1. Missão
A Hair Shine tem como missão desenvolver produtos voltados para os profissionais
cabeleireiros que reflitam positivamente no bem-estar de seus clientes;
Ser referência em produtos voltados para tratamentos cosméticos que proporcionem
bem-estar e tragam satisfação total às expectativas de nossos clientes.
Contribuir e estimular o desenvolvimento do setor através da formação profissional para
que a beleza se manifeste além dos produtos e permita ao ser humano aumentar sua
estima de forma plena.
Visão
Em busca de proporcionar beleza, bem-estar e desenvolvimento do setor de beleza, a
Hair Shine almeja ser referência no desenvolvimento de produtos comprovadamente
eficazes e adaptados às necessidades dos profissionais cabeleireiros dos mercados em
que atuamos.
Valores
Oferecer produtos de eficácia comprovada;
Contribuir significativamente na formação do profissional cabeleireiro;
Aplicar tecnologias inovadoras para o desenvolvimento de produtos;
Inovar em pesquisas sempre;
Investir no crescimento profissional dos nossos colaboradores proporcionado ambiente
ideal para inovação;
Participar de ações sociais que promovam a busca pela qualidade de vida;
Relacionamento com base em respeito e confiança entre colaboradores, parceiros,
franqueados, comunidade, consumidores finais e profissionais cabeleireiros.
2. Tricologia
A palavra tricologia é de origem greco-latina:
TRICO (GREGO) = PELO, LÃ, CABELO
LOGIA (LATIM) = CIÊNCIA, ESTUDO
Então, tricologia é : a CIÊNCIA QUE ESTUDA OS CABELOS.
Durante toda a história moderna, o cabelo tem sido considerado um símbolo de força e sedução.
Biologicamente, funciona como isolante das radiações solares, e segundo os conceitos do visagismo* é a
tradução da imagem pessoal em que se revela a identidade verdadeira de uma pessoa.
Na antiguidade os gregos já dominavam um importante conhecimento sobre a fibra da lã. Conhecimento
este empregado no desenvolvimento e produção de suas vestimentas. Estes estudos foram fundamentais
para o desenvolvimento da indústria têxtil séculos depois, nesta época o cabelo era utilizado em testes
somente para fins comparativos.
A partir do século XIX, iniciou-se o crescimento da indústria cosmética propriamente dita e houve a
necessidade de estudos específicos sobre o cabelo, pois, os processos químicos desenvolvidos e
utilizados na lã eram extremamente agressivos ao couro cabeludo e à fibra capilar.
Os estudos sobre a fibra do cabelo e suas propriedades são considerados recentes. Devido ao fato de
apresentar uma estrutura muito complexa, o conhecimento sobre sua estrutura não está totalmente
compreendido ainda.
Os avanços tecnológicos atuais têm nos revelado informações preciosas outrora desconhecidas. Exemplo
recente deste fato é o projeto genoma que nos permitiu obter um melhor entendimento sobre a estrutura
molecular da fibra humana.
Na continuidade destes estudos podemos esperar que, dia após dia teremos mais informações sobre este
eterno e fascinante assunto que é a tricologia!
*Visagismo: É a arte de usar a linguagem visual tanto para analisar as características físicas do rosto e a personalidade de uma
pessoa como para adequar a imagem pessoal, de acordo com essa análise, os princípios de harmonia e estética, e as necessidades
pessoais e profissionais da pessoa, por meio da maquilagem, do corte, da coloração e do penteado do cabelo.
3. Citologia
Para entender melhor as características e estruturas do cabelo são fundamentais os conhecimentos iniciais
de sua constituição e da matéria que o compõe – a célula.
A palavra célula é de origem greco-latina:
KITOS (GREGO) = CÉLULA
CELLA (LATIM) = ESPAÇO VAZIO
Constituição da célula
Membrana Plasmática: é o revestimento externo da célula, sua constituição é lipoprotéica. Possui
permeabilidade seletiva, ou seja, seleciona tudo o que entra e sai da célula.
Citoplasma: contém um líquido gelatinoso (hialoplasma) onde estão mergulhadas as organelas celulares.
Organelas Função
Membranas responsáveis pela circulação e armazenamento
Retículo
de sustâncias. Pode ser liso (sem ribossomos) ou rugoso
endoplasmático
(com ribossomos)
Complexo de Armazena proteínas, proporciona a síntese de carboidratos e
Golgi
lipídios.
Ribossomos Grânulos formados por RNA (ácido ribonucléico) é
responsável pela síntese de proteínas
Mitocôndrias Responsável pela respiração celular, fornecendo energia a
célula
Centríolos Responsável pela divisão celular
Lisossomos Responsável pela digestão celular
Núcleo: Isolado do citoplasma por uma membrana, contém material genético DNA* e
RNA*.
*DNA: armazena a informação genética das células.*RNA: traduz a informação genética do DNA em proteínas.
4. Desenho esquemático da célula
Divisão celular
Sabemos que a reprodução é uma propriedade fundamental das células. As células se reproduzem através
de duplicação de seus conteúdos e posterior divisão em duas células filhas identicas à célula-mãe (Mitose)
ou através de redução, gerando células filhas com metade dos cromossomos da célula-mãe (Meiose).
