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A importância da Gestão Democrática na Escola Municipal Engenheiro Vicente
Batista
Francisco das Chagas Pereira Lustosa (¹)
RESUMO
O presente artigo investigou a seguinte problemática: Qual o papel da gestão
democrática na escola? Que ações a escola desenvolve que caracterizem uma
gestão democrática? Qual a situação atual da equipe gestora e docente frente à
perspectiva democrática? Quais os instrumentos necessários para a implantação da
gestão democrática e quais os desafios desta implementação? Diante dessa
questão de estudo, buscamos como objetivo geral, Investigar os processos
democráticos que norteiam a gestão da Escola Municipal Engenheiro Vicente
Batista, a partir de uma analise sobre a atuação dos gestores e como objetivos
específicos: analisar o trabalho da gestão; conhecer o papel da gestão escolar a
partir da observação do trabalho da gestão; compreender as ações norteadoras que
garantem um ensino de qualidade a partir da gestão democrática na escola e
entender a relação, gestor, professor, funcionários e alunos da escola. Este trabalho
é uma pesquisa bibliográfica e de campo, tendo como enfoque as concepções
teóricas de Gadotti (1994) Paro (2001), Farias (1995), e outros. A pesquisa foi
realizada na Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista, localizada no Município
de José de Freitas-PI, tendo como sujeitos da pesquisa dois professores e
funcionários. Os instrumentos de coletas de dados utilizados é o questionário,
seguido de observação da prática dos gestores e projetos que escola realiza. Para
realização desse trabalho fizemos a opção pela pesquisa qualitativa com abordagem
descritiva, utilizando como técnica de coletada de dados, o questionário, composto
por questões abertas aplicadas a dois professores e dois funcionários da Escola
Municipal Engenheiro Vicente Batista no Município de José de Freitas-PI.
PALAVRAS-CHAVE: Gestão Democrática. Escola. Professor
ABSTRACT
This paper investigated the following issues: What is the role of democratic
management in schools? What actions the school develops that characterize a
democratic administration? What is the current management team and teachers
against the democratic perspective? What are the tools needed to implement
democratic management and the challenges of implementation? Faced with this
Francisco das Chagas Pereira Lustosa
Secretaria Municipal de Saúde (Assessor Técnico de Recursos Humanos)
Licenciando em Ensino Religioso e Pedagogia
Agente Comunitário de Saúde
Prefeitura Municipal de José de Freitas – PI
2
issue, we sought general objective, investigate the democratic processes that guide
the management of the School municipals Eng. Vicente Batista, from an analysis on
the performance managers and specific objectives: to analyze the work of the school
management in the School municipals Eng. Vicente Batista; understand the role of
school management from observing the work of management, understand the
guiding actions that ensure a quality education from the democratic management of
the school and understand the relationship, manager, teacher, staff and students of
the school. This paper is a literature review and field, focusing on the theoretical
concepts of Gadotti (1994) Paro (2001), Farias (1995), and others. The survey was
conducted in Mr. Chapman School municipals Eng. Vicente Batista, located in the
city of Jose de Freitas-IP, as research subjects two teachers and two staff. The
instruments used for data collection is the questionnaire, followed by observing the
practice of managers and school projects that place. To perform this study we chose
a descriptive qualitative research approach, using techniques of data collected, the
questionnaire consisting of open questions applied to two teachers and two officials
from School municipals Eng. Vicente Batista in the city of Jose de Freitas-PI.
KEYWORDS: Democratic Management. School. teacher
3
1. INTRODUÇÃO
A implementação de uma gestão escolar participativa democrática, é hoje uma
exigência da sociedade, que entende esta como um dos possíveis caminhos, para uma boa
escola integrando seus alunos em uma sociedade mais democrática. Para, tanto este projeto
tem como objetivo geral: investigar os processos democráticos que norteiam a gestão
da Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista, a partir de uma analise sobre a
atuação dos gestores e como objetivos específicos: analisar o trabalho da gestão
escolar na citada escola; Conhecer o papel da gestão escolar a partir da observação
do trabalho da gestão; Compreender as ações norteadoras que garantem um ensino
de qualidade a partir da gestão democrática na escola e entender a relação, gestor,
professor e aluno da escola.
O presente artigo investigou a seguinte problemática Qual o papel da gestão
democrática na escola? Que ações a escola desenvolve que caracterizem uma
gestão democrática? Qual a situação atual da equipe gestora e docente frente à
perspectiva democrática? Quais os instrumentos necessários para a implantação da
gestão democrática e quais os desafios desta implementação? Diante dessa
questão de estudo, buscamos como objetivo geral, Investigar os processos
democráticos que norteiam a gestão da Escola Municipal Engenheiro Vicente
Batista, a partir de uma analise sobre a atuação dos gestores e como objetivos
específicos: analisar o trabalho da gestão escolar na escola em questão; conhecer o
papel da gestão escolar a partir da observação do trabalho da gestão; compreender
as ações norteadoras que garantem um ensino de qualidade a partir da gestão
democrática na escola e entender a relação, gestor, professor, funcionários e alunos
da escola.
Sabe-se que o tema gestão escolar democrática é discutido, atualmente,
tendo como foco soluções para transformação no sistema atual de ensino,
destacam-se as mudanças que se direcionam a descentralização do poder, a
necessidade de um trabalho realizado com ampla participação de todos os
segmentos da escola e da comunidade, para envolver a sociedade como um todo.
Considera-se que esse processo é de grande relevância e importância para
o início de uma transformação, sendo assim necessário que ele ocorra por etapas,
proporcione um ambiente de trabalho que seja favorável a essas inovações,
4
buscam-se pessoas preparadas e motivadas, que se envolvam, sujeitos que
participem direta ou indiretamente desse processo educacional.
Na área da educação, a escola é responsável pela transmissão do
conhecimento, porém, no mundo globalizado, exige-se que a escola tenha uma nova
concepção e uma forma diferenciada de se trabalhar, ou seja, uma constante
renovação na sua postura, para transmitir um conhecimento de nível elevado para
preparar o aluno a serem criativo e pensante, com objetivo de formar cidadãos
críticos e que se comprometam a uma participação mais efetiva, para obter
resultados com eficácia, favoráveis ao desenvolvimento do estabelecimento.
Partindo deste princípio, surge a figura do gestor escolar, como sendo o
indivíduo que irá propagar idéias para que ocorra a transformação, aquele que irá
articular essas ideias junto à comunidade escolar. Portanto, pesquisar sobre a
gestão democrática e a ação do gestor frente aos desafios da escola torna-se de
grande relevância.
2. A Gestão Democrática: reflexões e desafios em um mundo globalizado
A gestão democrática está assinada na Constituição Federal de 1988 que
fala da democracia participativa, criando instrumentos para que o exercício popular.
Contudo, o artigo 206 da Magna Carta estabelece como princípios básicos: o
pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e a gestão democrática do
ensino.
Assim, os princípios que norteiam a Gestão Democrática são: a
descentralização que inclui formas não hierarquizadas de discussão, tomada de
decisão e implementação de ações. A participação implica, como foi dito, que todos
os envolvidos no cotidiano escolar participem da gestão, desde professores até a
comunidade que existe ao redor da escola. E, por fim, a gestão democrática implica
em transparência, já que qualquer decisão ou ação implantada na escola tem que
ser de conhecimento de todos.
A gestão democrática busca a autonomia da escola em três grandes áreas:
a financeira; a administrativa; e, a pedagógica. A respeito da relação entre gestão
democrática e qualidade do ensino Gadotti (1994, p. 23) fala que:
5
Ela certamente não solucionará todos os seus problemas, mas há razões,
teóricas e experimentais, para crer que ela é um condicionante
imprescindível da qualidade. Participar da gestão significa inteirar-se e
opinar sobre os assuntos que dizem respeito à escola, isso exige um
aprendizado que é, ao mesmo tempo, político e organizacional.
Gadotti (1994, p. 36) fala também que a gestão democrática é importante, e,
principalmente, fundamental para promover melhorias gerais no ensino. Segundo
ele, como a escola deve formar para a cidadania, ela deve dar o exemplo.
A gestão democrática é um passo importante no aprendizado da
democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da
comunidade. Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um
serviço também à comunidade que a mantém. (GADOTTI, 1994, p. 36)
Além disso, nas palavras de Gadotti (1994) “a gestão democrática pode
melhor que é específico da escola: o seu ensino”. Isso se explica pelo fato de que o
envolvimento dos diferentes atores no processo educacional propiciará um contato
maior e permanente entre eles, o que pressupõe um conhecimento mútuo.
