O documento discute os conceitos de antígenos e anticorpos, incluindo suas definições, estruturas e funções. Antígenos são moléculas que induzem a produção de anticorpos, enquanto anticorpos são proteínas produzidas em resposta aos antígenos. Os anticorpos se ligam especificamente aos determinantes antigênicos dos antígenos e exercem funções como neutralização, opsonização e ativação do complemento.
2. ANTÍGENOS e ANTICORPOS
Fonte: http://www.biomedicinabrasil.com/2013/11/interacoes-
antigeno-anticorpo.html
ANTÍGENOS → são moléculas que induzem a
formação de anticorpos por serem reconhecidos
como “non self” pelo sistema imunológico.
ANTICORPOS → são proteínas produzidas pelo
sistema imunológico em resposta a presença de
antígenos.
Os anticorpos são glicoproteínas, também
chamadas de imunoglobulinas (Ig) ou
gamaglobulinas, produzidas pelos linfócitos B
especificamente em reação a determinado
antígeno.
Fontes: Stites; Terr, 2008. Levinson, 2016.Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS Fonte: http://escolakids.uol.com.br/caracteristicas-
do-sistema-imunitario.htm
3. ORIGEM DOS ANTÍGENOS
ANTÍGENOS EXÓGENOS: Moléculas externas ao organismo.
Entram por inalação, ingestão ou injeção.
ANTÍGENOS SOLÚVEIS: Não estão fixados as células.
São proteínas, glicoproteínas, lipoproteínas.
ANTÍGENOS PARTICULADOS: Estão fixados em células (humanas,
bacterianas, fúngicas, de protozoários, de helmintos) e nas partículas virais.
ANTÍGENOS ENDÓGENOS: São aqueles gerados dentro de uma célula, como
resultado do metabolismo celular normal, ou devido a infecções.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS ABBAS. Imunologia Celular e Molecular - 7ª Ed. 2012
Fonte:
http://www.imgrum.org/tag/antigeno
4. CARACTERÍSTICAS DOS ANTÍGENOS
→ São estruturas solúveis ou particuladas reconhecidas
pelo organismo como estranhas ou “non self”.
Apresentam 2 propriedades:
ANTIGENICIDADE: capacidade de reagir com anticorpos.
IMUNOGENICIDADE: capacidade de induzir resposta imune específica e
gerar formação de anticorpos específicos.
Todas as substâncias imunogênicas são também antigênicas.
O inverso não é verdadeiro.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS Fonte: Levinson, 2016.
Fonte:
http://www.ageracaociencia.com/tag/anti
geno/
5. DETERMINANTES ANTIGÊNICOS (EPÍTOPOS)
→ São grupos químicos na molécula do
antígeno que podem induzir a produção de
anticorpos ou reagir com ele.
→ Em geral, um determinante antigênico é
constituído por aproximadamente 5 aminoácidos
ou açucares.
→ A maioria dos antígenos são multivalentes, ou
seja, apresentam múltiplos epítopos.
→ A estrutura tridimensional global da molécula é
o principal critério para a especificidade
antigênica.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS Fonte: Levinson, 2016.
Determinantes antigênicos são usualmente
limitados àquelas porções do antígeno que
são acessíveis a anticorpos mostrados em
preto para esta proteína contendo ferro.
Fonte:
http://www.microbiologybook.org/Portuguese/im
muno-port-chapter3.htm
6. Anticorpos são específicos para epítopos.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADgeno
Fonte: http://pt-
br.aia1317.wikia.com/wiki/Anticorpos_e_Ant%C3%ADgenos_I?file=Ep%C
3%ADtopo.jpg
7. NATUREZA QUÍMICA DOS IMUNÓGENOS
↑ Proteínas
A grande maioria dos imunógenos são proteínas. Estas podem ser proteínas
puras ou elas podem ser glicoproteínas ou lipoproteínas. Em geral, proteínas
são usualmente muito bons imunógenos.