Existem dois tipos de divisão celular:
Mitose
Todas as reproduções celulares no nosso organismo acontecem através do processo de mitose com
exceção aos neurônios (células nervosas), os músculos estriados (coração e músculos esqueléticos) e as
células sexuais. No processo a célula mãe se divide em outras duas células cromossomicamente e
genticamente idênticas.
Meiose
É o processo de divisão celular à partir dos gametas ou células sexuais - os espermatozóides e os óvulos
femininos. É responsável pela reprodução das espécies.
Sem a mitose, os organismos não cresceriam e não sobreviveriam. Sem a meiose, não
se reproduziriam. O cabelo é resultado de um processo de reprodução celular.
Somos seres pluricelulares. Cada tipo de célula desempenha papel fundamental na formação do corpo
humano. Sendo assim células de determinado tipo formam tecidos diferenciados e estes são responsáveis
pela constituição de diferentes orgãos. Veja o esquema abaixo:
5. TIPOS DE CÉLULAS TIPOS DE TECIDOS ORGÃOS
EPITELIAL
QUERATINÓCITOS
PELE
CONJUNTIVO
OSTEÓCITOS
CORAÇÃO
MUSCULAR
MIÓCITOS
CÉREBRO
NERVOSO
NEURÔNIOS
No corpo humano, células diferenciadas formam diferentes tipos de tecidos.
Tecidos
São conjuntos de células semelhantes, com a mesma origem e igualmente diferenciadas para o
desempenho de certas funções, num mesmo organismo vivo.
Existem quatro tipos básicos de tecido no corpo humano:
Epitelial: inclui a pele e as membranas que cobrem as superfícies internas do corpo. A principal função do
epitélio é proteger das lesões e infecções.
Conjuntivo: sustenta e mantêm as distintas partes do corpo. Compreende o tecido conjuntivo elástico e
fibroso, o tecido adiposo, a cartilagem e o osso.
Muscular: estes tecidos se contraem e se relaxam. Compreende os músculos estriados, lisos e cardíacos.
Nervoso: este complexo grupo de células transfere informações de uma parte do corpo a outra, deste
modo, coordena o funcionamento de um organismo e regula seu comportamento.
Os tecidos constituem os diferentes órgãos no corpo humano.
Órgãos
Partes do corpo humano que têm certa autonomia e desempenham uma ou mais funções especiais. O
maior órgão do corpo humano é a pele.
6. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
A pele é um manto de revestimento que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Corresponde,
em média a 16% do peso corporal e apresenta superfície aproximada de 1,5 m2 . Sua espessura é variável,
dependendo da região anatômica, da idade, e do sexo do indivíduo.
Enquanto órgão, a pele tem várias funções:
Produz melanina: importante pigmento na proteção contra a radiação ultravioleta;
Produz sebo: lubrificante que protege contra a entrada de bactérias;
Produz queratina: proteína que atua como barreira aos agentes agressores
externos, (vento, poeira, químicas, etc).
Tem função tátil: permite as sensações de frio, calor, dor, devido à grande quantidade de terminações
nervosas presentes na derme, protegendo o organismo de agressões externas.
Tem função protetora ativa: relaciona-se ao sistema imunológico (conjunto de ações de defesa do
organismo).
Tem função protetora passiva: funciona como barreira contra traumas.
Tem função de vaso-regulação: contribui para o controle da temperatura corporal por meio da
contração e da dilatação dos vasos sangüíneos.
Tem função de produzir suor: promove a regulação da temperatura corporal.
7. Células da pele
Queratinócitos
Estas células são produzidas na camada mais inferior da epiderme (camada basal ou germinativa). E em
sua evolução em direção à superfície sofrem processo de queratinização, que é o processo de formação da
queratina – proteína elástica e flexível que garante a impermeabilização relativa da pele e forma pêlos e
unhas (queratina mole e queratina dura).
Melanócitos
Os melanócitos produzem o pigmento que dá cor à pele e ao pêlo (melanina) e é a célula envolvida no fator
de proteção natural da pele.
8. As camadas da pele
Epiderme
É a camada mais superficial da pele. Suas células se multiplicam e se aproximam do meio externo. A
renovação celular constante da epiderme faz com que as células da camada córnea sejam gradativamente
eliminadas e substituídas por outras. O processo de renovação da epiderme leva cerca de 28 dias.
A epiderme é formada por uma proteína elástica e flexível, a queratina, que garante a impermeabilização
relativa da pele.
Derme
Está situada entre duas camadas compactas: epiderme e hipoderme. É constituída por gel coloidal
(substância gelatinosa) em que predomina a água e onde estão imersos elementos responsáveis pela
firmeza , flexibilidade e equilíbrio da pele, proporcionando resistência mecânica.
Nesta camada encontramos:
Fibras colágenas: responsáveis pela sustentação da epiderme e pela manutenção do teor hídrico da
pele. Tem a propriedade de expandir-se e contrair-se, retirando do gel coloidal a água necessária para
manter o nível ideal de teor hídrico na derme.
Fibras elásticas: encontram-se entrelaçadas às fibras colágenas e, como o próprio nome sugere, são
responsáveis pela elasticidade da pele. A substância fundamental das fibras elásticas é uma proteína
chamada elastina.
9. Nervos: responsáveis pela sensibilidade a pressão tátil, térmica e dolorosa;
Vasos sangüíneos: distribuídos em um plexo mais profundo do nível dermo-hipodermico e em um plexo
mais superficial na derme papilar. Têm função de nutrição da pele e regulação da temperatura corporal.
