Este documento resume uma pesquisa sobre como organizações não governamentais (ONGs) usam comunicação e mídias digitais para advocacia em direitos sexuais e reprodutivos. A pesquisa analisou websites e redes sociais de 52 ONGs, além de entrevistar especialistas. Os achados indicam que as ONGs usam estratégias como compartilhar notícias, histórias pessoais e checagem de fatos, mas desafios permanecem para o ativismo online em direitos reprodutivos.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Genero, comunicacao e saude e ativismo online na era digital
1. School of Arts & Social Sciences
Department of Sociology
Carolina Matos - Senior Lecturer in Media and Sociology
2. Gênero, comunicação e saúde e ativismo online na
era digital* - Financiado pelo GCRF (Global
Challenges Research Fun)
Dr. Carolina Matos
Senior lecturer in Media and Sociology
Department of Sociology
City, University of London (E-mail: Carolina.Matos.1@city.ac.uk)
3.
4. Tópicos principais
•*Gênero e desenvolvimento
•* Comunicação e desenvolvimento para a mudança social
•* Comunicação e saúde para além das teorias da modernização
•* ONGs e o uso da comunicação e redes digitais para o progresso social
•* Metodologia e perguntas da pesquisa
•* Entrevistas e análise de conteúdo dos websites institucionais
•* Resultados do projeto Gênero, comunicação e saúde e ativismo online na
era digital
•* Conclusões
•* Bibliografia selecionada
5. Gênero, mídia e desenvolvimento
• * Teorias da modernização dos anos 50, e o início da inserção da
preocupação com gênero na área de desenvolvimento e sua prática
• * Críticas à tendência de homogeneizar as experiências da mulheres do
chamado “Terceiro Mundo” (i.e. Mohanty, 1990)
• * Contribuições de acadêmicos do Sul e de teóricos do pós-colonialismo
para uma interpretação mais crítica do desenvolvimento, focado na
diversidade e no respeito às diferenças
• * I.e. Globalização, política de gênero e a mídia (Matos, 2016, 2017)
• * Atual: direitos básicos da mulher do Norte ao Sul; uso da comunicaҁão
para a advocacia em torno da igualdade de gȇnero (“corpos reprodutivos
femininos”) em todo o processo de comunicacao da política pública
6. Comunicação e desenvolvimento para
a mudança social
• * Lerner (1958) e Schramm (1964) e a teoria da modernização
• * Críticas à teoria da modernização, e o seu entendimento da comunicação
• * Comunicação como diálogo e participativa, para a mudança social (i.e.
Waisbord, 2001; Huesca, 2003; Manyozo, 2012; Tufte, 2012).
• * Waisbord (2015) indaga: o que é a comunicação para “a mudança social”?
• * Comunicação para o desenvolvimento deve ser entendida num sentido mais
amplo, para além de simples mensagens enviadas por um meio
• * Falando sobre comunicação e saúde, Tufte (2012, 614-615) argumenta que a
comunicação é na área “uma força social pobremente explorada”, e defende
um “paradigma comunicativo mais amplo e interdisciplinar, onde a
modernidade, a globalização e a mudança social sejam bem teorizadas....”
7. Comunicação e saúde
• * Como apontam Waisbord e Obregon (2012), a área de tem sido influenciada
por teorias das disciplinas de comunicação e saúde (i.e. Fishbein e Yzer, 2003) e
também por teóricos na área de comunicação e desenvolvimento para a mudança
social (i.e. Melkote e Steeves, 2001; Servaes, 2008)
• * Críticas: ênfase na concepção behaviorista e individualista do processo de
comunicação, em estudos quantitativos em detrimento dos qualitativos
• “A maior parte das intervenҁŏes na comunicação e saúde não focam em questões
de poder e desigualdade, relaҁŏes de gȇnero, direitos sexuais e reprodutivos….”
(Tufte, 2012, 618)
• Contribuiҁão: perspectivas feministas sobre comunicação e saúde, gȇnero e
desenvolvimento, pesquisa multidisciplinar com metódos múltiplos
• .
8. ONGs e uso da comunicação
para a advocacia
• * Como organizações não governamentais na área de saúde e feministas, no Norte quanto no
Sul, estão fazendo uso da comunicação e as novas tecnologias para advocar a favor da saúde e
dos direitos sexuais e reprodutivos (SRHR), inseridos dentro da ótica dos direitos humanos?
• * Os direitos sexuais e reprodutivos estao atrelados à temática da igualdade de gênero (e dos
direitos humanos), e assim possuem implicações para a democracia, enquanto que o potencial
oferecido pelas novas mídias têm uma relação com o processo de democratização.
• * Outra área de contribuiҁão: pesquisa sobre ONGs e o jornalismo, e como as redes sociais
estão mudando a visibilidade da advocacia (i.e. McPherson, 2017; Powers, 2017)
• ONGs competem for recursos, status e publicidade na mídia
• Papel nas ONGs no desenvolvimento (o “Norte” versus of “Sul”)
• Alvarez (2009) no paradoxo sobre as ONGs – (“os webs comunicativos”)
9. ONGs e uso da comunicação para a
advocacia
• * “A advocacia engaja a comunicaҁão pública em apoio a uma determinada causa política.
Esse processo político talvez almaneja uma variadade de comunidades...a fim de criar um
apoio social para mudar a política. Os processos de comunicaҁão são estratégicos, resonando
com a área de comunicaҁão para o desenvolvimento e a mudanҁa social de uma forma mais
geral nos quais as intervenҁões são….implementadas para o bem público. A advocacia foca a
nossa atenҁão em programas estratégicos que buscam mudar as políticas, através da
mobilizaҁão de apoio direto….assim se diferenciando do marketing social e de outras
campanhas de comunicaҁão focadas na mudanҁa do comportamento individual. (Wilkins,
2014)
• * Assim, como afirma Waisbord (2015, 150), a defesa de certas políticas já é em si um
importante exercício de comunicação, que envolve a mobilização de vários públicos através
do uso de uma variedade de atividades de comunicação, incluindo desde o compartilhamento
de informações até às deliberações públicas, consultas e táticas midiáticas
• Serra Sippel, presidente da ONG Centre for Health and Equity (Change), disse que a
comunicaҁão faz parte do treinamento deles em advocacia, afirmando que a “comunicaҁão é a
chave para toda a advocacia”.
10. Comunicaҁão e novas tecnologias e o
desenvolvimento no sul global
* Importância da comunicaҁão e das novas tecnologias nos países em
desenvolvimento, onde a mídia é altamente concentrada, a política é dominada por
dinheiro e interesses poderosos
* As comunicações online podem oferecer espaços e possibilidades reais para os
grupos oprimidos construírem novas narrativas democráticas
* Crescimento da luta feminista tanto nos países do Sul como do Norte (i.e. Anistia
Internacional assinalou que 2018 foi o “ano das mulheres”)
* Feminismos transnacionais na era digital – oportunidades para a articulação de
idéias e para o trabalho em rede com outras feministas, a fim de mobilizar em torno
de agendas que podem influenciar a esfera pública (i.e. Alvarez, 1998, 2009; Gajjala
and Mamidipudi, 1999; Harcourt, 2009)
* Limites e potenticialidades para o ativismo online - I.e. Movimentos sociais e a
Internet, “hashtag feminism”
11. Metodologia
• 1) Análise de discurso e do conteúdo dos websites institucionais de um total de
52 ONGs, baseadas no Norte e no Sul global, incluindo os EUA, Europa, Índia
e América Latina, utilizando um codebook
• 2)Entrevistas qualitativas em profundidade, com aproximadamente 40
especialistas em gênero e CEOs das ONGs e networks feministas, trabalhando
com SRHR;
• 3)Aplicação de questionários para os diretores da área de comunicação destas
organizações, com o intuito de analisar a ligação entre as estratégias de
comunicação online e offline, o trabalho de advocacy e as suas atividades
políticas;
• 4) Análise de discurso do material comunicativo das ONGs nas redes sociais,
no Twitter e Facebook;
• 5)Uso de material secundário, relatórios e documentos, incluindo desde da
OMS à UNPFA, sobre indicadores de saúde e sobre os avanços na área de
SRHR nas últimas décadas, em meio ao aniversário de 25 anos da 1994 ICPD
12. Seleção das ONGs, entrevistas e análise de
discurso
• Codebook - Coleta de dados entre Marҁo a June 2019
• Análise de conteúdo dos websites institucionais, incluindo os features, as
características e o design gráfico;
• Total de tweets: 1.505 (Āsia, 358, Europa, 265, Internacional, 34, Āmerica
Latina, 327 and EUA, 521)
• Total Facebook posts: 741 (Ăsia, 104, Europa, 161, Internacional, 16,
Āmerica Latina, 298 and EUA, 162).
• * Período examinado: Marҁo 25 – 7 Abril 2019
• Parceiros: IESP-UERJ RJ (Brasil), Centre for Internet and Society (India)
• Assistȇncia de estudantes de doutorado Aline Carvalho, Alessandra
Brigo, and Tatiane Leal (Brasil IESP) e Ambika Tandon (CIS India)
• 2019/20 – Conclusão da pesquisa, eventos de lanҁamento na Ґndia e Brasil
entre outros
• Financiador: Global Challenges Research Fund (2018-2020)
13. Lista resumida de ONGs
Asap
Swasti
IAW (International Alliance of Women)
You Act
Global Fund for Women
Safe Abortion Women's Rights
Sexual and Reproductive Health Matters
Ibis Reproductive Health
Care International UK
Amnesty International UK
Centre for Health and Gender Equality (Change)
Anis
Sos Corpo
Youth Coalition for Sexual and Reproductive Rights
Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos
Family Planning 2020
Promsex - Centro de Promocion y Defensa de los Derechos Sexuales y reprodutivos
Crea India
Inspire Euro NGOs
Reprolatina
Católicos pelo Direito de Decidir
Ações Afirmativas em Direitos e Saude
CLADEM
14. Perguntas da pesquisa
• 1) Como que ONGs de saúde e redes feministas podem fazer melhor uso da
comunicaҁão para advocacia em torno dos direitos sexuais e reprodutivos?;
• 2) Quais sao as estratėgias discursivas e de comunicaҁão online utilizadas por
estas organizaҁões, e de que forma elas poderão ter um maior impacto?
• 3)Como que as estratėgias de comunicaҁão refletem nas atividades diárias?
• 4) Como que as comunicações online têm assistido estas organizações a atingir
suas metas, e quais são alguns dos futuros desafios para advocacia em torno
dos direitos sexuais e reprodutivos?
15. Codebook
• *Foi elaborado um livro de códigos para a análise dos websites institucionais, que analisou
primeiro as características técnicas e o design gráficos dos mesmos, incluindo as ferramentas
de comunicação disponíveis e os serviços utilizados, a cor e a aparência de uma forma geral
• Foco principal da organizaҁão, posiҁão geográfica e língua falada
• * Exame do conteúdo, incluindo fóruns de discussão e redes de atividades, além do tipo de
envolvimento com o público, a mídia e a política (i.e. os chamados público-alvo principais das
organizações).
• Isso foi complementado com as perguntas feitas para os diretores de comunicação (i.e. Qual é
a sua estratégia de comunicação? entre outras)
• * Categorias criadas (i.e. informação, advocacia, engajamento com a comunidade)
• * Análise das atividades de comunicação online, incluindo a presença nas redes sociais,
através do exame do uso do material comunicativo em plataformas como Facebook e Twitter,
Youtube
• * Blogs, e-mails, newsletters, outras atividades de comunicação online
18. Entrevistas e análise de discurso
• Entrevistas
• * Perguntas para os especialistas em gênero incluíram os desafios para
os direitos sexuais e reprodutivos, 25 anos após as conquistas da
conferência de 1994 (ICPD)
• * Indagação sobre o tipo de demandas feitas pela agenda feminista, a
questões específicas sobre as ambiguidades em torno da terminologia,
aos problemas e esforços em defesa de políticas sobre SRHR
• Análise de discurso
• * Metódo Foucauldiano (i.e. A Arqueologia do Poder), Van Dijk e
Norman Faiclough (Language and Power)
• * Análise de discurso de uma seleção de textos temáticos coletados das
organizações nos seus blogs
• Argumento: Necessidade de deconstruir a linguagem e os discursos em
torno da “ideologia de gȇnero”, e do SRHR
19. Análise de discurso Twitter e Facebook
• Algumas tendȇncias foram observadas no material coletado dos posts
das ONGs no período examinado:
• 1) Compartilhamento de noticías e textos opinativos da grande mídia;
• 2) Compartilhamento de histórias pessoais e emoҁões
• 3) Uso de informaҁão e “fact-checking”, entre outras estratégias do
jornalismo (i.e. McPherson, 2015)
• 4) Mobilizaҁão e engajamento nas redes, inclusive com dicas para
como ser “um ativista”
• Total de tweets do Facebook e Twitter: 1) Twitter 1.505 e Facebook,
741.
20. Análise de discurso Twitter e Facebook
Fonte:
https://twitter.com/Safe_Abortion/status/1112761560311754752
23. Entrevistas - SRHR, avanҁos e recuos
• “ Those opposed to the gains of the 1990s extended in turn their powerful alliances and
strengthened those that always existed. The AGENDA EUROPE is a powerful enemy of SRHR.
100 to 150 individuals from at least 50 conservative European organisations belong to the
network. According to the European Parlamentary Forum Population and Development, it is a
“reactionary and expansive network”…..If the network attains its set goals decade-long
progress of SRHR would be annihilated. …..Support from political parties is a factor, but
political majorities may change. Whereas a strong civil rights movement, with financial
resources is a better guarantee to advance….. In Europe Sweden and the Netherlands are part
of an 8-country initiative to sign up for a fundraising to counter D. Trump’s anti-abortion
move. They have a good reputation, so have France and Germany as far as sexual and
reproductive health services are concerned. Africa offers only a few positive examples, I’d
quote Malawi for child marriage and sexual education…. USA offers a patchwork picture.
Advancement depends on the political culture......In South America: Uruguay, Argentina, Chile
have advanced. ….Less advancement, even loss of acquired rights are known from Poland,
Hungary, Slovakia, Lithuania….in some cases like Tunisia, progress has stalled…..”*
• * Gudrun Haupter, head of the health commission of the International Alliance of Women
(IAW)
•
24. Entrevistas – SRHR, avanҁos e recuos
• “I participated a lot as a part of an international group of feminists as well as part
of the Brazilian delegation and Cepia had a fundamental role, having organised
an event in Brazil in 1993 called “Out rights for Cairo 94”, producing a
document and then we organised together with Women Health Foundation a
meeting of representatives of 90 countries and we produced a document…Thus
when we arrive at Cairo in terms of civil society this had been formed… and we
arrived very solid…Cairo was fundamental in terms of Brazil because after it the
legislation on family planning was proposed….But it also influenced public
policies, it will influence discussions on abortion in the sense that it puts as a duty
of the government to take on women who have had abortions in the sense of
avoiding sequels and also in the sense of offering safe abortion including in the
cases that the legislation permits….”*
• * NGO Cepia, Brazilian feminist Jacqueline Pitanguy
•
25. Entrevistas – Discursos sobre gȇnero e
SRHR
• “….we need to go back to the understand the meaning of the words.
Basically every word has meaning, and we need to go back, in order to
understand the language, in order to understand the message that is being
used by right groups, and then we need to go back to understand the
language and in order to do that, we need do an exercise in de-
constructing that message, to understand that message, and then we need
to re-construct it in order to construct a message that is understood by the
public…… In the last two years we have learned this, how we need to
send those messages that are being used in order to move back the rights
agenda, we need to take those messages, de-construct, repackage it and
go back to governments and the champions of rights….. That is very
interesting, that is why, you know Brazil, Bolsonaro and the conservative
groups were supportive of that campaign, using the words that we have
seen used in the US also. The big discussion is about gender, so every
political movement in Latin America totally uses the word “gender”,
“abortion” and “reproductive health and rights”. That is in the middle of
the political discussion in every single country in the region…”
• Alvaro Serrano, regional communication adviser for Latin America and
the Caribbean, of the UNPFA (United Nations Population Fund)
•
26. Entrevistas – discourse “médico” e o declínio
na mobilizaҁão de ONGs feministas
• “I think another challenge that helps explain why we are stagnated is that, over time the approach
to SRHR has become quite a medicalised one.,,,.what started off as a conversation around rights,
within the SRHR, became a different kind of conversation. And we actually stopped seeing women’s
rights organisations in particular participating in SRHR spaces, driving the SRHR
debate….it….became much more a question of quantitative targets,…“what are the causes of
maternal mortality, and what do we need to reduce it”?...And so questions around agency, choice
and empowerment largely seemed to disappear from the discourse and now are being re-
introduced.., as we see this stagnation….And we are seeing that, even if you make certain
technologies, medications etc available, if a women still does not have the right to make that
choice for herself, it does not matter that this technology is available, and easy to use….. If she
does not have the agency to use that choice, if there is still stigma and misunderstanding around
women’s bodies and women’s sexual and reproductive choices, and there is still violence that still
occurs in the background of the decisions that women are making…. that at the root of this
discussion of SRHR has to be the ability of women and girls to make these choices for themselves,
freely….”*
• * Naiosola Likimani, lead of UK SheDecides
27. Entrevistas – Estratégias de
comunicaҁão
• “Yeah, that is definitely a challenge that we are facing
and we have talked a lot through our re-brand, to make
sexual and reproductive health and rights more
accessible to the general public……what I have been
trying to do since my time is to try to break down how
we communicate with our topics in our way which is
plain language.. ……
…..Just I think you share the same thought that
communications plays a vital role in making SRHR a
more understandable topic, and creating more awareness
around it, and then converting that awareness into
activism.”