↑ Polissacarídeos
Polissacarídeos puros e lipopolissacarídeos são bons imunógenos.
Ácidos Nucleicos ↓↓
Ácidos nucleicos são usualmente pobremente imunogênicos . Entretanto, eles
podem se tornar imunogênicos quando em fita simples ou quando complexado
com proteínas.
Lipídios ↓↓
Em geram lipídios são não-imunogênicos, embora eles possam ser haptenos.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS ABBAS. Imunologia Celular e Molecular - 7ª Ed. 2012
Fonte:
http://alunosonline.uol.com.br/biologia/
anticorpos.html
8. HAPTENOS
- São pequenas moléculas que jamais poderiam induzir uma resposta imune quando
administradas sozinhas, mas que o fazem quando acopladas a uma molécula carreadora.
- Haptenos livres, entretanto, podem reagir com produtos da resposta imune depois que
tais produtos são lançados, ou seja, são antigênicos.
- Uma substância que não é imunogênica, mas que pode reagir com os produtos de uma
resposta imune específica.
- Haptenos têm a propriedade de antigenicidade, mas não imunogenicidade.
Exemplo: Produtos de degradação
da penicilina (grupo peniciloil)
podem se combinar “in vivo” com
proteínas do receptor, formando
conjugados hapteno-proteína
→ Reação alérgica à droga.
Fonte: https://www.ligos.lt/lt/terminai/haptenai/1037/
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: Levinson, 2016. Capítulo 59.
9. FATORES QUE INFLUENCIAM A IMUNOGENICIDADE
Contribuição do Imunógeno
Estranheza: O sistema imune normalmente discrimina entre o
próprio e não próprio de modo que somente moléculas estranhas
são imunogênicas.
Tamanho molecular: Em geral, quanto maior a molécula mais
imunogênica ela poderá ser (maior que 10.000 daltons). Existem
exceções: insulina (6.000 daltons) e glucagon (3.600 daltons).
Composição Química: Em geral, quanto mais complexa
quimicamente a substância for mais imunogênica ela será. Os
determinantes antigênicos são criados pela sequência primária dos
resíduos no polímero e/ou pela estrutura secundária, terciária ou
quaternária da molécula.
Forma física: Em geral antígenos particulados são mais
imunogênicos do que os solúveis e antígenos desnaturados mais
imunogênicos do que a forma nativa.
Degradabilidade: Antígenos que são facilmente fagocitados são
geralmente mais imunogênicos.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS Fonte: Levinson, 2016. http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter3.htm
Contribuição do Sistema Biológico
Fatores Genéticos: Algumas substâncias são imunogênicas em um
indivíduo, mas não em outros (isto é, responsivos e não
responsivos).
Idade: Usualmente os muito jovens e os muito idosos têm
diminuída a habilidade de montar uma resposta imune em resposta
a um imunógeno.
Método de Administração
Dose: Há uma dose de antígeno acima ou abaixo da qual a
resposta imune não será ótima.
Via: Geralmente a via subcutânea é melhor que a via intravenosa ou
intragástrica.
Adjuvantes: Substâncias que podem aumentar a resposta imune a
um antígeno são chamadas adjuvantes. O uso de adjuvantes,
entretanto, é freqüentemente prejudicado pelos efeitos colaterais
como febre e inflamação.
10. TIPOS DE ANTÍGENOS
→ Antígenos T-independentes
- Estimularm diretamente as células B a
produzirem anticorpos sem a necessidade
da célula T auxiliar.
- Em geral são polissacarídeos.
- São caracterizados pelo mesmo
determinante antigênico repetido muitas
vezes.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS Fonte: http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter3.htm
→ Antígenos T-dependentes
- Não estimulam diretamente a produção de
anticorpos sem a ajuda das células T
auxiliares.
- São proteínas.
- Superantígenos ativam policlonalmente
uma grande fração de células T.
- Estruturalmente esses antígenos são
caracterizados por algumas cópias de
determinantes antigênicos muito diferentes.