Glândulas sebáceas: produtoras de sebo (constituídos essencialmente de restos celulares, lipídios,
colesterol e fosfolipídios). Distribui-se por toda superfície corporal, com exceção das plantas das mãos e
dos pés, sempre associado a um folículo piloso, estando o pêlo presente ou não. O tamanho da glândula
sebácea é inversamente proporcional ao tamanho do pêlo. O controle da secreção sebácea é basicamente
hormonal e o hormônio de maior importância é o andrógeno.
Glândulas sudoríparas: produtoras de suor, um líquido incolor, sem cheiro, composto 99% por água e
1% por sódio, potássio, cloretos, uréia, amônia,ácido úrico e lipídios.As glândulas são responsáveis pela
regulação da temperatura corporal. O controle da secreção é feito pelo hipotálamo e recebem inervação
motora.
Hipoderme
Também chamado de tecido celular subcutâneo. É formada basicamente por células de gorduras
entremeadas por feixes conjuntivos.Esta parte da pele funciona como um depósito nutritivo de reserva.
Protege vasos e nervos de maior calibre.
FOLÍCULO PILOSO
10. FOLÍCULO PILOSO
É uma invaginação da epiderme que produz uma haste queratinizada chamada
pêlo.
Estrutura do folículo piloso
Os principais elementos presentes no folículo piloso são:
Papila dermal
Situada na base do folículo, ricamente vascularizada, fornece nutrientes essenciais ao crescimento do
cabelo e é responsável pelo controle folicular.
Bulbo
Situado sobre a papila dermal, é a região de crescimento do cabelo.
Glândulas sebáceas
São elas que produzem o sebo, material que determinará o grau de oleosidade do cabelo e do couro
cabeludo. As glândulas sebáceas estão presentes em todos os folículos pilosos. O sebo produzido passa
através de um canal e atinge a superfície pelo mesmo orifício por onde sai a haste capilar e se espalha
pelos fios e pela superfície do couro cabeludo.
Músculo eretor do pêlo
A cada folículo piloso está associado um músculo eretor do pêlo. Quando o músculo é contraído (por
exemplo, pelo frio), o pêlo fica ereto. Esse fenômeno de ereção comprime as glândulas sebáceas e mais
sebo é lançado para a superfície da pele.
Além destas quatro estruturas, o folículo piloso possui um grande número de vasos sanguíneos, que
fornecem os nutrientes necessários ao crescimento do cabelo.
Números interessantes:
Na 22ª semana de gestação já está determinada a quantidade de folículos que a pessoa terá por
toda a vida e por quanto tempo. (Não há formação de folículos após o nascimento)
Cada pessoa tem em média 100.000 folículos no couro cabeludo
Normalmente perde-se de 80 a 100 fios por dia
A fase de crescimento capilar dura mais tempo nas mulheres
Em condições normais o couro cabeludo apresenta:
80% - 95% de fios na fase de crescimento
1% - 2% de fios na fase estacionária
10% - 20% de fios na fase de queda
11. Ciclo do folículo piloso
O folículo piloso passa por três fases ou estágios:
Fase anágena: é a fase de crescimento do pêlo. O cabelo cresce
aproximadamente 1,5 cm por mês. Nesse estágio, dentro do folículo, as células
crescem e se dividem continuamente, permitindo o crescimento do cabelo. Essa fase
dura de 3 a 6 anos no couro cabeludo.
Fase catágena: é uma fase de transição. A divisão celular diminui até parar. O
folículo sofre involução e sua base migra em direção a superfície da pele. Essa
fase dura de 3 a 4 semanas no couro cabeludo.
Fase telógena: o cabelo permanece ligado ao folículo somente por sua base
queratinizada expandida. Nesse estágio, o cabelo cai naturalmente. Essa fase dura
de 3 a 4 meses no couro cabeludo. Durante esta fase, a papila dérmica (raiz do
cabelo) começa a produção de um novo fio, iniciando o ciclo novamente.
12. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO CABELO
Matéria
Olhe à sua volta. Tudo é matéria. Unhas,cabelo e pele são matéria. Água é matéria e o oxigênio também. A
matéria nem sempre é visível. O ar é um exemplo disso. Podemos, através de experimentos simples,
constatar que o ar ocupa lugar no espaço.
Matéria
É qualquer coisa que tenha massa e ocupe lugar no espaço.
Existem três formas básicas para a matéria:
Sólido: matéria com forma, volume e peso definidos.
Líquido: matéria que tem peso e volume definidos, mas sem forma.
Gás: matéria com peso definido, mas sem volume ou forma.
Você deve ter observado durante a sua vida que algumas matérias são vivas e outras não. O que você não
sabe é que o elemento carbono é que distigue umas das outras.
A Química tem uma divisão especial para cada tipo de matéria:
Química orgânica : Trata de toda matéria que vive ou teve vida em algum momento em
que haja presença de carbono, seja planta ou animal.
Química inorgânica: Estuda toda matéria que não é viva, não viveu em momento algum e
não contém carbono presente, seja pedra, água ou mineral.
Elemento
Qualquer matéria seja sólida, líquida ou gás, viva ou não, é composta por elementos.
Elemento
É a substância básica que não pode ser transformada em outra substância mais
simples.
