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Anatomia e Fisiologia da Glândula 
Mamaria Bovina
 A Glândula mamaria é considerada uma parte do sistema reprodutor, e a 
lactação pode ser considerada como a fase final de um ciclo de reprodução. 
Assim, pode-se dizer que, para a maioria dos mamíferos, uma falha em aleitar, 
tal como a falha de ovular, é também uma falha em reproduzir. 
 A Glândula mamaria corresponde a uma glândula sudoripa modificada que 
secreta leite para nutrição da prole. 
 Origina-se embrionariamente a partir do espessamento linear bilateral do 
ectoderma ventrolateral na parede abdominal, denominados de “Linhas 
Lácteas” ou “Cristais Mamários”. Nelas se formam os Botões Mamários que 
dão origem a porção funcional da Glândula Mamária. Isto ocorre quando o 
embrião tem cerca de 35 dias de idade. 
 Está composta por um sistema de Ductos que conectam massas de epitélio 
secretor (Parênquima) envolvidos por tecido conjuntivo, gordura, vasos e 
nervos (estroma). O conjuntivo encontra-se sustentando por uma cápsula fibro-elástica. 
 Parênquima: consiste de camada única de células epiteliais secretoras formando 
os alvéolos mamários que drenam para ductos pequenos que vão 
progressivamente se unindo a ductos maiores até abrir em uma cisterna ou 
diretamente na teta.
 Os alvéolos são agrupados em unidades maiores denominadas lóbulos, cada 
um deles envolvido por um septo distinto de tecido conjuntivo. 
 Os lóbulos são agrupados em unidades maiores denominadas lobos, que são 
rodeados por septos de tecido conjuntivo. 
 Os alvéolos são recobertos por células contráteis de natureza mioepitelial e 
que respondem ao reflexo de ejeção do leite. 
 As células mioepiteliais também se localizam ao longo dos ductos. 
 A proporção parênquima secretor e tecido conjuntivo é controlado por 
mecanismo hormonal. Durante a lactação da vaca encontra-se maior 
proporção de parênquima do que de estroma, e fora da lactação(período 
seco da vaca), se inverte.
O úbere de uma vaca é um órgão designado à produção de leite e 
oferecimento ao bezerro recém-nascido de um fácil acesso ao 
leite de sua mãe. Ele está suspenso externamente à parede 
posterior do abdômen e portanto não está restrito, apoiado ou 
protegido por nenhuma estrutura óssea. 
O úbere de uma vaca é composto por quatro glândulas mamárias 
ou quartos. Cada quarto é uma entidade funcional própria que 
opera independentemente e secreta o leite por seu próprio teto. 
Geralmente, os quartos traseiros são levemente mais 
desenvolvidos e produzem mais leite (60%) do que os quartos 
dianteiros ( 4 0 % ) . Os principais componentes do úbere estão 
listados aqui com uma curta explicação de sua importância e 
função.
 Sistema de suporte: Um conjunto de ligamentos e tecido conjuntivo 
mantém o úbere próximo à parede do corpo. Ligamentos fortes são 
desejados porque eles ajudam a prevenir a ocorrência de úbere penduloso, 
minimizando o risco de ferimentos, e evitando dificuldades no uso de 
equipamentos de ordenha. 
 Sistema secretor e de ductos: O úbere é conhecido como uma glândula 
exócrina porque leite é sintetizado em células especiais agrupadas em 
alvéolos e então excretado para fora do corpo por um sistema de ductos que 
funciona como os afluentes de um rio. 
 Suprimento sanguíneo e estruturas Capilares: A produção de leite 
demanda muitos nutrientes que são trazidos ao úbere pelo sangue. Para 
produzir 1 Kg de leite, 400 a 500 Kg de sangue devem passar pelo úbere. 
Além disso, o sangue carrega hormônios que controlam o desenvolvimento 
do úbere, síntese de leite, e regeneração de células secretórias entre as 
lactações (durante o período seco).