11. Anticorpos são específicos para epítopos.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS Fonte: http://pt-br.aia1317.wikia.com/wiki/Anticorpos_e_Ant%C3%ADgenos_I
12. Anticorpo se encaixa no antígeno → por ligações de hidrogênio,
interações hidrofóbicas, forças eletrostáticas e forças de van der
Waals.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: http://seu-sangue.blogspot.com.br/2012/06/capitulo-4-
defesa-imunologica-do-corpo.html
Anticorpo (esquerda) e ebola vírus (dezenas deles, à direita, como
vistos ao microscópio eletrônico de varredura). Duas
nanoestruturas de ocorrência natural: o bem e o mal do mundo
nano, sob o prisma humano, claro.
Fonte: http://nanohoje.blogspot.com.br/2011/06/planejamento-verde-nanotecnologia-esta.html
13. ANTICORPOS
5 classes de anticorpos:
IgG – IgA – IgM – IgD - IgE
→ São proteínas globulínicas (imunoglobulinas ou
gamagobulinas) que reagem especificamente com o
antígeno que estimulou sua produção.
→ Frações globulínicas (α1, α2, β e γ)
→ 20 % das proteínas séricas são anticorpos.
Fonte: http://clinicamedicahuwc.blogspot.com.br/2012/07/eletroforese-de-
proteinas-uma-exame.html
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
14. FUNÇÕES + IMPORTANTES
ANTICORPOS:
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
↑ Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAffGYAJ/imuno-anticorpos-
antigenos?part=2
↓ Fonte: https://prezi.com/db6jmecff13e/anticorpos-cataliticos-cabs/ ↑ Fonte: https://pt.slideshare.net/anabzizou/imunidade-12676528
↓ Fonte:https://en.wikipedia.org/wiki/Immunoglobulin_A
↓ Opsonização
Fonte: http://merciacallou.blogspot.com.br/2011/02/relacionando-opsonizacao-
com-fagocitose.html
Ativação do
complemento
pela via
clássica →
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/antigenos
↑ IgA previne ligação de
germes nas mucosas.
Neutralização de toxinas, ↓ vírus e bactérias
-Enzimática
16. PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS ANTICORPOS
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Imunoglobulina Principais funções
IgG* - Anticorpo da resposta 2aria. - Fixa complemento.
- Opsonização de bactérias.
- Neutraliza toxinas bacterianas e vírus. -*Cruza a placenta.
IgA - IgA secretora compete com receptores bacterianos e virais nas
mucosas. Não fixa complemento.
IgM - Produzida na resposta 1aria. - Fixa complemento.
- É receptor de antígenos em linfócitos B. - Não cruza a placenta.
IgD - Função incerta. - Encontrado na superfície de linfócitos B e no soro.
IgE - Medeia a hipersensibilidade imediata.
- Principal defesa contra vermes. - Não fixa o complemento.
Fonte: Levinson, 2016. Capítulo 59.
17. ESTRUTURA BÁSICA DA IMUNOGLOBULINA
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: http://www.infoescola.com/sistema-imunologico/anticorpos/
1. Cadeias:
Pesadas H (Heavy)
e Leves L (Light)
2. Regiões variáveis e
constantes
3. Pontes dissulfeto
4. Região da dobradiça
5. Domínios
6. Oligossacarídeos
-Na extremidade aminoterminal =
Fab (liga-se ao antígeno)
-Na extremidade carboxiterminal =
Fc (se liga a células, fixa
complemento, é responsável pela
passagem transplacentária)
18. ESTRUTURA BÁSICA – IMUNOGLOBULINA G – FORMA DE “Y”
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: http://www.msdlatinamerica.com/profissionais_da_saude/manual_merck/secao_12/secao_12_146.html
19. ESTRUTURA BÁSICA – IMUNOGLOBULINA G
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: http://www.msdmanuals.com/pt-
pt/casa/doen%C3%A7as-
imunol%C3%B3gicas/biologia-do-sistema-
imunol%C3%B3gico/imunidade-adquirida
1. Cadeias: As cadeias pesadas e leves são idênticas na mesma molécula de anticorpo.
1.1 Cadeias pesadas (H) H do inglês Heavy. Massa molecular = 50.000 a 70.000
São distintas em cada tipo de anticorpo.
