguir.
Vista frontal – Perfil – Base inferior
Vista superior da base do crânio e do crânio
Morfologia do crânio
Os diferentes formatos cranianos são importantes
devido a posicionamentos que exigem ângulos do raio
central e rotação da cabeça, pois o ângulo do crânio varia
conforme a sua morfologia. Tipos cranianos:
 Mesocefálico 47°- a largura deve ser de 75% a 80%
de seu comprimento. (formato médio de base)
 Braquicefálico 54°- a largura é de 80% ou mais que
seu comprimento. (cabeça pequena e larga)
 Dolicocefálico 40°- a largura é inferior a 75% de seu
comprimento. ( cabeça longa e estreita)
Visualizar imagem a seguir.
Diferentes formatos do crânio:
Pontos de referência do crânio:
Pontos de referência do crânio:
Incidência Básica: PA
 Patologias demonstradas: Fraturas cranianas,
processos neoplásicos e doença de Paget.
 Fatores técnicos:
• Chassi tamanho 24 x 30 cm (sentido longitudinal)
• Ponto focal pequeno
• mAs tempo curto - 18
• KV médio - 70 a 80
Posicionamento do Paciente (PA):
O paciente deve estar na posição ereta ou em decúbito
ventral, sem rotação e/ou inclinação da cabeça, com os
braços semiflexionados ao lado da cabeça onde não
deve ter nenhum objeto de metal ou plástico. O
paciente deve permanecer imóvel e em apneia durante
a realização da incidência.
Visualizar imagem a seguir.
Figura (1)
Posicionamento das Partes (PA):
 Alinhar o plano sagital mediano do corpo com a
linha central da mesa/bucky.
 Centralizar o receptor de imagem com o raio central.
 Apoiar a testa e o nariz na mesa/bucky.
 Flexionar o pescoço para alinhar a LOM (Linha
orbitomeatal) perpendicular ao receptor de imagem.
Raio Central (PA):
 Perpendicular ao receptor de imagem, paralelo à
LOM (Linha orbitomeatal).
 Centralizado para sair na glabela.
 DFR (Distância fonte-receptor de imagem) de 1
metro.
Anatomia radiográfica (PA):
1. Borda superior da parte petrosa do
osso temporal
2. Linha inominada
3. Crista etmoidal (crista Galli)
4. Seio frontal
5. Teto da órbita
6. Septo nasal
7. Espinha nasal anterior
8. Palato duro
9. Asa menor do esfenoide
10. Asa maior do esfenoide
11. Fissura orbital superior
12. Sutura sagital
13. Lâmina interna (osso plano)
14. Díploe (osso plano)
15. Lâmina externa (osso plano)
16. Corpo da mandíbula
17. Ramo da mandíbula
18. Processo mastoide
19. Sutura lambdoide
Patologia: Doença de Paget
A doença de Paget é um distúrbio crônico do esqueleto, no
qual áreas de ossos apresentam um crescimento anormal,
tornando-se mais frágeis. O distúrbio pode afetar qualquer
osso. No entanto, os ossos mais comumente atingidos são: os
ossos da pelve, o fêmur, os ossos do crânio, a tíbia, os ossos
da coluna vertebral, as clavículas e o úmero. Os homens
apresentam maior probabilidade de adquirir a doença. A
causa é desconhecida. Os sintomas são de dor, aumento de
tamanho e deformidades ósseas. O diagnóstico pode ser feito
baseando- se nos sintomas e no exame físico. A cintilografia
óssea revela quais ossos encontram-se afetados. Na
radiografia a doença é constatada devido a aparência de “lã
de algodão” com áreas irregulares de esclerose. O tratamento
é indicado apenas para pacientes com dor óssea.
 Visualizar imagens a seguir.
Doença de Paget: PA e Perfil
Incidência Básica em Perfil (D/E):
 Patologias demonstradas: Processos neoplásicos,
fraturas do crânio e doença de Paget.