Existem mais de 92 elementos conhecidos na natureza. Cinco destes elementos,compõem os cabelos, as
unhas e a pele e é importante que você os conheça.
13. O quadro abaixo destaca cinco elementos entre outros já conhecidos do nosso dia a dia.
Nº Atômico Elemento Símbolo Categoria
1 Hidrogênio H gás
2 Hélio He gás
3 Lítio Li sólido
6 Carbono C sólido
7 Nitrogênio N gás
8 Oxigênio O gás
13 Alumínio Al sólido
16 Enxofre S sólido
Neste quadro a informação mais importante para você e para o seu trabalho são as letras na coluna depois
dos nomes dos elementos. Aquelas letras , chamadas de símbolos são como apelidos que facilitam a
identificação dos elementos. Você verá que estes símbolos são usados nesta apostila, nos livros de química
e em alguns rótulos de produtos.
Os elementos que compõem o cabelo são:
C H O N S
(CARBONO, HIDROGÊNIO,OXIGÊNIO,NITROGÊNIO E ENXOFRE)
14. Átomo
Átomo
É a menor unidade de um elemento. Cada elemento é composto por um tipo de átomo.
Os átomos se dividem em três partes: prótons, neutrons e elétrons. Prótons e neutrons ficam unidos para
formar o núcleo no centro do átomo. Os elétrons se movem em torno do núcleo formando uma órbita.
Prótons Possuem carga positiva (+)
Neutrons Não possuem carga
Elétrons Possuem carga negativa (-)
Molécula
Molécula
Dois ou mais átomos unidos entre si por ligações químicas.
Quando átomos se combinam quimicamente formam moléculas. A molécula é a unidade que forma as
substâncias.
H2O
Elementos:
H = hidrogênio
O = oxigênio
Quantidade de átomos:
2 átomos de H + 1 átomo de O
15. Aminoácidos
Aminoácidos
São compostos químicos que contém carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio.
Os aminoácidos são as unidades fundamentais das proteínas , ou seja, os “aa” quando ligados uns nos
outros formam proteínas.
Existem 22 aminoácidos conhecidos, 19 destes compõem a proteína indispensável para a formação dos
cabelos: a queratina.
ÁTOMOS---------------->MOLÉCULAS------------->AMINOÁCIDOS----------->PROTEÍNAS
O que faz um aminoácido se ligar a outro é a ligação peptídica. Peptídeo é o outro nome dado ao “aa”.
Nesta ligação, a porção amina de um se liga à porção ácida do outro.
É importante conhecer os aminoácidos que compõem a queratina para selecionar melhor os produtos a
serem utilizados principalmente em tratamentos. A lista a seguir mostra a composição qualitativa e
quantitativa da queratina.
alanina -2,8 a 3,5 %
valina -5,0 a 5,8 %
leucina -6,4 a 6,9 %
isoleucina -2,3 a 2,5 %
serina -9,6 a 10,8 %
treonina -6,5 a 7,5 %
--------------------------------------
fenilalanina-2,2 a 2,8 %
tireosina -2,1 a 2,7 %
--------------------------------------
ácido aspártico -5,6 a 6,5 %
ácido glutâmico -14,3 a 15,5 %
glicina-3,3 a - 3,5 %
--------------------------------------
lisina -2,6 a 3,1 %
arginina -8,8 a 9,6 %
histidina-0,8 a1,1 %
--------------------------------------
cisteina - 14,0 a 16,5 %
metionina -0,5 a 0,9 %
ácido cisteico - vestígios
prolina – 2,8 a 3,5 %
cistina - variável
Os cabelos são constituídos de uma série de cadeias polipeptídicas, outro nome das cadeias de queratina.
Essas cadeias são mantidas unidas por ligações covalentes e não covalentes.
16. Ligações covalentes: Quando os átomos compartilham elétrons. São elas:
Ligações ou pontes dissulfeto: também chamadas de ligações de cistina. Acontece quando um
átomo de enxofre de uma cadeia se une a outro átomo de enxofre de outra cadeia. São as ligações que
fixam as cadeias umas as outras.
Ligações peptídicas: promove a união dos aminoácidos. Esta ligação é um ingrediente essencial
da formação da queratina.
Essas duas ligações são responsáveis pela resistência das queratinas. Somente podem ser destruídas por
ácidos e alcalinos muito fortes.
Ligações não covalentes: Quando um dos átomos doa elétrons para outro átomo. São elas:
Ligações iônicas ou eletrostáticas: Resultado da força de atração entre grupos de aminoácidos
ionizados de cargas contrárias.
Ligações de hidrogênio: Formadas quando um hidrogênio é compartilhado entre dois átomos
eletronegativos, oxigênio ou nitrogênio. São as ligações em maior quantidade existentes entre as fibras.
Essas ligações proporcionam a força que mantém unidas as cadeias polipeptídicas. São as mais fracas
entre as ligações. Podem ser rompidas com água.
A diferença entre as ligações covalentes e as não covalentes, está na quantidade de energia necessária
para romper as ligações.
Cistina ou cisteína?
É importante destacar a diferença química entre cistina e a cisteína.
A cisteína é um aminoácido e sua cadeia lateral apresenta uma sulfidrila (SH).Quando um aminoácido
cisteína se liga a outro aminoácido deste tipo é que se forma a cistina. Portanto, cistina é o nome da
ligação entre duas cisteínas.(ligação covalente)
A Cistina é reduzida prontamente até cisteína através de tratamentos com agentes redutores.
