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1
JUNYA KARLA ESPÍRITO SANTO (Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho) CREA-MG: 71 659D
JOSÉ DE SOUZA REIS FILHO (Engenheiro de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente) CREA-MG: 21 900
2
NR 10
Curso Básico - 40 Horas
Curso Complementar
SEP - 40 Horas
Curso de Reciclagem
16 Horas
JRK OCUPACIONAL
Em conformidade com portaria 3214 do Ministério
do Trabalho e Emprego - MTE
3
Módulo A
1. Organização do Sistema Elétrico de Potên-
cia
2. Organização do Trabalho
2.1 Programação e Planejamento dos
Serviços
2.2 Trabalho em Equipe
2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações
2.4 Métodos de Trabalho
2.5 Comunicação
Módulo B
1. Aspectos Comportamentais (SST Compor-
tamental)
1.1 - Cultura Organizacional
1.2 - Comportamento de Risco
1.3 - Medidas de Controle
Módulo C
1. Condições Impeditivas para Serviço
2. Riscos Típicos no SEP e sua prevenção
a) Proximidade e Contato com Partes Ener-
gizadas
b) Indução
c) Descargas Atmosféricas
d) Estática
e) Campos Elétricos e Magnéticos
f) Comunicação e Identificação
g) Trabalhos em Altura , Máquinas e Equipa-
mentos Especiais
3. Análise de Risco
4. Procedimentos de Trabalho
Módulo D
1. Técnicas de Trabalho sob Tensão
a) Em Linha Viva
b) Ao Potencial
c) A Distância
d) Trabalhos Noturnos
e) Atividades Subterrâneas
2. Equipamentos e Ferramentas de Trabalho
Módulo E
a) NR
b) Resgate de acidentado
e primeiros socorros
c) Acidente de Origem Eletrica
e responsabilidades
Anexos
Índice
4
JRK OCUPACIONAL
MÓDULO A
[ 1 - Organização do SEP (*)
[ 2 - Organização do Trabalho
2.1 Programação e Planejamento dos Serviços
2.2 Trabalho em Equipe
2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações
2.4 Métodos de Trabalho
2.5 Comunicação
(*) SEP – Sistema Elétrico de Potência
5
1. Organização do Sistema
Elétrico de Potência
Principais Pontos da NR 10
10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA
TENSÃO (AT)
10.7.5 - Antes de iniciar trabalhos em circui-
tos energizados em AT, o superior imediato
e a equipe, responsáveis pela execução do
serviço, devem realizar uma avaliação pré-
via, estudar e planejar as atividades e ações
a serem desenvolvidas de forma a atender
os princípios técnicos básicos e as melhores
técnicas de segurança em eletricidade aplicá-
veis ao serviço.
10.7.6 - Os serviços em instalações elétricas
energizadas em AT somente podem ser reali-
zados quando houver procedimentos especí-
ficos, detalhados e assinados por profissional
autorizado.
10.7.7 - A intervenção em instalações elé-
tricas energizadas em AT dentro dos limites
estabelecidos como zona de risco, conforme
Anexo I desta NR, somente pode ser realizada
mediante a desativação, também conhecida
como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos
de religamento automático do circuito, siste-
ma ou equipamento.
10.7.8 - Os equipamentos, ferramentas e dis-
positivos isolantes ou equipados com mate-
riais isolantes, destinados ao trabalho em alta
tensão, devem ser submetidos a testes elé-
tricos ou ensaios de laboratório periódicos,
obedecendo-se as especificações do fabrican-
te, os procedimentos da empresa e na ausên-
cia desses, anualmente.
10.7.9 - Todo trabalhador em instalações elé-
tricas energizadas em AT, bem como aqueles
envolvidos em atividades no SEP devem dis-
por de equipamento que permita a comunica-
ção permanente com os demais membros da
equipe ou com o centro de operação durante
a realização do serviço.
O sistema elétrico de potência é organizado
em Geração , Transmissão e Distribuição de
Energia Elétrica até o ponto de medição, in-
clusive.
PONTOS DE MEDIÇÂO
A geração pode ser de origem térmica, hi-
dráulica, nuclear, eólica e outros.
No Brasil são utilizadas hidroelétricas em lar-
ga escala devido às facilidades de nossos
recursos hídricos, que por um lado nos pro-
picia esta fonte de recurso natural abundante
e por outro a construção de represas com
formação de lagos provoca inundação de
grandes áreas, o que requer cuidados com
relação aos fortes impactos ambientais. Sob
o ponto de vista da segurança ocupacional as
hidroelétricas apresentam uma grade de ris-
6
cos físicos (ruídos, temperaturas, vibrações )
além dos riscos decorrentes da interação do
trabalhador com fontes de energia elétrica (
choque elétrico, Arco Elétrico e Descarga At-
mosférica) e queda por diferença de nível, o
que é bastante comum no SEP, devido as dis-
tâncias de isolamento com relação à terra.
A Transmissão da energia elétrica se faz atra-
vés de Linhas de Transmissão (LT,s) que
percorrem grandes extensões. O objetivo
das LT,s é fazer o transporte da energia elé-
trica da geração até os centros de distribuição
de energia elétrica através de subestações
abaixadoras que atendem os sistemas de dis-
tribuição .
Sob o ponto de vista de segurança ocupacio-
nal, as linhas de transmissão apresentação o
risco de choque por indução devido a pre-
sença de fortes campos eletromagnéticos e
queda, uma vez que a maioria dos serviços
de manutenção são realizados em altura com
posturas que comprometem em muito a saú-
de e segurança do trabalhador. A necessidade
de um bom sistema de aterramento é funda-
mental além do constante monitoramento do
serviço.
Na distribuição da energia, que é feita por su-
bestações e Redes de distribuição existe um
complexo de estruturas com disjuntores, bar-
ramentos, transformadores e vários outros
equipamentos de transformação e manobra
que exige todo um cuidado com relação a
segurança do eletricista , tanto na atividade
de operação quanto de manutenção. Os ris-
cos apresentados na sua maioria referem-se
a probabilidade de violação das distâncias de
segurança, que são estabelecidas pela NR 10
conforme Anexo 1 da mesma.
O Sistema de Distribuição de Energia Elétrica
é composto de longas Redes que podem ser
em cabo protegido, isolado ou simplesmente
nú. Existe uma preocupação das empresas
distribuidoras de energia quanto ao risco de
choque elétrico envolvendo a COMUNIDADE
, particularmente na ocorrência de cabo par-
tido, que fica energizado mesmo tocando o
solo devido a alta resistência de arco que im-
pede a atuação das proteções de falta a terra.
(Relés de Neutro)
O sistema de distribuição apresenta defeito
ou falha no momento das grandes tempesta-
des e primeiras chuvas do ano pelo contato
com árvores e também pela incidência de
descargas atmosféricas, portanto é muito im-
portante que haja um planejamento das equi-
pes de manutenção e operação do SEP para
lidar com essa sazonalidade e probabilida-
de do ocorrência do risco de choque elétrico
provocado por contato ou arco elétrico. Vale
lembrar que a resistência de contato fica cinco
(05) vezes menor na presença de umidade.
O consumidores de energia elétrica, por ques-
tões técnicas, econômicas e legais podem ser
classificados em residenciais, comerciais e
industriais ou grandes consumidores.
Sob o ponto de vista da segurança ocupacio-
nal, a preocupação é com o ponto de entrega
de energia pela empresa fornecedora, onde
se encontram os sistemas de medição de
faturamento com TP,s (transformadores de
potencial, TC,s (transformadores de corren-
te), chaves seccionadoras, disjuntores, barra-
mentos e outros equipamentos que requerem
todo cuidado no processo de liberação para
realização de serviços, onde normalmen-
te o procedimento de Pedido de Liberação
de Equipamento (PLE) é adotado juntamen-
te com demais procedimentos de segurança
(Ordem de Serviço, Seqüência de Manobras,
Análise de Riscos , Cinco passos para garan-
tia de tensão nula e outros que veremos nos
módulos seguintes.
7
2. Organização do Trabalho
A organização do trabalho dentro das empre-
sas brasileiras é estabelecida pelos sistemas
de gestão que tiveram origem na década de
noventa com a abertura de mercado e com
a implantação dos programas de Gestão de
Qualidade Total ou GQT.
A implantação destes sistemas de gestão tra-
zem o conceito de que tudo que se faz dentro
de uma organização empresarial deve passar
pelo crivo dos 04 passos do PDCA, que em
inglês significa – Plan (PLANEJAR) , Do (Fa-
zer ou Executar) , Check (Controlar ) e Act
(Atuar).
Depois dos programas de Qualidade Total,
certificados pela ISO 9000 , vieram os sis-
temas de Gestão Ambiental e Ocupacional ,
regulados pelas normas certificadoras ISO
14.000) e OSHAS 8.000.
Se tivéssemos que estabelecer um marco di-
visório, diríamos que os anos 90 fora, marca-
dos pelos programas de Qualidade e os anos
2000 pelos demais programas que sempre
buscaram a redução dos riscos ambientais e
ambientais dentro das organizações empre-
sariais.
A NR 10 traz os conceitos de GESTÃO e RES-
PONSABILIDADE incorporados na sua con-
cepção e estabelece os princípios de Gestão
de Riscos nas Atividades envolvendo Eletrici-
dade e Responsabilidade Legal sob o ponto
de vista do novo código civil e criminal.
O Aspecto Comportamental trata da nova
cultura organizacional forjada em cima dos
sistemas de gestão implantadas nas duas
ultimas décadas, onde tudo que se faz den-
tro de uma empresa deve estar ajustado a
conformidades técnicas ditadas por padrões
e conformidades legais.
O Comportamento de Risco é o desvio de
conduta do trabalhador ao lidar com o am-
biente de risco, particularmente nas ativida-
des envolvendo eletricidade, onde exige um
estado e concentração plena; uma vez que,
esta fonte de energia não tem cor e nem chei-
ro e os acidentes são de altíssima gravidade.
Portanto , o trabalho em equipe é fundamen-
tal e a qualidade da comunicação também.
Maiores detalhes serão tratados no módulo
de Aspectos Comportamentais.
O prontuário das instalações e
Métodos de Trabalho
O prontuário das Instalações é a memória das
informações contidas na documentação das
instalações do Sistema Elétrico de Potência;
ou seja, Projetos , Memorial Descritivo, Es-
pecificação de Ferramentas e Equipamentos,
Parâmetros Técnicos (Sobretensões, Corren-
tes de Curto Circuito e outros) que servem de
base para o planejamento das atividades de
Operação, Manutenção, Ampliações,Obras e
outras atividades.
A maior dificuldade das empresas é manter
este prontuário atualizada, pois exige um per-
feito entrosamento entre o pessoal que opera
e mantém o sistema e a equipe de planeja-
mento e projeto.
É justamente neste ponto de conflito que
MORA O PERIGO, pois já virou cultura en-
tre equipes , particularmente de manutenção
do SEP não acreditar nos dados de projeto,
pois existe uma herança de antes da NR 10
2.1 Programação e Planejamento dos Serviços
2.2 Trabalho em Equipe
2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações
2.4 Métodos de Trabalho
2.5 Comunicação
8
, quando quase não existia cobrança dos ór-
gãos fiscalizadores , o que vem mudando nos
últimos 05 anos.
Obs: A nova NR 10 foi publicada no Diá-
rio Oficial da União (DOU) em 08.12.2004.
(portaria n.598 de 07.12.2005) e altera a
redação anterior da NR 10 aprovada pela
portaria 3214 de 1978.
Os métodos de trabalho requeridas para ati-
vidades envolvendo o SEP devem sempre
levar em conta as distâncias de segurança ,
lembrando que neste caso é permitido ativi-
dades ao potencial ou a distância desde que
a equipe tenha a qualificação técnica exigida
e autorização para trabalhar com eletricidade,
particularmente em circuitos energizados na
alta tensão.
Os métodos de trabalho devem ser estabe-
lecidos considerando padrões técnicos em
conformidade com os riscos ambientais e de
segurança ocupacional; ou seja, ao se fazer o
passo a passo da atividade é fundamental que
se faça o levantamento também dos riscos
envolvidos em cada passo acompanhado das
respectivas medidas de controle.
Para se instalar um conjunto de aterramento
temporário existe todo um ritual que deve es-
tar escrito em um procedimento operacional
padrão (POP) acompanhado do responsável
pela elaboração do mesmo, recursos, tempos
e movimentos necessários sempre conside-
rando os riscos envolvidos na atividade, par-
ticularmente o nosso caso que é eletricidade
envolvendo o SEP.
Citamos abaixo algumas atividades
ligadas ao SEP:
Manutenção de Subestações – Envolve Ativi-
dades de Transformação , Manobra, Medi-
ção, Proteção e Controle e Operação , lem-
brado que as atividades de campo devem ser
realizadas em dupla.
Manutenção de Linhas de Transmissão – En-
volve Equipes de Inspeção, Troca de cadeia
de Isoladores, Cruzetas, Postes, Para Raios,
elementos da estrutura das torres metálicas,
Desmatamento, Limpeza para Manutenção da
Faixa de Servidão (CUIDADOS COM ASPEC-
TOS E IMPACTOS AMBIENTAIS). Instalação
de dispositivos anti subida, Construção de
LT,s, Escavações e Fundações – Obras Civis.
Obs. As atividades de Montagem e Constru-
ção devem preferencialmente ser realizados
com circuitos desenergizados (Tensão Nula).
Normas Técnicas:
As normas técnicas são fundamentais na Or-
ganização do Trabalho e para atividades en-
volvendo eletricidade , aplicamos as normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) , NBR 5410 para Instalações Elétricas
de Baixa Tensão e NBR 14039 – Instalações
Elétricas de Média Tensão – 1,0 kV a 36,2
kV.