 Fatores técnicos:
• Chassi tamanho 24 x 30 cm (sentido transversal)
• Ponto focal pequeno
• mAs tempo curto - 8
• KV médio - 70 a 80
Posicionamento do paciente (Perfil):
O paciente deve estar na posição ereta ou em decúbito
ventral, semipronada (posição oblíqua em relação a
mesa) com a cabeça em posição lateral, com o lado de
interesse próximo ao chassi, permanecer imóvel e sem
qualquer objeto de metal ou plástico na cabeça.
Importante: Para pacientes traumatizados é
necessário um feixe horizontal para obter a vista em
perfil. Com esse procedimento é possível ver os níveis
hidroaéreos no seio esfenoidal que indica a
possibilidade de fratura da base do crânio.
Visualizar imagem a seguir.
Figura (2)
Posicionamento das partes (Perfil):
 Alinhar o plano sagital mediano paralelamente ao
chassi.
 Alinhar a linha interpupilar perpendicularmente
ao chassi.
 Ajustar a flexão do pescoço para alinhar a LIOM
(Linha Infra-Orbitomeatal) à borda anterior do
chassi.
 O paciente deve prender a respiração durante a
exposição.
Raio central (Perfil):
 Perpendicularmente ao receptor de imagem.
 Alinhar e centralizar o chassi com o raio central.
 Centralizar cerca de 5 cm acima do MAE ( Meato
Acústico Externo).
 DFR (Distância fonte-receptor de imagem) de 1 metro.
Anatomia radiográfica (Perfil):
1. Sela turca
2. Processo clinóide anterior
3. Fossa hipofisária
4. Processo clinóide posterior
5. Seio esfenoidal
6. Células mastóideas
7. Teto das órbitas
8. Asa maior do esfenóide
9. Corpo da mandíbula
10. Osso occiptal
11. Sutura lambdóide
12. Lâmina externa (osso plano)
13. Diploe (osso plano)
14. Lâmina interna (osso plano)
15. Palato duro
16. Seios maxilares
17. Áxis
18. Atlas
Patologia: Neoplasias do crânio
As neoplasias são crescimentos novos e anormais de tecido. O crânio é
uma região comum de lesões metastáticas (neoplasias malignas
primárias) que correspondem à disseminação de outros focos
primitivos situados nos diferentes órgãos, cujas células chegam ao
encéfalo através da circulação sanguínea e do sistema linfático. São
essencialmente originados a partir de cancros do pulmão, mama, pele,
rim e aparelho digestivo. As características clínicas dos pacientes
incluem cefaleia, déficit neurológico e crises convulsivas. Após a
detecção, o principal tratamento corresponde à sua extração cirúrgica.
No entanto, é um procedimento que apenas pode ser efetuado quando
o tumor está acessível. Na radiografia as metástases podem ser
visualizadas no exame das seguintes formas: Lesões Osteolíticas –
Lesões destrutivas com margens irregulares. Lesões Osteoblásticas –
Lesões ósseas proliferativas de densidade aumentada. Lesões
Osteolíticas e Osteoblásticas combinadas – Possuem aspecto de “roído
de traça” nos ossos, devido a mistura de lesões destrutivas e blásticas.
 Visualizar imagem a seguir.
Lesões ósseas líticas:
Incidência: AP Axial (método de Breton)
 Patologias demonstradas: Fraturas do crânio,
processos neoplásicos e doença de Paget.
 Fatores técnicos:
• Chassi tamanho 24 x 30 cm (sentido longitudinal)
• Ponto focal pequeno
• mAs tempo curto - 20
• KV médio - 70 a 80
Posicionamento do paciente (Breton):
 O paciente deve estar em decúbito dorsal ou em
ortostática, pés fora da mesa, braços estendidos ao
lado do corpo e sem qualquer material de plástico ou
metal na cabeça. O paciente deve permanecer imóvel
e em apneia durante a exposição.
Visualizar a imagem a seguir.
