Ellen White viveu 87 anos e foi uma importante líder religiosa e escritora adventista. Ela recebeu visões que ajudaram a guiar a igreja e escreveu numerosos livros sobre temas religiosos. Sua vida foi marcada pelo desapontamento de 1844 e pela subsequente organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
3. Ellen Gold Harmon e sua irmã gêmea
Elizabeth Gold Harmon eram filhas de
Robert e Eunice Harmon, e nasceram em
Gorham, 26 de novembro de 1827.
Ellen White viveu 87 anos e faleceu em
Santa Helena, no dia 16 de julho de 1915.
4. Em uma casa com oito filhos, a vida era
interessante e ocupada. A família vivia
em uma pequena fazenda próxima à vila
de Gorham, Maine, ao norte dos EUA.
Entretanto, poucos anos após o
nascimento das gêmeas, Robert Harmon
desistiu de ser fazendeiro e mudou-se
com sua família para a cidade de
Portland, cerca de 12 milhas ao leste.
Durante sua infância, Ellen auxiliava a
família trabalhando com seu pai na
fabricação de chapéus.
H.W. Wilson, American Reformers:
Biographical Dictionary, p 868, 1985
5. Aos nove anos de idade, ao retornar da
escola para sua casa em uma tarde, ela
foi gravemente atingida em sua face por
uma pedra lançada por uma colega de
classe. Durante três semanas Ellen
permaneceu inconsciente e, nos anos
posteriores, sofreu muito na
recuperação da grave lesão que lhe
desfigurou o nariz.7
H.W. Wilson, American Reformers:
Biographical Dictionary, p 868, 1985
6. Quantos filhos Ellen White teve?
Nasceram quatro meninos na família White. Henry Nichols (1847-1863)
foi o seu primogênito. Ele morreu de pneumonia aos 16 anos. James
Edson (1849-1928) se tornou um pastor adventista do sétimo dia e é
mais lembrado por sua obra pioneira como evangelizador e educador
entre os afro-americanos do sul dos Estados Unidos. William Clarence
(1854-1937) também se tornou um pastor da Igreja Adventista. Após a
morte de Tiago White, em 1881, William tornou-se o principal
assistente editorial e gerente de publicações de sua mãe. John Herbert
(1860) morreu com a idade de três meses, de erisipela.
7. Primeiros anos de Ellen White
A educação formal de Ellen foi interrompida abruptamente, e a todos
parecia que a pequena jovem, até então promissora, não viveria por
muito tempo. No ano de 1840, Ellen e seus pais participaram de uma
reunião campal da Igreja Metodista em Buxton, Maine, e Ellen, na
ocasião com 12 anos de idade, entregou seu coração a Deus. Em 26 de
junho de 1842, a seu pedido, ela foi batizada por imersão em Casco Bay,
Portland. No mesmo dia, Ellen foi aceite como membro da Igreja
Metodista.8
Laura Lee Vance, eventh-Day Adventism in Crisis: Gender and Sectarian
Change in an Emerging Religion, University of Illinois Press, 1999
8. Ellen White e o
desapontamento
Ellen White vivenciou as
grandes experiências do
grande desapontamento de
22 de outubro de 1844.
9. Contexto do desapontamento
Miller baseou seus estudos da volta de Jesus em 1844 numa
crença popular que dizia na época que "a terra era o santuário".
Quando ele interpretou no livro de Daniel "purificação do
santuário" seria a purificação da terra. Os Adventistas na época
eram todos os que criam no advento de Jesus independentemente
de qual denominação pertencessem. Após o Desapontamento
alguns poucos reestudaram as profecias, entenderam e passaram a
crer que o Santuário a que se referia o livro de Daniel era o
Santuário Celestial. Com outros demais estudos bíblicos é que em
1863 originou-se a Igreja Adventistas do Sétimo dia e também
outros grupos.
10. Ellen e suas irmãs...
Ellen White mantinha íntima ligação com
suas outras três irmãs e seu irmão mais
velho, John, correspondendo-se com eles,
visitando-os, e mandando-lhes cópias de
seus livros e assinaturas de periódicos
adventistas. Uma vez ela escreveu sobre
suas irmãs: “Embora realmente não
concordássemos em todos os pontos a
respeito de obrigação religiosa, nossos
corações ainda eram um” (Review and
Herald, 21 de abril de 1868)..
11. Ellen e a organização da igreja
Em 1855, o casal White mudou-se para Battle Creek. Logo esse lugar
tornou-se o centro do adventismo. Em maio de 1863 a igreja
adventista foi oficialmente organizada.
12. Visões de Ellen G. White
Como eram as visões de Ellen White? Existe algum relato
de testemunha ocular?
A obra de alguém que afirma dar como testemunho a
mensagem de Deus deve satisfazer os requisitos dados pela
Palavra de Deus, tais como, “pelos seus frutos os
conhecereis”, “à lei e ao testemunho”, o cumprimento de
predições etc.