Citamos abaixo outras normas da ABNT que
tem correlação com atividades envolvendo
eletricidade:
NBR 5418 – Instalações Elétricas em Atmos-
feras Explosivas
NBR 5419 – Proteção de Estruturas Contra
Descargas Atmosféricas
NBR 6533 - Estabelecimento de Segurança
aos Efeitos da Corrente Elétrica que Percorre
o Corpo Humano.
9
Regulamentações do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE:
São 33 Normas Regulamentadoras estabele-
cidas pela portaria 3214 do MTE e citamos
abaixo algumas que consideramos de funda-
mental importância para a segurança dos tra-
balhadores envolvidos com eletricidade.
NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
Norma Regulamentadora NR 10 – Esta nor-
ma é fundamental para a organização das
atividades envolvendo eletricidade e trata-se
de conformidade legal. Citamos abaixo a es-
trutura da mesma e que esta anexada a esta
apostila. (Observar aspectos de GESTÃO e
RESPONSABILIDADES)
10
JRK OCUPACIONAL
MÓDULO B
Aspectos Comportamentais
1.1 - Cultura Organizacional
1.2 - Comportamento de Risco
1.3 - Medidas de Controle
Segurança Comportamental
Em Serviços com Eletricidade
Sumário
1 - Objetivos do Módulo de Segurança
Comportamental
2 - Mudança e Segurança Comportamental
3 - Reconhecimento e Avaliação dos Riscos
4.6 - Barreiras aos Acidentes
5.7 - Causas Comuns de Acidentes de Trabalho
e seus Prejuízos
6.8 - Tipos de Comportamento e suas
Características
7.9 - O Comportamento e os indicadores de
Segurança
8.10 - Percepção do Risco e seu
Gerenciamento
9.11- Estilos de Comunicação e o
Comportamento na Empresa
10.12 - Administração de Conflitos / Buillying
11.13 - Equilíbrio de Emoções
12.14 - Higiene Ocupacional e Pessoal
13.15 - Trabalho em Equipe e Hierarquia
11
Fornecer aos trabalhadores que interagem
com eletricidade conhecimentos e práticas
sobre a conduta de cada um frente às exi-
gências no âmbito da segurança pessoal no
trabalho.
Tem por finalidade demonstrar a importância
da Segurança Comportamental no ambiente
de trabalho em presença da eletricidade. Ou
seja, avaliar a relação entre:
Comportamento de Risco X Comportamento Seguro
A mudança comportamental com foco na
segurança do trabalho e a melhoria constan-
tes no ambiente de trabalho constituem uma
ferramenta eficaz na prevenção de aciden-
tes dentro das empresas e poderá ser usa-
da como estratégia para alcançar metas, tais
como, redução de perdas, redução de aciden-
tes, redução de custos, os quais irão incidir
diretamente no lucro das empresas.
Os principais fatores que levam ao acidente
residem nas condições inseguras no posto
de trabalho, nas falhas ou ausência de pro-
1. OBJETIVOS DO MÓDULO DE
SEGURANÇA COMPORTAMENTAL
2. MUDANÇA E SEGURANÇA
COMPORTAMENTAL
cedimentos de segurança dos trabalhadores,
nas ações displicentes ou inseguras no traba-
lho, bem como a falta de valorização do fator
segurança no processo produtivo como um
todo.
Mudança Comportamental
E o que dizer quando nos referimos aos
riscos com eletricidade?
- Apresentam características específicas:
não têm cor e nem cheiro.
- Oferecem potencial para sérias conseqüên-
cias: queimaduras, afastamentos do trabalho,
perda de algum membro do corpo,
morte, etc.
EM OUTRAS PALAVRAS:
Não há mágica
Quando o assunto for segurança em
eletricidade, sua excelência depende
por parte de todos nós de:
- Compromisso		
- Responsabilidade
- Integração
- Envolvimento
- Mentalidade “Acidente Zero”
Reconhecendo e Avaliando
os Riscos
12
Os trabalhadores com eletricidade devem co-
nhecer todo o processo produtivo dentro
da atividade que executa.
Ao adotar o comportamento seguro, toman-
do as medidas de controle pertinentes a cada
etapa em execução, acarretará num baixo ín-
dice de acidentes.
Reconhecendo e Avaliando
os Riscos
Ao reconhecer o perigo característico de cada
etapa em execução, deve-se avaliar o risco –
probabilidade de acontecer um acidente.
Considera-se um risco aceitável quando há
meios de evitá-lo, ou seja, adotando um com-
portamento seguro.
Quando o risco é inaceitável, faz-se a elimina-
ção ou controle adotando o comportamento
seguro.
Em eletricidade não se admite dúvida, exige
conhecimento nos procedimentos e identifi-
cação dos possíveis riscos a que estão su-
jeitos.
Se o perigo não foi identificado como um
possível risco, seja pelo desconhecimento,
ações displicentes, desvalorização do fator
segurança, etc , o trabalhador estará adotan-
do comportamento de risco, o qual levará a
ocorrência de acidentes.
Barreiras aos Acidentes
Barreiras aos Acidentes
Conclusão
- Muitas vezes o trabalhador se expõe ao
risco por desconhecer os perigos aos
quais está exposto
- Assim, dificilmente ele reconhecerá os ris-
cos da tarefa e a probabilidade de se expor
ao perigo fica aumentada em razão de suas
práticas de comportamento inseguro
(ou de risco).
- E o pior: quanto menos o trabalhador perce-
ber o risco mais ele estará exposto aos peri-
gos e, como conseqüência, aos acidentes.
- Causas da Maioria dos Acidentes de Trabalho;
- Falta de planejamento e/ou programação;
- Improviso ou despreparo do trabalhador;
- Procedimentos de trabalho inexistentes ou
inadequados;
- Inexistência ou inadequação das APR’s;
- Uso inadequado ou inexistência de EPC’s e EPI’s;
- Uso incorreto ou inexistência de instrumentos ou
ferramental;
- Tolerância por parte da empresa no descumprimento
das normas de segurança pessoal;
13
- Sinalização de segurança inexistente, deficiente
ou inadequada;
- Falta de comprometimento, negligência ou omissão
por parte das pessoas envolvidas.
Prejuízos Causados pelos Aciden-
tes de Trabalho
EFEITOS NAS EMPRESAS
- Perda de colaboradores qualificados, expe-
rientes, somada à perda do investimento des-
pendido para treiná-los;
- Indenizações a trabalhadores feridos e a pa-
rentes de trabalhadores que falecem no exer-
cício de sua profissão;
- Multas trabalhistas;
- Perdas de contratos, principalmente
os maiores.
Comportamento com Foco na
Segurança do Trabalho
A capacidade de indicar e controlar os riscos
em uma atividade no presente, de forma a
reduzir a probabilidade de ocorrências inde-
sejáveis no futuro, para si e para os outros.”
Tipos de Comportamento e suas
Características: A FORÇA DO HÁBITO
Nós usamos os sentidos tão freqüentemente
que na maioria das coisas que fazemos não
precisamos sequer pensar nelas.
Quando fazemos alguma coisa sem precisar
PENSAR nela, então estamos tendo um com-
portamento chamado: FORÇA DO HÁBITO.
- Respirou
- Leu o jornal
- Ao se encaminhar para a poltrona, você se
preparou, calculou ou mediu a distância que
teria que percorrer?
- Abriu a porta da sua casa ao entrar ou ela já
estava aberta?
BOA força do hábito
- Fazer testes nos equipamentos de
segurança antes das atividades
- Fazer uso correto de EPI’s
- Manter os corredores e equipamentos
de emergência desobstruídos
- Cumprir as regras de segurança
MÁ força do hábito
- Entrar em zonas de risco sem autorização
porque havia pressa
- Realizar trabalhos sem EPI’s apropriados
- Utilizar ferramentas inadequadas somente
porque elas estavam disponíveis por perto
- Identificar uma não conformidade e “deixar
para corrigir quando eu tiver tempo”.
Analisando a Redução dos Riscos
Alguns dos fatores que contribuem para a
REDUÇÃO dos riscos:
- Freqüência do comportamento seguro
- Atualização das normas e
procedimentos operacionais
- Senso de segurança
- Qualidade na comunicação
- Quantidade de comunicações
- Sentimento de controle pessoal pela
segurança
- Apoio aos colegas de trabalho
- Responsabilidade individual
Estilos Pessoais de Comunicação
O “EU” e como me comunico:
- Com os COLEGAS;
- Com a EMPRESA;
- Com as PESSOAS, em geral.
14
Estilos Pessoais de Comunicação
Principais estilos pessoais de
comunicação:
- Estilo PASSIVO:
- Sente-se bloqueado quando lhe apresentam um
problema para resolver;
- Tem medo de avançar e de decidir porque receia
a decepção;
- Tem medo de importunar os outros;
- Deixa que os outros abusem dele;
- O seu “time” é o time do ambiente onde está
inserido;
- Ele tende a fundir-se com o grupo, por medo.
- Estilo AGRESSIVO;
Procura:
- Dominar os outros;
- Valorizar-se às custas dos outros;
- Ignorar e desvalorizar sistematicamente o que
os outros fazem e dizem.
- Em posição dominante: autoritarismo, frieza, me-
nosprezo, intolerância;
- Em posição subordinada: contestação sistemáti-
ca, hostilidade “ a priori” contra tudo o que vem
de cima.
COMO IDENTIFICAR:
- Fala alto;
- Faz barulho com os seus afazeres enquanto
os outros se exprimem;
- Não controla o tempo enquanto fala;
- Olha de revés o seu interlocutor;
- Demonstra sorriso irônico;
- Manifesta por mímica o seu desprezo ou a sua
desaprovação;
- Recorre a imagens chocantes ou brutais.
- Estilo MANIPULADOR.
- Valoriza o outro através de frases que pretende
que sejam humorísticas e que denotem inteligência
e cultura;
- Utiliza a simulação como instrumento. Nega fa-
tos e inventa histórias para mostrar que as coisas
não são da sua responsabilidade;
- Fala por meias palavras;
- É mais hábil em criar conflitos no momento
oportuno do que reduzir as tensões existentes;
- Tira partido das leis e das regras, adapta-o aos
seus interesses e considera que, quem não o faz é
estúpido;
- Emprega freqüentemente o “nós” e não o “eu”;
- Apresenta-se sempre cheio de boas intenções.
Comportamento na Empresa:
POSTURA PROFISSIONAL
Comportamento que pode pesar mais que o próprio
desempenho do indivíduo na empresa.
Administrando Conflitos no Trabalho
1. Fase inicial
- Antes de tratar um conflito é necessário:
- Levantar os indícios, dados e fatos pertinentes,
e discuta com as pessoas envolvidas.
- Mostre às pessoas envolvidas os benefícios po-
tenciais do tratamento do problema.
- Ouça atentamente, encoraje-as, desfazendo as
defesas e as resistências.
- Tendo conseguido a adesão significativa, o con-
flito está maduro e pronto para ser tratado.
- Passe, então, para a fase seguinte.
POSTURA NO ATENDIMENTO A OUTRA PESSOA
- Seja objetivo;
- Chame sempre seu interlocutor pelo nome;
15
- Olhe nos olhos;
- Mostre-se interessado em atendê-la;
- Não desvie o assunto após “quebrar o gelo”.
EVITE ATITUDES TAIS COMO:
- Prometer e não cumprir
- Indiferença e atitudes indelicadas
- Não ouvir
- Dizer que ele não tem o direito de estar
“nervoso”
- Agir com sarcasmo e prepotência
- Questionar sua integridade
- Discutir
- Não dar retorno
- Usar palavras inadequadas
- Apresentar aparência e postura pouco
profissionais
MANTENDO UM BOM RELACIONAMENTO PESSOAL
É todo comportamento que afeta negativamente
a produtividade e a harmonia de um ambiente de
trabalho.
Os conflitos surgem , geralmente , pela elevada
intensidade das insatisfações
CAUSAS DOS CONFLITOS NO AMBIENTE
DE TRABALHO
- Competição entre pessoas por recursos disponí-
veis, porém escassos;
- Divergência de alvos entre as pessoas;
- Tentativas de autonomia/libertação de uma das
pessoas em relação a outra.
ADMINISTRAÇÃO DOS CONFLITOS?
Estimular a competitividade saudável
Evitar “colocar a lenha na fogueira”.
Colaborar para se encontrar soluções
Entrar em acordo.
Bullying no Ambiente de Trabalho
É uma brincadeira que não tem graça.
Quem sofre com o bullying é o perseguido, o hu-
milhado e o intimidado.
Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos...
- Ocorre principalmente nos ambientes de
trabalho e familiar;
- Apresenta atitudes intencionais e repetidas
(às vezes agressivas);
- São tradicionalmente admitidas como naturais;
- Habitualmente é incorporado ou não valorizado
pelos colegas e supervisores.
EXEMPLOS DE AÇÕES QUE PODEM ESTAR
PRESENTES NO BULLYING
- Colocar apelidos - Ofender
- Zoar - Gozar - Encarnar
- Sacanear - Humilhar - Chutar
- Fazer sofrer - Discriminar
- Excluir - Isolar - Ignorar
- Intimidar - Ferir - Roubar
- Perseguir - Assediar - Bater
- Aterrorizar - Amedrontar
- Tiranizar - Dominar - Agredir
- Empurrar - Quebrar pertences
Características da vítima do Bullying:
- Passiva ou retraída;
- Medrosa e não participativa;
- Com falta de sono ou pesadelo;
- Com dificuldade de atenção;
- É o centro das atenções (negativas) dos
colegas;
- Apresenta impulsividade ou agressividade
(às vezes).
Fatores de Risco para a presença do Bullying:
- Fatores econômicos, sociais e culturais;
- Aspectos inatos do temperamento do agressor;
- Influências familiares, de amigos ou da própria
comunidade;
- Diferenças físicas; Origem da vítima.
16
Formas de prevenção do Bullying:
Promover a orientação através da informação e
discussão do assunto na comunidade;
Criar regras de convivência claras e discuti-las;
Valorizar a ética, a amizade, a solidariedade e o
respeito à diversidade
Estimular as vítimas a reconhecerem seus talen-
tos.