Sabe-se que, no Brasil, após um longo período de ditadura militar e com a
abertura política a partir da década de 1980, a relevância do processo de
democratização no interior das instituições públicas de educação começa a ganhar
destaque. No que diz respeito à gestão escolar, além de algumas políticas públicas
de educação começarem a ocupar-se do processo de democratização, no âmbito da
pesquisa acadêmica vários estudos são realizados, especialmente a partir dos anos
1990, com vistas a investigar a questão e com o propósito, entre outros, de desvelar
os mecanismos que propiciariam ou dificultariam uma gestão escolar efetivamente
democrática.
Observa-se, a democratização da gestão escolar ocupou-se da questão no
âmbito do ensino fundamental e médio, quase não se encontrando trabalhos cujo
objeto específico fosse a gestão da escola na educação infantil, mais
especificamente na pré escola.
Portanto, muitos estudos procuraram descrever e analisar políticas públicas
de educação que, conforme seus formuladores e executores objetivavam a
democratização da gestão escolar, entendendo-a, na maior parte dos casos, como
uma forma de melhorar a qualidade da educação (GHANEM, 1996; KRAWCZYK,
1999).
6
Em vista desse panorama, entende-se que tomar como problema de estudo
a democratização da gestão escolar, no âmbito da educação destinada a crianças e
adolescentes de oito a 14 anos, poderia contribuir para uma melhor compreensão
acerca dos significados desse modelo de gestão para aquela etapa da educação,
especialmente em relação ao debate sobre qualidade.
2.1 A Gestão Democrática da Escola
Quando aqui se refere à gestão da escola, parte-se do pressuposto de que
ela se configura como mediação para a consecução de certos objetivos. Mas, para
que essa mediação tenha um caráter democrático, toma-se como pressuposto que
“o fim último da educação é favorecer uma vida com maior satisfação individual e
melhor convivência social” (PARO, 2001, p.37), compreendendo-se que, conforme
Paro,
A educação, como parte da vida, é principalmente aprender a viver com a
maior plenitude que a história possibilita. Por ela se toma contato com o
belo, com o justo e com o verdadeiro, aprendesse a compreendê-los, a
admirá-los, a valorizá-los e a concorrer para sua construção histórica, ou
seja, é pela educação que se prepara para o usufruto (e novas produções)
dos bens espirituais e materiais. (PARO, 2001 p. 37)
Com base nesse pressuposto, a educação escolar, inclusive aquela que
atende crianças de mais tenra idade, só tem sentido na medida em que responde
pela humanização das novas gerações, a qual se dá pela apreensão, por parte dos
alunos, daquilo que de mais elevado uma sociedade conseguiu construir, ou seja,
sua mais alta cultura.
A cultura, por sua vez, não diz respeito apenas aos conhecimentos
científicos, apresentados sob a forma de disciplinas escolares ou áreas de
conhecimento, embora sejam de suma importância, mas, ela se refere a todos os
aspectos da vida humana e, portanto, social, o que significa dizer que também estão
com ela implicadas certas formas de relacionar-se com o outro.
Quando, então, afirma-se ser a gestão democrática a melhor forma de
mediação para a consecução de objetivos educacionais voltados à formação para a
“maior satisfação individual e melhor convivência social” possíveis, entende-se que
todos os sujeitos envolvidos com o processo educacional devem com ele implicar-
7
se. Nesse sentido, a participação seria a expressão maior do que aqui entendemos
por gestão democrática.
Primeiro, do ponto de vista mais estritamente político e numa perspectiva
democrática, para que um real controle da coisa pública se efetive, a participação
deveria ocorrer em todos os níveis e instâncias. Em segundo lugar, mas não menos
importante, do ponto de vista da qualidade da educação, a participação é entendida
como necessária, já que a interação – respeitando-se as peculiaridades de cada
instituição – entre a família e a escola permitiria um mútuo acompanhamento e,
ainda, uma troca de experiências que poderia enriquecer as possibilidades de ação
junto às crianças, além de se configurar como poderoso instrumento de garantia aos
seus direitos. Nesse sentido, compreende-se que a demanda por educação pode ser
satisfeita quando a família, a escola e as outras realidades formativas cooperam
construtivamente entre si em uma relação de integração e de continuidade.
É, portanto útil levar em conta todas as possíveis interações existentes entre
os vários contextos educativos, pois uma perspectiva que os considerasse
isoladamente revelar-se-ia parcial e desviante. (...) A distinção das tarefas, com base
no comum reconhecimento do direito da criança à educação, é a condição
necessária para estabelecer relações produtivas entre as diversas agências
educativas. (FARIAS, 1995 p. 72)
A idéia, conforme entendemos, não é a de que famílias imponham
determinados saberes aos educadores ou vice-versa, embora se entenda ser
possível uma troca de conhecimentos em favor dos próprios alunos. Consideram-se
as diferenças entre uma e outra instituição, as peculiaridades de cada uma em
função da forma como se dá o agrupamento e a organização em casa e na escola.
O que está em jogo é a necessidade de que ambas as instituições troquem idéias e
se conheçam mutuamente em benefício da criança.
Reconhecendo-se que a criança, em fase de formação, é influenciada por
práticas e relações diversas, o que se propõe é que a escola, por estar em
condições “técnicas” de melhor perceber essas influências, deve tomar a iniciativa
para que de fatos diferentes instituições possam dialogar. Ocorre que, se, por um
lado, as famílias de um modo geral têm dificuldades em entrar na escola para expor
suas idéias e expectativas, por outro, “a escola” não apenas tem-se isolado das
famílias usuárias e de outros interlocutores com os quais poderia dialogar, mas
8
também tem sido isolada, em geral, por parte dos órgãos públicos que a ela
deveriam dar o suporte necessário para a realização de um bom trabalho.
Com isso, seu desempenho depende, muitas vezes, apenas da
competência, do conhecimento e da sensibilidade individual de cada uma das
profissionais que ali atuam. Entende-se, pois, que a escola em si não pode ser
responsabilizada, isoladamente, pelos padrões de gestão estabelecidos. Ao
contrário disso, a maneira como se dá a gestão escolar vincula-se às orientações e
às condições objetivas, tanto materiais, quanto as de formação do pessoal escolar,
que devem ser garantidas pelos órgãos centrais e intermediários do governo.
3. Pressupostos metodológicos da Pesquisa
Esta pesquisa é de caráter bibliográfico e de campo sendo, portanto uma
pesquisa de abordagem qualitativa, na perspectiva da pesquisa participante,
objetivando compreender efetivamente o processo de gestão democrática da escola
pública, especificamente na Unidade Escolar Padre Sampaio em José de Freitas-PI.
A escolha por uma abordagem qualitativa se justifica pelo fato deste tipo de
estudo, segundo ser uma metodologia utilizada para:
{...} descrever a complexidade de determinado problema, analisar a
interação de certas variáveis, compreender e classificar processos
dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de
determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o
entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.
(RICHARDSON, 1999, p. 16)
É nesse contexto de pesquisa que o trabalho abordado se insere,
objetivando uma melhor compreensão sobre a organização da gestão escolar da
Unidade Escolar Senhor Carvalho. Os sujeitos dessa pesquisa foram dois
professores e dois funcionários da escola acima citada.
9
Contudo, nosso interesse foi observar e identificar de que forma a gestão
tem contribuído para democratizar o ensino público e permitido o acesso à educação
como direito fundamental e inalienável.
A coleta de dados ocorreu através de questionário e através da análise dos
projetos vivenciados pela escola na busca de democratizar a gestão.
3.1 Resultados e discussões
A Escola Campo da pesquisa realizada foi a Unidade Escolar Senhor
Carvalho localizada à Rua Antonio da Costa Carvalho S/N, localizado no município
de José de Freitas, Estado do Piauí, tem como mantenedora a Secretaria de Estado
de Educação-SEDUC, foi fundada no governo de Alberto Tavares e Silva em 24 de
Setembro de 1972. Recebeu esse nome em homenagem a uma figura política da
cidade de José de Freitas, o Sr. Antônio da Costa Carvalho, conhecido
popularmente como “Senhor Carvalho”.
A primeira diretora desta Unidade Escolar por meio de nomeação foi a Sra.
Tereza Neuma Oliveira Carvalho no período de 1.973 à 1.981, sendo substituída
interinamente pela professora Helena Maria Alves Farias no período de setembro à
dezembro de 1980 . No ano de 1.982 a Sra. Maria dos Milagres da Costa de
Mesquita assumiu a direção que perdurou até abril de 1987. Em maio de 1987 a
Sra. Regina Celes Carneiro de Holanda passou a ser a diretora da Unidade Escolar
até o março de 1991. Em abril de 1991 a Sra. Maria Lúcia Laurindo das Neves
assumiu o cargo.