Também a cisteína pode ser oxidada prontamente até cistina por remoção de H (oxidação) do SH- o que
agrupa duas moléculas de cisteína, formando ligações dissulfeto.
Cisteína
18. MORFOLOGIA DA HASTE CAPILAR
A haste capilar é parte do fio de cabelo que emerge do couro cabeludo. É formada por células
queratinizadas. O cabelo possui uma estrutura muito complexa, porém são três os componentes mais
conhecidos:
Cutícula
É a camada mais externa da haste capilar.
Ela consiste de escamas duras, achatadas e afuniladas, que se sobrepõe uma a outra formando o
comprimento capilar
Em certas partes da haste (especialmente no meio) podem ser encontradas de 4 a 7 camadas de cutícula,
em casos extremos pode haver até 11 camadas cuticulares.
Sua função principal é a proteção das células corticais (córtex), é a principal barreira à penetração de
agentes químicos no interior da fibra.
A cutícula é responsável pelo brilho, suavidade, penteabilidade e na formação de carga estática do cabelo .
A cutícula tem um ponto isoelétrico de aproximadamente 4,5 a 5, 5, que é levemente ácido. Substâncias
alcalinas expandem as cutículas, os ácidos as fecham.
As células cuticulares estão sobrepostas formando um ângulo de 5°, e entre elas está o CMC que contém
ceramidas além de outros componentes. A exposição desordenada e descontrolada de químicas de
alisamento e coloração pode, por seu potencial alcalino diminuir a umectação, brilho e qualidade tátil da
19. haste capilar.
Cada célula cuticular se divide em :
Epicutícula
A epicutícula é a camada mais externa da fibra. É formada por ¾ de proteína e ¼ de lipídios, sendo muito
resistente aos ataques químicos em comparação com o restante da fibra.
Exocutícula
É uma camada proteica situada abaixo da epicutícula. Se divide em duas zonas (A e B). A zona A fica na
parte exterior da exocutícula com um alto teor de cistina (cerca de 35%) e a zona B na parte interior e com
um conteúdo infeirior deste aminoácido (15%). A zona A por seu elevado teor de enxofre( muitas ligações
dissulfeto), possui caráter hidrofóico que constitui uma autentica barreira pra a difusão de certos compostos
e enzimas.
Endocutícula
Está situada abaixo da exocutícula e rodeada pelo complexo membranoso celular que separa as células
cuticulares da células corticais. Apresenta uma baixa densidade de ligações dissulfeto (3%), motivo pelo
qual é mais suscetível aos ataques químicos e enzimáticos que a exocutícula.
Córtex
O córtex constitui de 75% a 90% da estrutura física e química do cabelo.
As propriedades físicas que derivam do córtex são:
Força
Elasticidade
Flexibilidade
Direção e maneira de crescimento
Tamanho ou diâmetro
Textura e qualidade
Os grânulos de melanina que definem a cor dos cabelos estão espalhados entre as células corticais.
Todas as mudanças físicas e químicas permanentes ocorrem neste nível.
As células corticais são longas e cortando um fio de cabelo, podemos ver a disposição das longas células
corticais envolvidas por uma substância intercelular (CMC ou matriz) rica em lipídios e proteínas (restos de
citoplasma e núcleo dos queratinócitos).
O córtex é composto de três estruturas fundamentais para que as propriedades do mesmo sejam mantidas.
Macrofibrilas
No interior de uma célula cortical existem de 5 a 8 macrofibrilas de baixo teor de enxofre. Trata-se de uma
estrutura longa composta de microfibrilas.
Microfibrilas
No interior de cada macrofibrila existem de 8 a11 microfibrilas com um teor intermediário de enxofre. Trata-
se de uma estrutura longa e composta de protofibrilas.
Protofibrilas
No interior de cada microfibrila existe uma protofibrila com um alto teor de enxofre. As protofibrilas são
formadas por quatro cadeias de queratina entrelaçadas em fuso que são chamadas alfa hélice.
Alfa hélice
É a unidade fundamental da fibra capilar. O que determina a resistência, elasticidade,flexibilidade e outras
20. características dos cabelos é a qualidade desta estrutura.
1.Célula Cortical 2.CMC 3. Macrofibrila 4.Melanina 5. Microfibrila 6. Protofibrila
7. Alpha Hélice 8. Cadeia de Queratina
Medula
Alguns fios de cabelo possuem esta estrutura e outros não. Sua função ainda não foi definida com exatidão
e sua importância está sendo estudada. Estudos recentes mostram que essa camada esponjosa como
provável peça de secreção. Pode ser contínua ou fragmentada e composta por restos celulares e
pigmentos.
DIFERENÇA MORFOLÓGICA ENTRE LISOS E CRESPOS
Embora o processo de formação seja exatamente igual, existem diferenças quanto ao tipo de pigmento, e o
padrão de curvatura da fibra. Este padrão deve-se as diferenças entre os processos de crescimento da
haste capilar em função do formato do folículo piloso (apresenta o formato da letra C, no que se refere ao
cabelo crespo) e devido à presença de dois tipos de córtex: paracórtex (estrutura com macrofibris bem
definidos e de formato arredondado) e ortocórtex (alongados e achatados) . No cabelo crespo, existe maior
concentração de ortocórtex, que atribuem maior flexibilidade e diferenciação no processo de crescimento da
haste, fator que influencia diretamente no padrão de curvatura.