Figura (3)
Posicionamento das partes (Breton):
 Alinhar plano sagital mediano do corpo com a linha
central da mesa bucky e com o raio central.
 Posicionar a LOM (linha orbitomeatal)
perpendicularmente ao receptor de imagem
flexionando o queixo. (Caso isso não seja possível,
alinhar a LIOM (linha infraorbitomeatal)
perpendicularmente ao receptor de imagem
adicionando um suporte radiotransparente.
 Garantir que não haja rotação e/ou inclinação da
cabeça e que o vértice do crânio esteja dentro do
filme.
Raio Central (Breton):
 Angulado a 30° caudais em relação à Linha
Orbitomeatal (ou a 37° caudais em relação a Linha
Infraorbitomeatal).
 Alinhar e centralizar o receptor de imagem à
projeção do raio central.
 Centraliza-lo no plano sagital mediano 6 cm acima
da glabela.
 Distância mínima de 1 metro.
Anatomia Radiográfica (Breton):
1. Crista occipital interna
2. Dorso da sela turca
3. Forame magno
4. Meato acústico interno
5. Cóclea
6. Vestíbulo
7. Canal semicircular
superior
8. Células mastoideas
9. Antro da mastoide
10. Meato acústico externo
11. Processo condilar da
mandíbula
12. Ramo da mandíbula
Patologia: Fraturas do crânio
As fraturas cranianas são rupturas de um osso do crânio, elas podem lesionar artérias e veias,
provocando sangramento nos espaços em torno do tecido cerebral e podem romper as
meninges, fazendo com que o líquido cefalorraquidiano, que circula entre o cérebro e as
meninges saia pelo nariz ou pelo ouvido.
As fraturas lineares são os tipos mais comuns de fraturas no crânio. Manifesta-se por uma
ruptura em um osso do crânio que se assemelha a uma linha fina.
As fraturas cranianas com afundamento são fragmentos ósseos fraturados afundados,
comprimindo e lesionando o tecido cerebral adjacente. Um fragmento ósseo que esteja
separado pode penetrar na cavidade craniana. Na radiografia há possibilidade de utilizar uma
vista tangencial para determinar o grau de depressão.
As fraturas de base de crânio envolvem a base craniana. Inclui fraturas nos ossos frontal,
esfenoide, temporal e occipital. Os sinais clínicos de fratura na base do crânio são: vazamento
do líquido cefalorraquidiano pelo nariz e ouvido; hematoma atrás do ouvido, hematoma ao
redor dos olhos, lesão nos nervos do crânio: fraqueza na face, perda de audição, redução visual,
visão dupla. A maioria deste tipo de fratura não requer tratamento. Elas tendem a curar-se
sozinhas. Porém se o vazamento de líquido cefalorraquidiano persistir, há necessidade de
cirurgia de reparo. Na radiografia a fratura é difícil de ser visualizada devido a sua
complexidade anatômica. Ocorrendo sangramento a radiografia em perfil poderá revelar um
nível hidroaéreo no seio esfenoidal.
Radiografias com Fraturas do crânio:
Anatomia Básica das Órbitas:
As órbitas são constituídas
por 7 partes de ossos,
sendo 3 ossos cranianos (
Frontal, Esfenoide Asa
Maior e Esfenoide Asa
Menor) e 4 da face (Maxila,
Zigomático, Lacrimal e
Palato). As órbitas contem
os órgãos vitais da visão, os
nervos e vasos sanguíneos
associados. Cada órbita
consiste em uma estrutura
de paredes ósseas em
formato de cone.
Incidência: Parietoacantial (Método de
Waters)
 Patologias demonstradas – Fraturas
(Particularmente fraturas tripé e Le Fort), processos
neoplásicos/inflamatórios e corpos estranhos no
olho.