A partir do ano de 1993 a Sra. Cleide de Morais Farias assumiu à direção,
na qual permaneceu até o ano de 1998. No período de 1999 a 2001 assumia a
direção a Sra. Iracema Ferreira de Sousa Santiago. Em 2002 passou a ser diretora
a Sra. Rejane Maria Paz. No período de 2003 assumiu o Sr. Diógenes Sampaio
Pinto. No final do ano 2003 teve início a gestão democrática.
Na primeira eleição democrática da Escola foi eleita como diretora a Sra. Marly
Pereira Lima Leite, que permaneceram no cargo no biênio de 2004 à 2005, sendo
reeleita por mais um mandato e assumindo o biênio de 2006 à 2007 .
Em nova eleição no final do ano de 2007 foi eleita como diretora a Sra. Irisneide de
Sousa Santiago que permaneceu no cargo no biênio de 2008 á 2009, sendo reeleita
para o biênio de 2010 á 2011.
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Atualmente, a Unidade Escolar Senhor Carvalho, oferece à comunidade
freitense: Educação Fundamental I e II nos turnos manhã e tarde, atendendo a
clientela escolar dos bairros Marmelada, Santa Rosa,Tijuca, Suco de Uva e Centro.
Conta com um grupo de 17 professores e 10 funcionários administrativos e 01
monitora da Sala de informática.
A escola oferece ensino do 2ª ao 7ª série nos turnos manhã e tarde, assim
distribuídos:
• Manhã: 7:00h às 11:30h 2ª a 4ª série
• Tarde: 13:00h às 17:30h 4ª a 7ª série.
Assim, a escola atende a clientela escolar dos bairros Suco de Uva,
Marmelada, Santa Rosa, Tijuca e Centro.
O aspecto físico da escola apresenta um bom estado de conservação,
apresentando: 05 salas de aula, 03 banheiros, 01 cantina, 01 diretoria, 02 depósitos,
01 área coberta, 01 laboratório de informática e uma sala AEE. Precisando
urgentemente ampliar o seu espaço físico.
Também ressaltamos aqui a falta de um almoxarifado, pois a diretoria
encontra-se tomada por livros e todo tipo de material, necessitamos de uma
secretaria pois a mesma está funcionando junto com a diretoria numa sala bastante
apertada , sala esta que não possui forro e muito menos segurança necessária para
os equipamentos que nela se encontram (01 TV de 29’, 01 TV de 14’, 02 DVDs, 02
caixas de som, 02 máquina de xérox, 01 computador, 01 impressora, 01
retroprojetor, 01 violão, 01 teclado, etc.).
Dentro do possível, a escola busca adequar sua metodologia com o material
existente na escola, visando ofertar a clientela escolar uma aprendizagem de
qualidade.
A escola, esse ano tem matriculado cerca de 229 alunos, distribuídos nos
dois turnos. Sendo no turno da manhã 01 turmas de 2ª série, 02 turmas de 3ª série e
01 turma de 4ª série, e no turno tarde 01 turma de 4ª série, 01 turma de 5ª série e 02
turmas de 7ª série do ensino fundamental.
Quanto ao quadro de funcionários contamos com 01 diretora, 01
coordenadora pedagógica, 01 secretária, 01 auxiliar de secretaria, 03 agentes de
portaria, 01 merendeira, 02 zeladores. O quadro de professores é complementado
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com professores substitutos, selecionados pela SEDUC perfazendo um total de 16
professores e apenas 05 efetivos do quadro.
Diante desse contexto, foi realizado a aplicação de questionário aplicado
inicialmente a dois professores onde foi questionado quais as práticas da gestão
democrática na escola que são perceptíveis aos professores. Os mesmos colocaram
que:
Professor 1- A gestão da escola faz muitas ações que propõem um ensino voltado para
atender os alunos de modo a possibilitar uma relação entre professor, aluno e família. Para tanto,
percebe-se que a gestão da escola tem um olhar humano, solidário e autentico sobre todos os
aspectos inerentes ao ensino e aprendizagem, como também nas relações entre todos que fazem
parte do processo educativo.
Professor 2- A escola tem uma gestão voltada para atender a todos de modo singular, onde
todos nós nos sentimos em um lugar de respeito, união e laços de solidariedade que faz de toda
equipe uma equipe participativa e ativa.
Dentro desse contexto, analisamos que a gestão democrática vai conquistando seu
lugar e mostrando as vantagens do trabalho coletivo e participativo, construindo uma equipe
atuante, com idéias abertas e amplas, onde o compromisso da escola deve ser com a
democratização do saber entendendo que o conhecimento é herança da humanidade e portanto
direito de todos.
Segundo NÓVOA (1995, p.35), citado no livro Gestão Educacional e Organização
do Trabalho Pedagógico (IESDE p.55, 2003) “a escola tem de ser encarada como uma
comunidade educativa, permitindo mobilizar o conjunto dos atores sociais e dos grupos
profissionais em torno de um projeto comum. Para tal, é preciso realizar um esforço de
demarcação dos espaços próprios de ação, pois só na clarificação destes limites se pode
alicerçar uma colaboração efetiva”.
O funcionamento da organização escolar é fruto de um compromisso de interações e
da participação de todos, pois a escola é de todos, é aberta a todos. Quanto maior a
participação, maior será a aproximação entre os membros da escola formando uma
coletividade atuante. A gestão democrática visa construir uma escola de boa qualidade,
prestando atendimento aos alunos e comunidade, aproveitando melhor seus recursos
existentes, oportunizando a ampliação e aplicação do conhecimento. A participação de todos
permite chegar-se a soluções mais rápidas e que atendam a maioria através da ação
pedagógica e educativa de maneira coerente. “A escola democrática será aquela que conseguir
interagir com as condições de vida e com as aspirações das camadas populares”. ( MELLO,
1998,
p.20).
12
Na gestão democrática, a visão que prevalece é a do conjunto, onde todos unidos
conseguem produzir resultados positivos em atuações que possibilitem o crescimento do
aluno e a sua inserção social, sem traumas ou riscos de exclusão, permitindo que ele
desenvolva suas capacidades e conquiste seu espaço por merecimento e por ter plena
consciência de que sua atuação tem que estar equilibrada com os valores inerentes à
cidadania.
Em relação à avaliação do trabalho da gestão na escola, os professores
disseram que:
Professor 1- A gestão da escola desenvolve um excelente trabalho, isso se deve a forma
como ela trabalha, onde procura fazer como que todos se sintam bem, e saibam do seu compromisso
como profissional da educação.
Professor 2- Na escola, é visível que temos uma das melhores gestão escolar, logo por que
a gestão da escola é uma equipe dinâmica, amiga, unida e que faz de tudo para as coisas andarem
de modo correto, onde realmente o ensino é direcionado de modo eficiente e eficaz.
Partindo disso, verificamos que se a comunidade escolar perceber que numa
concepção de gestão democrática ela pode emitir parecer sobre a gestão de
qualidade na educação realizada na escola e este é um direito consolidado, deixa de
estar maravilhada com a dádiva e passa a considerar mais seriamente os pontos
positivos e os nem tão positivos assim, passando a indicar a necessidade de
melhora constante no processo. Também, como aponta Paulo Freire (1997 p 15), o
“ser humano é inconcluso” e suas necessidades crescem na medida em que
conquista patamares mais elevados de participação, consciência e autonomia, o que
pode significar um reconhecimento do que foi feito, mas a clara indicação de que se
está distante do ideal (RIOS, 2001 p. 3), que o existente não mais impacta o/a
avaliador/a.
Para tanto, visualizamos que a gestão da escola é aplaudida pelos
professores e funcionários, devido a maneira como é resolvido as diversas situações
da escola. No que condiz com a relação gestão, professor e funcionários os
professores responderam:
Professor 1- A relação da gestão com todos que fazem parte da equipe escolar é ótima,
maravilhosa. Somos todos unidos e sabemos diferenciar os papeis de cada um.
Professor 2- É uma excelente relação. Muito boa. A gestão nos deixa bem a vontade para
expressar nossos anseios e dificuldades.
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Nesse sentido, sabemos que se exige na atualidade que o Gestor Escolar
seja articulador administrativo, líder, e que possua visão global capaz de avaliar as
especificidades da escola, recursos humanos, materiais e também o financeiro.
Segundo Paro (1997), “a nossa escola não poderá ser um fenômeno estático, não é
também a democracia uma forma estática de viver”. A população e o mercado de
trabalho exigem uma escola que ofereça educação de qualidade, que seja
competente, eficaz, e comprometida com a formação de um cidadão pleno.
Pressupõe-se que a construção de um novo momento histórico na área educacional
dependerá em grande parte da atuação responsável e competente de todos na
escola. Contudo, a relação entre todos que fazem parte do processo educativo é de
extrema importância para o bom andamento da escola.