Formas de Intervenção do Bullying:
O BULLYING só é interrompido pela interferên-
cia de pessoas que tenham autoridade sobre seus
praticantes;
Oferecer apoio e confiança aos alvos;
Buscar o diálogo;
O BULLYING É PASSÍVEL DE PUNIÇÃO!
O QUE É UMA EQUIPE?
Uma equipe se forma quando 2 ou mais indivíduos
interdependentes e em interação se aproximam vi-
sando a obtenção de um determinado objetivo.
- O que significa trabalhar em equipe?
- Cumprir com suas responsabilidades no
tempo estabelecido
- Focar nos detalhes, sem esquecer o geral
- Ajudar
- Apoiar
- Compartilhar conhecimentos
- Compartilhar experiências
- Motivar-se e procurar motivar os outros
E o que faz, portanto, a diferença? A ATITUDE
- A atitude, cada um desenvolve a sua.
A escolha é de cada um;
- Como vai pensar, como vai relacionar,
como vai agir;
- O sucesso de uma equipe está, pois, por
detrás da atitude de cada um de seus
membros.
POSTURA NO ATENDIMENTO
A OUTRA PESSOA
- Seja objetivo;
- Chame sempre seu interlocutor
pelo nome;
- Olhe nos olhos;
- Mostre-se interessado em atendê-la;
- Não desvie o assunto após
“quebrar o gelo”.
17
JRK OCUPACIONAL
MÓDULO C
1. Condições Impeditivas para Serviço
2. Riscos Típicos no SEP e sua prevenção
a) Proximidade e Contato com Partes Ener-
gizadas
b) Indução
c) Descargas Atmosféricas
d Estática
e) Campos Elétricos e Magnéticos
f) Comunicação e Identificação
g) Trabalhos em Altura , Máquinas
e Equipamentos Especiais
3. Análise de Risco
4. Procedimentos de Trabalho
5. Liberação de Equipamentos
18
1. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS
PARA SERVIÇO
Todo e qualquer elemento que ocasione riscos
para a segurança e saúde dos trabalhadores
deverão ser tratados como condições impedi-
tivas para serviços, dessa forma temos:
Agentes Biológicos:
- Presença de Animais – é muito comum em
canaletas cabos e mesmo dentro de cubículos
a presença de animais. Estes animais podem
apresentar riscos para o trabalhador caso se-
jam peçonhentos (cobra, aranha, escorpião
etc...) e outros animais podem representar
situação de perigo com algo grau de risco
pela proximidade de barramentos energiza-
dos , particularmente dentro de cubículos. É
bom lembrar que Ratos, Gambás, Micos, ga-
tos, Cobras e outros animais costumam en-
trar nos cubículos e provocar curto circuitos
e arco elétrico com explosão e emissão de
radiação com gases em altas temperaturas.
- Ocorrem também situações de maribondos
e Abelhas que exigem técnicas apropriadas
de remoção.
- Recomendamos sempre o respeito a Fauna
Local com os devidos cuidados quanto a As-
pectos e Impactos Ambientais . Existe legis-
lação pertinente com responsabilidade civil e
criminal para crimes ambientais.
- O corpo de bombeiros, policia florestal ,
IBAMA e outros órgãos prestam serviços
nesta área.
O que fazer então em tal situação ? Usar do
direto de recusa ?
Nestescasosrecomendamossempreasolução
que garanta a segurança dos trabalhadores e
do sistema elétrico. Providências imediatas
devem ser tomadas no sentido de evitar a
exposição do trabalhador, mesmo que tenha
que utilizar do direto de recusa.
Pode ser negociado com a operação medidas
para desenergizar o circuito com rápido des-
ligamento do sistema elétrico para remoção
do agente de risco ou reprogramar o desliga-
mento e o serviço.
Soluções de Engenharia são sempre reco-
mendadas para evitar entrada de animais e
aproximação de partes energizadas que de-
vem estar segregadas dentro de cubículos
evitando assim qualquer contato acidental.
Agentes Físicos:
- Ruído – Não é característico do SEP apre-
sentar níveis de ruído que venha a compro-
meter a saúde auditiva do trabalhador. Os
ambientes que apresentam níveis de ruído in-
salubres normalmente estão no ambiente da
geração de energia, tendo o Gerador como
principal de fonte de ruído. Os projetos mod-
ernos já fazer um bom controle na fonte de
geração com encapsulamento e adoção de
barreiras de isolamento acústico de forma a
fazer a contenção dos ruídos gerados.
Mas existem ainda em operação instalações
antigas , onde o nível de automação ainda é
baixo e equipamentos ruidosos ainda colocam
a saúde auditiva do trabalhador recebe doses
excessivas segundo a NR 15 e que requerem
a utilização de protetores auriculares. (as vez-
es usam dupla proteção auditiva – protetor
tipo plug + protetor tipo concha)
Os famosos carregadores de bateria (antigos)
ainda apresentam altos níveis de ruído, par-
ticularmente nos horários vespertino e no-
turno quando o ruído de fundo fica bastante
reduzido.
Enfim , a recomendação é fazer um laudo téc-
nico com o levantamento dos níveis de ruído
da instalação e caso estejam acima dos níveis
aceitáveis.
19
(NR 15 ) adotar as devidas medidas de con-
trole (EPI,s , EPC,s ) e se for o caso , remover
a fonte de ruído como medida de engenharia
de segurança e saúde ocupacional.
- Radiações : A exposição a radiações ultra
violetas pode provocar câncer de pele e a re-
comendação para trabalhos no SEP ao ar livre
é a utilização do filtro solar conforme fator re-
comendado pela área de medicina ocupacio-
nal da empresa com a respectiva hidratação
em dias de muito calor.
- Umidade – Não combina com eletricidade
para efeito da segurança do trabalhador, por-
tanto em situação de forte chuva com descar-
gas atmosféricas o serviço pode ser suspenso
e reprogramado.
- Agentes Químicos – Em salas de bateria
é comum a presença de agentes químicos e
portanto nestes ambientes é muito impor-
tante a utilização dos EPI,s apropriados para
lidar com produtos químicos (luvas, óculos
e outros). Lembramos que bateria explode
e portanto , sempre que entrar em salas de
bateria deve-se utilizar dos recursos de ven-
tilação para retirada de gases presentes no
ambiente, particularmente as subestações ou
instalações elétricas automatizadas e fecha-
dos por longos períodos.
Obs. O Ascarel é proibido e portanto se exis-
tir bancos de capacitores ou transformadores
com este tipo de liquido isolante, é impor-
tante verificar a existência de vazamentos e
evitar qualquer contato. Cuidados ambientais
devem ser tomados para remoção deste re-
síduo perigoso.
- Riscos Ergonômicos – As posturas de
trabalho envolvendo atividades de eletrici-
dade, particularmente trabalhos em altura ,
onde exige do trabalhador longos períodos
apoiados única e exclusivamente em cintos de
segurança, podem comprometer seriamente
a saúde do trabalhador, portanto recomenda-
mos recursos apropriados para trabalhos em
altura (andaimes, plataformas elevatórias e
outros) no sentido de manter o conforto para
atividades que requerem longos períodos em
uma mesma posição.
No SEP é comum trabalhos em altura em
função das distancias de segurança (área de
risco e controlada) com relação ao potencial
de terra e pessoas.
O atual cinto de segurança ; tipo paraque-
dista, com recurso anti queda e linha de vida,
melhorou muito a segurança do eletricista
quanto ao conforto tanto na subida quanto
na descida.
Obs. É considerado trabalho em altura , ativi-
dades realizadas acima de 1,80 metros do solo
conforme a portaria 3214 do MTE . Algumas
empresas são mais rigorosas e adotam va-
lores acima de 2,00 metros (ex, VALE).
- Riscos de Transporte de Pessoal
É muito comum o registro de acidentes en-
volvendo veículos em empresas que fazem a
manutenção e operação do SEP em função
das longas distancias a serem percorridas.
Estes acidentes ocorrem as vezes por falha
mecânica dado a envelhecimento da frota ou
falta de manutenção.
Mas o que se verifica na prática são acident-
es decorrentes do comportamento de risco
do condutor do veiculo. Um dos fatores que
tem levado a muitos acidentes com veículos
é o USO DO CELULAR AO VOLANTE, aliado
a pressa ou falta de tempo para estacionar o
veiculo. Lembramos que a PRESSA é sinal
dos nossos tempos e que é inimiga da per-
feição, e mui amiga do ATALHO ou Jeitinho
de chegar mais RÁPIDO.
Grande empresa do setor de mineração im-
plantou recentemente um sistema chamado
RAC – Requisitos de Atividade Crítica e uma
20
das atividades críticas é a condução de veícu-
los dentro e fora das minas.
O transporte de pessoas junto materiais e eq-
uipamentos no mesmo compartimento não é
recomendado devido aos riscos envolvidos
em caso de impacto e contato com partes
cortantes expostas. Ex. Pessoal de Limpeza
e Aceiro de Faixa de Servidão carregar Facão,
Foice, Motoserra e outros recursos para pode
de arvores junto com a equipe de trabalho. As
vezes sobre banco de passageiros.
Enfim , embora a gravidade da fonte de en-
ergia elétrica seja altíssima , devemos cuidar
também dos agentes que possam impedir a
realização do serviço de forma segura.
6. LIBERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Riscos Típicos no SEP e sua prevenção:
a) Proximidade e Contato com Partes
Energizadas
b) Indução
c) Descargas Atmosféricas
d) Estática
e) Campos Elétricos e Magnéticos
f) Comunicação e Identificação
g) Trabalhos em Altura , Máquinas e
Equipamentos Especiais
a) PROXIMIDADE E CONTATO COM
PARTES ENERGIZADAS:
A proximidade com partes energizadas pode
ocorrer no momento que as distâncias de se-
gurança forem violadas. Vale lembrar que so-
mente os profissionais Qualificados e Autor-
izados a trabalhar com eletricidade e que tem
o conhecimento dos riscos envolvidos é que
podem adentrar as Zonas de Risco e Zona de
Controle. Os trabalhadores não Autorizados
a trabalhar com eletricidade, mesmo tendo
a qualificação somente devem ter acesso ao
ambiente de risco elétrico com o acompanha-
mento e supervisão de profissional autorizado.
Somente será autorizado a trabalhar com
Eletricidade ou em suas proximidades os tra-
balhadores que tenham realizado com suces-
so os treinamentos estabelecidos pela NR 10
em seus anexos 1e 2 respectivamente (Cur-
so Básico e Complementar – SEP , ambos
de 40 hs) . O curso de Reciclagem deve ser
ministrado caso de afastamento da função
(90 dias) , mudança de função ou ambiente
ocupacional.
Mesmo tendo conhecimento dos riscos en-
volvidos o eletricista pode tocar acidental-
mente ou aproximar acidentalmente de partes
energizadas. A aproximação de partes energi-
zadas , particularmente no SEP, é possível de
ocorrer acidentalmente pelo uso de ferramen-
tas e equipamentos. Neste caso a utilização
de medidas de controle é fundamental.
Temos como medidas de controle a sinaliza-
ção e delimitação da área de serviço através
da instalação de Barreiras Isolantes que são
fabricadas em cores vivas e de cor alaranjada
de forma a evitar que o trabalhar possa subir
a estrutura e entrar no circuito energizado. A
instalação de Barreiras isolantes é obrigatório
segundo a NR 10, sempre que existir o risco
de violação da distância de segurança con-
forme tabela abaixo:
As barreiras são obstáculos que impedem o
contato acidental com partes energizadas do
SEP e podem ser de material isolante ou não.
Para ampliar a Zona de Controle e adentrar a
Zona de Risco deve-se SEMPRE utilizar Bar-
21
reiras feitas com Material Isolante (Cuidado
com o Nível de Tensão ).
Com o objetivo de ampliar a Zona de Livre
Acesso (Pessoal Não Autorizado) pode ser
utilizada Barreira de material não isolante,
mas que tenha resistência mecânica e impeça
deslocamento em caso de contato acidental.
Um cubículo que torna a parte energizada
segregada e inacessível, inclusive aciden-
talmente é um obstáculo e uma barreira ao
mesmo tempo, pois impede acesso voluntário
a partes energizadas, portanto recomendada
em locais de livre acesso.
B) INDUÇÃO:
A indução ocorre no SEP devido aos altos
níveis de tensão que facilitam a formação de
campos eletromagnéticos com a indução de
correntes em partes metálicas. Desde que
estas partes metálicas estejam conectadas a
uma boa malha de terra , podemos dizer que
não existe risco de choque elétrico por tensão
de toque e tensão de passo. Caso o aterra-
mento do sistema não seja muito confiável
estas tensões induzidas podem promover di-
ferença de potencial entre partes metálicas e
a terra ou gradientes de potencial na terra.
Quando tocamos uma estrutura metálica de
uma instalação do SEP e sentimos o choque
(as vezes com ruído característico) é porque
estamos descarregando a tensão induzida em
nosso corpo para a malha de terra do siste-
ma.
Problemas decorrentes de tensão induzida
devem ser resolvidos preferencialmente pela
equipe de engenharia através de medições da
malha de terra do SEP e verificação dos va-
lores limites estabelecidos pelas normas da
ABNT. ( ver normas módulo A).
C) DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
As descargas atmosféricas ocorrem devido a
uma diferença de potencial entre as nuvens
e a terra. È como um grande capacitor, onde
a base na base da nuvem são formadas car-
gas estáticas de polaridade positiva e induz
na terra potencial negativo. Em determinadas
condições de temperatura e pressão atmosfé-
rica (CNTP) , há formação de uma descarga
chamada lider em direção a terra na veloci-
dade de 50 metros por segundo , chamada
descarga descendente . No mesmo instante
forma-se uma descarga em direção à nuvem
chamada descarga ascendente. No instante
em que estas descargas se encontram temos
uma espécie de curto circuito (RAIO) com
explosão (trovão) e grande emissão de ener-
22
gia (ralâmpago) da nuvem para a terra.