1.2 Cadeias leves (L) L do inglês Light. Massa molecular = 25.000
Podem ser do tipo κ (kappa) ou λ (lambda).
No mesmo anticorpo são idênticas.
Ocorrem em todos os tipos.
2. Regiões variáveis (V) e constantes (C):
2.1 Cadeia pesada (H)
2.1.1 VH = 110 aminoácidos
2.1.2 CH = 330 – 440 aminoácidos
2.2 Cadeia leve (L)
2.2.1 VL = 110 aminoácidos
2.1.2 CL = 110 aminoácidos
3. Pontes dissulfeto: intercadeias e intracadeias.
20. Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Isotipos Símbolo da cadeia
pesada (Heavy)
% de Ig total no soro
IgG γ(Gamma)
75 %
IgA α(Alpha)
15 %
IgM μ (Mu)
9 %
IgD δ(Delta)
0,2 %
IgE ε (Épsilon)
0,004 %
DIFERENÇAS DOS ANTICORPOS EM SUAS CADEIAS PESADAS (H)
Fonte: Levinson, 2016. Capítulo 59.
21. ESTRUTURA BÁSICA – IMUNOGLOBULINA G
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte:
https://commons.wikimed
ia.org/wiki/File:Anticorps.
png
4. Região da dobradiça: É a região com a qual os braços da molécula de anticorpo forma um Y.
Neste local há flexibilidade na molécula. A papaína cliva ligações peptídicas nesta região.
5. Domínios: São segmentos repetidos com dobramento tridimensional.
2.1 Domínios de cadeia pesada
2.1.1 VH
2.1.2 CH1- CH2 – CH3 [apenas em IgG, IgD e IgA]
CH1- CH2 – CH3 – CH4 [apenas em IgM e IgE ]
2.2 Domínios de cadeia leve
2.2.1 VL
2.1.2 CL
3. Oligossacarídeos: carboidratos acoplados ao domínio CH2.
Sítio de ligação do complemento.
Fonte:
http://www.asmabronquica.com.br/
medical/tratamento_asma_omalizu
mabe.html
22. CLIVAGEM COM PAPAÍNA
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: https://gl.wikipedia.org/wiki/Papa%C3%ADna
Fonte:
https://pt.slideshare.net/labimuno/anticorpos-
estrutura-1189605
Fab = fragmento que se liga
ao antígeno ( do inglês,
“fragment antigen-binding”).
N-terminal
---------------------------------
Fc= fração cristalizável (do
inglês, “fragment cristal
fraction”)
Carboxi-terminal
Fonte: http://brasilnabolivia.blogspot.com.br/2014/09/imunogenose-
antigenos-pag.html
23. Imunoglobulina G
cadeia γH (Gamma)
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte:
http://www.microbiologybook.org/Por
tuguese/immuno-port-chapter4.htm
- É divalente, possui duas regiões Fab.
- Fórmula molecular: H2L2
- Predomina na resposta secudária.
- Monomêrica
- Único anticorpo que atravessa a barreira
transplacentária sendo o Ac mais abundante
em recém´-nascidos.
- Fixa o complemento
- Possui quatro isotipos: IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4.
- IgG2 é dirigido contra Ags polissacarídeos de capsulas
bacterianas. Fagócitos tem receptores γ H → opsonização.
- IgG1 corresponde a 65% das IgGs (meia-vida de 21 dias).
Fonte: Levinson, 2016. Capítulo 59.
24. Imunoglobulina A
cadeia α H(Alpha)
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-
port-chapter4.htm
1. IgA Monomérica: sérica (H2L2)
2. IgA Dimérica (H4L4):
- É a principal imunoglobulina das secreções (colostro,
saliva, lágrima e tratos – respiratório, intestinal e genital).