 Sistema linfático: A linfa é um fluído claro que vem dos tecidos altamente 
irrigados por sangue. A linfa ajuda a balancear o fluído que se movimenta 
para dentro e fora do úbere, e ajuda a combater infecções. Em alguns casos, 
o aumento do fluxo de sangue no início da lactação leva ao acúmulo de 
fluído dentro do úbere até que o sistema linfático seja capaz de remover o 
fluído extra. Esta condição, conhecida como edema de úbere, é mais 
comum em novilhas na primeira parição e vacas mais velhas com úbere 
penduloso. 
 Inervação do úbere: Receptores nervosos na superfície do úbere são 
sensíveis ao toque e à temperatura. Durante o preparo do úbere para 
ordenha, esses nervos são estimulados e iniciam o reflexo da descida do 
leite que permite a liberação do leite. Os hormônios e o sistema nervoso 
também estão envolvidos na regulação do fluxo de sangue para o úbere. Por 
exemplo, quando uma vaca se assusta ou sente dor física, a ação da 
adrenalina e do sistema nervoso diminuem o fluxo sanguíneo para o úbere, 
inibindo o reflexo da descida do leite e diminuindo a produção de leite.
Sistema de suporte 
Em vacas leiteiras modernas, o úbere pode pesar mais de 50 Kg devido a grande 
quantidade de tecido secretor e leite que se acumula entre as ordenhas. As 
estruturas principais que suportam o úbere são o ligamento suspensor medial e o 
ligamento suspensor lateral (Figura 1). A pele também desempenha um papel 
menor no suporte e estabilização do úbere. 
O ligamento suspensor medial é um tecido elástico que adere o úbere à parede 
abdominal. De vista posterior, o espaço inter mamário, uma linha média distinta 
no úbere, marca a posição do ligamento suspensor medial. Como esse tecido é 
elástico, ele funciona como um amortecedor de choques e acomoda mudanças 
no tamanho e peso do úbere que ocorrem de acordo com a produção de leite e 
idade da vaca. Lesões ou fraqueza desse ligamento causa o estiramento do úbere 
para baixo fazendo com que seja mais difícil para ordenhar, aumentado a 
probabilidade de ferimentos, especialmente nos tetos. Seleção genética para um 
forte ligamento suspensor é eficaz em reduzir esse tipo de problema no rebanho. 
Ao contrário do ligamento suspensor medial, o ligamento suspensor lateral é 
tecido fibroso não flexível. Ele cobre as laterais do úbere, com origem no 
tendão ao redor do osso púbico, para formar uma rede suspensora.
Figura 1: Sistema de suporte do úbere da vaca.
Ductos e sistemas de secreção do leite 
O alvéolo é uma unidade funcional de produção onde uma única camada de 
células secretoras de leite estão agrupadas numa esfera com um centro oco 
(Figura 2). Tecidos de capilares sanguíneos e células mioepiteliais (como 
células musculares) circundam o alvéolo, e o leite secretado é encontrado na 
cavidade interna (lúmen). As funções dos alvéolos são: 
• Remover nutrientes do sangue; 
• Transformar esses nutrientes em leite; 
• Descarregar o leite dentro do lúmen. 
O leite sai do úbere por um ducto coletor. Um lóbulo é um grupo de 10 a 
100 alvéolos drenados por um ducto comum. Lóbulos são organizados em 
unidades maiores chamadas lobos. Os lobos liberam o leite em ductos 
coletores maiores que levam à cisterna da glândula que fica diretamente 
acima do teto da glândula (Figura 2).
Figura 2: Alvéolos e ductos formam o sistema secretor de leite.
O úbere é portanto composto por bilhões de alvéolos onde o leite é 
secretado. Os ductos formam canais de drenagem onde leite se acumula 
entre as ordenhas. Entretanto, isto ocorre somente quando as células 
mioepiteliais que recobrem os alvéolos e os ductos menores contraem em 
resposta ao hormônio ocitocina (reflexo da descida do leite) para que o leite 
flua dentro dos galactóforos e da cisterna da glândula. 