O ponto de encontro dessas descargas (Dis-
tância de Descarga ou Escorvamento) é fun-
damental para dimensionamento da altura do
mastro para instalação do para raio. Normal-
mente estes valores são diagnosticados atra-
vés de sistemas de monitoramento de des-
cargas atmosféricas.
O que importa de fato , sob o ponto de vista
da segurança ocupacional é que a engenharia
do SEP faça bons projetos de malha de aterra
e Sistemas de Proteção Contra Descarga At-
mosférica (SPDA) com objetivo de proteger
equipamentos e fundamentalmente PESSO-
AS.
Bons projetos garantem mais de 90% de se-
gurança contra penetração de descargas at-
mosféricas no SEP. Com certeza as descargas
iram acontecer, principalmente em regiões de
alta incidência de descargas atmosféricas ( ní-
vel ceraunico) , mas é muito importante para
a segurança do trabalhador que todas tenham
o endereço certo da malha de terra.
Como medida de controle para garantir a se-
gurança do eletricista é fundamental e obri-
gatório , inclusive por força de lei (NR 10 ) a
utilização de sistema de aterramento TEMPO-
RÁRIO.
Recomendação IMPORTANTE ......NUNCA
ESQUECER de fazer o Teste de Ausência de
Tensão antes de aplicar o aterramento e uma
vez liberado o equipamento para energização
fazer a retirada do mesmo.
Maiores detalhes serão passados no item
Procedimentos de Segurança.
D/E) CARGA ESTÁTICA E CAMPO
ELETROMAGNÉTICO
As cargas estáticas e campos eletromagnéti-
cos ocorrem naturalmente em ambientes do
SEP devido aos elevados níveis de tensão,
conforme já dito anteriormente. O importante
sob o ponto de vista da segurança ocupa-
cional é o monitoramento destes campos de
energia de forma a mantê-los dentro dos ní-
veis recomendados.
Existem muitas pesquisas sobre questões de
insalubridade para os trabalhadores que ficam
sujeitos a estes campos, mas ainda não foi
comprovado cientificamente danos a saúde.
Vale lembrar que em Saúde Ocupacional, a di-
ferença entre REMÉDIO e VENENO é a DOSE
e tempo de exposição.
Dependendo da DOSE e o Tempo de Exposi-
ção até Remédio pode provocar sérios danos
a saúde humana.
Existem ainda muitas crendices com relação
a danos provocados a saúde humana pelos
campos eletromagnéticos no SEP.
F) COMUNICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
Falhas de comunicação podem provocar aci-
dentes graves em trabalhos no SEP. Como
as atividades no SEP envolve grandes distân-
cias entre equipes e entre essas e os centros
de operação , a utilização correta dos recur-
sos de comunicação (Rádios Portáteis – UHF,
VHF, Via Satélite e Outros) é fundamental para
garantir a segurança do trabalhador.
Sistemas de comunicação costumam sofrer
interferências que poderão levar a ações inse-
guras como o entendimento de estar ou não
liberado pela operação (PLE).
Na prática , falhas de comunicação ocorrem
devido atitudes ligadas a comportamento de
risco do trabalhador ao usar o recurso. Es-
sas falhas decorrem na maioria das vezes por
tensões geradas no relacionamento entre o
pessoal de manutenção e operação do siste-
ma. De um lado a pressão pela liberação do
serviço e energização do sistema e de outro
a preocupação da equipe em manter a con-
centração no serviço que exige um raciocínio
lógico e muito equilíbrio emocional.
No módulo B (Aspectos Comportamentais)
observa-se as diferentes personalidades
e formas de comunicação.
23
O importante sob o ponto de vista da segu-
rança ocupacional é eliminar ou controlar os
COMPORTAMENTOS DE RISCO que podem
levar a falhas na comunicação e erros na SE-
QUÊNCIA DE MANOBRAS do SEP e queima
de etapas ou passos importantes para garan-
tir a segurança do trabalhador.
A identificação do trabalhador é muito impor-
tante, particularmente em caso de acidente.
Esta identificação pode ser feita através de
crachás com nome , matrícula, função e com
devida autorização para trabalhos envolvendo
eletricidade.
G) TRABALHOS EM ALTURA E
EQUIPAMENTOS ESPECIAIS
Pelo portaria 3214 do MTE é considerado
trabalho em altura , atividades de risco re-
alizadas acima de 1,80 metros do solo. No
SEP é a segunda maior causa de acidentes as
quedas decorrentes de trabalhos em altura.
As vezes um pequeno choque sem maiores
conseqüências para a saúde do trabalhador
pode levar a queda por diferença de nível e
acidentes de alta gravidade, dependendo da
altura pode chegar a morte.
É comum o pessoal da manutenção em Ilumi-
nação Pública levar pequenos choques devi-
dos a falhas de isolamento em reatores com
fuga para a carcaça do braço da luminária. O
que evita de fato a queda é a utilização dos
recursos adequados para trabalhos em altura
como veremos no item de Equipamentos de
Proteção a seguir.
Os melhores recursos para trabalho em altura
são os mecanizados com cestas aéreas com
características de isolamento elétrica que im-
pedem a presença de diferença de potencial e
conseqüentes choques.
Recurso como Escadas Isolante, Cintos de
Segurança tipo para quedista com trava que-
das e linha de vida são largamente utilizados
e recomendados por força de lei (NR 10).
O eletricista deve ser submetido a exames ri-
gorosos para trabalho em altura. Existe limite
de peso e trabalhadores com problemas de
pressão arterial alta , labirintite , pânico e ou-
tros não devem subir.
O PCMSO – Programa de Controle Médico
e Saúde Ocupacional estabelece exames que
devem ser realizados na contratação do tra-
balhador com emissão de ASO (Atestado de
Saúde Ocupacional), periódico e demissional
em caso de desligamento. O importante é que
a vida LABORAL fique registrada para efei-
to de aposentadoria e outros. O Perfil Pro-
fissiográfico Previdenciário (PPP) é um ins-
trumento administrativo e legal para registro
da vida laboral do trabalhador com objetivos
de Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) e
Aposentadoria por tempo de serviço ou inva-
lidez.
3. ANÁLISE DE RISCO
A Análise de Risco é um recurso administra-
tivo e tem conformidade legal com recomen-
dação pela NR 10 e tem como objetivo levan-
tar todos os riscos decorrentes da atividade
a ser desenvolvida e estabelecer medidas de
controle.
A Análise Preliminar de Risco (APR) e Análi-
se Preliminar de Tarefa (APT) são largamente
utilizadas como medida de controle, e o que
diferencia uma da outra é que a APR pode ser
apresentada em um padrão já determinando
os níveis referenciais de risco existentes con-
forme levantamento qualitativo e quantitativo
enquanto que a APT requer que o trabalhar
faça anotações de próprio punho em vez de
marcar como se fosse múltipla escolha. Na
verdade , o ato de descrever os riscos e me-
didas de controle é uma forma de forçar o
trabalhador dedicar de forma concentrada no
levantamento dos riscos da tarefa ou ativida-
24
de. A APR em forma de marcação de opções
(quadradinhos) leva a banalização da ferra-
menta , pois torna-se repetitiva e burocráti-
ca.
A análise de riscos é um instrumento de con-
formidade legal que requer a assinatura de
todos trabalhadores envolvidos na atividade.
No ato da contratação do trabalhador é emi-
tida uma Ordem de Serviço conforme reco-
menda a NR 01 informando todos riscos do
cargo/função a ser ocupado.
A análise de risco também deve ser entendida
como uma forma de relato de não confor-
midades durante a execução da atividade de
risco, pois sempre existem situações novas
considerando que o SEP é bastante dinâmico
e tem comportamento sazonal; ou seja, época
de seca temos queimadas e época de chuvas
descargas atmosféricas e outros riscos asso-
ciados a tempestades.
As empresas tem liberdade de criação dos
seus modelos de analise de risco , o impor-
tante é que se cumpra o mínimo recomendado
pela lei; ou seja, levantamento dos riscos da
atividade e respectivas medidas de controle.
Além da Analise de Riscos desenvolvida na
fase de planejamento ou mobilização da equi-
pe, pode-se utilizar uma espécie de Análise
de Riscos ao Pé do Poste que tem como ob-
jetivo verificar aspectos da realidade do local
conforme análise preliminar de riscos.
Apresentamos abaixo um modelo de
Analise de Risco.
4. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
NO SEP
Para instalações elétricas do SEP , é exigido
procedimento operacional para serviços em
Linha Viva , a Distância e ao Potencial por
se tratar de circuitos energizados. Tais pro-
cedimentos são rigorosos no que se refere
ao controle dos riscos envolvidos. O nível de
acidente para estas atividades em circuitos
energizados é muito baixo , pois existe todo
um planejamento na fase de mobilização das
equipes de manutenção em Linha Viva. O es-
tado de atenção e concentração é muito alto
dado a presença constante do risco grave e
eminente. A gravidade é altíssima e quando
ocorrem acidentes, na maioria são fatais com
queimaduras de terceiro grau.
É preciso ordem de serviço (OS) específica
para cada tipo de serviço e criteriosa analise
de riscos.
O serviço é todo monitorado , particularmen-
te aqueles onde o eletricista entra no poten-
cial. Os maiores riscos ocorrem na entrada
e saída do potencial com utilização de EPI,s
especiais. Durante a realização dos serviços
ao potencial com a utilização de andaimes
isolados, é monitorada durante todo tempo
a corrente de fuga no sentido de avaliar as
condições de isolamento.
O controle de umidade relativa do ar é rigo-
roso para que não seja violada as condições
mínimas de isolamento durante a realização
da atividade.
É recomendável na fase de planejamento que
se faça consulta ao sistema de monitoramen-
25
to e previsão do tempo, para minimização dos
riscos de elevação da umidade.
O bloqueio dos relés de religamento automáti-
ca é um procedimento de segurança em caso
de falha ou defeito no SEP e para garantir a
segurança do trabalhador.
A emissão do pedido de liberação de equipa-
mentos pelo Centro de Operação do Sistema
(onde houver) com abertura de Permissão
para Trabalho (PT) é procedimento muito im-
portante.
Em caso de manobras no sistema para iso-
lamento elétrico e desenergizaçao do circuito
a ser trabalhado é importante que haja emis-
são de seqüência que pode ser acompanhada
pelo supervisor da equipe de manutenção que
assina os documentos de liberação de serviço
ou equipamento.
O perfeito entrosamento entre equipes de
manutenção e operação é fundamental para
a segurança das atividades tanto na liberação
do equipamento para manutenção quanto na
entrega do equipamento pelo pessoal da ma-
nutenção após realização dos serviços.
5. LIBERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
A Liberação de equipamentos é um procedi-
mento administrativo do SEP que tem como
objetivo liberar equipamentos de transforma-
ção, manobra, proteção e controle, medição,
sistemas de telecomunicação e outros para
intervenções nas Usinas , Subestações, Li-
nhas de Transmissão e Distribuição.
A Liberação de Equipamentos (PLE) do SEP
para manutenção esta associada a uma Or-
dem de Serviço (OS) e a uma Permissão para
Trabalho (PT).
Todos estes documentos tem conformidade
técnica e legal e devem ser assinados pelo
Responsáveis Técnicos da Operação e manu-
tenção do SEP.
Fazem parte deste ritual de liberação de servi-
ço uma Seqüência de Manobras que deve ser
realizada pelo pessoal da operação do SEP e
com o devido reconhecimento do Supervisor
ou responsável técnico da manutenção.
O pedido de Liberação de Equipamentos pode
ser solicitado pelo pessoal da manutenção,
obras, projetos e outros e deve ser emitido
sempre que ocorra riscos de desligamentos
acidentais no sistema elétrico ou TRIP ACI-
DENTAL e também risco envolvendo segu-
rança de pessoas.
Em alguns sistemas as manobras podem ser
realizadas remotamente e com confirmação
do estado de aberto ou sem carga pela equi-
pe local , que pode ser tanto da operação
quanto da manutenção. É comum nas gran-
des empresas que atual no SEP , a figura do
OPERADOR INTINERANTE que acompanha a
equipe de manutenção e promove a liberação
dos equipamentos no local e inclusive auxilia
na instalação dos conjuntos de aterramento.
A NR 10 é clara no sentido de quem deve
promover os recursos de bloqueio de impe-
dimento de energização, teste de ausência
de tensão, instalação de conjuntos de ater-
ramento e sinalização de área é a equipe de
manutenção.
Reuniões periódicas (semanais) entre pro-
gramadores da operação e manutenção são
recomendadas no sentido de promover de
forma segura o fechamento das Ordens de
Serviço com os pedidos de liberação de equi-
pamentos.
Vale lembrar que algumas liberações de equi-
pamentos que envolvem baixos níveis de ris-
co para pessoas e equipamentos podem ser
realizadas com permissão de trabalho no lo-
cal (PT local) que conhecimento e autorização
do pessoal da operação.
Hoje existem vários mecanismos promovidos
pelas facilidades de comunicação via intranet
e outros que agilizam com segurança a libe-
ração de equipamentos do SEP.
26
JRK OCUPACIONAL
MÓDULO D
1.Técnicas de Trabalho sob Tensão
A) Em Linha Viva
B) Ao Potencial
C) Em Partes Internas
D) Trabalho a Distância
E) Trabalhos Noturnos
F) Ambientes Subterrâneos
2. Equipamentos e Ferramentas
de Trabalho
27
Recomendações Gerais:
As atividade em instalações elétricas energiza-
das podem ser realizadas mediante a adoção
de procedimentos que garantam a seguran-
ça dos trabalhadores. Nessas condições de
trabalho, as atividades podem se desenvolver
mediante três métodos, abaixo descritos, os
quais serão tratados neste modulo:
- Método ao Contato
- Método ao Potencial
- Método a Distância
Recomendações Específicas:
a) Intervenções em instalações elétricas com
tensões acima de 50 Vca ou 120 Vcc , con-
sideradas extra baixa tensão ou tensão de
segurança , somente poderão ser realizados
por profissionais qualificados, habilitados e
autorizados conforme recomenda item 10,8
da NR 10.
b) Os trabalhos em instalações energizadas
devem obedecer condições mínimos de umi-
dade relativa do ar e outros parâmetros no
sentido de garantir a efetividade do isolamen-
to dos circuitos.
c) Procedimentos de Segurança devem ser
preparados considerando o potencial de gra-
vidade deste tipo de intervenção no sistema
elétrico.
d) Em caso de percepção ou evidência de si-
tuação de risco grave e eminente , a atividade
deve ser imediatamente interrompida.