- A função da IgA dimérica é impedir a ligação de micro-
organismos nas mucosas.
- A cadeia J (do inglês, “joining”) é sintetizada pelas
células epiteliais e conferem a IgG secretória a
capacidade de atravessar a superfície de mucosas e
proteger contra a degradação no trato intestinal.
Fonte: Levinson, 2016. Capítulo 59.
25. Imunoglobulina M
cadeia μ H (Mu)
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte:
http://imunologiafamed.blogspo
t.com.br/2005/06/8-resposta-
imune-humoral.html/
1. IgM pentamérica (meia-vida de 10 dias)
- Possui dez regiões Fab. Tem maior avidez pelo Ag.
- Cadeia J liga monômeros por pontes dissulfeto entre
regiões Fc.
- Fórmula molecular: H10L10
- Predomina na resposta primária.
- Boa fixadora do complemento.
- Boa aglutinadora.
- Primeiro Ac a ser produzido pelo RN.
- Primeiro Ac sintetizado pelos linfócitos B virgens
quando são estimuladas pelo antígeno.
2. IgM monomérica
- Encontrada na superfície de células B virgens (naives)
onde atua como receptor de ligação ao antígeno (BcR).
Fonte:
https://pt.slideshare.net/
labimuno/linfcitos-b
Fonte: Levinson, 2016. Capítulo 59.
26. Imunoglobulina D
cadeia δ H (Delta)
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter4.htm
- IgD é monomérica - (H2L2)
- Seu papel no soro é incerto.
- IgD é primariamente encontrada em
superfícies de célula B virgens (naives) onde
funciona como um receptor para antígeno. IgD
na superfície de células B tem aminoácidos
extras na região C-terminal para ancoramento
à membrana. Ela também se associa com as
cadeias beta de Ig-alfa e Ig-beta.
Fonte: http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-
chapter4.htm - Levinson, 2016. Capítulo 59.
27. Imunoglobulina E
cadeia ε H (Épsilon)
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-
chapter4.htm
- Monomérica – (H2L2)
- Medeia a hipersensibilidade imediata (anafilaxia) :
Região Fc se liga a mastócitos e basófilos
funcionando assim como receptor de antígeno; os
alérgenos então se ligam de forma cruzada
promovendo a liberação de histamina.
- Participa das defesas contra helmintos: A Ig E
específica para antígenos dos vermes ligam-se a
eosinófilos desencadenando a resposta de
Citotoxicidade Celular Dependente de Anticorpos
(ADCC).
Fonte:
http://www.asmabronquica.com.br/medical/infl
amacao_alergica.html
Fonte: Levinson, 2016. Capítulo 59.
28. ISOTIPOS, ALOTIPOS E IDIOTIPOS:
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg7dEAA/i
munologia?part=3
- ISOTIPOS: diferenças em suas regiões constantes de
suas cadeias pesadas. Exemplos: Os tipos de anticorpos. O
isotipo IgG tem 4 subtipos, IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4.
- ALOTIPOS: diferentes indivíduos possuem diferentes
alelos que codificam as cadeias L (light) e H (heavy).
- IDIOTIPOS: são os determinantes antigênicos presentes
na região hipervaríavel da molécula de um anticorpo X.
Sendo assim se forma um outro anticorpo Y em resposta ao
anticorpo X, ou seja, um anti-anticorpo ou anti-
gamaglobulina.
Fonte:
http://www.biomedicinapadrao.com.br/2014/03/para-
que-serve-tecnica-de-imunofixacao.html
Fonte: https://imunologia96.wordpress.com/category/doencas-reumaticas/
Fonte: Levinson, 2016. Capítulo 59.
29. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
- Levinson, W. Microbiologia Médica e Imunologia. 13a Edição. Ed. ArtMed.
Porto Alegre – RS, 2016.