O teto forma uma passagem por onde o leite pode ser descartado da 
glândula. Ele é coberto por uma pele lisa e um rico suprimento de sangue e 
nervos. A extremidade inferior do teto mantém-se fechada por um anel de 
musculatura lisa ou esfíncter, denominado canal do teto. Na sua parte 
superior, o teto é separado da cisterna da glândula por uma série de dobras 
de células sensitivas particularmente vulneráveis à danificação. Essas 
dobras de tecido também são encontradas na outra extremidade do teto 
diretamente acima do canal do teto (roseta de Furstenburg). O teto é 
portanto projetado como uma barreira efetiva às bactérias invasoras.
A preservação da estrutura normal do teto é essencial para manutenção do 
mecanismo natural de defesa contra bactérias causadoras de mastite. Diferenças 
na estrutura do teto, particularmente de diâmetro e comprimento, estão 
relacionadas à susceptibilidade à infecção. 
SECREÇÃO DO LEITE NAS CÉLULAS SECRETÓRIAS 
A secreção do leite pelas células secretórias é um processo contínuo que 
envolve muitas reações bioquímicas intrínsicas. Durante a ordenha, a taxa de 
secreção de leite é de certa forma diminuída mas nunca cessa completamente. 
Entre ordenhas, o acúmulo de leite aumenta a pressão no alvéolo e diminui a 
taxa de síntese do leite. Por isso, é recomendado que vacas de alta produção 
sejam ordenhadas o mais próximo de intervalos de 12 horas (as mais produtoras 
devem ser ordenhadas primeiro de manhã e por último a noite). A ejeção do 
leite mais freqüente reduz a pressão acumulativa dentro do úbere e por esta 
razão, ordenhar três vezes ao dia pode aumentar a produção de leite em 10 a 
15%.
A célula secretória é um fator complexo. A Figura 3 mostra um resumo dos 
mecanismos e origem de nutrientes necessários para síntese do leite. 
O uso de glicose por uma célula secretória. Apesar de a glicose na dieta 
ser totalmente fermentada no rúmen em ácidos voláteis (ácido acético, 
propiônico e butírico), ela é necessária em grandes quantidades para o úbere 
lactente. O fígado transforma ácido propiônico novamente em glicose que é 
transportada pelo sangue para o úbere, onde é usada pelas células 
secretórias. A glicose pode ser usada como uma fonte de energia para as 
células, como o bloco construtor de galactose e subseqüentemente lactose, 
ou como fonte de glicerol necessária para síntese de gordura. 
Síntese de lactose: A síntese de lactose é controlada por duas unidades de 
enzimas chamadas lactose sintetaze. A sub-unidade α-Lactoalbumina é 
encontrada no leite como uma proteína do soro.
Figura 3: Secreção do leite nas células secretórias (os círculos com um X são passos 
regulatórios
Regulação do volume de leite: A quantidade de leite produzido é controlada 
principalmente pela quantidade de lactose sintetizada pelo úbere. A secreção de 
lactose na cavidade alveolar aumenta a concentração de substâncias dissolvidas 
(pressão osmótica) relativa ao outro lado das células secretórias onde o sangue flue. 
Assim, a concentração de substâncias dissolvidas em cada lado das células 
secretórias é balanceada pela liberação de água do sangue e pela mistura com outros 
componentes do leite encontrados na cavidade alveolar. Para o leite normal, um 
balanço é atingido quando há 4.5 a 5% de lactose no leite. Portanto, a produção de 
lactose atua como uma válvula que regula a quantidade de água liberada no alvéolo 
e portanto, o volume de leite produzido (ciclos Figura 3). 
O efeito da dieta na produção de leite pode ser facilmente observado: 
A quantidade de energia (por ex. concentrado) na dieta influencia a produção de 
propionato no rúmen; 
2) O propionato disponível influencia a quantidade de glicose sintetizada pelo fígado; 
3) A glicose disponível influencia a quantidade de lactose sintetizada na glândula 
mamária; 
4) A lactose disponível influencia a quantidade de leite produzido por dia.
Síntese de proteína: As caseínas encontradas no leite são sintetizadas a 
partir de aminoácidos provenientes do sangue sob controle de material 
genético (DNA). Essas proteínas são organizadas em micelas antes de 
serem liberadas no lúmen alveolar. O controle genético da síntese do leite 
no alvéolo vem da quantidade de α-Lactoalbumina sintetizada pelas células 
secretórias. Como descrito acima, essa enzima é um regulador importante 
da quantidade de lactose e leite produzidos por dia. 