A respeito da forma como a gestão escolar auxilia no processo de ensino
aprendizagem os professores esclareceram que:
Professor 1- A gestão escolar nos auxilia com projetos, de modo a minimizar determinadas
dificuldades de aprendizagem que são detectados em sala de aula.
Professor 2- Na escola a gestão nos ajuda muito, principalmente quanto à indisciplina em
sala de aula. Orienta-nos também quanto ao uso de recursos didáticos tecnológicos e metodologias
de ensino.
A gestão para os professores são considerados como forma de apoio, ou
assistência ao professor, ou a outro elemento significativo que participe do processo
educativo promovido pela escola. Freire (1997) aponta que o exercício dos mesmos
garante a melhoria do processo educativo. A assistência e apoio ao professor, no
sentido de que esteja cada vez melhor preparado ao desempenho de suas funções,
é vital. Para que possam prestar esse apoio e assistência faz-se necessário, no
entanto, que não só atuem integralmente, somando esforços, assumindo um ponto
de vida comum, mas também que adquiram habilidades para tal.
A atuação da gestão se dá através de uma participação compartilhada, com
capacidade de liderança, sendo um coordenador que assume responsabilidades. O
diretor não pode se considerar como o detentor de todo o conhecimento, podendo
estabelecer um ambiente propício, criando a motivação dentro do grupo, auxiliando
no desenvolvimento de um espírito de compromisso fundamental para que a escola
possa ter em elo maior de ligação com os docentes, com os alunos e com a
comunidade.
14
Para os funcionários foi questionado, se os mesmos possuem uma boa
relação com a gestão escolar, os mesmos falaram que:
Funcionário 1-Temos uma relação boa, ninguém aqui é excluído de nada, participamos de
tudo na escola ,opinamos e ajudamos no que é necessário.
Funcionário 2- Nessa escola as coisas são bem diferentes, aqui participo do
planejamento,das reuniões e não me sinto isolada ,faço parte das atividades que a escola
desempenha e quando tem reunião posso dar minha contribuição .
Sendo assim, visualizamos que a gestão democrática destaca o
relacionamento entre os profissionais da escola, buscando valores e crenças como a
generosidade, transparência, honestidade, comprometimento e participação. Essas
atitudes favorecem a formação de um ambiente saudável e aprazível, motivador e
construtivo como aponta Paro (2000), quando diz que quando essas atitudes fazem
parte do dia-a-dia dos professores, funcionários, alunos e pais não há espaço para
comportamentos negativos, críticas e reclamações no ambiente escolar.
No que se referem à orientação do trabalho dos funcionários das escolas, os
entrevistados colocaram que:
Funcionário 1-Cada um faz seu serviço, mas temos que compreender que devemos
participar de tudo que faça parte da aprendizagem dos alunos.
Funcionário 2-Sou auxiliar de secretaria mais desde o principio me foi dito que sou parte de
um grupo e que deveria desse modo colaborar para que o grupo fizesse seu papel e que não se pode
trabalhar isolado afinal todos aqui trabalham com um único objetivo, colaborar para que a escola
funcione como deve funcionar e que faça o papel que a comunidade espera dela.
Diante disso, avaliamos que os funcionários tem todo o suporte quanto a
orientação do seu trabalho principalmente por que a gestão avalia constantemente
as ações dos mesmos. Para isso Farias (1995) afirma que a ação colaborativa é
uma das características da gestão democrática.
Ao perguntarmos sobre como os funcionários da escola são tratados, os
mesmos explicitaram que:
Funcionário 1- Sou tratado como membro de uma equipe ,sempre me é dito que, todos são
importantes e que cada um pode fazer a diferença.
Funcionário 2- Não sou tratado diferente só por não ser professora, me sinto importante e
sempre posso dar minha colaboração me sinto parte da gestão da escola e gosto de trabalhar aqui.
Percebemos a partir das falas dos funcionários que todos são tratados de
forma digna e respeitosa, haja vista, que a gestão tem por objetivo desenvolver ações com
15
bons resultados através de divisão de tarefas e integração de idéias e ações somando um
grande compromisso com família e comunidade. O gestor necessita ter espírito de liderança,
ser seguro, estimulador, comunicativo, criador de clima de confiança e receptivo a todos,
construtor de equipes participativas e com responsabilidade, transmissor de energia,
dinamismo e entusiasmo e colaborador no desenvolvimento de habilidades em todos que
fazem parte de sua equipe.
Para criar confiança entre o grupo há necessidade de comunicação e com ela busca-
se inovação e criatividade. Luck (2000, p.42) destaca que: “A confiança é o cimento
fundamental que mantém uma organização unida, facilitando a boa comunicação. Corrigindo
ações ocorridas em momentos inoportunos, possibilitando o atendimento de objetivos e
criando as condições para o sucesso organizacional”.
Em se tratando de cursos de aperfeiçoamento os funcionários responderam
que:
Funcionário 1- Tive poucos cursos de formação mais sempre que alguém vai pra um
treinamento ou capacitação repassa as informações quando chega.
Funcionário 2- Participei apenas de um curso de aperfeiçoamento nesses quatro anos ,mais
a direção e coordenação sempre nos orienta e quando participa de formação nos repassa.
Verificamos a partir dessas afirmações que a gestão escolar preocupa-se
intensamente com o processo de formação dos professores e funcionários, como
afirma Nóvoa (1995), onde coloca que a formação continuada é de fundamental
importância para o processo educativo, por a mesma auxilia no andamento do
trabalho de todos que atuam na educação.
16
CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto percebemos que o presente trabalho foi de extrema
importância, uma vez que possibilitou aprofundar conhecimentos sobre a gestão democrática;
conhecer o cotidiano da escola pública através de visitas periódicas e observações de como
estão sendo desenvolvidas às ações desempenhadas pela escola.
Sendo o ensino público, marcado por novas concepções assumidas no plano social,
busca-se uma efetiva participação de todos os que compõem a instituição, deve assumir um
compromisso mais atuante, tanto dos membros que compõem a escola, como dos pais e
comunidade. As mudanças representadas pelas amplas participações de movimentos sociais
repercutiram no panorama educacional, traçando novos processos de gestão, principalmente
no que se refere à presença dos segmentos populares, nas decisões e elaboração de projetos
sociais.
A construção da escola democrática passa por longo período de conscientização que
deve ser refletido entre gestor, equipe pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais de
alunos e comunidade em geral, com objetivo de um papel mais participativo desses sujeitos a
se comprometerem com o processo de mudança.
É impossível mudar a forma atual de gestão, sem que se estabeleça a articulação
entre a escola e a comunidade que a serve, pois a escola não é um órgão isolado e suas ações
devem estar voltadas para atender as necessidades da comunidade, com dedicação,
responsabilidade e participação, para se chegar ao objetivo da educação, que é promover o
homem dentro de seu contexto social e político.
Ao longo desse estudo, notamos a importância e a necessidade de construir um
projeto político pedagógico coletivamente voltado para o plano de ação da escola. Todos
devem entender que a gestão democrática baseia-se na ação coletiva, capaz de ser viabilizado
se governo, escola e comunidade unida, participem coletivamente, dividam responsabilidades,
o que depende da vontade individual de transformar a própria consciência, autocrítica e
humildade para aceitar a diferença como condição para o diálogo em conjunto.
Para que a escola democrática se efetive, é necessário que as classes dominantes,
dentro da instituição, apontem caminhos como conscientizar primeiramente a comunidade
escolar para essa transformação, proporcionar um ambiente favorável; usar estratégias para
que os alunos se envolvam, através de uma participação que favoreça essa compreensão; os
pais se integrem à escola, não apenas para acompanhamento do rendimento escolar ou
comportamento de seu filho, mas de uma forma que possam colaborar da melhor forma
17
possível, sendo chamados a mesma por razões de cooperação e compromisso com a qualidade
de ensino desenvolvida na instituição, através de diálogos, opiniões coerentes; o educador
deve buscar se aprimorar constantemente, para que possa atuar com segurança, com objetivo
de favorecer um ensino-aprendizado de qualidade, na formação de cidadãos críticos e não
mero recebedor de informações, mas que possa transmitir o conhecimento para prepará-los de
maneira satisfatória para o mercado de trabalho competitivo.
É primordial que aconteça um esclarecimento, junto aos pais e comunidade, a
respeito do que é e como se realiza uma gestão democrática, através do Projeto Político
Pedagógico da escola. Recomenda-se que a escola continue esse processo de conscientização
entre os membros que a compõe que resulte, com eficácia, um trabalho perante os pais e a
comunidade em geral, através de uma participação mais efetiva e compromissada com a
instituição.
Este trabalho possibilitou o entendimento sobre a gestão democrática, em
caráter amplo e abrangente, além disso, esperamos que contribua para que os
gestores reflitam sobre as bases da gestão, para o norteamento do seu trabalho, de
forma conjunta e integrada.