- Abbas,A.K.; Linchtman,A.H.; Pillai, S. Imunologia Básica: Funções e Distúrbios
do Sistema Imunológico. 4ª edição. Editora Elsevier, Rio de Janeiro – RJ.
2014.
- Roitt, I.M.; Brostoff, J.; Male, D.K. – Imunologia. 6ª edição. Editora Manole,
Barueri – SP. 2003.
- Stites, D.P., Teer, A.R. – Imunologia Básica. . 1a Edição. Ed. Guanabara
Koogan. Rio de Janeiro – RJ. 2008.
- Playfair, J.H.L.; Chain, B.M. – Imunologia Básica: Guia ilustrado de conceitos
fundamentais. 9ª edição. Editora Manole, Barueri-SP. 2013.
30. O SISTEMA
IMUNE NÃO
PERDOA...
zilkananeslima@gmail.com
...NEM EU.
VAMOS “COMPLEMENTAR” O
ASSUNTO ESTUDANDO MAIS SOBRE
O SISTEMA COMPLEMENTO.
Profª.Zilka: ANTÍGENOS-ANTICORPOS
Fonte: http://www.ageracaociencia.com/wp-
content/uploads/2016/03/946138_458258617700169_3717676765037045179_n.png
32. :
Sistemas de cascata
→ proteases ativadas
sequencialmente em
poucos segundos
100908070605040302010
≈ SISTEMA COMPLEMENTO
≈ SISTEMA DE COAGULAÇÃO
≈ SISTEMA FIBRINOLÍTICO
≈ SISTEMA DE CININAS
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
34. SISTEMAS DE PROTEASES PLASMÁTICAS
Sistema complemento → produzindo anafilatoxinas – C3a;
Sistema de coagulação → resultando na ativação de trombina, que cliva e fibrinogênio solúvel
circulante, produzindo um coágulo de fibrina insolúvel. Além disso, durante a clivagem do fibrinogênio,
a fibrina gera fibrinopeptídeos, que aumentam a permeabilidade vascular e são quimiotáticos para
leucócitos;
Sistema fibrinolítico → visando limitar o processo de coagulação, por meio da clivagem da fibrina,
solubilizando assim o coágulo de fibrina. Sem a fibrinólise e os outros mecanismos reguladores, o início
da cascata da coagulação poderia resultar em coagulação contínua e irrevogável de toda a
vascularização;
Sistema das cininas → na qual há a produção de cininas ativas, como a
bradicinina, que provoca o aumento da permeabilidade vascular, dilatação
arteriolar, contração do músculo liso dos brônquios e dor quando injetada na pele.
As proteínas circulantes de quatro sistemas inter-relacionados estão ligados em diversos aspectos da reação inflamatória.
http://www.infoescola.com/bioquimica/mediadores-quimicos-da-inflamacao-derivados-do-plasma-sanguineo/COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
35. Quando precisamos de resposta imediata
→ sistemas de cascata são ativados
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
38. SISTEMA COMPLEMENTO
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
→ Consiste em aproximadamente 20 proteínas
encontradas normalmente no soro.
→ “COMPLEMENTO” refere-se à habilidade dessas
proteínas em complementar os efeitos de outros
componentes do sistema imune.
→ Importante componente do sistema imune inato.
Fonte: Levinson, 2016.
Efeitos principais:
(1) Opsonização, ou seja, intensifica a fagocitose.
(2) Lise de células bacterianas, de aloenxertos e tumorais.
(3) Geração de mediadores que participam da inflamação e atraem
neutrófilos.
Fonte: https://www.slideshare.net/douglasmaia771/sistema-complemento-
37501724
39. SISTEMA COMPLEMENTO
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
Efeitos biológicos:
(1) Opsonização: As opsoninas C3b e C4b intensificam a fagocitose ligando a bactérias e vírus.
Em fagócitos, como o macrófago, tem receptor de C3b e C4b.