Neste caso , o trabalhador adentra a zona de
risco e faz contato direto com o potencial,
necessitando portanto de adoção de técnicas
e recursos especiais para que efetiva garantia
da não ocorrência de diferença de potencial
entre o eletricista e a rede. Pode-se observar
na figura acima a utilização de mangas e lu-
vas isolantes de forma a garantir a segurança
do trabalhador.
È importante que todos recursos obedeçam
as respectivas classes de tensão para cada
nível de tensão sob intervenção para serviços
ao contato no SEP.
Neste trabalho o eletricista fica no potencial
intermediário, isolado do potencial de terra
através de escadas isolantes, plataformas ou
cestas aéreas.
MÉTODO A DISTÂNCIA
Ver na NR 10 em anexo-Tabela com distâncias de segurança.
O método a distância possibilita ao eletricista
executar atividades em componentes ener-
gizados do SEP se posicionando dentro da
zona controlada e com recursos de bastões
isolantes que garantem a segurança do po-
tencial de terra; ou seja, entre o eletricista e
o componente do sistema energizado recurso
1. TÉCNICAS DE TRABALHO
SOB TENSÃO
28
com isolante adequado para garantir a sua
segurança.Os bastões isolantes soa utilizados
com classe de isolamento para os respectivos
níveis de tensão a serem trabalhados.
Sob o ponto de vista da segurança ocupa-
cional os bastões isolantes devem ser arma-
zenados em estufas e de forma a manter a
integridade do material isolante.
Na fase de mobilização do serviço recomen-
da-se fazer o teste de isolamento dos bastões
com medição das correntes de fuga.
Existe equipamento portátil apropriado no
mercado que possibilita este controle.
Também segundo a NR 10, devem ser provi-
denciados testes com periodicidade anual em
laboratório com emissão de certificado.
MÉTODO AO POTENCIAL
O método ao potencial é largamente utiliza-
do em serviços de manutenção de linhas de
transmissão, onde os desligamentos pro-
gramados são menos freqüentes e implicam
em grandes interrupções no fornecimento de
energia, a menos que o sistema seja inter-
ligado, oferecendo alternativas em anel para
alimentação do sistema de distribuição.
É o método em que o eletricista fica em con-
tato direto com potencial do sistema, ou seja,
não há diferença de potencial e portanto pos-
sibilidade de circulação de corrente pelo cor-
po do trabalhador.
Para tanto é preciso a utilização de um con-
junto de vestimentas condutivas (vide figura
abaixo) , conectando o corpo do eletricista
ao potencial da rede através de um cabo con-
dutor.
Neste serviço , os momentos críticos são a
entrada e saída do potencial para que não
haja diferença de potencial com ocorrência
de arco elétrico.
Andaimes isolantes são utilizados para esta
finalidade com sistema de monitoramento
através de miliamperimetros que monitoram
os níveis de corrente de fuga. Também deve
ser realizado rigoroso controle da umidade
relativa do ar através de termohigrômetros.
TRABALHOS NOTURNOS
Os trabalhos noturnos no SEP ocorrem em
momentos de emergência e normalmente
na ocorrência de tempestades com grandes
desligamentos de cargas. Neste momento a
pressão é muito forte para o pronto restabe-
lecimento do sistema. Este de fato é o grande
fator de risco para os eletricistas de plantão
e que trabalham em regime de escala de re-
vezamento.
As recomendações sob o ponto de vista da
segurança e saúde ocupacional do trabalha-
dor é adotarem todos recursos de engenharia
para propiciar o maior conforto ocupacional e
garantir a segurança das equipes de operação
e manutenção do sistema.
Estas ações de engenharia envolvem fontes
alternativas de energia para garantir níveis
razoáveis de iluminação para realização das
atividades de forma segura.
Sob o ponto de vista da saúde ocupacional al-
29
gumas empresas utilizam de laboratórios do
sono para monitoramento e controle do sono
com acompanhamento médico das equipes
que trabalham no horário noturno.
Atividades que exigem precisam deve ser pro-
gramadas para os horários diurnos de forma
a garantir a segurança e a qualidade da infor-
mação.
Em tempos passados, antes da automação da
subestações, os operadores tiravam leituras
dos equipamentos de medição praticamente
de hora em hora e esta era uma forma de
mante-lo acordado e ativo na operação do
sistema.
Para as equipes de plantão, particularmente
do sistema de distribuição , os veículos são
equipados com projetores instalados nos ve-
ículos e alimentados pela bateria do mesmo
de forma a garantir recursos mínimos de ilu-
minação para intervenções no SEP. Estas in-
tervenções normalmente são realizadas com
o circuito desenergizado.
ATIVIDADES SUBTERRANEAS
Existem verdadeiros SEP,s subterrâneos com
quilômetros de linhas de distribuição e trans-
missão de energia elétrica.
Os riscos envolvidos em atividades subterrâ-
neas estão ligados a presença de gases vene-
nosos que retiram a presença de ar respirá-
veis em suas taxas de oxigênio e nitrogênio ,
o que pode provocar desmaios e até a morte
de trabalhadores se o resgate não for provi-
denciado a tempo.
Estas galerias subterrâneas de cabos são
consideradas ESPAÇOES CONFINADOS com
risco de explosão e as questões de segurança
ocupacional devem ser tratadas a luz da NR
33 que estabelece procedimentos e medidas
de controle para entrada , permanência e sa-
ída destas galerias subterrâneas.
A presença de atmosfera explosiva nestes
ambientes deve ser diagnosticada e monito-
rada e as ferramentas devem características
de isolamento para trabalhos em áreas classi-
ficadas; seja, totalmente a prova de emissão
de descargas elétricas que possam provocar
ignição do gás e explosão.
Para efeito da Saúde e Segurança Ocupacio-
nal , recomendamos que somente profissio-
nais habilitados e autorizados a trabalhar em
espaços confinados segundo a NR 33 devem
adentrar galerias subterrâneas de linhas e re-
des de transmissão e mesmo assim adotan-
do todas medidas de controle e proteção do
trabalhador.
EXEMPLO
Tripé trava quedas
São utilizados para conduzir trabalhadores na
entrada e saída de ambientes confinados.
30
2.EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
DE TRABALHO
Apresentamos abaixo tabela com as classes
de tensão e alguns Equipamentos de Prote-
ção do eletricista para Serviços sob Tensão
no SEP.
EPI’s para proteção do corpo inteiro
Vestimenta condutiva para serviços ao poten-
cial (Linha Viva)
EPI’S PARA MEMBROS INFERIORES
Calçados condutivos: Destinam-se a prote-
ger os trabalhadores quando em atividades
em “Linha Viva”. Possuem condutor metálico
para conexão com a vestimenta condutiva de
trabalho
CADEIRA DE ACESSO AO POTENCIAL
Este dispositivo auxilia no transporte desde
do nível do piso até a cesta ou para se posi-
cionar em andaimes isolados.
VARAS DE MANOBRA E BASTÕES
CONCEITO:
As varas de manobra e bastões isolantes tem
por objetivo garantir a distancia de segurança
e o isolamento necessário nas intervenções
em instalações elétricas.
São portanto , ferramentas e , ao mesmo
tempo, equipamentos de segurança coletiva.
INFORMAÇÕES GERAIS:
As varas de manobra mais usuais suportam
uma tensão de 100 kV por metro;
Sujeiras e umidade, reduzem drasticamente
o isolamento, por isso, antes de serem usa-
das , devem ser limpas de acordo com os
procedimentos respectivos;
Outro aspecto importante é o acondiciona-
mento para o transporte, que deve ser ade-
quado;
Para tensões acima de 60 kV devem ser tes-
tadas quanto à sua condutividade antes de
cada uso, com instrumento apropriado.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Tensão máxima: de 20 a 500 kV
Comprimento Total: de 1250 a 6450 kV
Diâmetro: de 25 a 38 mm
31
APLICAÇÕES:
Operações de instalação e retirada de conjun-
to de aterramento e curto-circuitamento tem-
porária em linhas desenergizadas.
Manobras de chave faca e chaves corta cir-
cuito fusível
Colocação e retirada de cartucho porta fusí-
vel e elo fusível
Detecção de Tensão
Troca de Lâmpadas e elementos do sistema
elétrico
Poda de Árvores e Limpeza de Redes
INFORMAÇÕES GERAIS:
São fabricados com materiais isolantes, nor-
malmente em fibra de vidro e epóxi;
São segmentos (aproximadamente 1m cada)
que se somam de acordo com a necessidade
de alcance;
São providas de suporte universal e cabeçote,
onde na ponta pode-se , p.ex, colocar um de-
tector de tensão, gancho para desligar chave
fusível ou para conectar o cabo de aterramen-
to nos fios etc....
NORMAS APLICÁVEIS:
ABNT NBR 11854
ASTM F711
IEC 855
32
JRK OCUPACIONAL
MÓDULO E
- NR
- RESGATE DE ACIDENTADO
E PRIMEIROS SOCORROS
- ACIDENTES DE ORIGEM ELETRICA
E RESPONSABILIDADES
33
INTRODUÇÃO
A Proteção Contra Incêndio é um assunto um
pouco mais complexo do que possa parecer.
A primeira vista, imagina-se que ela é com-
posta pelos equipamentos de combate à in-
cên-dio fixados nas edificações, porem esta é
apenas uma parte de um sistema, é necessá-
rio o conhecimento e o treinamento dos ocu-
pantes da edificação. Estes deverão identificar
e o-perar corretamente os equipamentos de
combate a incêndio, bem como agir com cal-
ma e racionalidade sempre que houver início
de fogo, extinguindo-o e/ou solicitando ajuda
ao Corpo de Bombeiros através do telefone
193.
TEORIA DO FOGO
Conceito de Fogo:
Fogo é um processo químico de transfor-
mação. Podemos também defini-lo como o
resulta-do de uma reação química que des-
prende luz e calor devido à combustão de
materiais di-versos.
Elementos que compõem o fogo
Os elementos que compõem o fogo são:
- Combustível
- Comburente (oxigênio)
- Calor
- Reação em cadeia
Esse quarto elemento, também denominado
transformação em cadeia, vai formar o qua-
drado ou tetraedro do fogo, substi-tuindo o
antigo triângulo do fogo.
Combustível
É todo material que queima.
São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que
os sólidos e os líquidos se transformam pri-
mei-ramente em gás pelo calor e depois in-
flamam.
Sólidos
Madeira, papel, tecido, algodão, etc.
Líquidos
Voláteis – são os que desprendem gases in-
flamáveis à temperatura ambiente. Ex.:álcool,
éter, benzina, etc.
Não Voláteis – são os que desprendem gases
inflamáveis à temperaturas maiores do que a
do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc.
Gasosos
Butano,
Propano
Etano, etc.
34
Comburente (Oxigênio)
É o elemento ativador do fogo, que se combi-
na com os vapores inflamáveis dos combustí-
veis, dando vida às chamas e possibilitando a
expansão do fogo.
Compõe o ar atmosférico na porcentagem de
21%, sendo que o mínimo exigível para sus-
tentar a combustão é de 16%.
Calor
É uma forma de energia. É o elemento que dá
início ao fogo, é ele que faz o fogo se propa-
gar.
Pode ser uma faísca, uma chama ou até um
super aquecimento em máquinas e aparelhos
energizados.
Reação em Cadeia
Os combustíveis, após iniciarem a combus-
tão, geram mais calor. Esse calor provocará
o desprendimento de mais gases ou vapores
combustíveis, desenvolvendo uma transfor-
ma-ção em cadeia ou reação em cadeia, que,
em resumo, é o produto de uma transforma-
ção gerando outra transformação.
PROPAGAÇÃO DO FOGO
O fogo pode se propagar:
- Pelo contato da chama em outros
combustíveis;
- Através do deslocamento de partículas
incandescentes;
- Pela ação do calor.
O calor é uma forma de energia produzida
pela combustão ou originada do atrito dos
cor-pos. Ele se propaga por três processos
de transmissão:
Condução
É a forma pela qual se transmite o calor atra-
vés do próprio material, de molécula a molé-
cu-la ou de corpo a corpo.
Convecção
É quando o calor se transmite através de uma
massa de ar aquecida, que se desloca do lo-
cal em chamas, levando para outros locais
quanti-dade de calor suficiente para que os
materiais combustíveis aí existentes atinjam
seu ponto de combustão, originando outro
foco de fogo.
Irradiação
É quando o calor se transmite por on-das ca-
loríficas através do espaço, sem utilizar qual-
quer meio material.
35
PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES
DO FOGO
Ponto de Fulgor
É a temperatura mínima necessária para que
um combustível desprenda vapores ou ga-
ses inflamáveis, os quais, combinados com o
oxigênio do ar em contato com uma chama,
co-meçam a se queimar, mas a chama não
se mantém porque os gases produzidos são
ainda insuficientes.
Ponto de Combustão
É a temperatura mínima necessária para que
um combustível desprenda vapores ou gases
inflamáveis que, combinados com o oxigênio
do ar e ao entrar em contato com uma chama,
se inflamam, e, mesmo que se retire a chama,
o fogo não se apaga, pois essa temperatura
faz gerar, do combustível, vapores ou gases
suficientes para manter o fogo ou a transfor-
mação em cadeia.