18
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. LDB: Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394 de
20/12/1996.
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agosto, 1999.
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RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo:
Atlas,1999.
RIOS, T. Compreender e Ensinar, 2ª ed., São Paulo, Cortez, 2001.

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Gestão Democrática Escola Municipal

  • 1. 1 A importância da Gestão Democrática na Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista Francisco das Chagas Pereira Lustosa (¹) RESUMO O presente artigo investigou a seguinte problemática: Qual o papel da gestão democrática na escola? Que ações a escola desenvolve que caracterizem uma gestão democrática? Qual a situação atual da equipe gestora e docente frente à perspectiva democrática? Quais os instrumentos necessários para a implantação da gestão democrática e quais os desafios desta implementação? Diante dessa questão de estudo, buscamos como objetivo geral, Investigar os processos democráticos que norteiam a gestão da Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista, a partir de uma analise sobre a atuação dos gestores e como objetivos específicos: analisar o trabalho da gestão; conhecer o papel da gestão escolar a partir da observação do trabalho da gestão; compreender as ações norteadoras que garantem um ensino de qualidade a partir da gestão democrática na escola e entender a relação, gestor, professor, funcionários e alunos da escola. Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica e de campo, tendo como enfoque as concepções teóricas de Gadotti (1994) Paro (2001), Farias (1995), e outros. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista, localizada no Município de José de Freitas-PI, tendo como sujeitos da pesquisa dois professores e funcionários. Os instrumentos de coletas de dados utilizados é o questionário, seguido de observação da prática dos gestores e projetos que escola realiza. Para realização desse trabalho fizemos a opção pela pesquisa qualitativa com abordagem descritiva, utilizando como técnica de coletada de dados, o questionário, composto por questões abertas aplicadas a dois professores e dois funcionários da Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista no Município de José de Freitas-PI. PALAVRAS-CHAVE: Gestão Democrática. Escola. Professor ABSTRACT This paper investigated the following issues: What is the role of democratic management in schools? What actions the school develops that characterize a democratic administration? What is the current management team and teachers against the democratic perspective? What are the tools needed to implement democratic management and the challenges of implementation? Faced with this Francisco das Chagas Pereira Lustosa Secretaria Municipal de Saúde (Assessor Técnico de Recursos Humanos) Licenciando em Ensino Religioso e Pedagogia Agente Comunitário de Saúde Prefeitura Municipal de José de Freitas – PI
  • 2. 2 issue, we sought general objective, investigate the democratic processes that guide the management of the School municipals Eng. Vicente Batista, from an analysis on the performance managers and specific objectives: to analyze the work of the school management in the School municipals Eng. Vicente Batista; understand the role of school management from observing the work of management, understand the guiding actions that ensure a quality education from the democratic management of the school and understand the relationship, manager, teacher, staff and students of the school. This paper is a literature review and field, focusing on the theoretical concepts of Gadotti (1994) Paro (2001), Farias (1995), and others. The survey was conducted in Mr. Chapman School municipals Eng. Vicente Batista, located in the city of Jose de Freitas-IP, as research subjects two teachers and two staff. The instruments used for data collection is the questionnaire, followed by observing the practice of managers and school projects that place. To perform this study we chose a descriptive qualitative research approach, using techniques of data collected, the questionnaire consisting of open questions applied to two teachers and two officials from School municipals Eng. Vicente Batista in the city of Jose de Freitas-PI. KEYWORDS: Democratic Management. School. teacher
  • 3. 3 1. INTRODUÇÃO A implementação de uma gestão escolar participativa democrática, é hoje uma exigência da sociedade, que entende esta como um dos possíveis caminhos, para uma boa escola integrando seus alunos em uma sociedade mais democrática. Para, tanto este projeto tem como objetivo geral: investigar os processos democráticos que norteiam a gestão da Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista, a partir de uma analise sobre a atuação dos gestores e como objetivos específicos: analisar o trabalho da gestão escolar na citada escola; Conhecer o papel da gestão escolar a partir da observação do trabalho da gestão; Compreender as ações norteadoras que garantem um ensino de qualidade a partir da gestão democrática na escola e entender a relação, gestor, professor e aluno da escola. O presente artigo investigou a seguinte problemática Qual o papel da gestão democrática na escola? Que ações a escola desenvolve que caracterizem uma gestão democrática? Qual a situação atual da equipe gestora e docente frente à perspectiva democrática? Quais os instrumentos necessários para a implantação da gestão democrática e quais os desafios desta implementação? Diante dessa questão de estudo, buscamos como objetivo geral, Investigar os processos democráticos que norteiam a gestão da Escola Municipal Engenheiro Vicente Batista, a partir de uma analise sobre a atuação dos gestores e como objetivos específicos: analisar o trabalho da gestão escolar na escola em questão; conhecer o papel da gestão escolar a partir da observação do trabalho da gestão; compreender as ações norteadoras que garantem um ensino de qualidade a partir da gestão democrática na escola e entender a relação, gestor, professor, funcionários e alunos da escola. Sabe-se que o tema gestão escolar democrática é discutido, atualmente, tendo como foco soluções para transformação no sistema atual de ensino, destacam-se as mudanças que se direcionam a descentralização do poder, a necessidade de um trabalho realizado com ampla participação de todos os segmentos da escola e da comunidade, para envolver a sociedade como um todo. Considera-se que esse processo é de grande relevância e importância para o início de uma transformação, sendo assim necessário que ele ocorra por etapas, proporcione um ambiente de trabalho que seja favorável a essas inovações,
  • 4. 4 buscam-se pessoas preparadas e motivadas, que se envolvam, sujeitos que participem direta ou indiretamente desse processo educacional. Na área da educação, a escola é responsável pela transmissão do conhecimento, porém, no mundo globalizado, exige-se que a escola tenha uma nova concepção e uma forma diferenciada de se trabalhar, ou seja, uma constante renovação na sua postura, para transmitir um conhecimento de nível elevado para preparar o aluno a serem criativo e pensante, com objetivo de formar cidadãos críticos e que se comprometam a uma participação mais efetiva, para obter resultados com eficácia, favoráveis ao desenvolvimento do estabelecimento. Partindo deste princípio, surge a figura do gestor escolar, como sendo o indivíduo que irá propagar idéias para que ocorra a transformação, aquele que irá articular essas ideias junto à comunidade escolar. Portanto, pesquisar sobre a gestão democrática e a ação do gestor frente aos desafios da escola torna-se de grande relevância. 2. A Gestão Democrática: reflexões e desafios em um mundo globalizado A gestão democrática está assinada na Constituição Federal de 1988 que fala da democracia participativa, criando instrumentos para que o exercício popular. Contudo, o artigo 206 da Magna Carta estabelece como princípios básicos: o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e a gestão democrática do ensino. Assim, os princípios que norteiam a Gestão Democrática são: a descentralização que inclui formas não hierarquizadas de discussão, tomada de decisão e implementação de ações. A participação implica, como foi dito, que todos os envolvidos no cotidiano escolar participem da gestão, desde professores até a comunidade que existe ao redor da escola. E, por fim, a gestão democrática implica em transparência, já que qualquer decisão ou ação implantada na escola tem que ser de conhecimento de todos. A gestão democrática busca a autonomia da escola em três grandes áreas: a financeira; a administrativa; e, a pedagógica. A respeito da relação entre gestão democrática e qualidade do ensino Gadotti (1994, p. 23) fala que:
  • 5. 5 Ela certamente não solucionará todos os seus problemas, mas há razões, teóricas e experimentais, para crer que ela é um condicionante imprescindível da qualidade. Participar da gestão significa inteirar-se e opinar sobre os assuntos que dizem respeito à escola, isso exige um aprendizado que é, ao mesmo tempo, político e organizacional. Gadotti (1994, p. 36) fala também que a gestão democrática é importante, e, principalmente, fundamental para promover melhorias gerais no ensino. Segundo ele, como a escola deve formar para a cidadania, ela deve dar o exemplo. A gestão democrática é um passo importante no aprendizado da democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade. Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um serviço também à comunidade que a mantém. (GADOTTI, 1994, p. 36) Além disso, nas palavras de Gadotti (1994) “a gestão democrática pode melhor que é específico da escola: o seu ensino”. Isso se explica pelo fato de que o envolvimento dos diferentes atores no processo educacional propiciará um contato maior e permanente entre eles, o que pressupõe um conhecimento mútuo. Sabe-se que, no Brasil, após um longo período de ditadura militar e com a abertura política a partir da década de 1980, a relevância do processo de democratização no interior das instituições públicas de educação começa a ganhar destaque. No que diz respeito à gestão escolar, além de algumas políticas públicas de educação começarem a ocupar-se do processo de democratização, no âmbito da pesquisa acadêmica vários estudos são realizados, especialmente a partir dos anos 1990, com vistas a investigar a questão e com o propósito, entre outros, de desvelar os mecanismos que propiciariam ou dificultariam uma gestão escolar efetivamente democrática. Observa-se, a democratização da gestão escolar ocupou-se da questão no âmbito do ensino fundamental e médio, quase não se encontrando trabalhos cujo objeto específico fosse a gestão da escola na educação infantil, mais especificamente na pré escola. Portanto, muitos estudos procuraram descrever e analisar políticas públicas de educação que, conforme seus formuladores e executores objetivavam a democratização da gestão escolar, entendendo-a, na maior parte dos casos, como uma forma de melhorar a qualidade da educação (GHANEM, 1996; KRAWCZYK, 1999).