21. Anamnese
Todas as características da haste do cabelo estão relacionadas à sua estrutura. Essas características,
propriedades ou atributos dependem, portanto, da condição da haste; dependem da integridade dos
componentes do cabelo.
A análise do cabelo está baseada nas propriedades dos fios e permite avaliar a condição dos componentes,
possibilitando a escolha correta de processamento a ser utilizado.
Comprimento
De acordo com seu comprimento, o cabelo pode ser classificado como:
Curto – cabelo cortado na altura da orelha;
Médio – cabelo cortado na altura do queixo;
Longo – cabelo cortado na altura do ombro.
Curvatura
A curvatura permite classificar o cabelo como:
Liso;
Ondulado;
Crespo;
Muito Crespo.
Espessura ou Textura
A variação da espessura do cabelo é dada pelo diâmetro de um único fio. Quanto à espessura, o cabelo
pode ser:
22. Fino: em geral é macio ao toque. Não retém normalmente o enrolamento tão bem quanto
um cabelo mais espesso. Os produtos químicos penetram no cabelo fino rápido e facilmente, o que
não significa que o resultado do tratamento seja eficiente. O cabelo muito fino é sensível a
tratamentos agressivos e muito freqüentes. Os reagentes dos produtos químicos afetam muito a
sua estrutura.
Médio: suave ao toque, retém o enrolamento. Os produtos químicos penetram facilmente
produzindo bons resultados.
Grosso: o enrolamento produz ótimo resultado neste tipo de cabelo e dura mais que feito
em cabelo de espessura fina.
A espessura e a curvatura dos fios podem variar ao longo do comprimento de um único fio e da cabeleira.
São características controladas geneticamente.A análise da espessura ajuda a determinar a intensidade do
produto químico a ser utilizado.
Densidade
É definida pelo número de fios existentes por centímetro quadrado. O cabelo denso possui mais fios por
centímetro quadrado do que o cabelo esparso.
A densidade não tem relação com a espessura: o cabelo fino pode ser denso ou esparso e o cabelo grosso
pode ser denso ou esparso.
A densidade do cabelo pode determinar a decisão profissional por alguns procedimentos, como cortes,
enrolamentos, escovas, ondulações permanentes, alisamentos e relaxamentos.
Porosidade
Refere-se à compactação da estrutura do cabelo. Quanto menos compacta a estrutura, maior é a
porosidade dos fios. Quanto maior a porosidade, maior a absorção de líquidos e produtos químicos.
É possível verificar a porosidade deslizando o polegar e o dedo indicador por alguns fios secos de cabelo,
da ponta em direção ao couro cabeludo.
O cabelo pode ser classificado, quanto à porosidade, como:
Poroso: apresenta aspecto excessivamente seco, absorve água e outros líquidos
rapidamente, demora para secar, não apresenta brilho e o toque a cutícula é áspero. No cabelo
poroso, os dedos encontram resistência ao deslizar pelos fios. Quanto maior for o atrito, mais
poroso é o cabelo. O atrito é maior no fio de espessura grossa. Isso não significa que o cabelo
esteja, necessariamente, muito poroso.
Muito Poroso: é opaco e, quando seco , apresenta maior volume; suas pontas resistem a
tomar forma e se quebram facilmente. No cabelo muito poroso, a cutícula está danificada por
excesso de tempo de processamento químico ou ação mecânica, como a ocasionada pelo uso
freqüente de escovas sem a devida proteção. E quanto mais a cutícula estiver danificada, maior o
atrito ao se deslizar os dedos pelos fios.
Pouco Poroso: é resistente à absorção de água e de produtos químicos e seca
rapidamente. No cabelo pouco poroso os dedos deslizam com facilidade.
23. A análise da porosidade ajuda a determinar a intensidade do produto químico a ser usado e o tempo de
processamento necessário.
Elasticidade
É a propriedade que um cabelo tem de ser estirado e de contrair-se naturalmente. Esta elasticidade está
ligada à espessura do fio. Quanto mais grosso o fio, mais difícil rompe-lo.
Para verificar a elasticidade, deve-se segurar um fio seco de cabelo entre o polegar e o indicador, e estira-
lo. O teste deve ser feito em todas as regiões da cabeça, e a força de estiramento deve ser proporcional à
condição do fio de cabelo. Quanto mais danificado, menor força.
A análise de elasticidade ajuda a determinar a intensidade do produto químico a ser usado e o tempo de
processamento necessário.
Cabelo com boa elasticidade
Responde bem ao enrolamento e aos processamentos químicos;
Não quebra facilmente ao ser penteado ou escovado;
Em geral, o cabelo com boa elasticidade requer produtos químicos mais fortes do que o
cabelo com pouca elasticidade. O cabelo com boa elasticidade resiste a ser estirado sem partir.
Em seguida, o fio se contrai lentamente.
Cabelo com média elasticidade
Nem sempre consegue reter o cacheado;
Fica com pouco balanço, mesmo após o enrolamento;
Requer produtos químicos mais fracos e menor tempo de processamento do que o cabelo
com boa elasticidade;
Normalmente, este tipo de cabelo pode resistir ao ser estirado. Nesse caso, ou ele quebra,
ou não retorna ao comprimento natural em seguida.