(2) Quimiotaxia: C5a → atrai PMN e intensifica adesão ao endotélio
Complexo C5,6,7 → atrai PMN
(3) Anafilaxia: C5a é a mais potente anafilotoxina. C3a, C4a → elas promovem a liberação
de histamina dos mastócitos - ↑ permeabilidade vascular e ↑contração da musculatura
lisa (broncoespasmo).
(4) Citólise: Inserção de C5b,6,7,8,9 na membrana celular → entrada de água e eletrólitos
→ LISE de células bacterianas, tumorais, fúngicas, eritrócitos,...
(5) Intensificação da produção de anticorpos: através da ligação de C3b a receptores na
superfície de linfócitos B.
Fonte: Levinson, 2016.
40. ATIVAÇÃO DA VIA CLÁSSICA DO COMPLEMENTO
Antígeno Anticorpo C1q
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
41. SISTEMA COMPLEMENTO
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
→ A ativação do complemento requer a
clivagem de pró-enzimas tornando-as
ativas.
(1)VIA CLÁSSICA
(2)VIA DA LECTINA
(1)VIA DA ALTERNATIVA
Fonte: Levinson, 2016.
A VIA CLÁSSICA é ativada
pelo complexo antígeno-anticorpo
especifico sendo importante na
IMUNIDADE ADQUIRIDA.
AS VIAS DA LECTINA E
ALTERNATIVA são ativadas por
moléculas presentes na superfície
de patógenos sendo importantes
na IMUNIDADE INATA.
42. COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
__ __
C2 → C2a + C2b
“a” –fragmentos
pequenos*
“b” – fragmentos
grandes*
* Nomenclatura ATUAL seguida
por Levinson, mas não por todos
os autores.
Levinson, 2016.
- Uma linha sobreposta sobre
um complexo indica que este
está enzimaticamente ativo.
C3 convertase –
C4b2b ou C4b2a?
→ C4b2a é
a nomenclatura atual
45. SISTEMA COMPLEMENTO (VIA CLÁSSICA)
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
→ Complexos Ag-Ac ativam C1q em presença de Ca2+
→ C1 é composto por três proteínas: C1q,C1r e C1s.
→ C1q se liga a porção Fc de IgG ou de IgM.
→ C1 cliva C4 e C2, os fragmentos formam C4b ̅2b ̅ (a C3 convertase), que agora cliva C3 sérica
(forma nativa tem um tioéster intacto) em C3a ̅ e C3b ̅.
→ C3b ̅ fará parte do complexo C4b ̅,2b ̅,3b ̅ (a C5 convertase), que clivará C5 em C5a ̅ e C5b ̅.
→ C5b ̅ integra o complexo de ataque à membrana (MAC), onde se ajuntam C6, C7, C8 e C9,
promovendo a formação do poro na superfície da célula levando citólise.
Fonte: Levinson, 2016.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAQxIAE/sistema-complemento-nos-mecanismos-inatos-
defesa-organica?part=3
46. SISTEMA COMPLEMENTO (VIA DA LECTINA)
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
→ MBL* (Lectina ligante de manose)
se liga a resíduos terminais
de manose dos carboidratos
microbianos. *Também pode
ser chamada de MBP
(Proteína ligadora de manana).
→ Proteases (MASP) se complexam a MBL e cliva C4 e C2.
→ Os fragmentos formam C4b ̅2b ̅ (a C3 convertase), que agora cliva C3 sérica (forma nativa tem
um tioéster intacto) em C3a ̅ e C3b ̅.
→ C3b ̅ fará parte do complexo C4b ̅,2b ̅,3b ̅ (a C5 convertase), que clivará C5 em C5a ̅ e C5b ̅.
→ C5b ̅ integra o complexo de ataque à membrana (MAC), onde se ajuntam C6, C7, C8 e C9,
promovendo a formação do poro na superfície da célula levando citólise.
Fonte: Levinson, 2016.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAQxIAE/sistema-complemento-nos-mecanismos-
inatos-defesa-organica?part=3
* MBL é estruturalmente similar ao
C1q da via clássica.