As imunoglobulinas são sintetizadas pelo sistema imune e essas 
proteínas geralmente grandes vêm do sangue para o leite. A 
permeabilidade das células secretórias às imunoglobulinas é alta 
durante a síntese de colostro, mas diminui drasticamente com o 
início da lactação.
Síntese de gordura: Acetato e butirato produzidos no rúmen são usados em 
parte como blocos construtores de cadeia curta de ácidos graxos 
encontrados no leite. O glicerol necessário para unir 3 ácidos graxos em um 
triglicerídeo vem da glicose. Cerca de 17–45% da gordura do leite é 
construída de acetato e 8–25% de butirato. A composição da dieta tem uma 
forte influência na concentração da gordura do leite. A falta de fibra 
deprime a formação de acetato no rúmen que resulta na produção de leite 
com baixa concentração de gordura (2–2.5%). 
Lipídios mobilizados das reservas do organismo no início da lactação são 
outro bloco construtor para síntese de gordura no leite. Entretanto, em geral, 
somente metade da quantidade de ácidos graxos na gordura do leite é 
sintetizada no úbere, a outra metade vem predominantemente de ácidos 
graxos longos encontrados na dieta. Portanto, a composição da gordura do 
leite pode ser alterada por manipulação do tipo de gordura na dieta da vaca.
Canal galactóforo; Cisterna; Canais lactíferos; 
Tecidos Glandulares; Veias; Artéria; Gânglio 
linfático.
O desenvolvimento da glândula mamária ocorre em várias fases: 
 Recém-nascido (hormônios maternos) pré-puberal; 
 Puberal (hormônios ovarianos, principalmente); 
 Cíclico (estrogênio e também progesterona); 
 Gravidico (estrogênio e progesterona da gestação). 
Fatores do desenvolvimento da glândula mamária de maneira geral, pode-se 
dizer que os estrogênios desenvolvem os dutos da glândula mamária, 
enquanto o progesterona promove o desenvolvimento dos alvéolos. A 
glândula mamária desenvolve quando: 
 Não amamenta; 
 Após a castração; 
 Na menopausa.

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Trabalho de Produção Animal - Anatomia e Fisiologia da Glândula Mamária dos Bovinos

  • 1. Anatomia e Fisiologia da Glândula Mamaria Bovina
  • 2.
  • 3.  A Glândula mamaria é considerada uma parte do sistema reprodutor, e a lactação pode ser considerada como a fase final de um ciclo de reprodução. Assim, pode-se dizer que, para a maioria dos mamíferos, uma falha em aleitar, tal como a falha de ovular, é também uma falha em reproduzir.  A Glândula mamaria corresponde a uma glândula sudoripa modificada que secreta leite para nutrição da prole.  Origina-se embrionariamente a partir do espessamento linear bilateral do ectoderma ventrolateral na parede abdominal, denominados de “Linhas Lácteas” ou “Cristais Mamários”. Nelas se formam os Botões Mamários que dão origem a porção funcional da Glândula Mamária. Isto ocorre quando o embrião tem cerca de 35 dias de idade.  Está composta por um sistema de Ductos que conectam massas de epitélio secretor (Parênquima) envolvidos por tecido conjuntivo, gordura, vasos e nervos (estroma). O conjuntivo encontra-se sustentando por uma cápsula fibro-elástica.  Parênquima: consiste de camada única de células epiteliais secretoras formando os alvéolos mamários que drenam para ductos pequenos que vão progressivamente se unindo a ductos maiores até abrir em uma cisterna ou diretamente na teta.