Temperatura de Ignição
É aquela em que os gases desprendidos dos
combustíveis entram em combustão apenas
pelo contato com o oxigênio do ar, indepen-
dente de qualquer fonte de calor.
CLASSES DE INCÊNDIO
Os incêndios são classificados de acordo com
as características dos seus combustíveis.
Somente com o conhecimento da natureza
do material que está se queimando, pode-se
descobrir o melhor método para uma extin-
ção rápida e segura.
CLASSE A
- Caracteriza-se por fogo em materiais sóli-
dos;
- Queimam em superfície e profundidade;
- Após a queima deixam resíduos, brasas e
cinzas;
- Esse tipo de incêndio é extinto principal-
mente pelo método de resfriamento, e as
vezes por abafamento através de jato pulver-
izado.
CLASSE B
- Caracteriza-se por fogo em combustíveis
líquidos inflamáveis;
- Queimam em superfície;
- Após a queima, não deixam resíduos;
- Esse tipo de incêndio é extinto pelo método
de
abafamento.
CLASSE C
- Caracteriza–se por fogo em materiais/equi-
pamentos energizados (geralmente equi-pa-
mentos elétricos);
- A extinção só pode ser realizada com agente
extintor não-condutor de eletricidade, nunca
com extintores de água ou espuma;
- O primeiro passo num incêndio de classe C,
é desligar o quadro de força, pois assim ele
se tornará um incêndio de classe A ou B.
CLASSE D
- Caracteriza-se por fogo em metais pirofóri-
cos (aluminio, antimônio, magnésio, etc.)
- São difíceis de serem apagados;
- Esse tipo de incêndio é extinto pelo método
de
abafamento;
- Nunca utilizar extintores de água ou espuma
para extinção do fogo.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
Partindo do princípio de que, para haver fogo,
são necessários o combustível, comburente
e o calor, formando o triângulo do fogo ou,
mais modernamente, o quadrado ou tetraedro
do fogo, quando já se admite a ocorrência de
uma reação em cadeia, para nós extinguirmos
o fogo, basta retirar um desses elementos.
36
Com a retirada de um dos elementos do fogo,
temos os seguintes métodos de extinção: ex-
tinção por retirada do material, por abafa-
mento, por resfriamento e extinção química.
Extinção por retirada do material
(Isolamento)
Esse método consiste em duas técnicas:
- retirada do material que está queimando
- retirada do material que está próximo ao
fogo
Extinção por retirada do comburente
(Abafamento)
Este método consiste na diminuição ou im-
pedimento do contato de oxigênio com o
combustível.
Extinção por retirada do calor
(Resfriamento)
Este método consiste na diminuição da tem-
peratura e eliminação do calor, até que o com-
bustível não gere mais gases ou vapores e se
apague.
Extinção Química
Ocorre quando interrompemos a reação em
cadeia. Este método consiste no seguinte: o
combustível, sob ação do calor, gera gases
ou vapo-res que, ao se combinarem com o
comburente, formam uma mistura inflamáv-
el. Quando lançamos determinados agentes
extintores ao fogo, suas moléculas se dis-
sociam pela ação do calor e se combinam
com a mistura inflamável (gás ou vapor mais
comburente), forman-do outra mistura não–
inflamável.
EXTINTORES DE INCÊNDIO
Destinam-se ao combate imediato e rápido de
pequenos focos de incêndios, não devendo
ser considerados como substitutos aos siste-
mas de extinção mais complexos, mas sim
co-mo equipamentos adicionais.
Extintores Sobre Rodas (Carretas)
As carretas são extintores de grande volume
que, para facilitar seu manejo e deslocamen-
to, são montados sobre rodas.
Recomendações:
- Instalar o extintor em local visível e
sinalizado;
- O extintor não deverá ser instalado em es-
cadas, portas e rotas de fuga;
- Os locais onde estão instalados os extin-
tores, não devem ser obstruídos;
- O extintor deverá ser instalado na parede ou
colocado em suportes de piso;
- O lacre não poderá estar rompido;
- O manômetro dos extintores de AP (água
pressurizada) e PQS (pó químico seco)
deverá indicar a carga.
AGENTES EXTINTORES
Trata-se de certas substâncias químicas sóli-
das, líquidas ou gasosas, que são utilizadas
na extinção de um incêndio.
Os principais e mais conhecidos são:
Água Pressurizada
- É o agente extintor indicado para incêndios
de classe A.
37
- Age por resfriamento e/ou abafamento.
- Pode ser aplicado na forma de jato com-
pacto, chuveiro e neblina. Para os dois pri-
meiros casos, a ação é por resfriamento. Na
forma de neblina, sua ação é de resfri-amento
e abafamento.
ATENÇÃO:
- Nunca use água em fogo das classes
C e D.
- Nunca use jato direto na classe B.
Gás Carbônico (CO2)
- É o agente extintor indicado para incêndios
da classe C, por não ser condutor de e-letri-
cidade;
- Age por abafamento, podendo ser também
utilizado nas classes A, somente em seu iní-
cio e na classe B em ambientes fechados.
Pó Químico
- É o agente extintor indicado para combater
incêndios da classe B;
- Age por abafamento, podendo ser também
utilizados nas classes A e C, podendo nesta
última danificar o equipamento.
Pó Químico Especial
- É o agente extintor indicado para incêndios
da classe D;
- Age por abafamento.
Espuma
- É um agente extintor indicado para incên-
dios das classe A e B.
- Age por abafamento e secundariamente por
resfriamento.
- Por ter água na sua composição, não se
pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois
conduz corrente elétrica.
Pó ABC (Fosfato de Monoamônico)
- É o agente extintor indicado para incêndios
das classes A,B e C;
- Age por abafamento
Outros Agentes
Além dos já citados, podemos considerar
como agentes extintores terra, areia, cal, tal-
co, etc.
GASES LIQÜEFEITOS DE PETRÓLEO (GLP)
O Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) é um
38
combustível composto de carbono e hidrogê-
nio. É incolor e inodoro e, para que possamos
identifica-lo quando ocorrem vazamentos,
é adi-cionado um produto químico que tem
odor penetrante e característico (mecaptana,
etilmer-captan). O GLP é muito volátil e se
inflama com facilidade.
No caso de vazamento, por ser mais pesado
que o ar se deposita em lugares baixos, e em
local de difícil ventilação o gás fica acumulado,
misturando-se com o ar ambiente, formando
uma mistura explosiva ou inflamável, depen-
dendo da proporção. A válvula de segurança
se romperá a mais ou menos à 70°C.
O maior número de ocorrências de vazamen-
tos se dá nos botijões de 13 kg, mais facil-
men-te encontrado nas residências. No boti-
jão de 1 kg por não ter válvula de segurança
à risco de explosão.
Normalmente, o vazamento se dá na válvula
de vedação, junto à mangueira.
O GLP oferece uma margem de segurança e
o consumidor deve guiar-se pelas seguintes
recomendações:
- Somente instalar em sua casa equipamento
aprovado e executado por uma compa-nhia
especializada no ramo;
- Não usar martelo ou objeto semelhante para
apertar a válvula de abertura dos botijões;
- Não abrir o gás para depois riscar o
fósforo;
- Ao constatar qualquer vazamento, fazer o
teste para verificar o local exato com es-puma
de sabão, nunca com fogo (chama);
- Verificar sempre a validade e condição da
mangueira e registro.
Como se comportar quando ocorrer um va-
zamento sem fogo
- Desligar a chave geral da residência, desde
que não esteja no ambiente gasado;
- Acionar o Corpo de Bombeiros no
telefone 193
- Abandonar o local;
- Ventilar o máximo possível a área;
- Levar o botijão de gás para um lugar mais
ventilado possível;
- Durante a noite, ao constatarmos vazamento
(odor) de gás, não devemos nunca a-cender
a luz. Devemos fechar a válvula do botijão no
escuro e em seguida ventilar o ambiente.
Como se comportar quando ocorrer um va-
zamento com fogo
- Não extinguir de imediato as chamas, a não
ser que haja grandes possibilidades de pro-
pagação;
- Apagar as chamas de outros objetos, se
houver, deixando que o fogo continue no bo-
tijão, em segurança;
- Em último caso, procurar extinguir a cha-
ma do botijão pelo método de abafamento,
com um pano bem úmido. Para chegar perto
do botijão, deve-se procurar ir o mais aga-
chado possível para não correr o risco de se
queimar, e levar o botijão para um local bem
ventilado.
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Cuidados Necessários
- Respeitar as proibições de fumar no am-
biente de trabalho (Lei Estadual nº 11.540, de
12/11/2003);
- Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar
aparelhos celulares em locais sinalizados;
- Manter o local de trabalho em ordem e
limpo;
- Evite o acúmulo de lixo em locais não
apropriados;
- Colocar os materiais de limpeza em reci-
pientes próprios e identificados;
- Manter desobstruídas as áreas de escape e
não deixar, mesmo que provisoriamente,
materiais nas escadas e corredores;
- Não deixar os equipamentos elétricos liga-
39
dos após sua utilização. Desligue-os da to-
mada;
- Não improvisar instalações elétricas, nem
efetuar consertos em tomadas e interrup-to-
res, sem que esteja familiarizado;
- Não sobrecarregar as instalações elétricas
com a utilização do PLUG T, lembrando que
o mesmo oferece riscos de curto-circuíto e
outros;
- Verificar antes da saída do trabalho, se não
há nenhum equipamento elétrico ligado;
- Observar as normas de segurança ao mani-
pular produtos inflamáveis ou explosivos;
- Manter os materiais inflamáveis em local
resguardado e à prova de fogo;
- Não cobrir fios elétricos com o tapete;
- Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em
quantidades mínimas, armazenando-os sem-
pre na posição vertical e na embalagem;
- Não utilizar chama ou aparelho de solda
perto de materiais inflamáveis.
INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO
DE EMERGÊNCIAS
Em caso de Incêndio
Recomenda – se:
- Manter a calma, evitando o pânico,
correrias e gritarias;
- Acionar o Corpo de Bombeiros no
telefone 193;
- Usar extintores ou os meios disponíveis
para apagar o fogo;
- Acionar o botão de alarme mais próximo, ou
telefonar para o ramal de emergência, quando
não se conseguir a extinção do fogo;
- Fechar portas e janelas, confinando o local
do sinistro;
- Isolar os materiais combustíveis e proteger
os equipamentos, desligando o quadro de luz
ou o equipamento da tomada;
- Comunicar o fato à chefia da área envolvida
ou ao responsável do mesmo prédio;
- Armar as mangueiras para a extinção do
fogo, se for o caso;
- Existindo muita fumaça no ambiente ou lo-
cal atingido, usar um lenço como máscara
(se possível molhado), cobrindo o nariz
e a boca;
- Para se proteger do calor irradiado pelo
fogo, sempre que possível, manter molhadas
as roupas, cabelos, sapatos ou botas.
Em caso de confinamento pelo fogo
Recomenda-se:
- Procure sair dos lugares onde haja muita
fumaça;
- Mantenha-se agachado, bem próximo ao
chão, onde o calor é menor e ainda existe
oxigênio;
- No caso de ter que atravessar uma barreira
de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapa-
tos, encharque uma cortina e enrole-se nela,
molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao
nariz e atravesse o mais rápido que puder.
Em caso de abandono de local
Recomenda -se:
- Seja qual for a emergência, nunca utilizar os
elevadores;
- Ao abandonar um compartimento, fechar a
porta atrás de si (sem trancar) e não vol-tar
ao local;
- Ande, não corra;
- Facilitar a operação dos membros da Equipe
de Emergência para o abandono, seguindo à
risca as suas orientações;
- Ajudar o pessoal incapacitado a sair, dis-
pensando especial atenção àqueles que, por
qualquer motivo, não estiverem em condições
de acompanhar o ritmo de saída (deficientes
físicos, mulheres grávidas e outros);
- Levar junto com você visitantes;
- Sair da frente de grupos em pânico, quando
não puder controlá-los.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES
- Não suba, procure sempre descer pelas
escadas;
- Não respire pela boca, somente pelo nariz;
- Não corra nem salte, evitando quedas, que
podem ser fatais. Com queimaduras ou asfi-
40
xias, o homem ainda pode salvar–se;
- Não tire as roupas, pois elas protegem seu
corpo e retardam a desidratação. Tire apenas
a gravata ou roupas de nylon;
- Se suas roupas se incendiarem, jogue–se
no chão e role lentamente. Elas se apagarão
por abafamento;
- Ao descer escadarias, retire sapatos de salto
alto e meias escorregadias.
DEVERES E OBRIGAÇÕES
-Procure conhecer todas as saídas que exis-
tem no seu local de trabalho, inclusive as ro-
tas de fuga;
- Participe ativamente dos treinamentos te-
óricos, práticos e reciclagens que lhe forem
ministrados;
- Conheça e pratique as Normas de Proteção
e Combate ao Princípio de Incêndio, quando
necessário e possível, adotadas na Empresa;
- Comunique imediatamente aos membros da
Equipe de Emergência, qualquer tipo de irre-
gularidade.
A prestação dos Primeiros Socorros depende
de conhecimentos básicos, teóricos e práti-
cos por parte de quem os está aplicando.
O restabelecimento da vítima de um acidente,
seja qual for sua natureza, dependerá muito
do preparo psicológico e técnico da pesso a
que prestar o atendimento.
O socorrista deve agir com bom senso,
tolerância, calma e ter grande capacidade de
improvisação. O primeiro atendimento mal
sucedido pode levar vítimas de acidentes a
seqüelas irreversíveis.
Para ser um socorrista é necessário ser um
bom samarita no, isto é, aquele que presta
socorro voluntariamente, por amor ao seu
RESGATE DE ACIDENTADO
PRIMEIROS SOCORROS
semelhante.
Para tanto é necessário três coisas básicas,
mãos para manipular a vítima, boca para
acalmá-la, animá-la e solicitar socorro, e
finalmente coração para prestar socorro sem
querer receber nada em troca.