47. SISTEMA COMPLEMENTO (VIA DA LECTINA)
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg0y4AB/capitulo-imuno-basica?part=4
49. SISTEMA COMPLEMENTO (VIA ALTERNATIVA)
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
Fonte: http://www.wikiwand.com/es/Tio%C3%A9ster
Tioéster→ É ativada quando C3 (H2O)
[forma alterada de C3 na qual a ligação
tioéster foi hidrolisada] na presença de
Mg2+ liga-se ao Fator B.
(Stites; Terr, 2008).
→ Complexo proteíco se liga a
superfície microbiana.
→ Ou quando C3b [com um tio éster clivado
originado na via clássica] é depositado na
superfície de um micro-organismo e forma
ligações covalentes estáveis com
(lipo)polissacarídeos, proteínas ou lipídeo A.
-{Ex: Endotoxina de bactérias Gram-
negativas, ácidos teicóicos de bactérias
Gram-positivas, parede celular fúngica,
envelopes virais} → C3b na presença de
Mg2+ liga-se ao Fator B.
(Abbas; Lichtman; Pillai, 2013)
→ O Fator B é clivado pela protease plasmática D ̅ e o fragmento Bb permanece ligado à C3b
formando do complexo C3b ̅Bb ̅ (C3 convertase da via alternativa).
→ Moléculas de C3b ̅Bb ̅ ligam-se a outra molécula adicional de C3b ̅ formando o complexo C3b ̅Bb ̅3b ̅
(C5 convertase da via alternativa) que clivará C5 em C5a ̅ e C5b ̅.
→ C5b ̅ integra o complexo de ataque à membrana, onde se ajuntam C6, C7, C8 e C9, promovendo a
formação do poro na superfície da célula levando citólise. (Levinson, 2016)
50. SISTEMA COMPLEMENTO (MAC em todas as vias)
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
→ C5b ̅6 ̅7 ̅8 ̅ 9 ̅ = MAC (do inglês “membrane attack complex”),
C9 polimeriza-se para formar um poro na membrana.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfifkAG/aula-complemento2
VIAALTERNATIVA
52. REGULAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO
EM MAMÍFEROS
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
(1) Inibidor de C1 (plasmático): Impede a reunião do complexo C1, que consiste nas
proteínas C1q, C1r e C1s, e bloqueia a ativação do complemento pela via clássica.
(2) Fator H (plasmático): liga-se a C3b impedindo a ativação da via alternativa.
(3) DAF = Fator aceleração de decaimento (proteína de membrana): Ligada a lipídios na
superfície de células de mamíferos que impede a formação do complexo de ataque a
membrana. Ação: liga-se a C4b e C3b; assim desloca C3b de Bb e C2b de C4b. (do inglês
decay-accelerating fator)
(4) Anticorpos livres: IgG e IgM não ligados ao antígeno deixam o sítio de ligação ao
componente C1q indisponível.
Fonte: Levinson, 2016.
53. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
COMPLEMENTO - Profª.Zilka Nanes
- LEVINSON, W. Microbiologia Médica e Imunologia. 13a Edição. Ed. ArtMed. Porto Alegre –
RS, 2016.
- Abbas,A.K.; Linchtman,A.H.; Pillai, S. Imunologia Básica: Funções e Distúrbios do Sistema
Imunológico. 4ª edição. Editora Elsevier, Rio de Janeiro – RJ. 2014.
- Roitt, I.M.; Brostoff, J.; Male, D.K. – Imunologia. 6ª edição. Editora Manole, Barueri – SP.
2003.
- Stites, D.P., Teer, A.R. – Imunologia Básica. . 1a Edição. Ed. Guanabara Koogan. Rio de
Janeiro – RJ. 2008.
- Playfair, J.H.L.; Chain, B.M. – Imunologia Básica: Guia ilustrado de conceitos fundamentais.
9ª edição. Editora Manole, Barueri-SP. 2013.