13. Visões de Ellen G. White
J. N. Loughborough foi testemunha ocular desse fato. Esteve
presente em mais de 50 ocasiões em que Ellen White
recebeu visões. Em seu livro, “O Grande Movimento
Adventista” ele dá um emocionante relato dos fenômenos
que acompanhavam tais visões. Na página 176, ele declara:
14. Visões de Ellen G. White
“Antes de continuarmos o emocionante relato desta maravilhosa
manifestação do Espírito de Deus, vou expor alguns fatos relativos às
visões. A primeira vez que vi Ellen White (que antes de casar-se
chamava-se Ellen Harmon) foi em outubro de 1852. Naquele dia eu a
vi numa visão que durou mais de uma hora. Desde então, tive o
privilégio de vê-la em visão cerca de cinquenta vezes. Tenho estado
presente enquanto médicos a examinaram durante a visão, e
considero um prazer testemunhar do que vi e conheci. Creio que,
quanto a isto, uma narração de fatos não pode ser descuidadamente
deixada de lado a fim de se apegar a suposições aleatórias de pessoas
que nunca a viram nesta condição.
15. Visões de Ellen G. White
“Quando ela entra em visão, dá três arrebatadores gritos de “Glória!” que ecoam e ressoam, o
segundo, e, especialmente, o terceiro, sendo mais fraco, porém mais emocionante que o
primeiro, com a voz semelhante à de alguém bem longe de você, já quase não dando para ouvir.
Por cerca de quatro ou cinco segundos, parece cair como uma pessoa em um desmaio, ou
alguém que perdeu a força. Então, parece ser instantaneamente preenchida de força sobre-
humana, às vezes levantando-se de uma só vez sobre seus pés e andando pela sala. Há
frequentes movimentos das mãos e dos braços, apontando à direita ou à esquerda, conforme
sua cabeça se volta. Todos esses movimentos são feitos da forma mais graciosa. Em qualquer
posição que sua mão ou seu braço são colocados, é impossível para qualquer um movê-los. Seus
olhos estão sempre abertos, mas ela não pisca; a cabeça fica levantada, e ela olha para cima,
não com um olhar vago, mas com uma expressão agradável, apenas diferindo de sua expressão
normal por parecer estar olhando atentamente para algum objeto distante. Ela não respira, mas
seu pulso bate regularmente. Sua fisionomia é agradável, e a cor de seu rosto, corado, como em
seu estado natural.”
16. Visões de Ellen G. White
• Seus olhos ficavam abertos, não com olhar distante, mas como se estivesse atentamente
assistindo algo.
• Sua posição podia variar. Às vezes ela ficava sentada; às vezes reclinada; às vezes andava em
volta do aposento e fazia gestos graciosos enquanto falava sobre os assuntos apresentados.
• Ela ficava absolutamente inconsciente do que estava ocorrendo ao seu redor. Não via, ouvia,
sentia, nem percebia de modo algum o ambiente ou os acontecimentos que a cercavam.
• O final da visão era indicado por uma profunda inspiração, seguida em aproximadamente
um minuto por outra, e logo sua respiração voltava ao normal.
• Imediatamente após a visão tudo parecia muito escuro para ela.
• Dentro de pouco tempo ela recuperava sua força e habilidades naturais.
17. Visões de Ellen G. White
Dentre os relatos que foram feitos por diversas testemunhas oculares, resume-se:
• Quando a visão começava, Ellen White exclamava: “Glória!” repetidas vezes.
• Ela experimentava uma perda de força física, chegando a cair no chão como alguém
num desmaio.
• Subseqüentemente, ela manifestava força sobrenatural.
• Ela não respirava, mas seu batimento cardíaco continuava normal, e a cor de seu
rosto era natural.
• Ocasionalmente ela proferia exclamações indicativas da cena que lhe estava sendo
apresentada.
18. O ministério após a Morte de seu marido
Após 1882 Ellen White foi assistida de perto por amigos e associados. Ela contratou
assistentes literárias que a ajudariam no preparo de seus escritos para a publicação.
Também mantinha uma intensiva correspondência com líderes da igreja. Ellen, então,
viajou para a Europa em sua primeira viagem internacional. Após seu regresso, ela apoiou
E.J. Waggooner e A.T. Jones, jovens pastores, no desenvolvimento da doutrina da
Justificação pela Fé. Alguns líderes da igreja resistiram ao seu conselho e, para evitar
conflitos, ela foi enviada a Austrália como missionária.
1.EGW, Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 90. (ed) Casa Publicadora Brasileira, 1980
2.Douglass, Herbert E., "Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White" (ed) Casa Publicadora
Brasileira, Tatuí, São Paulo, 2001, pp. 157, 158, 312-319
3. "1888 Reexaminado" (ed)1888 Message Study Committee [Comissão de Estudo da Mensagem de 1888]915 Parks
Avenue, SE Paris, OH 44669-9746 USA P.O.Box 217, Chicago Park, CA 95712 USA, 1987.
19. Última Conferência Geral
Em 1909, com a idade de 81 anos,
Ellen White assistiu à sua última
Conferência Geral. Nessa
conferência ela falou várias vezes
com uma voz clara e firme. Ao
término da seu último sermão para
os delegados representando o
campo mundial, ela levantou uma
Bíblia em suas mãos já idosas e
disse: (Voz Feminina) "Irmãos e
irmãs, eu lhes recomendo este
livro!”
20. Falecimento
Ellen G. White faleceu em Santa Helena em 16 de julho de 1915 aos 87
anos. Encontra-se sepultada em Oak Hill Cemetery, Battle
Creek, Michigan nos EUA. Suas últimas palavras: "Eu sei em quem
tenho crido".