  • 4.  Os alvéolos são agrupados em unidades maiores denominadas lóbulos, cada um deles envolvido por um septo distinto de tecido conjuntivo.  Os lóbulos são agrupados em unidades maiores denominadas lobos, que são rodeados por septos de tecido conjuntivo.  Os alvéolos são recobertos por células contráteis de natureza mioepitelial e que respondem ao reflexo de ejeção do leite.  As células mioepiteliais também se localizam ao longo dos ductos.  A proporção parênquima secretor e tecido conjuntivo é controlado por mecanismo hormonal. Durante a lactação da vaca encontra-se maior proporção de parênquima do que de estroma, e fora da lactação(período seco da vaca), se inverte.
  • 5.
  • 6.
  • 7. O úbere de uma vaca é um órgão designado à produção de leite e oferecimento ao bezerro recém-nascido de um fácil acesso ao leite de sua mãe. Ele está suspenso externamente à parede posterior do abdômen e portanto não está restrito, apoiado ou protegido por nenhuma estrutura óssea. O úbere de uma vaca é composto por quatro glândulas mamárias ou quartos. Cada quarto é uma entidade funcional própria que opera independentemente e secreta o leite por seu próprio teto. Geralmente, os quartos traseiros são levemente mais desenvolvidos e produzem mais leite (60%) do que os quartos dianteiros ( 4 0 % ) . Os principais componentes do úbere estão listados aqui com uma curta explicação de sua importância e função.
  • 8.  Sistema de suporte: Um conjunto de ligamentos e tecido conjuntivo mantém o úbere próximo à parede do corpo. Ligamentos fortes são desejados porque eles ajudam a prevenir a ocorrência de úbere penduloso, minimizando o risco de ferimentos, e evitando dificuldades no uso de equipamentos de ordenha.  Sistema secretor e de ductos: O úbere é conhecido como uma glândula exócrina porque leite é sintetizado em células especiais agrupadas em alvéolos e então excretado para fora do corpo por um sistema de ductos que funciona como os afluentes de um rio.  Suprimento sanguíneo e estruturas Capilares: A produção de leite demanda muitos nutrientes que são trazidos ao úbere pelo sangue. Para produzir 1 Kg de leite, 400 a 500 Kg de sangue devem passar pelo úbere. Além disso, o sangue carrega hormônios que controlam o desenvolvimento do úbere, síntese de leite, e regeneração de células secretórias entre as lactações (durante o período seco).
  • 9.  Sistema linfático: A linfa é um fluído claro que vem dos tecidos altamente irrigados por sangue. A linfa ajuda a balancear o fluído que se movimenta para dentro e fora do úbere, e ajuda a combater infecções. Em alguns casos, o aumento do fluxo de sangue no início da lactação leva ao acúmulo de fluído dentro do úbere até que o sistema linfático seja capaz de remover o fluído extra. Esta condição, conhecida como edema de úbere, é mais comum em novilhas na primeira parição e vacas mais velhas com úbere penduloso.  Inervação do úbere: Receptores nervosos na superfície do úbere são sensíveis ao toque e à temperatura. Durante o preparo do úbere para ordenha, esses nervos são estimulados e iniciam o reflexo da descida do leite que permite a liberação do leite. Os hormônios e o sistema nervoso também estão envolvidos na regulação do fluxo de sangue para o úbere. Por exemplo, quando uma vaca se assusta ou sente dor física, a ação da adrenalina e do sistema nervoso diminuem o fluxo sanguíneo para o úbere, inibindo o reflexo da descida do leite e diminuindo a produção de leite.
  • 10. Sistema de suporte Em vacas leiteiras modernas, o úbere pode pesar mais de 50 Kg devido a grande quantidade de tecido secretor e leite que se acumula entre as ordenhas. As estruturas principais que suportam o úbere são o ligamento suspensor medial e o ligamento suspensor lateral (Figura 1). A pele também desempenha um papel menor no suporte e estabilização do úbere. O ligamento suspensor medial é um tecido elástico que adere o úbere à parede abdominal. De vista posterior, o espaço inter mamário, uma linha média distinta no úbere, marca a posição do ligamento suspensor medial. Como esse tecido é elástico, ele funciona como um amortecedor de choques e acomoda mudanças no tamanho e peso do úbere que ocorrem de acordo com a produção de leite e idade da vaca. Lesões ou fraqueza desse ligamento causa o estiramento do úbere para baixo fazendo com que seja mais difícil para ordenhar, aumentado a probabilidade de ferimentos, especialmente nos tetos. Seleção genética para um forte ligamento suspensor é eficaz em reduzir esse tipo de problema no rebanho. Ao contrário do ligamento suspensor medial, o ligamento suspensor lateral é tecido fibroso não flexível. Ele cobre as laterais do úbere, com origem no tendão ao redor do osso púbico, para formar uma rede suspensora.