 Fatores técnicos:
• Chassi tamanho 24 x 30 cm (sentido longitudinal) ou
18 x 24 cm
• Ponto focal pequeno
• mAs - 18
• KV - 70 a 80
Posicionamento do paciente (Waters):
O paciente deve estar na posição ereta ou em decúbito
ventral (preferencialmente na posição ereta) com a
região anterior do corpo mais próxima do bucky
mural. O plano sagital mediano deve estar alinhado
com o plano central do bucky mural. Na mesa bucky os
pés do paciente ficam para fora da mesa e os membros
superiores semiflexionados ao lado da cabeça. O
paciente deve permanecer imóvel e em apneia durante
a realização da incidência.
Visualizar imagem a seguir.
Figura (4)
Posicionamento das partes (Waters):
 Estender o pescoço e encostar o queixo na mesa/bucky
mural.
 Ajustar a cabeça até que a LMM (Linha mentomeatal)
fique perpendicular ao plano do chassi.
 A LOM (Linha orbitomeatal) irá formar um ângulo de
37°com a mesa/bucky mural.
 Posicionar o plano mediossagital perpendicularmente
a linha central da mesa/bucky mural.
 Evitar rotação e/ou inclinação da cabeça.
Raio Central (Waters):
 Alinhar e centralizar o raio central
perpendicularmente ao receptor de imagem para
sair no acântio.
 Distância mínima de 1 metro.
Anatomia Radiográfica (Waters):
1. Seio frontal
2. Teto da órbita
3. Órbita
4. Forame intraorbital
5. Seio maxilar
6. Osso zigomático
7. Arco zigomático
8. Septo nasal
9. Osso nasal
10. Mandíbula – processo
coronoide
11. Mandíbula – processo
condilar
12. Ramo da mandíbula
13. Ângulo da mandíbula
14. Corpo da mandíbula
Patologia: Neoplasias orbitarias
Os tumores que ocupam a cavidade orbitária podem ser primários
(com origem dentro da órbita) e secundários (com origem fora da
órbita). Estes tumores nascem do espaço intracraniano da face, ou
são metástases de tumores originados em outros órgãos do corpo.
O sintoma mais frequentemente observado é o exoftalmos
(proptose), que consiste na projeção do globo ocular para frente.
Vários tipos de tumores podem ser encontrados no espaço orbitário,
incluindo tumores benignos, intermediários e malignos. Os mais
frequentes são: Cavernoma, Meningeoma da bainha do nervo óptico,
Meningeoma da asa do esfenoide, Glioma do nervo óptico, Linfoma,
Sarcoma, Carcinoma, Neurinoma, Adenoma pleomórfico da glândula
lacrimal, Osteoma, Metástases. As lesões expansivas inflamatórias ou
infecciosas, como abscessos e mucoceles, também podem ser
encontradas no espaço intraorbitário. O tratamento cirúrgico é
indicado na maioria dos casos, já no caso de tumores malignos,
dependendo do tipo histológico, terapia adjuvante com radioterapia
e/ou quimioterapia pode ser necessária.
Osteoma na cavidade orbital
Proteção contra radiação:
 Boas práticas de colimação.
 Imobilização da cabeça utilizando dispositivos de
apoio ou se for necessário que o responsável pelo
paciente faça a imobilização, disponibilizar o avental
de chumbo, sendo o responsável do sexo feminino
certificar-se de que não há possibilidade de gravidez.
 Centralização adequada.
 Protetor de chumbo para a tireoide.
 Comunicação com o paciente de forma clara
acerca dos procedimentos, afim de obter cooperação
e evitar repetir a exposição.
Higiene
É necessário que seja feita a desinfecção da superfície
utilizada antes e depois da realização do exame e a
lavagem de mãos adequada, pois em alguns casos o
paciente precisa ficar em contato direto com as mãos
do técnico e com a superfície da mesa bucky.