OBJETIVO
Os Primeiros Socorros ou socorro básico de
urgência são as medidas iniciais e imediatas
dedicadas à vítima, fora do ambiente hospita-
lar, executadas por qualquer pessoa, treinada,
para garantir a vida, proporcionar bem-estar
e evitar agravamento das lesões existentes.
AVALIAÇÃO INICIAL
Antes de qualquer outra atitude no atendi-
mento às vítimas, deve-se obedecer a uma
seqüência padronizada de procedimentos que
permitirá determinar qual o principal proble-
ma associado com a lesão ou doença e quais
serão as medidas a serem tomadas para cor-
rigi-lo.
Essa seqüência padronizada de procedimen-
tos é conhecida como exame do paciente.
Durante o exame, a vítima deve ser atendida e
sumariamente examinada para que, com base
nas lesões sofridas e no s seus sinais vitais,
as prioridades do atendimento sejam estabe-
lecidas. O exame do paciente leva em conta
aspectos subjetivos, tais como:
- O local da ocorrência. É seguro? Será ne-
cessário movimentar a vítima? Há mais de
uma vítima ? Pode-se dar conta de todas as
vítimas?
- A vítima. Está consciente? Tenta falar algu-
ma coisa ou aponta para qualquer parte
do corp o dela.
- As testemunhas. Elas estão tentando dar al-
guma informação? O socorrista deve ou-
vir o que dizem a respeito dos momentos que
anteceder am o acidente.
- Mecanismos da lesão. Há algum objeto caí-
do próximo da vítima, como escada, mo-
to, bicicleta, andaime e etc. A vítima pode ter
41
sido feri da pelo volante do veículo?
- Deformidades e lesões. A vítima está caída
em posição estranha? Ela está queimada? Há
sinais de esmagamento de algum membro ?
- Sinais. Há sangue nas vestes ou ao redor
da vítima? Ela vomitou? Ela está tendo con-
vulsões?
- Para que não haja contaminação, antes de
iniciar a manipulação da vítima o socorrista
deverá estar aparamentado com luvas cirúrgi-
cas, avental com mangas longas, óculos pa-
norâmicos e máscara para respiração artificial
ou ambú.
As informações obtidas por esse processo,
que não se estende por mais do que alguns
segundos, são extremamente valiosas na
seqüência do exame, que é subdividido em
duas partes: a análise primária e secundária
da vítima.
ANÁLISE PRIMÁRIA
A análise primária é uma avaliação realizada
sempre que a vítima está inconsciente e é ne-
cessária para se detectar as condições que
colocam em risco iminente a vida da vítima.
Ela se desenvolve obedecendo às seguintes
etapas:
- determinar inconsciência;
- abrir vias aéreas;
- checar respiração;
- checar circulação;
- e checar grandes hemorragias.
COLAR CERVICAL
Tipos - O colar cervical é encontrad o nos ta-
manhos pequeno, médio e grande e na forma
regulável a qual se ajusta a to do comprimen-
to de pescoço.
Escolha do tamanho - Com o pescoço da ví-
tima em posição anatômica, medir com os
dedos da mão, a distância
entre a base do pescoço (músculo trapézio)
até a base da mandíbula.
Em seguida comparar a medida obtida com a
parte de plástico existente na lateral do colar,
escolhendo assim o tamanho que se adapta
ao pescoço da vítima.
Colocação do colar cervical (2 socorristas)
Socorrista 1
- Retirar qualquer vestimenta e adorno em
torno do pescoço da vítima;
- Examinar o pescoço da vítima antes de
colocar o colar;
- Fazer o alinhamento lentamente da cabe-
ça e manter firme com uma leve tração para
cima;
Socorrista 2
- Escolher o colar cervical apropria do;
- Passar a parte posteri or do colar por trás
do pescoço da vítima;
- Colocar a parte anterior do colar cervical,
encaixando no queixo da vítima de forma
que esteja apoiado firmemente;
- Ajustar o colar e prender o velcro, manten-
do uma discreta folga (um dedo) entre o
colar e o pescoço da vítima;
- Manter a imobilização lateral da cabeça até
que a mesma seja imobilizada (apoio lateral,
preso pelas correias da maca).
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Queimaduras
Conceituação
É uma lesão produzida no tecido de revesti-
mento do organismo, por agentes térmicos,
elétricos, produtos químicos, irradiação ioni-
zantes e animais peçonhentos.
Sinais e Sintomas
1º Grau
- Atinge somente a epiderme;
- Dor local e vermelhidão da área atingida.
2º Grau
- Atinge a epiderme e a derme;
- Apresenta dor local, vermelhidão e bolhas
d’água.
3º Grau
- Atinge a epiderme, derme e alcança os teci-
dos mais profundos, podendo chegar até
42
o osso.
Queimadura de Primeiro Grau
Queimadura de Segundo Grau
Queimadura de Terceiro Grau
(Vermelhidão, bolhas, necrose)
Primeiros Socorros
- Isolar a vítima do agente agressor;
- Diminuir a temperatura local, banhando com
água fria (1ºGrau);
- Proteger a área afetada com plástico;
- Não perfurar bolhas, colocar gelo, aplicar
medicamentos, nem produtos caseiros;
- Retirar parte da roupa que esteja em volta
da área queimada;
- Retirar anéis e pulseiras, para não provocar
estrangulamento ao inchar.
- Encaminhar para atendimento hospitalar;
A. Queimaduras Elétricas
Primeiros Socorros
- Desligar a fonte de energia elétrica, ou reti-
rar a vítima do contato elétrico com luvas
de borracha e luvas de cobertura ou com um
bastão isolante, antes de tocar na vítima;
- Adotar os cuidados específicos para quei-
maduras apresentados anteriormente, se
necessário aplicar técnica de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP).
B. Queimaduras nos Olhos
Primeiros Socorros
- Lavar os olhos com água em abundância
durante vários minutos;
- Vedar o(os) olho(s) atingido(s) com pano
limpo;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Principais Imobilizações Provisórias
(colar cervical, tipóia, talas)
Lesões da Coluna Vertebral
Conceituação
A coluna vertebral é composta de 33 vértebras
sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix,
e no seu interior há a medula espinhal, que realiza
a condução dos impulsos nervosos.
As lesões da coluna vertebral mal conduzidas po-
dem produzir lesões graves e irreversíveis
de medula, com comprometimento neurológico de-
finitivo (tetraplégica ou paraplegia).
Todo o cuidado d everá ser tomado com estas viti-
43
mas para não surgirem lesões adicionais.
Sinais e Sintomas
- Dor local intensa;
- Diminuição da sensibilidade, formigamento ou
dormência em membros inferiores e/ou
superiores;
- Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem
abaixo da lesão;
- Perda do controle esfincteriano (urina e/ou fe-
zes soltas).
Nota
*Todas as vitimas inconscientes deverão ser con-
sideradas e tratadas como portadoras de lesões
na coluna.
Primeiros Socorros
- Cuidado especial com a vítima in consciente;
- Imobilizar o pescoço antes do transporte, utili-
zando o colar cervical;
- Movimentar a vítima em bloco, impedindo parti-
cularmente movimentos bruscos do
pescoço e do tronco;
- Colocar em prancha de madeira;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Corpo Estranho nos Olhos
Conceituação
É a introdução acidental de poeiras, grãos diver-
sos etc. na cavidade dos glóbulos oculares.
Sinais e Sintomas
- Dor;
- Ardência;
- Vermelhidão;
- Lacrimej amento.
Primeiros Socorros
- Não esfregar os olhos;
- Lavar o olho com água limpa;
- Não remover o corpo estranho manualmente;
- Se o corpo estranho não sair com a lavagem,
cobrir os dois olhos com pano limpo;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Intoxicações e Envenenamentos
Conceituação
O envenenamento ou intoxicaçã o resulta da pene-
tração de substância tóxica/nociva no organismo
através da pele, aspiração e ingestão.
Sinais e Sintomas
- Dor e sensação de queimação nas vias de pene-
tração e sistemas correspondentes;
- Hálito com odor estranho;
- Sonolência, confusão mental, alucinações
e delírios, estado de coma;
- Lesões cutâneas;
- Náuseas e vômitos;
- Alterações da respiração e do pulso.
Primeiros Socorros
A. Pele
- Retirar a roupa impregnada;
- Lavar a região atingida com água em
abundância;
- Substâncias sólidas devem ser retiradas antes
de lavar com água;
- Agasalhar a vítima;
- Encami nhar para atendimento hospitalar.
B. Aspiração
- Proporcionar a ventilação;
- Abrir as vias áreas respiratórias;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
C. Ingestão
- Identificar o tipo de veneno ingerido;
- Provocar vômito somente quando a vítima apre-
sentar-se consciente, oferecendo água;
- Não provocar vômitos nos casos de inconsciên-
cia, ingestão de soda cáustica, ácidos ou produtos
derivados de petróleo;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
44
Estado Choque
Conceituação
É a falência do sistema cardiocirculatório devido
a causas variadas, proporcionando uma
inadequada perfusã o e oxigenação dos tecidos.
Sinais e Sintomas
- Inconsciência profunda;
- Pulso fraco e rápido;
- Aumento da freqüência respiratória;
- Perfusão capilar lenta ou nula;
- Tremores de frio.
Primeiros Socorros
- Colocar a vítima em local arejado, afastar
curiosos e afrouxar as roupas;
- Manter a vítima deitada com as pernas mais
elevadas;
- Manter a vítima aquecida;
- Lateralizar a cabeça em casos de vômitos;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Choque Elétrico
Conceituação
É o fenômeno da passagem da corrente elétrica
pelo corpo quando em contato com partes
energizadas.
Sinais e Sintomas
- Parada cardiorrespiratória;
- Queimaduras;
- Lesões traumáticas.
Primeiros Socorros
- Interromper imediatamente o contato da vítima
com a corrente elétrica, utilizando luvas isolan-
tes de borracha, com luvas de cobertura ou bas-
tão isolante;
- Certificar-se de estar pisando em chão seco, se
não estiver usando botas com solado isolante;
- Realizar avaliação primária (grau de consciên-
cia, respiração e pulsação);
- Aplicar as condutas precon izadas para parada
cardiorrespiratóri a, queimaduras e lesões trau-
máticas;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Conceituação
É a ausência das funções vitais, movimentos respi-
ratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência
isolada de uma delas só existe em curto espaço de
tempo; a parada de uma acarreta a parada da
outra. A parada cardiorrespiratória leva à morte
no período de 3 a 5 minutos.
Sinais e Sintomas
-Inconsciência;
- Ausência de movimentos respiratórios e batimen-
tos cardíacos.
Primeiros Socorros
A. Desobstrução das Vias Aéreas
- Remover dentadura, pontes dentárias, excesso
de secreção, dentes soltos etc.;
- Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e
com a outra fazer uma pequena
força para elevar o queixo;
- Estender a cabeça da vítima para trás até que a
boca abra.
B. Respiração Artificial (Boca a Boca)
Verificação da Respiração
- Encostar o ouvido sobre a boca e nariz da vítima,
mantendo as vias aéreas abertas;
- Observar se o peito da vítima sobe e desce, ouvir
e sentir se há sinal de respiração.
45
Procedimento
- Manter a cabeça estendida para trás, sustentan-
do o queixo e mantendo as vias aéreas abertas;
- Pinçar o nariz da vítima;
- Inspirar, enchendo bem o peito, e colocar sua
boca de forma a vedar completamente, com seus
lábios, a boca da vítima;
- Aplicar 1 sopro moderado com duração de 1 a 2
segundos respirar e aplicar mais 1 sopro;
- Observar se quando você sopra o peito da vítima
sobe;
- Aplicar uma respiração boca a boca a cada 5 ou
6 segundos;
- Continuar até que a vítima volte a respirar ou o
atendimento médico chegue ao local.
C. Massagem Cardíaca
Verificação do Pulso
- Manter a cabeça da vítima estendida para trás,
sustentando-a pela testa;
- Localizar o Pomo de Adão com a ponta dos de-
dos indicador e médio;
- Deslizar os dedos em dir eção à lateral do pes-
coço para o lado n o qual você estiver
posicionado (não utilize o polegar, pois este tem
pulso próprio);
- Sentir o pulso da carótida (espere 5 – 1 0 se-
gundos). A carótida é a artéria mais recomendada
por ficar próxima ao coração e ser acessível.
Procedimento
- Realizar somente quando tiver certeza de que o
coração da vítima parou;
- Colocar a vítima sobre uma superfície rígida;
- Ajoelhar-se ao lado da vítima;
- Usando a mão próxima da cintura da vítima, des-
lizar os dedos pela lateral das costelas próximas
a você, em direção ao centro do peito, até locali-
zar a ponta do osso externo;
- Colocar a ponta do dedo médio sobre a ponta
do osso esterno, alinhando o dedo indicador ao
médio;
- Colocar a base da sua outra mão (que está mais
próxima da cabeça da vítima) ao lado do dedo
indicador;
- Remover a mão que localizou o osso esterno,
colocando-a sobre a que está no peito;
- Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de
forma que não toquem no peito da vítima.
- Posicionar seus ombros diretamente acima de
suas mãos sobre o peito da vítima;
- Manter os braços retos e os cotovelos esten
didos;
- Pressionar o osso esterno para baixo, cerca
de aproximadamente 5 centímetros;
- Executar 15 compressões. Contar as
compressões à medida que você as executa;
- Fazer as compressões uniformemente e com
ritmo;
- Durante as compressões, flexionar o tronco ao
invés dos joelhos;
- Evitar que os seus dedos apertem o peito da
vítima durante as compressões.
46
D. Reanimação Cardiopulmonar (RCP)
- Aplicar 2 sopros moderados após as 15
compressões;
- Completar 4 ciclos de 1 5 compressões e 2
sopros e verificar o pulso. Se não houver pulso,
manter o ciclo iniciando sempre pelas compressões
no peito. Continuar verificando o pulso a cada
4 – 5 minutos. Se o pulso voltar, faça apenas a
respiração boca a boca;
- Continuar com a RCP, inclusive durante o
transporte, até que a vítima volte a respirar, a
ter pulso ou até que o atendimento médico chegue
ao local.