  • 11. Figura 1: Sistema de suporte do úbere da vaca.
  • 12. Ductos e sistemas de secreção do leite O alvéolo é uma unidade funcional de produção onde uma única camada de células secretoras de leite estão agrupadas numa esfera com um centro oco (Figura 2). Tecidos de capilares sanguíneos e células mioepiteliais (como células musculares) circundam o alvéolo, e o leite secretado é encontrado na cavidade interna (lúmen). As funções dos alvéolos são: • Remover nutrientes do sangue; • Transformar esses nutrientes em leite; • Descarregar o leite dentro do lúmen. O leite sai do úbere por um ducto coletor. Um lóbulo é um grupo de 10 a 100 alvéolos drenados por um ducto comum. Lóbulos são organizados em unidades maiores chamadas lobos. Os lobos liberam o leite em ductos coletores maiores que levam à cisterna da glândula que fica diretamente acima do teto da glândula (Figura 2).
  • 13. Figura 2: Alvéolos e ductos formam o sistema secretor de leite.
  • 14. O úbere é portanto composto por bilhões de alvéolos onde o leite é secretado. Os ductos formam canais de drenagem onde leite se acumula entre as ordenhas. Entretanto, isto ocorre somente quando as células mioepiteliais que recobrem os alvéolos e os ductos menores contraem em resposta ao hormônio ocitocina (reflexo da descida do leite) para que o leite flua dentro dos galactóforos e da cisterna da glândula. O teto forma uma passagem por onde o leite pode ser descartado da glândula. Ele é coberto por uma pele lisa e um rico suprimento de sangue e nervos. A extremidade inferior do teto mantém-se fechada por um anel de musculatura lisa ou esfíncter, denominado canal do teto. Na sua parte superior, o teto é separado da cisterna da glândula por uma série de dobras de células sensitivas particularmente vulneráveis à danificação. Essas dobras de tecido também são encontradas na outra extremidade do teto diretamente acima do canal do teto (roseta de Furstenburg). O teto é portanto projetado como uma barreira efetiva às bactérias invasoras.
  • 15. A preservação da estrutura normal do teto é essencial para manutenção do mecanismo natural de defesa contra bactérias causadoras de mastite. Diferenças na estrutura do teto, particularmente de diâmetro e comprimento, estão relacionadas à susceptibilidade à infecção. SECREÇÃO DO LEITE NAS CÉLULAS SECRETÓRIAS A secreção do leite pelas células secretórias é um processo contínuo que envolve muitas reações bioquímicas intrínsicas. Durante a ordenha, a taxa de secreção de leite é de certa forma diminuída mas nunca cessa completamente. Entre ordenhas, o acúmulo de leite aumenta a pressão no alvéolo e diminui a taxa de síntese do leite. Por isso, é recomendado que vacas de alta produção sejam ordenhadas o mais próximo de intervalos de 12 horas (as mais produtoras devem ser ordenhadas primeiro de manhã e por último a noite). A ejeção do leite mais freqüente reduz a pressão acumulativa dentro do úbere e por esta razão, ordenhar três vezes ao dia pode aumentar a produção de leite em 10 a 15%.
  • 16. A célula secretória é um fator complexo. A Figura 3 mostra um resumo dos mecanismos e origem de nutrientes necessários para síntese do leite. O uso de glicose por uma célula secretória. Apesar de a glicose na dieta ser totalmente fermentada no rúmen em ácidos voláteis (ácido acético, propiônico e butírico), ela é necessária em grandes quantidades para o úbere lactente. O fígado transforma ácido propiônico novamente em glicose que é transportada pelo sangue para o úbere, onde é usada pelas células secretórias. A glicose pode ser usada como uma fonte de energia para as células, como o bloco construtor de galactose e subseqüentemente lactose, ou como fonte de glicerol necessária para síntese de gordura. Síntese de lactose: A síntese de lactose é controlada por duas unidades de enzimas chamadas lactose sintetaze. A sub-unidade α-Lactoalbumina é encontrada no leite como uma proteína do soro.