Aluna: Priscila Ferro de Oliveira
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Crânio

  • 1. I N C I D Ê N C I A S E M P A , P E R F I L , A P A X I A L ( M É T O D O D E B R E T O N ) , P A R I E T O A C A N T I A L ( M É T O D O D E W A T E R S ) E S U A S P A T O L O G I A S V I S U A L I Z A D A S . CRÂNIO
  • 2. Anatomia básica do crânio: O crânio encontra-se na extremidade superior da coluna vertebral e é divido em 8 ossos cranianos (frontal, parietal direito e esquerdo, occipital, temporal direito e esquerdo, esfenoide e etmoide) e 14 ossos faciais (dois ossos maxilares, 2 ossos zigomáticos, 2 ossos lacrimais, 2 ossos nasais, 2 conchas nasais inferiores, 2 ossos palatinos, vômer e mandíbula). A anatomia do crânio é muito complexa, logo a radiografia do crânio exige atenção e um bom entendimento anatômico. Analisar imagens a seguir.
  • 3. Vista frontal – Perfil – Base inferior
  • 4. Vista superior da base do crânio e do crânio
  • 5. Morfologia do crânio Os diferentes formatos cranianos são importantes devido a posicionamentos que exigem ângulos do raio central e rotação da cabeça, pois o ângulo do crânio varia conforme a sua morfologia. Tipos cranianos:  Mesocefálico 47°- a largura deve ser de 75% a 80% de seu comprimento. (formato médio de base)  Braquicefálico 54°- a largura é de 80% ou mais que seu comprimento. (cabeça pequena e larga)  Dolicocefálico 40°- a largura é inferior a 75% de seu comprimento. ( cabeça longa e estreita) Visualizar imagem a seguir.
  • 7. Pontos de referência do crânio:
  • 8. Pontos de referência do crânio:
  • 9. Incidência Básica: PA  Patologias demonstradas: Fraturas cranianas, processos neoplásicos e doença de Paget.  Fatores técnicos: • Chassi tamanho 24 x 30 cm (sentido longitudinal) • Ponto focal pequeno • mAs tempo curto - 18 • KV médio - 70 a 80
  • 10. Posicionamento do Paciente (PA): O paciente deve estar na posição ereta ou em decúbito ventral, sem rotação e/ou inclinação da cabeça, com os braços semiflexionados ao lado da cabeça onde não deve ter nenhum objeto de metal ou plástico. O paciente deve permanecer imóvel e em apneia durante a realização da incidência. Visualizar imagem a seguir.
  • 12. Posicionamento das Partes (PA):  Alinhar o plano sagital mediano do corpo com a linha central da mesa/bucky.  Centralizar o receptor de imagem com o raio central.  Apoiar a testa e o nariz na mesa/bucky.  Flexionar o pescoço para alinhar a LOM (Linha orbitomeatal) perpendicular ao receptor de imagem.
  • 13. Raio Central (PA):  Perpendicular ao receptor de imagem, paralelo à LOM (Linha orbitomeatal).  Centralizado para sair na glabela.  DFR (Distância fonte-receptor de imagem) de 1 metro.
  • 14. Anatomia radiográfica (PA): 1. Borda superior da parte petrosa do osso temporal 2. Linha inominada 3. Crista etmoidal (crista Galli) 4. Seio frontal 5. Teto da órbita 6. Septo nasal 7. Espinha nasal anterior 8. Palato duro 9. Asa menor do esfenoide 10. Asa maior do esfenoide 11. Fissura orbital superior 12. Sutura sagital 13. Lâmina interna (osso plano) 14. Díploe (osso plano) 15. Lâmina externa (osso plano) 16. Corpo da mandíbula 17. Ramo da mandíbula 18. Processo mastoide 19. Sutura lambdoide
  • 15. Patologia: Doença de Paget A doença de Paget é um distúrbio crônico do esqueleto, no qual áreas de ossos apresentam um crescimento anormal, tornando-se mais frágeis. O distúrbio pode afetar qualquer osso. No entanto, os ossos mais comumente atingidos são: os ossos da pelve, o fêmur, os ossos do crânio, a tíbia, os ossos da coluna vertebral, as clavículas e o úmero. Os homens apresentam maior probabilidade de adquirir a doença. A causa é desconhecida. Os sintomas são de dor, aumento de tamanho e deformidades ósseas. O diagnóstico pode ser feito baseando- se nos sintomas e no exame físico. A cintilografia óssea revela quais ossos encontram-se afetados. Na radiografia a doença é constatada devido a aparência de “lã de algodão” com áreas irregulares de esclerose. O tratamento é indicado apenas para pacientes com dor óssea.  Visualizar imagens a seguir.