  • 6. 6 Em vista desse panorama, entende-se que tomar como problema de estudo a democratização da gestão escolar, no âmbito da educação destinada a crianças e adolescentes de oito a 14 anos, poderia contribuir para uma melhor compreensão acerca dos significados desse modelo de gestão para aquela etapa da educação, especialmente em relação ao debate sobre qualidade. 2.1 A Gestão Democrática da Escola Quando aqui se refere à gestão da escola, parte-se do pressuposto de que ela se configura como mediação para a consecução de certos objetivos. Mas, para que essa mediação tenha um caráter democrático, toma-se como pressuposto que “o fim último da educação é favorecer uma vida com maior satisfação individual e melhor convivência social” (PARO, 2001, p.37), compreendendo-se que, conforme Paro, A educação, como parte da vida, é principalmente aprender a viver com a maior plenitude que a história possibilita. Por ela se toma contato com o belo, com o justo e com o verdadeiro, aprendesse a compreendê-los, a admirá-los, a valorizá-los e a concorrer para sua construção histórica, ou seja, é pela educação que se prepara para o usufruto (e novas produções) dos bens espirituais e materiais. (PARO, 2001 p. 37) Com base nesse pressuposto, a educação escolar, inclusive aquela que atende crianças de mais tenra idade, só tem sentido na medida em que responde pela humanização das novas gerações, a qual se dá pela apreensão, por parte dos alunos, daquilo que de mais elevado uma sociedade conseguiu construir, ou seja, sua mais alta cultura. A cultura, por sua vez, não diz respeito apenas aos conhecimentos científicos, apresentados sob a forma de disciplinas escolares ou áreas de conhecimento, embora sejam de suma importância, mas, ela se refere a todos os aspectos da vida humana e, portanto, social, o que significa dizer que também estão com ela implicadas certas formas de relacionar-se com o outro. Quando, então, afirma-se ser a gestão democrática a melhor forma de mediação para a consecução de objetivos educacionais voltados à formação para a “maior satisfação individual e melhor convivência social” possíveis, entende-se que todos os sujeitos envolvidos com o processo educacional devem com ele implicar-
  • 7. 7 se. Nesse sentido, a participação seria a expressão maior do que aqui entendemos por gestão democrática. Primeiro, do ponto de vista mais estritamente político e numa perspectiva democrática, para que um real controle da coisa pública se efetive, a participação deveria ocorrer em todos os níveis e instâncias. Em segundo lugar, mas não menos importante, do ponto de vista da qualidade da educação, a participação é entendida como necessária, já que a interação – respeitando-se as peculiaridades de cada instituição – entre a família e a escola permitiria um mútuo acompanhamento e, ainda, uma troca de experiências que poderia enriquecer as possibilidades de ação junto às crianças, além de se configurar como poderoso instrumento de garantia aos seus direitos. Nesse sentido, compreende-se que a demanda por educação pode ser satisfeita quando a família, a escola e as outras realidades formativas cooperam construtivamente entre si em uma relação de integração e de continuidade. É, portanto útil levar em conta todas as possíveis interações existentes entre os vários contextos educativos, pois uma perspectiva que os considerasse isoladamente revelar-se-ia parcial e desviante. (...) A distinção das tarefas, com base no comum reconhecimento do direito da criança à educação, é a condição necessária para estabelecer relações produtivas entre as diversas agências educativas. (FARIAS, 1995 p. 72) A idéia, conforme entendemos, não é a de que famílias imponham determinados saberes aos educadores ou vice-versa, embora se entenda ser possível uma troca de conhecimentos em favor dos próprios alunos. Consideram-se as diferenças entre uma e outra instituição, as peculiaridades de cada uma em função da forma como se dá o agrupamento e a organização em casa e na escola. O que está em jogo é a necessidade de que ambas as instituições troquem idéias e se conheçam mutuamente em benefício da criança. Reconhecendo-se que a criança, em fase de formação, é influenciada por práticas e relações diversas, o que se propõe é que a escola, por estar em condições “técnicas” de melhor perceber essas influências, deve tomar a iniciativa para que de fatos diferentes instituições possam dialogar. Ocorre que, se, por um lado, as famílias de um modo geral têm dificuldades em entrar na escola para expor suas idéias e expectativas, por outro, “a escola” não apenas tem-se isolado das famílias usuárias e de outros interlocutores com os quais poderia dialogar, mas
  • 8. 8 também tem sido isolada, em geral, por parte dos órgãos públicos que a ela deveriam dar o suporte necessário para a realização de um bom trabalho. Com isso, seu desempenho depende, muitas vezes, apenas da competência, do conhecimento e da sensibilidade individual de cada uma das profissionais que ali atuam. Entende-se, pois, que a escola em si não pode ser responsabilizada, isoladamente, pelos padrões de gestão estabelecidos. Ao contrário disso, a maneira como se dá a gestão escolar vincula-se às orientações e às condições objetivas, tanto materiais, quanto as de formação do pessoal escolar, que devem ser garantidas pelos órgãos centrais e intermediários do governo. 3. Pressupostos metodológicos da Pesquisa Esta pesquisa é de caráter bibliográfico e de campo sendo, portanto uma pesquisa de abordagem qualitativa, na perspectiva da pesquisa participante, objetivando compreender efetivamente o processo de gestão democrática da escola pública, especificamente na Unidade Escolar Padre Sampaio em José de Freitas-PI. A escolha por uma abordagem qualitativa se justifica pelo fato deste tipo de estudo, segundo ser uma metodologia utilizada para: {...} descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos. (RICHARDSON, 1999, p. 16) É nesse contexto de pesquisa que o trabalho abordado se insere, objetivando uma melhor compreensão sobre a organização da gestão escolar da Unidade Escolar Senhor Carvalho. Os sujeitos dessa pesquisa foram dois professores e dois funcionários da escola acima citada.
  • 9. 9 Contudo, nosso interesse foi observar e identificar de que forma a gestão tem contribuído para democratizar o ensino público e permitido o acesso à educação como direito fundamental e inalienável. A coleta de dados ocorreu através de questionário e através da análise dos projetos vivenciados pela escola na busca de democratizar a gestão. 3.1 Resultados e discussões A Escola Campo da pesquisa realizada foi a Unidade Escolar Senhor Carvalho localizada à Rua Antonio da Costa Carvalho S/N, localizado no município de José de Freitas, Estado do Piauí, tem como mantenedora a Secretaria de Estado de Educação-SEDUC, foi fundada no governo de Alberto Tavares e Silva em 24 de Setembro de 1972. Recebeu esse nome em homenagem a uma figura política da cidade de José de Freitas, o Sr. Antônio da Costa Carvalho, conhecido popularmente como “Senhor Carvalho”. A primeira diretora desta Unidade Escolar por meio de nomeação foi a Sra. Tereza Neuma Oliveira Carvalho no período de 1.973 à 1.981, sendo substituída interinamente pela professora Helena Maria Alves Farias no período de setembro à dezembro de 1980 . No ano de 1.982 a Sra. Maria dos Milagres da Costa de Mesquita assumiu a direção que perdurou até abril de 1987. Em maio de 1987 a Sra. Regina Celes Carneiro de Holanda passou a ser a diretora da Unidade Escolar até o março de 1991. Em abril de 1991 a Sra. Maria Lúcia Laurindo das Neves assumiu o cargo. A partir do ano de 1993 a Sra. Cleide de Morais Farias assumiu à direção, na qual permaneceu até o ano de 1998. No período de 1999 a 2001 assumia a direção a Sra. Iracema Ferreira de Sousa Santiago. Em 2002 passou a ser diretora a Sra. Rejane Maria Paz. No período de 2003 assumiu o Sr. Diógenes Sampaio Pinto. No final do ano 2003 teve início a gestão democrática. Na primeira eleição democrática da Escola foi eleita como diretora a Sra. Marly Pereira Lima Leite, que permaneceram no cargo no biênio de 2004 à 2005, sendo reeleita por mais um mandato e assumindo o biênio de 2006 à 2007 . Em nova eleição no final do ano de 2007 foi eleita como diretora a Sra. Irisneide de Sousa Santiago que permaneceu no cargo no biênio de 2008 á 2009, sendo reeleita para o biênio de 2010 á 2011.