Cabelo com elasticidade ausente
É ressecado;
Quebra sob mínima tensão;
O cabelo com pouca ou nenhuma elasticidade rompe ao menor estiramento. Esse tipo de
cabelo não deve ser submetido a processamentos químicos.
Tipos de Cabelos
Cabelos Normais
Apresentam uma oleosidade necessária para a proteção dos fios, o que não interfere no brilho e na leveza
dos cabelos.
Cabelos Oleosos
Apresentam muita oleosidade na raiz ou ao longo dos fios, interferindo no brilho, na leveza e no volume dos
cabelos.
Cabelos Secos
24. Apresentam uma falta de oleosidade na raiz e ao longo dos fios, deixando-os sem brilho e com pontas
ressecadas. Normalmente é uma das características dos cabelos crespos, o que determina o aumento do
volume.
Cabelos Mistos
Apresentam uma oleosidade mínima na raiz e no comprimento. Normalmente são cabelos ondulados e
finos. Pode apresentar pontas duplas (tricoptilose) ou secas e sem brilho, conseqüência do uso inadequado
de produtos e falta de cuidados.
PATOLOGIAS
A palavra patologia é de origem greco-latina:
PATHUS (GREGO) = DOENÇAS, ALTERAÇÕES
LOGIA (LATIM) = CIÊNCIA, ESTUDO
Então, Patologia é : a CIÊNCIA QUE AS DOENÇAS E SUAS CAUSAS.
É importante identificar problemas no couro cabeludo ou na haste capilar de seus clientes, para poder
orienta-los, e se necessário encaminha-lo a um médico, pois o diagnóstico precoce torna mais fácil e efetivo
o tratamento.
Tais problemas podem ser decorrentes de:
Cuidados inadequados;
Processamentos químicos;
Procedimentos mecânicos;
Doenças congênitas ou adquiridas.
Conheça as principais doenças que acometem o couro cabeludo e a haste capilar.
DOENÇAS DO COURO CABELUDO
Dermatite seborréica
É uma doença não contagiosa, que ocorre em áreas de maior concentração de glândulas sebáceas (couro
cabeludo, face, dobras). Seus principais sintomas são irritação e coceira.
25. No couro cabeludo, caracteriza-se por comprometimento difuso, com descamação e discreta vermelhidão.
As sobrancelhas, os cílios e a barba também podem ser afetados.
A doença ocorre em surtos desencadeados por calor, estresse, alimentação gordurosa, ingestão excessiva
de álcool e alterações hormonais. O tratamento é feito com xampus anti-seborréicos à base de coaltar,
ácido salicílico, piritionato de zinco, sulfeto de selênio.
Em grau mínimo, a doença manifesta-se por meio de caspa e oleosidade. Umas das medidas mais
importantes é a limpeza, que deve ser feita com maior freqüência em pessoas com cabelo oleoso.
Nos casos mais acentuados, porém, o correto é encaminhar a pessoa ao médico.
Psoríase
É uma doença crônica, não contagiosa, mais comum em pessoas na faixa entre vinte e trinta anos de
idade. Em 30% dos casos, sua origem está relacionada com predisposição genética, de caráter hereditário,
desencadeado por fatores emocionais.
No couro cabeludo, caracteriza-se por placas com base avermelhada e escamas grossas e brancas, bem
aderidas e com limites precisos.
Na pele, provoca lesões de tamanhos variados, principalmente em cotovelos e joelhos, mas podem
aparecer em todo o corpo, com as mesmas características das lesões do couro cabeludo.
Não se deve arrancar as crostas das lesões: a psoríase piora!
Consumir álcool em excesso.
Tomar sol em excesso sem proteção solar ou durante um tratamento de fototerapia.
A doença é tratada com xampus à base de coaltar, ácido salicílico e loções à base de corticóides, mas sua
indicação deve ser feita por médico especializado.
DOENÇAS INFECCIOSAS
Foliculite
São infecções do folículo piloso causadas por bactérias (em geral, estafilococos). Podem ser superficiais –
pústulas foliculares que não comprometem o cabelo – ou profundas – nódulos ou abscessos que deixam
cicatrizes. O tratamento é feito por meio de uma cuidadosa assepsia do local e em muitos casos torna-se
necessário o uso de antibióticos tópicos ou sistêmicos, indicados sempre pelo médico.
Micoses do couro cabeludo
São infecções causadas por fungos no couro cabeludo e devem ser tratadas por médico especializado.
Existem dois tipos mais comuns:
Tínea Capitis
Fungos dermatófitos que provocam áreas de alopecia arredondada, com o surgimento de
pêlos tonsurados e descamação. Manifesta-se apenas em crianças ou em adultos com
grande comprometimento do sistema imunológico (por exemplo, portadores do vírus da
aids e pacientes submetidos a transplantes que estejam tomando medicamentos
imunossupressores). É contagiosa. O tratamento é feito com antimicóticos sistêmicos e
tópicos.
26. Pitiríase Versicolor
Causada pela Mallassezia Furfur, caracteriza-se por descamação no couro cabeludo e por
manchas que se iniciam no pescoço e avançam pelo tronco. As manchas podem ser
claras, escuras ou avermelhadas. É contagiosa. O tratamento é feito com antimicóticos
sistêmicos ou tópicos.