  • 16. Doença de Paget: PA e Perfil
  • 17. Incidência Básica em Perfil (D/E):  Patologias demonstradas: Processos neoplásicos, fraturas do crânio e doença de Paget.  Fatores técnicos: • Chassi tamanho 24 x 30 cm (sentido transversal) • Ponto focal pequeno • mAs tempo curto - 8 • KV médio - 70 a 80
  • 18. Posicionamento do paciente (Perfil): O paciente deve estar na posição ereta ou em decúbito ventral, semipronada (posição oblíqua em relação a mesa) com a cabeça em posição lateral, com o lado de interesse próximo ao chassi, permanecer imóvel e sem qualquer objeto de metal ou plástico na cabeça. Importante: Para pacientes traumatizados é necessário um feixe horizontal para obter a vista em perfil. Com esse procedimento é possível ver os níveis hidroaéreos no seio esfenoidal que indica a possibilidade de fratura da base do crânio. Visualizar imagem a seguir.
  • 20. Posicionamento das partes (Perfil):  Alinhar o plano sagital mediano paralelamente ao chassi.  Alinhar a linha interpupilar perpendicularmente ao chassi.  Ajustar a flexão do pescoço para alinhar a LIOM (Linha Infra-Orbitomeatal) à borda anterior do chassi.  O paciente deve prender a respiração durante a exposição.
  • 21. Raio central (Perfil):  Perpendicularmente ao receptor de imagem.  Alinhar e centralizar o chassi com o raio central.  Centralizar cerca de 5 cm acima do MAE ( Meato Acústico Externo).  DFR (Distância fonte-receptor de imagem) de 1 metro.
  • 22. Anatomia radiográfica (Perfil): 1. Sela turca 2. Processo clinóide anterior 3. Fossa hipofisária 4. Processo clinóide posterior 5. Seio esfenoidal 6. Células mastóideas 7. Teto das órbitas 8. Asa maior do esfenóide 9. Corpo da mandíbula 10. Osso occiptal 11. Sutura lambdóide 12. Lâmina externa (osso plano) 13. Diploe (osso plano) 14. Lâmina interna (osso plano) 15. Palato duro 16. Seios maxilares 17. Áxis 18. Atlas
  • 23. Patologia: Neoplasias do crânio As neoplasias são crescimentos novos e anormais de tecido. O crânio é uma região comum de lesões metastáticas (neoplasias malignas primárias) que correspondem à disseminação de outros focos primitivos situados nos diferentes órgãos, cujas células chegam ao encéfalo através da circulação sanguínea e do sistema linfático. São essencialmente originados a partir de cancros do pulmão, mama, pele, rim e aparelho digestivo. As características clínicas dos pacientes incluem cefaleia, déficit neurológico e crises convulsivas. Após a detecção, o principal tratamento corresponde à sua extração cirúrgica. No entanto, é um procedimento que apenas pode ser efetuado quando o tumor está acessível. Na radiografia as metástases podem ser visualizadas no exame das seguintes formas: Lesões Osteolíticas – Lesões destrutivas com margens irregulares. Lesões Osteoblásticas – Lesões ósseas proliferativas de densidade aumentada. Lesões Osteolíticas e Osteoblásticas combinadas – Possuem aspecto de “roído de traça” nos ossos, devido a mistura de lesões destrutivas e blásticas.  Visualizar imagem a seguir.