  • 17. Figura 3: Secreção do leite nas células secretórias (os círculos com um X são passos regulatórios
  • 18. Regulação do volume de leite: A quantidade de leite produzido é controlada principalmente pela quantidade de lactose sintetizada pelo úbere. A secreção de lactose na cavidade alveolar aumenta a concentração de substâncias dissolvidas (pressão osmótica) relativa ao outro lado das células secretórias onde o sangue flue. Assim, a concentração de substâncias dissolvidas em cada lado das células secretórias é balanceada pela liberação de água do sangue e pela mistura com outros componentes do leite encontrados na cavidade alveolar. Para o leite normal, um balanço é atingido quando há 4.5 a 5% de lactose no leite. Portanto, a produção de lactose atua como uma válvula que regula a quantidade de água liberada no alvéolo e portanto, o volume de leite produzido (ciclos Figura 3). O efeito da dieta na produção de leite pode ser facilmente observado: A quantidade de energia (por ex. concentrado) na dieta influencia a produção de propionato no rúmen; 2) O propionato disponível influencia a quantidade de glicose sintetizada pelo fígado; 3) A glicose disponível influencia a quantidade de lactose sintetizada na glândula mamária; 4) A lactose disponível influencia a quantidade de leite produzido por dia.
  • 19. Síntese de proteína: As caseínas encontradas no leite são sintetizadas a partir de aminoácidos provenientes do sangue sob controle de material genético (DNA). Essas proteínas são organizadas em micelas antes de serem liberadas no lúmen alveolar. O controle genético da síntese do leite no alvéolo vem da quantidade de α-Lactoalbumina sintetizada pelas células secretórias. Como descrito acima, essa enzima é um regulador importante da quantidade de lactose e leite produzidos por dia. As imunoglobulinas são sintetizadas pelo sistema imune e essas proteínas geralmente grandes vêm do sangue para o leite. A permeabilidade das células secretórias às imunoglobulinas é alta durante a síntese de colostro, mas diminui drasticamente com o início da lactação.
  • 20. Síntese de gordura: Acetato e butirato produzidos no rúmen são usados em parte como blocos construtores de cadeia curta de ácidos graxos encontrados no leite. O glicerol necessário para unir 3 ácidos graxos em um triglicerídeo vem da glicose. Cerca de 17–45% da gordura do leite é construída de acetato e 8–25% de butirato. A composição da dieta tem uma forte influência na concentração da gordura do leite. A falta de fibra deprime a formação de acetato no rúmen que resulta na produção de leite com baixa concentração de gordura (2–2.5%). Lipídios mobilizados das reservas do organismo no início da lactação são outro bloco construtor para síntese de gordura no leite. Entretanto, em geral, somente metade da quantidade de ácidos graxos na gordura do leite é sintetizada no úbere, a outra metade vem predominantemente de ácidos graxos longos encontrados na dieta. Portanto, a composição da gordura do leite pode ser alterada por manipulação do tipo de gordura na dieta da vaca.
  • 21. Canal galactóforo; Cisterna; Canais lactíferos; Tecidos Glandulares; Veias; Artéria; Gânglio linfático.
  • 22. O desenvolvimento da glândula mamária ocorre em várias fases:  Recém-nascido (hormônios maternos) pré-puberal;  Puberal (hormônios ovarianos, principalmente);  Cíclico (estrogênio e também progesterona);  Gravidico (estrogênio e progesterona da gestação). Fatores do desenvolvimento da glândula mamária de maneira geral, pode-se dizer que os estrogênios desenvolvem os dutos da glândula mamária, enquanto o progesterona promove o desenvolvimento dos alvéolos. A glândula mamária desenvolve quando:  Não amamenta;  Após a castração;  Na menopausa.