O documento discute os conceitos de MOOCs e diferentes tipos de cursos online massivos e abertos. Apresenta as definições de cMOOCs e xMOOCs e argumenta que um novo tipo de curso, o bMOOCs, pode combinar os melhores aspectos dos dois para resolver problemas como avaliação e certificação.
1. O MS adverte : os conceitos emitidos aqui
podem causar uma revolução na forma como
você pensa que a educação deve ser
produzida– ensino e aprendizado –
especialmente nas universidades.
3.
Continuamos hoje com um novo artigo sobre os MOOCS. O
primeiro desta série foi publicado nos sites: www.canvas-
moocs.blogspot.com.br, www.unasus.gov.br, e
www.observasaude.org.br e na primeira semana alcançou 300
visitas. Uma boa repercussão, novas dúvidas e algumas críticas.
Uma delas me deixou particularmente feliz ao referir o artigo
como uma colcha de retalhos. Nada mais significativo. MOOCS
é também um espaço, às vezes uma loja, onde as pessoas
trocam ou vendem os seus pertences indesejados. O nome é
perfeito para esta concepção de curso, um espaço de troca de
conhecimentos, de conteúdos, de vivências, etc. Não se trata de
um conteúdo estático que não se renova e não se integra com o
grupo que dele participa. É uma inovação disruptiva como são
aquelas que ajudam a criar novos valores causando uma
desorganização nos valores presentes.
QUANDO OS MOOCS
NÃO SÃO MOOCS
4.
A desconstrução contém o ambiente do futuro. Usualmente, os
paradigmas existentes, podem causar revoluções tecnológicas e
cognitivas. Como exemplo temos a introdução do computador
pessoal que evoluiu de uma brincadeira para crianças e em 20
anos eliminou os grandes computadores. Incomoda, assim, a
muita gente que precisa desaprender os seus paradigmas de
trabalho. E isto é difícil. Muito difícil.
MOOC é um conceito desenvolvido no movimento OPEN
EDUCATIONAL RESOURCES. Usa tecnologias da web 3.0 e
assim permite a adição de páginas ativas no material textual.
Um vídeo pode ser parado para introdução de explicações e
perguntas, uso exaustivo de hipertextos, avaliações dinâmicas
com registro dos percursos dentro do website, revisão por
pares, uso de hangouts, skypes, rede sociais, etc.
6.
Massivo - não é o número de matrículas e sim a
oportunidade de atingir e explorar a capacidade de
milhares de estudantes em fóruns, hangouts e em
atividades moderadas. É gratificante a ajuda e
inspiração que pode ser conseguida dos estudantes e
quantos conhecimentos aparecem a medida que o
curso prossegue e quanta inspiração pode ser dele
recorrente.
7.
Open – deve oferecer vários caminhos e objetivos
utilizando diferentes recursos e habilidades sem diminuir
a qualidade. Isto pode parecer problemático num mundo
de culturas e sistemas educacionais caóticos. Não
podemos esquecer também que os estudantes estão à
procura de educação continuada. O curso deve evoluir ou
acontecer numa plataforma LMS de fácil usabilidade e
sem as complexidades dos atuais sistemas. Plataformas
tipo CANVAS poderá ser a solução. Todos os
participantes podem contribuir livremente.
8.
Online – os livros são importantes, mas não
devemos forçar os estudantes a irem off-line quando
as informações estão disponíveis online. Não é
apenas um texto, mas existem laboratórios, nuvens
computacionais. Todas as coisas podem se tornar
uma atividade complementar, ou o inicio de um
projeto pessoal de melhora.
9.
Course – os certificados são importantes e
fundamentais. Sem eles é melhor seguir os vídeos
no You Tube. São importantes para a avaliação do
processo educacional.
Nunca esqueça que o O é mais importante que o M
10.
A wikipedia diz que existem dois tipos: o primeiro
que enfatiza a filosofia conectivista e aqueles que se
assemelham aos cursos tradicionais e bem
financiados como os do Coursera e edX. Para
distinguir os dois Stepbhen Downes propõe os
termos “cMOOC” e “xMOOC”.
Pode existir mais de um
tipo de MOOC ?
11.
Os cMOOCs são contextos de aprendizados, co-construídos e
adaptados por quem está aprendendo. Elimina a figura do
grande professor-autor, pois todos são co-autores do curso e
utilizam os princípios do aprendizado conectivista. O que o
distingue é o elemento interativo e são focados na produção do
contexto e não do conteúdo.
Necessita por definição dos seguintes elementos de transmídia:
Vídeos
Tarefas – dever de casa
Ferramentas de comunicação entre os participantes, como
chats, discussão fóruns, blogs.
Fonte aberta
Textos
Uma plataforma que permite um desenvolvimento fácil, ágil.
OS cMOOCS
12.
Os estudantes aprendem usando estes recursos e se
conectando uns com os outros, aprendem e
gerenciam o seu crescimento no campo do
conhecimento. Não existem objetivos fixados, exceto
aprender em profundidade o assunto da matéria.
Os grande problemas dos cMOOCs são a
acreditação, a certificação e avaliação.
13.
São essencialmente os cursos padrões com objetivos,
matérias fixas, perguntas e exames. O enfoque é
mais sobre a produção do conteúdo. O Coursera, o
Edx são essencialmente deste tipo. Os do Medscape
e do BMJ também seguem este padrão. Esta
discussão – valorização do conteúdo ou do contexto
– não é nova. Há 15 anos os especialistas em
educação online asseguravam que o futuro está no
conteúdo. Hoje sabemos que eles só têm valor
quando usados no contexto.
E os xMOOCS ?
14.
A função central da educação hoje, para muitos, é o
design de contextos onde a aprendizagem possa
acontecer. Ensinar é criar contextos onde se possa
aprender.
A.Dias de Figueiredo
15.
Estas definições de MOOCS são agora um padrão
para discussão. Pesquisadores da educação à
distância em saúde, como Vinicius Oliveira, Luiz
Carlos Lobo e Lina Barreto, propõem agora a criação
dos bMOOCs que seria um “blended” dos dois tipos
acima descritos. Os “bMOOCS” seriam capazes de
resolver os grandes problemas: as dificuldades de
avaliação, certificação e da acreditação. As
plataformas atuais de desenvolvimento destes cursos
como o Canvas, o Moodle etc, serão capazes de
responder a estes desafios?
O “bMOOCS” vem ai
16.
Com o entendimento destas diferenças e limitações,
os educadores de EAD podem fazer as opções sobre
o desenvolvimento dos seus cursos.
Na internet e na imprensa escrita vemos muitas
apresentações em power point de instituições
respeitáveis chamando o seu material de educação à
distância de MOOCS. Alguns descrevem o atual
momento como “MOOC pânico” ou uma “MOOC
mania”, ou ainda como um tsunami – como disse
John Hennssy, reitor de Stanford.
17.
Alguns cursos que estão sendo oferecidos na internet
– como os dos grandes hospitais ou laboratório
brasileiros, mais parecem apresentações de slides do
que cursos realmente.
Não posso dizer que não aprendo ouvindo
passivamente estes cursos, mas é muito pouco diante
do que pode ser feito com as tecnologias atuais.
Continuamos em breve esta série discutindo as
críticas aos MOOCS