  • 25. Incidência: AP Axial (método de Breton)  Patologias demonstradas: Fraturas do crânio, processos neoplásicos e doença de Paget.  Fatores técnicos: • Chassi tamanho 24 x 30 cm (sentido longitudinal) • Ponto focal pequeno • mAs tempo curto - 20 • KV médio - 70 a 80
  • 26. Posicionamento do paciente (Breton):  O paciente deve estar em decúbito dorsal ou em ortostática, pés fora da mesa, braços estendidos ao lado do corpo e sem qualquer material de plástico ou metal na cabeça. O paciente deve permanecer imóvel e em apneia durante a exposição. Visualizar a imagem a seguir.
  • 28. Posicionamento das partes (Breton):  Alinhar plano sagital mediano do corpo com a linha central da mesa bucky e com o raio central.  Posicionar a LOM (linha orbitomeatal) perpendicularmente ao receptor de imagem flexionando o queixo. (Caso isso não seja possível, alinhar a LIOM (linha infraorbitomeatal) perpendicularmente ao receptor de imagem adicionando um suporte radiotransparente.  Garantir que não haja rotação e/ou inclinação da cabeça e que o vértice do crânio esteja dentro do filme.
  • 29. Raio Central (Breton):  Angulado a 30° caudais em relação à Linha Orbitomeatal (ou a 37° caudais em relação a Linha Infraorbitomeatal).  Alinhar e centralizar o receptor de imagem à projeção do raio central.  Centraliza-lo no plano sagital mediano 6 cm acima da glabela.  Distância mínima de 1 metro.
  • 30. Anatomia Radiográfica (Breton): 1. Crista occipital interna 2. Dorso da sela turca 3. Forame magno 4. Meato acústico interno 5. Cóclea 6. Vestíbulo 7. Canal semicircular superior 8. Células mastoideas 9. Antro da mastoide 10. Meato acústico externo 11. Processo condilar da mandíbula 12. Ramo da mandíbula
  • 31. Patologia: Fraturas do crânio As fraturas cranianas são rupturas de um osso do crânio, elas podem lesionar artérias e veias, provocando sangramento nos espaços em torno do tecido cerebral e podem romper as meninges, fazendo com que o líquido cefalorraquidiano, que circula entre o cérebro e as meninges saia pelo nariz ou pelo ouvido. As fraturas lineares são os tipos mais comuns de fraturas no crânio. Manifesta-se por uma ruptura em um osso do crânio que se assemelha a uma linha fina. As fraturas cranianas com afundamento são fragmentos ósseos fraturados afundados, comprimindo e lesionando o tecido cerebral adjacente. Um fragmento ósseo que esteja separado pode penetrar na cavidade craniana. Na radiografia há possibilidade de utilizar uma vista tangencial para determinar o grau de depressão. As fraturas de base de crânio envolvem a base craniana. Inclui fraturas nos ossos frontal, esfenoide, temporal e occipital. Os sinais clínicos de fratura na base do crânio são: vazamento do líquido cefalorraquidiano pelo nariz e ouvido; hematoma atrás do ouvido, hematoma ao redor dos olhos, lesão nos nervos do crânio: fraqueza na face, perda de audição, redução visual, visão dupla. A maioria deste tipo de fratura não requer tratamento. Elas tendem a curar-se sozinhas. Porém se o vazamento de líquido cefalorraquidiano persistir, há necessidade de cirurgia de reparo. Na radiografia a fratura é difícil de ser visualizada devido a sua complexidade anatômica. Ocorrendo sangramento a radiografia em perfil poderá revelar um nível hidroaéreo no seio esfenoidal.
  • 33. Anatomia Básica das Órbitas: As órbitas são constituídas por 7 partes de ossos, sendo 3 ossos cranianos ( Frontal, Esfenoide Asa Maior e Esfenoide Asa Menor) e 4 da face (Maxila, Zigomático, Lacrimal e Palato). As órbitas contem os órgãos vitais da visão, os nervos e vasos sanguíneos associados. Cada órbita consiste em uma estrutura de paredes ósseas em formato de cone.
  • 34. Incidência: Parietoacantial (Método de Waters)  Patologias demonstradas – Fraturas (Particularmente fraturas tripé e Le Fort), processos neoplásicos/inflamatórios e corpos estranhos no olho.  Fatores técnicos: • Chassi tamanho 24 x 30 cm (sentido longitudinal) ou 18 x 24 cm • Ponto focal pequeno • mAs - 18 • KV - 70 a 80
  • 35. Posicionamento do paciente (Waters): O paciente deve estar na posição ereta ou em decúbito ventral (preferencialmente na posição ereta) com a região anterior do corpo mais próxima do bucky mural. O plano sagital mediano deve estar alinhado com o plano central do bucky mural. Na mesa bucky os pés do paciente ficam para fora da mesa e os membros superiores semiflexionados ao lado da cabeça. O paciente deve permanecer imóvel e em apneia durante a realização da incidência. Visualizar imagem a seguir.
  • 37. Posicionamento das partes (Waters):  Estender o pescoço e encostar o queixo na mesa/bucky mural.  Ajustar a cabeça até que a LMM (Linha mentomeatal) fique perpendicular ao plano do chassi.  A LOM (Linha orbitomeatal) irá formar um ângulo de 37°com a mesa/bucky mural.  Posicionar o plano mediossagital perpendicularmente a linha central da mesa/bucky mural.  Evitar rotação e/ou inclinação da cabeça.
  • 38. Raio Central (Waters):  Alinhar e centralizar o raio central perpendicularmente ao receptor de imagem para sair no acântio.  Distância mínima de 1 metro.
  • 39. Anatomia Radiográfica (Waters): 1. Seio frontal 2. Teto da órbita 3. Órbita 4. Forame intraorbital 5. Seio maxilar 6. Osso zigomático 7. Arco zigomático 8. Septo nasal 9. Osso nasal 10. Mandíbula – processo coronoide 11. Mandíbula – processo condilar 12. Ramo da mandíbula 13. Ângulo da mandíbula 14. Corpo da mandíbula
  • 40. Patologia: Neoplasias orbitarias Os tumores que ocupam a cavidade orbitária podem ser primários (com origem dentro da órbita) e secundários (com origem fora da órbita). Estes tumores nascem do espaço intracraniano da face, ou são metástases de tumores originados em outros órgãos do corpo. O sintoma mais frequentemente observado é o exoftalmos (proptose), que consiste na projeção do globo ocular para frente. Vários tipos de tumores podem ser encontrados no espaço orbitário, incluindo tumores benignos, intermediários e malignos. Os mais frequentes são: Cavernoma, Meningeoma da bainha do nervo óptico, Meningeoma da asa do esfenoide, Glioma do nervo óptico, Linfoma, Sarcoma, Carcinoma, Neurinoma, Adenoma pleomórfico da glândula lacrimal, Osteoma, Metástases. As lesões expansivas inflamatórias ou infecciosas, como abscessos e mucoceles, também podem ser encontradas no espaço intraorbitário. O tratamento cirúrgico é indicado na maioria dos casos, já no caso de tumores malignos, dependendo do tipo histológico, terapia adjuvante com radioterapia e/ou quimioterapia pode ser necessária.
  • 42. Proteção contra radiação:  Boas práticas de colimação.  Imobilização da cabeça utilizando dispositivos de apoio ou se for necessário que o responsável pelo paciente faça a imobilização, disponibilizar o avental de chumbo, sendo o responsável do sexo feminino certificar-se de que não há possibilidade de gravidez.  Centralização adequada.  Protetor de chumbo para a tireoide.  Comunicação com o paciente de forma clara acerca dos procedimentos, afim de obter cooperação e evitar repetir a exposição.
  • 43. Higiene É necessário que seja feita a desinfecção da superfície utilizada antes e depois da realização do exame e a lavagem de mãos adequada, pois em alguns casos o paciente precisa ficar em contato direto com as mãos do técnico e com a superfície da mesa bucky.
  • 44. Aluna: Priscila Ferro de Oliveira Turma: RX17D