  • 10. 10 Atualmente, a Unidade Escolar Senhor Carvalho, oferece à comunidade freitense: Educação Fundamental I e II nos turnos manhã e tarde, atendendo a clientela escolar dos bairros Marmelada, Santa Rosa,Tijuca, Suco de Uva e Centro. Conta com um grupo de 17 professores e 10 funcionários administrativos e 01 monitora da Sala de informática. A escola oferece ensino do 2ª ao 7ª série nos turnos manhã e tarde, assim distribuídos: • Manhã: 7:00h às 11:30h 2ª a 4ª série • Tarde: 13:00h às 17:30h 4ª a 7ª série. Assim, a escola atende a clientela escolar dos bairros Suco de Uva, Marmelada, Santa Rosa, Tijuca e Centro. O aspecto físico da escola apresenta um bom estado de conservação, apresentando: 05 salas de aula, 03 banheiros, 01 cantina, 01 diretoria, 02 depósitos, 01 área coberta, 01 laboratório de informática e uma sala AEE. Precisando urgentemente ampliar o seu espaço físico. Também ressaltamos aqui a falta de um almoxarifado, pois a diretoria encontra-se tomada por livros e todo tipo de material, necessitamos de uma secretaria pois a mesma está funcionando junto com a diretoria numa sala bastante apertada , sala esta que não possui forro e muito menos segurança necessária para os equipamentos que nela se encontram (01 TV de 29’, 01 TV de 14’, 02 DVDs, 02 caixas de som, 02 máquina de xérox, 01 computador, 01 impressora, 01 retroprojetor, 01 violão, 01 teclado, etc.). Dentro do possível, a escola busca adequar sua metodologia com o material existente na escola, visando ofertar a clientela escolar uma aprendizagem de qualidade. A escola, esse ano tem matriculado cerca de 229 alunos, distribuídos nos dois turnos. Sendo no turno da manhã 01 turmas de 2ª série, 02 turmas de 3ª série e 01 turma de 4ª série, e no turno tarde 01 turma de 4ª série, 01 turma de 5ª série e 02 turmas de 7ª série do ensino fundamental. Quanto ao quadro de funcionários contamos com 01 diretora, 01 coordenadora pedagógica, 01 secretária, 01 auxiliar de secretaria, 03 agentes de portaria, 01 merendeira, 02 zeladores. O quadro de professores é complementado
  • 11. 11 com professores substitutos, selecionados pela SEDUC perfazendo um total de 16 professores e apenas 05 efetivos do quadro. Diante desse contexto, foi realizado a aplicação de questionário aplicado inicialmente a dois professores onde foi questionado quais as práticas da gestão democrática na escola que são perceptíveis aos professores. Os mesmos colocaram que: Professor 1- A gestão da escola faz muitas ações que propõem um ensino voltado para atender os alunos de modo a possibilitar uma relação entre professor, aluno e família. Para tanto, percebe-se que a gestão da escola tem um olhar humano, solidário e autentico sobre todos os aspectos inerentes ao ensino e aprendizagem, como também nas relações entre todos que fazem parte do processo educativo. Professor 2- A escola tem uma gestão voltada para atender a todos de modo singular, onde todos nós nos sentimos em um lugar de respeito, união e laços de solidariedade que faz de toda equipe uma equipe participativa e ativa. Dentro desse contexto, analisamos que a gestão democrática vai conquistando seu lugar e mostrando as vantagens do trabalho coletivo e participativo, construindo uma equipe atuante, com idéias abertas e amplas, onde o compromisso da escola deve ser com a democratização do saber entendendo que o conhecimento é herança da humanidade e portanto direito de todos. Segundo NÓVOA (1995, p.35), citado no livro Gestão Educacional e Organização do Trabalho Pedagógico (IESDE p.55, 2003) “a escola tem de ser encarada como uma comunidade educativa, permitindo mobilizar o conjunto dos atores sociais e dos grupos profissionais em torno de um projeto comum. Para tal, é preciso realizar um esforço de demarcação dos espaços próprios de ação, pois só na clarificação destes limites se pode alicerçar uma colaboração efetiva”. O funcionamento da organização escolar é fruto de um compromisso de interações e da participação de todos, pois a escola é de todos, é aberta a todos. Quanto maior a participação, maior será a aproximação entre os membros da escola formando uma coletividade atuante. A gestão democrática visa construir uma escola de boa qualidade, prestando atendimento aos alunos e comunidade, aproveitando melhor seus recursos existentes, oportunizando a ampliação e aplicação do conhecimento. A participação de todos permite chegar-se a soluções mais rápidas e que atendam a maioria através da ação pedagógica e educativa de maneira coerente. “A escola democrática será aquela que conseguir interagir com as condições de vida e com as aspirações das camadas populares”. ( MELLO, 1998, p.20).
  • 12. 12 Na gestão democrática, a visão que prevalece é a do conjunto, onde todos unidos conseguem produzir resultados positivos em atuações que possibilitem o crescimento do aluno e a sua inserção social, sem traumas ou riscos de exclusão, permitindo que ele desenvolva suas capacidades e conquiste seu espaço por merecimento e por ter plena consciência de que sua atuação tem que estar equilibrada com os valores inerentes à cidadania. Em relação à avaliação do trabalho da gestão na escola, os professores disseram que: Professor 1- A gestão da escola desenvolve um excelente trabalho, isso se deve a forma como ela trabalha, onde procura fazer como que todos se sintam bem, e saibam do seu compromisso como profissional da educação. Professor 2- Na escola, é visível que temos uma das melhores gestão escolar, logo por que a gestão da escola é uma equipe dinâmica, amiga, unida e que faz de tudo para as coisas andarem de modo correto, onde realmente o ensino é direcionado de modo eficiente e eficaz. Partindo disso, verificamos que se a comunidade escolar perceber que numa concepção de gestão democrática ela pode emitir parecer sobre a gestão de qualidade na educação realizada na escola e este é um direito consolidado, deixa de estar maravilhada com a dádiva e passa a considerar mais seriamente os pontos positivos e os nem tão positivos assim, passando a indicar a necessidade de melhora constante no processo. Também, como aponta Paulo Freire (1997 p 15), o “ser humano é inconcluso” e suas necessidades crescem na medida em que conquista patamares mais elevados de participação, consciência e autonomia, o que pode significar um reconhecimento do que foi feito, mas a clara indicação de que se está distante do ideal (RIOS, 2001 p. 3), que o existente não mais impacta o/a avaliador/a. Para tanto, visualizamos que a gestão da escola é aplaudida pelos professores e funcionários, devido a maneira como é resolvido as diversas situações da escola. No que condiz com a relação gestão, professor e funcionários os professores responderam: Professor 1- A relação da gestão com todos que fazem parte da equipe escolar é ótima, maravilhosa. Somos todos unidos e sabemos diferenciar os papeis de cada um. Professor 2- É uma excelente relação. Muito boa. A gestão nos deixa bem a vontade para expressar nossos anseios e dificuldades.
  • 13. 13 Nesse sentido, sabemos que se exige na atualidade que o Gestor Escolar seja articulador administrativo, líder, e que possua visão global capaz de avaliar as especificidades da escola, recursos humanos, materiais e também o financeiro. Segundo Paro (1997), “a nossa escola não poderá ser um fenômeno estático, não é também a democracia uma forma estática de viver”. A população e o mercado de trabalho exigem uma escola que ofereça educação de qualidade, que seja competente, eficaz, e comprometida com a formação de um cidadão pleno. Pressupõe-se que a construção de um novo momento histórico na área educacional dependerá em grande parte da atuação responsável e competente de todos na escola. Contudo, a relação entre todos que fazem parte do processo educativo é de extrema importância para o bom andamento da escola. A respeito da forma como a gestão escolar auxilia no processo de ensino aprendizagem os professores esclareceram que: Professor 1- A gestão escolar nos auxilia com projetos, de modo a minimizar determinadas dificuldades de aprendizagem que são detectados em sala de aula. Professor 2- Na escola a gestão nos ajuda muito, principalmente quanto à indisciplina em sala de aula. Orienta-nos também quanto ao uso de recursos didáticos tecnológicos e metodologias de ensino. A gestão para os professores são considerados como forma de apoio, ou assistência ao professor, ou a outro elemento significativo que participe do processo educativo promovido pela escola. Freire (1997) aponta que o exercício dos mesmos garante a melhoria do processo educativo. A assistência e apoio ao professor, no sentido de que esteja cada vez melhor preparado ao desempenho de suas funções, é vital. Para que possam prestar esse apoio e assistência faz-se necessário, no entanto, que não só atuem integralmente, somando esforços, assumindo um ponto de vida comum, mas também que adquiram habilidades para tal. A atuação da gestão se dá através de uma participação compartilhada, com capacidade de liderança, sendo um coordenador que assume responsabilidades. O diretor não pode se considerar como o detentor de todo o conhecimento, podendo estabelecer um ambiente propício, criando a motivação dentro do grupo, auxiliando no desenvolvimento de um espírito de compromisso fundamental para que a escola possa ter em elo maior de ligação com os docentes, com os alunos e com a comunidade.