Pediculose (piolho)
Doença contagiosa, causada por ácaro visível a olho nu, que deposita seus ovos (escamas transparentes
chamadas lêndeas) nos fios de cabelo e na nuca. O tratamento é feito com medicamentos antiparasitários,
indicados sempre pelo médico.
ALTERAÇÕES DA HASTE CAPILAR
• Tricoptilose: Cabelos finos e bifurcados, principalmente nas pontas. É causada pelo uso indevido
de produtos químicos, como alisantes, líquidos redutores, colorações, descolorações ou o uso
excessivo dos mesmos e traumas mecânicos. O tratamento consiste em suspender o uso destes
produtos temporariamente e usar bons cosméticos, pode ser orientado pelo profissional cabeleireiro.
Tricorrexe nodosa: Aparecimento de pseudonodosidades nos cabelos, ocasionando quebras. As
causas são traumas mecânicos e químicos. O tratamento consiste em afastar a causa e usar bons
cosméticos, e pode ser orientado pelo profissional cabeleireiro.
Triconodose: Formação de laços e nós no fio de cabelo, que se torna quebradiço. As causas
são traumas mecânicos. O tratamento consiste em evitar a agressão mecânica e usar bons cosméticos,
pode ser orientado pelo profissional.
Piliannulati: Os cabelos apresentam áreas claras e escuras alternadas. A causa é genética. É
raro, não há tratamento.
Pilitorti: Os cabelos ficam torcidos em relação ao próprio eixo. A causa é genética. É raro, não
há tratamento.
Moniletrix: Os cabelos apresentam dilatações e estreitamentos, provocando quebra da haste e
rarefação capilar. A causa é genética. É raro, não há tratamento.
ALOPÉCIAS
Alopecia significa ausência ou diminuição dos pêlos. Pode ocorrer em qualquer área do corpo. Classificam-
se em:
Congênitas: Herança genética. Exemplo: atriquia, queratose folicular.
Adquiridas: Podem ser de dois tipos principais: Cicatriciais e Não cicatriciais.
Para o cabeleireiro, o mais importante é conhecer os tipos de alopecia mais freqüentes e aqueles com
27. maiores chances de tratamento médico, que são os seguintes:
Cicatriciais
Infecções por bactérias ou fungos e tumores que deixam cicatrizes.
Doenças sistêmicas, como Lupus Eritematoso, que provocam lesões cicatriciais na pele e no couro
cabeludo.
Não Cicatriciais
Alopecia areata
Também chamada de “pelada” , é uma doença de causa desconhecida, caracterizada por perda de pêlos
em áreas arredondadas ou ovais, sem qualquer alteração visível no couro cabeludo, que permanece liso e
brilhante. Pode ser um quadro generalizado, quando recebe o nome de alopecia areata universal. Acomete
crianças e adultos. Quanto mais precoce o tratamento médico, melhor o prognóstico.
Eflúvio Telógeno
Os fios de cabelo do couro cabeludo duram em média quatro anos, passando pelas fases de seu
desenvolvimento: anágena (crescimento), catágena (parada de crescimento) e telógena (desprendimento e
queda). O eflúvio telógeno caracteriza-se por uma queda difusa de cabelos, que passam diretamente da
fase anágena para a fase telógena, isto é, do crescimento pra a queda, diminuindo a duração de cada fio.
Podem ter as seguintes causas:
Doenças infecciosas, principalmente as acompanhadas de febre;
Gravidez e parto;
Emagrecimento;
Estresse;
Doenças sistêmicas, como distúrbios da tiróide;
Uso de medicamentos: quimioterápicos, vitamina A, anorexígenos.
A análise da causa específica e o tratamento devem ser feitos por médico especializado.
Alopecia Androgenética
Também chamada de calvície, é mais comum em homens, mas pode ocorrer também nas mulheres. É
causada por herança genética e, nas mulheres, por desequilíbrio hormonal (principalmente na menopausa).
Nos homens, inicia-se precocemente (adolescência), enquanto nas mulheres seu surgimento geralmente
ocorre acima dos 60 anos de idade. A perda é progressiva: os cabelos tornam-se inicialmente mais finos,
vão se transformando em penugem e ficando rarefeitos até desaparecer totalmente.
O tratamento deve ser feito por um médico especializado.
Tricotilomania
28. É o hábito de arrancar ou quebrar os cabelos. Comum em crianças e em pessoas com problemas
emocionais.
Alopecia Cosmética
Enfraquecimento do cabelo por aplicações químicas (colorações, produtos para alisamento ou permanente)
com muita freqüência e sem os cuidados adequados, causando queda ou levando os cabelos a quebrarem
facilmente.
Ficha de Anamnese
Esta ferramenta de apoio técnico profissional, foi elaborada para facilitar o acompanhamento do tratamento
durante as diferentes fases do atendimento.
NOME: D.N:
ENDEREÇO:
CEP:
TELEFONES:
E-MAIL:
DATA DE CADASTRO:
ANÁLISE CAPILAR
DENSIDADE:
ELASTICIDADE:
TEXTURA:
POROSIDADE:
ORIGEM:
CURVATURA:
TIPO:
COR:
COMPRIMENTO:
ANÁLISE DO COURO CABELUDO:
HISTÓRICO MÉDICO:
HISTÓRICO CAPILAR:
USO DOMÉSTICO: