2. “Refletir sobre diferentes fatos linguísticos flagrados em textos orais e escritos;
a reconhecer e analisar a variação linguística em suas diferentes dimensões
sócio-históricas ,como um fenômeno inerente ao uso da língua e determinado pelos
fatores que definem as condições de produção de um texto, oral ou escrito”
(PUC-MINAS)
“Estabelecer relações entre cada texto e aspectos históricos, sociais, políticos,
econômicos e culturais da época em que ele foi produzido e da atualidade”
(UFMG)
“ Dominar a norma-culta e os níveis de significação do texto: significação
explícita e significação implícita, denotação e conotação”
(USP)
“Construir o sentido de textos redigidos em português e de reconhecer marcas
linguísticas que permitem caracterizar um determinado gênero discursivo, seja
quanto à sua forma (por exemplo, dissertativo, narrativo, poético), seja quanto à
sua função (por exemplo, religioso, científico, jornalístico, comercial, etc.),
depreendendo os efeitos desencadeados por essas marcas”
(UNICAMP)
3. compreender
analisar
INTERPRETAR
Interpretar é
compreender + analisar o texto
Observar o que realmente está escrito;
coletar dados do texto.
Estabelecer relações entre o texto e
aspectos históricos, sociais, políticos,
econômicos e culturais da época em que
ele foi produzido e da atualidade
Refletir sobre diferentes fatos
linguísticos significação explícita e
significação implícita, denotação e
conotação
4. O conhecimento de
mundo eleva a
capacidade de
interpretação do leitor.
Interpretar é analisar o
que se lê, relacionando
com o que se conhece.
Duração: 3´58´´
“Conhecimento” –narração de Bruno Mazzeo (2007)
http://www.youtube.com/watch?v=AXzfjQeEjYg&feature=related
5. (ENEM-1998)
Para falar e escrever bem, é preciso, além de conhecer o padrão formal da Língua
Portuguesa, saber adequar o uso da linguagem ao contexto discursivo.
Para exemplificar este fato, seu professor de Língua Portuguesa convida-o a ler o texto
Aí, Galera, de Luís Fernando Veríssimo.
No texto, o autor brinca com situações de discurso oral que fogem à
expectativa do ouvinte.
6. Aí, Galera
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador
de futebol dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não?
— Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
—Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos
seus lares.
— Como é?
— Aí, galera.
— Quais são as instruções do técnico?
— Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na
zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um
contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação
momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.
— Ahn?
— É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.
— Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
— Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a
uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
— Pode.
— Uma saudação para a minha progenitora.
— Como é?
— Alô, mamãe!
— Estou vendo que você é um, um...
— Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um
ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?
— Estereoquê?
— Um chato?
— Isso.
7. 1. (ENEM) A expressão “pegá eles sem calça” poderia ser substituída, sem
comprometimento de sentido, em língua culta, formal, por:
a) pegá-los na mentira.
b) pegá-los desprevenidos.
c) pegá-los em flagrante.
d) pegá-los rapidamente.
e) pegá-los momentaneamente
Observa se o aluno é
capaz de compreender a
mensagem, mesmo em
uma variedade não padrão,
e transferi-la à norma culta
Percebemos de imediato que se trata de uma entrevista que cria uma situação
ideal que provoca o riso. O humor é aqui veiculado por meio do inesperado, em que cada
expressão erudita do jogador soa como algo tão fora de contexto que, ao imaginarmos a
situação, não deixamos de achar graça.
A habilidade do autor consiste em explorar com inteligência uma situação hipotética
de inadequação linguística para provocar o humor.
As duas primeiras questões propostas a seguir pretendem exatamente verificar a
capacidade do aluno de julgar a inadequação linguística e relacioná-la com o
inesperado.
Vamos a elas:
**as análises apresentadas nesta página são reproduzidas de publicação do Prof. Cid Ottoni Bylaard, em vestibular1.com.br
8. 2. (ENEM) O texto retrata duas situações relacionadas que
fogem à expectativa do público. São elas:
a) a saudação do jogador aos fãs do clube, no início da
entrevista, e a saudação final dirigida à sua mãe.
b) a linguagem muito formal do jogador, inadequada à situação
da entrevista, e um jogador que fala, com desenvoltura, de
modo muito rebuscado.
c) o uso da expressão “galera”, por parte do entrevistador, e da
expressão “progenitora”, por parte do jogador.
d) o desconhecimento, por parte do entrevistador, da palavra
“estereotipação”, e a fala do jogador em “é pra dividir no
meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça”.
e) o fato de os jogadores de futebol serem vítimas de
estereotipação e o jogador entrevistado não corresponder ao
estereótipo.
Esta questão extrapola o
texto para apresentar
novas situações que você
deverá relacionar com o
discurso criado.
**as análises apresentadas nesta página são reproduzidas de publicação do Prof. Cid Ottoni Bylaard, em vestibular1.com.br
9. a) “o carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito” -
um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o
outro que vai passando.
b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” - um jovem que fala
para um amigo.
c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma
observação” - alguém comenta em uma reunião de
trabalho.
d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao
cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa”
- alguém que escreve uma carta candidatando-se a um
emprego.
e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que
ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo,
muito pouca comida nos lares brasileiros” - um professor
universitário em um congresso internacional.
Nesta questão o processo
mental é mais simples, e sua
habilidade consiste em
relacionar seu conhecimento
da linguagem formal com a
modalidade culta da língua, ou
seja, entender a mesma
expressão em dialetos
diferentes.
3.(ENEM) O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao
contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção
que representa também uma inadequação da linguagem usada ao contexto:
**as análises apresentadas nesta página são reproduzidas de publicação do Prof. Cid Ottoni Bylaard, em vestibular1.com.br
10. “somente a prática da leitura com método
irá consolidar esse processo em sua
mente, tornando-o um leitor cada vez
melhor. Você sempre será hoje um leitor
melhor do que o de ontem, e amanhã
um leitor melhor do que o de hoje.”
Prof. Cid Ottoni Bylaard
(publicado em vestibular 1.com.br)
12. texto 1
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira
como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida
está todo de trás pra frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, se livrar logo
disso. Daí, viver num asilo até ser chutado pra fora de lá por
estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo o
bastante para poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você
curte tudo, bebe bastante, dá festas e se prepara pra
faculdade.
Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira
criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um
bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus
últimos nove meses de vida flutuando...
E termina tudo com um ótimo orgasmo!!
Não seria perfeito?
(CHAPLIN, Charles)
As questões a seguir foram propostas pelo Prof. Lincoln Moura
13. 1. No texto, o autor:
a) parte do princípio que o ócio/prazer deveria ser o fim último da vida.
b) parte do princípio que a vida deveria ser só ócio/prazer.
c) parte do princípio que a vida não se encerra com a morte.
d) parte do princípio que todos têm direito à vida.
e) parte do princípio que somos responsáveis por aquilo que cativamos.
2. O autor é reconhecido mundialmente por:
a) sua obra cinematográfica.
b) suas pinturas soberbamente avaliadas, juntamente com sua obra cinematográfica.
c) seus romances e contos.
d) suas fotografias e esculturas.
e) suas invenções que transformaram o cinema.
Respostas-1A2A
14. a) De tudo o que era nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
É a rainha dos detentos
Dos cegos, dos lazarentos
Dos moleques do internato
(Chico Buarque)
b) De repente me lembro do verde
A cor do verde é a mais verde que existe
A cor mais alegre, a cor mais triste
O verde que vestes, o verde que vestiste
No dia em que te vi, no dia em que...
me viste
(Caetano Veloso)
c) A gente não quer só comida
A gente quer bebida, diversão e arte
A gente não quer só comida, a gente quer saída
Para qualquer parte
A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e quer fazer amor
(Titãs)
3. O fragmento que melhor interage com o texto é:
d) Vou apertar, mas
não vou acender agora
Vou apertar, mas não vou acender agora
Se segura malandro, pra fazer a cabeça
tem hora
(Bezerra da Silva)
e) Aquele preto, tão preto
Com aquela barba branca,
tão preta
E aquele olhar tão meigo,
de quem espera
ganhar um sorriso incolor
(Secos & Molhados)
Resposta3C
15. Um enigmático sorriso
A Monalisa e seu enigmático sorriso foi inspirada em
uma modelo viva, Lisa Gherardini, terceira esposa de
um rico mercador florentino, Francesco del
Giocondo, dezenove anos mais velho.
Francesco encomendou um retrato da mulher para
pendurá-lo na sala de jantar. Lisa começou a posar
em 1503. Leonardo da Vinci (1452 1519) levou quatro
anos fazendo o trabalho e jamais chegou a conclui-
lo como desejava.
É que Francesco ficou impaciente com a demora,
proibiu sua mulher de continuar posando e não
pagou pela obra. O rei francês Francisco I comprou o
quadro para decorar o seu banheiro e pagou o
equivalente a 15,3 quilos de ouro. Um crítico de arte,
em 1568, escreveu: "Enquanto pintava o retrato dela,
Leonardo contratou pessoas que cantavam e
tocavam para manterem-na alegre, eliminando
aquela ponta de melancolia que o fato de posar
acarreta".
Alguns estudiosos dizem que Monalisa poderia ser
Constanza d'Avalos, amante de Giuliano de Medici.
Há também quem sustente que Leonardo da Vinci
teria pintado um quadro de Monalisa nua. O quadro
e os esboços nunca foram encontrados.
Monalisa não tinha sobrancelhas. Era moda na
Renascença raspá-las.
(Marcelo Duarte, in O Guia dos Curiosos)
16. 4.Segundo o texto, há discordância quanto:
a) à nacionalidade da Monalisa
b) ao autor da obra
c) à ausência de sobrancelhas na Monalisa
d) à identificação da Monalisa
e) à contratação de músicos e cantores para distraírem a modelo.
5. De acordo com o texto, pode-se afirmar:
a) Monalisa posou nua, mas o quadro nunca foi encontrado.
b) Leonardo da Vinci não recebeu pagamento pelo quadro.
c) Para da Vinci, o quadro não era perfeito.
d) A Monalisa é uma importante obra da juventude de Leonardo da Vinci.
e) Conquanto houvesse grande demora, Francesco del Giocondo impediu a mulher de
continuar posando.
6. A palavra do texto que apresenta erro de acentuação gráfica é:
a) enigmático
b) pendurá-lo
c) conclui-lo
d) Há
e) raspá-las
Respostas4D5E6C
17. Fontes
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl ... lertextos2
JURISWAY
www.jurisway.org.br
PUC MINAS
http://portal.pucminas.br/vestibular/2016-02/documentos/programa_interior.pdf
FUVEST – Manual do Candidato 2017
http://www.fuvest.br/vest2017/manual/fuvest.2017.manual.pdf
UNICAMP – Manual do Candidato 2017
https://www.comvest.unicamp.br/vest2017/download/manual2017.pdf
BYLAARD, Cid Ottoni. Disponível em www.vestibular1.com.br
MOURA, Lincoln. Disponível em: http://docplayer.com.br/29452863-Portugues-questoes-01-a-10-prof-lincoln-moura-
texto-1.html
Pesquisa, organização e layout
Profa. Cláudia Heloísa Cunha Andria
contato: clauheloisa@yahoo.com.br