  • 14. 14 Para os funcionários foi questionado, se os mesmos possuem uma boa relação com a gestão escolar, os mesmos falaram que: Funcionário 1-Temos uma relação boa, ninguém aqui é excluído de nada, participamos de tudo na escola ,opinamos e ajudamos no que é necessário. Funcionário 2- Nessa escola as coisas são bem diferentes, aqui participo do planejamento,das reuniões e não me sinto isolada ,faço parte das atividades que a escola desempenha e quando tem reunião posso dar minha contribuição . Sendo assim, visualizamos que a gestão democrática destaca o relacionamento entre os profissionais da escola, buscando valores e crenças como a generosidade, transparência, honestidade, comprometimento e participação. Essas atitudes favorecem a formação de um ambiente saudável e aprazível, motivador e construtivo como aponta Paro (2000), quando diz que quando essas atitudes fazem parte do dia-a-dia dos professores, funcionários, alunos e pais não há espaço para comportamentos negativos, críticas e reclamações no ambiente escolar. No que se referem à orientação do trabalho dos funcionários das escolas, os entrevistados colocaram que: Funcionário 1-Cada um faz seu serviço, mas temos que compreender que devemos participar de tudo que faça parte da aprendizagem dos alunos. Funcionário 2-Sou auxiliar de secretaria mais desde o principio me foi dito que sou parte de um grupo e que deveria desse modo colaborar para que o grupo fizesse seu papel e que não se pode trabalhar isolado afinal todos aqui trabalham com um único objetivo, colaborar para que a escola funcione como deve funcionar e que faça o papel que a comunidade espera dela. Diante disso, avaliamos que os funcionários tem todo o suporte quanto a orientação do seu trabalho principalmente por que a gestão avalia constantemente as ações dos mesmos. Para isso Farias (1995) afirma que a ação colaborativa é uma das características da gestão democrática. Ao perguntarmos sobre como os funcionários da escola são tratados, os mesmos explicitaram que: Funcionário 1- Sou tratado como membro de uma equipe ,sempre me é dito que, todos são importantes e que cada um pode fazer a diferença. Funcionário 2- Não sou tratado diferente só por não ser professora, me sinto importante e sempre posso dar minha colaboração me sinto parte da gestão da escola e gosto de trabalhar aqui. Percebemos a partir das falas dos funcionários que todos são tratados de forma digna e respeitosa, haja vista, que a gestão tem por objetivo desenvolver ações com
  • 15. 15 bons resultados através de divisão de tarefas e integração de idéias e ações somando um grande compromisso com família e comunidade. O gestor necessita ter espírito de liderança, ser seguro, estimulador, comunicativo, criador de clima de confiança e receptivo a todos, construtor de equipes participativas e com responsabilidade, transmissor de energia, dinamismo e entusiasmo e colaborador no desenvolvimento de habilidades em todos que fazem parte de sua equipe. Para criar confiança entre o grupo há necessidade de comunicação e com ela busca- se inovação e criatividade. Luck (2000, p.42) destaca que: “A confiança é o cimento fundamental que mantém uma organização unida, facilitando a boa comunicação. Corrigindo ações ocorridas em momentos inoportunos, possibilitando o atendimento de objetivos e criando as condições para o sucesso organizacional”. Em se tratando de cursos de aperfeiçoamento os funcionários responderam que: Funcionário 1- Tive poucos cursos de formação mais sempre que alguém vai pra um treinamento ou capacitação repassa as informações quando chega. Funcionário 2- Participei apenas de um curso de aperfeiçoamento nesses quatro anos ,mais a direção e coordenação sempre nos orienta e quando participa de formação nos repassa. Verificamos a partir dessas afirmações que a gestão escolar preocupa-se intensamente com o processo de formação dos professores e funcionários, como afirma Nóvoa (1995), onde coloca que a formação continuada é de fundamental importância para o processo educativo, por a mesma auxilia no andamento do trabalho de todos que atuam na educação.
  • 16. 16 CONCLUSÃO Diante do que foi exposto percebemos que o presente trabalho foi de extrema importância, uma vez que possibilitou aprofundar conhecimentos sobre a gestão democrática; conhecer o cotidiano da escola pública através de visitas periódicas e observações de como estão sendo desenvolvidas às ações desempenhadas pela escola. Sendo o ensino público, marcado por novas concepções assumidas no plano social, busca-se uma efetiva participação de todos os que compõem a instituição, deve assumir um compromisso mais atuante, tanto dos membros que compõem a escola, como dos pais e comunidade. As mudanças representadas pelas amplas participações de movimentos sociais repercutiram no panorama educacional, traçando novos processos de gestão, principalmente no que se refere à presença dos segmentos populares, nas decisões e elaboração de projetos sociais. A construção da escola democrática passa por longo período de conscientização que deve ser refletido entre gestor, equipe pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais de alunos e comunidade em geral, com objetivo de um papel mais participativo desses sujeitos a se comprometerem com o processo de mudança. É impossível mudar a forma atual de gestão, sem que se estabeleça a articulação entre a escola e a comunidade que a serve, pois a escola não é um órgão isolado e suas ações devem estar voltadas para atender as necessidades da comunidade, com dedicação, responsabilidade e participação, para se chegar ao objetivo da educação, que é promover o homem dentro de seu contexto social e político. Ao longo desse estudo, notamos a importância e a necessidade de construir um projeto político pedagógico coletivamente voltado para o plano de ação da escola. Todos devem entender que a gestão democrática baseia-se na ação coletiva, capaz de ser viabilizado se governo, escola e comunidade unida, participem coletivamente, dividam responsabilidades, o que depende da vontade individual de transformar a própria consciência, autocrítica e humildade para aceitar a diferença como condição para o diálogo em conjunto. Para que a escola democrática se efetive, é necessário que as classes dominantes, dentro da instituição, apontem caminhos como conscientizar primeiramente a comunidade escolar para essa transformação, proporcionar um ambiente favorável; usar estratégias para que os alunos se envolvam, através de uma participação que favoreça essa compreensão; os pais se integrem à escola, não apenas para acompanhamento do rendimento escolar ou comportamento de seu filho, mas de uma forma que possam colaborar da melhor forma
  • 17. 17 possível, sendo chamados a mesma por razões de cooperação e compromisso com a qualidade de ensino desenvolvida na instituição, através de diálogos, opiniões coerentes; o educador deve buscar se aprimorar constantemente, para que possa atuar com segurança, com objetivo de favorecer um ensino-aprendizado de qualidade, na formação de cidadãos críticos e não mero recebedor de informações, mas que possa transmitir o conhecimento para prepará-los de maneira satisfatória para o mercado de trabalho competitivo. É primordial que aconteça um esclarecimento, junto aos pais e comunidade, a respeito do que é e como se realiza uma gestão democrática, através do Projeto Político Pedagógico da escola. Recomenda-se que a escola continue esse processo de conscientização entre os membros que a compõe que resulte, com eficácia, um trabalho perante os pais e a comunidade em geral, através de uma participação mais efetiva e compromissada com a instituição. Este trabalho possibilitou o entendimento sobre a gestão democrática, em caráter amplo e abrangente, além disso, esperamos que contribua para que os gestores reflitam sobre as bases da gestão, para o norteamento do seu trabalho, de forma conjunta e integrada.
  • 18. 18 REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA BRASIL. LDB: Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394 de 20/12/1996. FARIAS, Ana Lúcia Goulart de. Da escola materna à escola da infância: a pré- escola na Itália hoje. CEDES. Campinas, n.37, p. 63-100, 1995. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997. GHANEM, Elie. Participação popular na gestão escolar: três casos de políticas de democratização. São Paulo: Ação Educativa, 1996 KRAWCZYK, Nora. A gestão escolar: um campo minado... Análise das propostas de 11 municípios brasileiros. Educação e Sociedade. Campinas, n. 67, agosto, 1999. NÓVOA, A . Para uma análise das instituições escolares. In: NÓVOA, A . As organizações escolares em análise. Lisboa: D. Quichote,1995. PARO, Vitor Henrique. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas,1999. RIOS, T. Compreender e Ensinar, 2ª ed., São Paulo, Cortez, 2001.