• Abigail Fredenburg, communications director of
Centre for Health and Gender Equity (Change, US)
28. Resumo, algumas conclusões, e
desafios
• * Desafios para o avanço da igualdade de gênero, e os direitos sexuais e
reprodutivos
• * Como melhor trabalhar os discursos para influenciar mais a opinião
pública, contra a atual ênfase na manipulação, nos “fake news”?
• * Limites das novas mídias para o fortalecimento democrático
• * Campo de atuaҁão inclui comunicaҁão e para além dele
• * Necessidade de incluir a comunicaҁão em todas as atividades de advocacia
e nos programas de formulaҁão de políticas públicas
• Necessidade de deconstruir o discurso dominante em torno do
desenvolvimento, e dos “corpos femininos e reprodutivos” e a terminologia
do SRHR
29. Bibliografia selecionada
• Alvarez, S. E. (2009) “Beyond NGO-ization? Reflections from Latin America” in
Development, 06/2009, vol. 52, issue
• Correa, S. and Petchesky, R. (1994) “Reproductive and sexual rights: a feminist perspective”
in Sen, Gita, Germain, Adrienne, Lincoln, C. Chen (eds.) Population policies reconsidered:
health, empowerment and rights, Boston
• Gajjala, R. and Mamidipudi, A. (1999) “Cyberfeminism, technology and international
development” in Gender and Development, vol. 7, no. 2, p. 8-16
• Harcourt, W. (2009) “Reproductive bodies” in Body Politics in development: critical
alternatives in gender and development, p. 38 – 65
• Kingston, Lindsey N. and Stam, Kathryn R. (2013) “Online advocacy: analysis of human rights
NGO websites” in Journal of Human Rights Practice, vol. 5, n. 1, p. 75-95
• Matos, C. (2021) Gender, health communications and online activism in the digital age,
McGill-Queen’s University Press (forthcoming)
• Matos, C. (2016) Globalization, gender politics and the media, Maryland: Lexington Books
30. Bibliografia selecionada
• McPherson, E. (2017) “Social media and human rights advocacy” in Tumber, H. and Waisbord, S. (eds.) The
Routledge Companion to Media and Human Rights, London and New York: Routledge, p. 279-288
• Narayanaswamy, L. (2014) “NGOs and feminisms in development: interrogating the ‘Southern Women’s
NGO” in Geography Compass 8/8: 576-589
• Mohanty, C. T, A. Russo, and L. Torres (eds.) (1991) Third World Women and the Politics of Feminism,
Indiana University Press
• * Obregon, R. and Waisbord, S. (eds.) (2012) The Handbook of Global Health Communications, Wiley-
Blackwell
• Richardson, E. and Birn, Anne-Emanuelle (2011) “Sexual and reproductive health and rights in Latin America:
an analysis of trends, commitments and achievements” in Reproductive Health Matters, 19-38, p. 183-196
• Thrall, T., Stecula, D. and Sweet, D. (2014) “May we have your attention please? Human-rights NGOs and the
problem of global communications” in The International Journal of Press/Politics, p. 1-25
• Wilkins, K. (2016) Communicating Gender and Advocating Accountability in Global Development,
Hampshire: Palgrave Macmillan
• -----, K. (2014) “Advocacy communication” in Wilkins, K G, Tufte, T. and Obregon, R (eds.) The Handbook of
Development Communication and Social Change, John Wiley and Sons Inc.
31. City, University of London
Northampton Square
London
EC1V 0HB
United Kingdom
T: +44 (0)20 7040 5060
E: department@city.ac.uk
www.city.ac.uk/department