Picadas e Ferroadas de Animais
Peçonhentos
Conceituação
Animais peçonhentos são aqueles que introduzem
no organismo humano substâncias tóxicas.
Por exemplo, cobras venenosas, aranhas e
escorpiões.
Se possível deve-se capturar ou identificar o
animal que picou a vítima, mas sem perda de
tempo com esse procedimento. Na dúvida, tratar
como se o animal fosse peçonhento.
Sinais e Sintomas
- Marcas da picada;
- Dor, inchaço;
- Manchas roxas, hemorragia;
- Febre, náuseas;
- Sudorese, urina escura;
- Calafrios, perturbações visuais;
- Eritema, dor de cabeça;
- Distúrbios visuais;
- Queda das pálpebras;
- Convulsões;
- Dificuldade respiratória.
A. Cobras
Primeiros Socorros
- Manter a vítima deitada. Evite que ela se movi-
mente para não favorecer a absorção de veneno;
- Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os
em posição mais baixa que o coração;
- Lavar a picada com água e sabão;
- Colocar gelo ou água fria sobre o local;
- Remover anéis, relógios, prevenindo assim com-
plicações decorrentes do inchaço;
- Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço
de saúde mais próximo, para que possa receber o
soro em tempo;
- Não fazer garroteamento ou torniquete;
- Não cortar ou perfurar o local da picada.
Medidas Preventivas
- Usar botas de cano longo e perneiras;
- Proteger as mãos com luvas de raspa ou
vaqueta;
- Combater os ratos;
- Preservar os predadores;
- Conservar o meio ambiente.
B. Escorpiões/Aranhas
Sinais e Sintomas
- Dor;
- Eritema;
- Inchaço;
- Febre;
- Dor de cabeça.
Primeiros Socorros
- Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;
- Encaminhar a vítima imediatamente a o serviço de
saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de
soro específico.
Picadas e Ferroadas de Insetos
Conceituação
Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves
47
ou generalizadas, devido a picadas de
insetos (abelhas e formigas).
OBS: Especial cuidado deve ser dado a picadas
múltiplas ou simultâneas. Têm sido descritos ca-
sos fatais por ataque de enxames de abelhas afri-
canas por choque e hemólise maciça.
Sinais e Sintomas
- Eritema local que pode se estender pelo
corpo todo;
- Prurido;
- Dificuldade respiratória (edema de glote).
Primeiros Socorros
- Retirar os ferrões introduzidos pelos insetos
sem espremer;
- Aplicar gelo ou lavar o local da picada com
água;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
TÉCNICAS PARA REMOÇÃO E TRANSPORTE
DE ACIDENTADOS
Conceituação
O transporte de acidentados deve ser feito por
equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá
agravar as lesões, provocando seqüelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com
técnica e meios próprios, nos casos, onde
não é possível contar com equipes especializadas
em resgate.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições
da vítima para fazer o transporte seguro (número
de pessoas para realizar o transporte).
A remoção ou transporte como indicado abaixo só
é possível quando não há suspeita de lesões na
coluna vertebral.
Uma pesSOAsoa
a. Nos braços
- Passe um dos braços da vítima ao redor do seu
pescoço.
b. De apoio
- Passe o seu braço em
torno da cintura da vítima
e o braço da vítima ao
redor de seu pescoço.
c. Nas costas
- Dê as costas para a vítima,
passe os braços dela ao
redor de seu pescoço,
incline-a para a frente
e l evante-a.
Duas pessoas
a. Cadeirinha
- Faça a cadeirinha conforme abaixo.
Passe os braços da vítima ao redor do seu
pescoço e levante a vítima.
b. Segurando pelas extremidades
- uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a
48
outra, segura pelas pernas abertas.
Ambas devem erguer a vítima simultâneamente.
Três pessoas
Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura
e a parte superior das coxas. A terceira
segura a parte inferior das coxas e pernas.
Os movimentos das três pessoas devem ser
simultâneos, para impedir deslocamentos
da cabeça, coluna, coxas e pernas.
Quatro pessoas
Semelhante ao de três pessoas
. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima im-
pedindo qualquer tipo de deslocamento.
TELEFONES ÚTEIS
CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) - 193
AMBULÂNCIA - 192
POLÍCIA MILITAR - 190
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exer-
cício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte, ou a
perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
A incidência do acidente do trabalho ocorre em
3 hipóteses:
- Quando ocorrer lesão corporal;
- Quando o ocorrer perturbação funcional ou;
- Quando o ocorrer doença.
Consideram-se acidente do trabalho, as seguintes
entidades mórbidas:
- Doença Profissional:
É desencadeada pelo exercício do trabalho pecu-
liar a determinada atividade e constante da rela-
ção elaborada pelo Ministério do Trabalho e
Da Previdência Social;
- Doença do Trabalho:
É desencadeada em função de condições especiais
em que o trabalho é realizado e com ele se rela-
cione diretamente, constante da relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social.
- A doença proveniente de contaminaçã o acidental
do empregado no exercício de sua atividade;
- O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora
do local e horário d e trabalho:
- Na execução de ordem ou na realização de ser-
viço sob a autoridade da empresa;
- Na prestação espontâne a de qualquer serviço à
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
- Em viagem a serviço da empresa, inclusive para
estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da
mão- de- obra, independentemente do meio de loco-
moção utilizado, inclusive veículo de propriedade
do segurado;
ACIDENTE DO TRABALHO
E RESPONSABILIDADES
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Apostila para Treinamento no Curso de NR 10 - Autor Eng. José Reis Eletricista e Segurança do Trabalho

  • 1. 1 JUNYA KARLA ESPÍRITO SANTO (Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho) CREA-MG: 71 659D JOSÉ DE SOUZA REIS FILHO (Engenheiro de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente) CREA-MG: 21 900
  • 2. 2 NR 10 Curso Básico - 40 Horas Curso Complementar SEP - 40 Horas Curso de Reciclagem 16 Horas JRK OCUPACIONAL Em conformidade com portaria 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE
  • 3. 3 Módulo A 1. Organização do Sistema Elétrico de Potên- cia 2. Organização do Trabalho 2.1 Programação e Planejamento dos Serviços 2.2 Trabalho em Equipe 2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações 2.4 Métodos de Trabalho 2.5 Comunicação Módulo B 1. Aspectos Comportamentais (SST Compor- tamental) 1.1 - Cultura Organizacional 1.2 - Comportamento de Risco 1.3 - Medidas de Controle Módulo C 1. Condições Impeditivas para Serviço 2. Riscos Típicos no SEP e sua prevenção a) Proximidade e Contato com Partes Ener- gizadas b) Indução c) Descargas Atmosféricas d) Estática e) Campos Elétricos e Magnéticos f) Comunicação e Identificação g) Trabalhos em Altura , Máquinas e Equipa- mentos Especiais 3. Análise de Risco 4. Procedimentos de Trabalho Módulo D 1. Técnicas de Trabalho sob Tensão a) Em Linha Viva b) Ao Potencial c) A Distância d) Trabalhos Noturnos e) Atividades Subterrâneas 2. Equipamentos e Ferramentas de Trabalho Módulo E a) NR b) Resgate de acidentado e primeiros socorros c) Acidente de Origem Eletrica e responsabilidades Anexos Índice
  • 4. 4 JRK OCUPACIONAL MÓDULO A [ 1 - Organização do SEP (*) [ 2 - Organização do Trabalho 2.1 Programação e Planejamento dos Serviços 2.2 Trabalho em Equipe 2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações 2.4 Métodos de Trabalho 2.5 Comunicação (*) SEP – Sistema Elétrico de Potência
  • 5. 5 1. Organização do Sistema Elétrico de Potência Principais Pontos da NR 10 10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT) 10.7.5 - Antes de iniciar trabalhos em circui- tos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação pré- via, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicá- veis ao serviço. 10.7.6 - Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser reali- zados quando houver procedimentos especí- ficos, detalhados e assinados por profissional autorizado. 10.7.7 - A intervenção em instalações elé- tricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, siste- ma ou equipamento. 10.7.8 - Os equipamentos, ferramentas e dis- positivos isolantes ou equipados com mate- riais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elé- tricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabrican- te, os procedimentos da empresa e na ausên- cia desses, anualmente. 10.7.9 - Todo trabalhador em instalações elé- tricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dis- por de equipamento que permita a comunica- ção permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço. O sistema elétrico de potência é organizado em Geração , Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica até o ponto de medição, in- clusive. PONTOS DE MEDIÇÂO A geração pode ser de origem térmica, hi- dráulica, nuclear, eólica e outros. No Brasil são utilizadas hidroelétricas em lar- ga escala devido às facilidades de nossos recursos hídricos, que por um lado nos pro- picia esta fonte de recurso natural abundante e por outro a construção de represas com formação de lagos provoca inundação de grandes áreas, o que requer cuidados com relação aos fortes impactos ambientais. Sob o ponto de vista da segurança ocupacional as hidroelétricas apresentam uma grade de ris-
  • 6. 6 cos físicos (ruídos, temperaturas, vibrações ) além dos riscos decorrentes da interação do trabalhador com fontes de energia elétrica ( choque elétrico, Arco Elétrico e Descarga At- mosférica) e queda por diferença de nível, o que é bastante comum no SEP, devido as dis- tâncias de isolamento com relação à terra. A Transmissão da energia elétrica se faz atra- vés de Linhas de Transmissão (LT,s) que percorrem grandes extensões. O objetivo das LT,s é fazer o transporte da energia elé- trica da geração até os centros de distribuição de energia elétrica através de subestações abaixadoras que atendem os sistemas de dis- tribuição . Sob o ponto de vista de segurança ocupacio- nal, as linhas de transmissão apresentação o risco de choque por indução devido a pre- sença de fortes campos eletromagnéticos e queda, uma vez que a maioria dos serviços de manutenção são realizados em altura com posturas que comprometem em muito a saú- de e segurança do trabalhador. A necessidade de um bom sistema de aterramento é funda- mental além do constante monitoramento do serviço. Na distribuição da energia, que é feita por su- bestações e Redes de distribuição existe um complexo de estruturas com disjuntores, bar- ramentos, transformadores e vários outros equipamentos de transformação e manobra que exige todo um cuidado com relação a segurança do eletricista , tanto na atividade de operação quanto de manutenção. Os ris- cos apresentados na sua maioria referem-se a probabilidade de violação das distâncias de segurança, que são estabelecidas pela NR 10 conforme Anexo 1 da mesma. O Sistema de Distribuição de Energia Elétrica é composto de longas Redes que podem ser em cabo protegido, isolado ou simplesmente nú. Existe uma preocupação das empresas distribuidoras de energia quanto ao risco de choque elétrico envolvendo a COMUNIDADE , particularmente na ocorrência de cabo par- tido, que fica energizado mesmo tocando o solo devido a alta resistência de arco que im- pede a atuação das proteções de falta a terra. (Relés de Neutro) O sistema de distribuição apresenta defeito ou falha no momento das grandes tempesta- des e primeiras chuvas do ano pelo contato com árvores e também pela incidência de descargas atmosféricas, portanto é muito im- portante que haja um planejamento das equi- pes de manutenção e operação do SEP para lidar com essa sazonalidade e probabilida- de do ocorrência do risco de choque elétrico provocado por contato ou arco elétrico. Vale lembrar que a resistência de contato fica cinco (05) vezes menor na presença de umidade. O consumidores de energia elétrica, por ques- tões técnicas, econômicas e legais podem ser classificados em residenciais, comerciais e industriais ou grandes consumidores. Sob o ponto de vista da segurança ocupacio- nal, a preocupação é com o ponto de entrega de energia pela empresa fornecedora, onde se encontram os sistemas de medição de faturamento com TP,s (transformadores de potencial, TC,s (transformadores de corren- te), chaves seccionadoras, disjuntores, barra- mentos e outros equipamentos que requerem todo cuidado no processo de liberação para realização de serviços, onde normalmen- te o procedimento de Pedido de Liberação de Equipamento (PLE) é adotado juntamen- te com demais procedimentos de segurança (Ordem de Serviço, Seqüência de Manobras, Análise de Riscos , Cinco passos para garan- tia de tensão nula e outros que veremos nos módulos seguintes.
  • 7. 7 2. Organização do Trabalho A organização do trabalho dentro das empre- sas brasileiras é estabelecida pelos sistemas de gestão que tiveram origem na década de noventa com a abertura de mercado e com a implantação dos programas de Gestão de Qualidade Total ou GQT. A implantação destes sistemas de gestão tra- zem o conceito de que tudo que se faz dentro de uma organização empresarial deve passar pelo crivo dos 04 passos do PDCA, que em inglês significa – Plan (PLANEJAR) , Do (Fa- zer ou Executar) , Check (Controlar ) e Act (Atuar). Depois dos programas de Qualidade Total, certificados pela ISO 9000 , vieram os sis- temas de Gestão Ambiental e Ocupacional , regulados pelas normas certificadoras ISO 14.000) e OSHAS 8.000. Se tivéssemos que estabelecer um marco di- visório, diríamos que os anos 90 fora, marca- dos pelos programas de Qualidade e os anos 2000 pelos demais programas que sempre buscaram a redução dos riscos ambientais e ambientais dentro das organizações empre- sariais. A NR 10 traz os conceitos de GESTÃO e RES- PONSABILIDADE incorporados na sua con- cepção e estabelece os princípios de Gestão de Riscos nas Atividades envolvendo Eletrici- dade e Responsabilidade Legal sob o ponto de vista do novo código civil e criminal. O Aspecto Comportamental trata da nova cultura organizacional forjada em cima dos sistemas de gestão implantadas nas duas ultimas décadas, onde tudo que se faz den- tro de uma empresa deve estar ajustado a conformidades técnicas ditadas por padrões e conformidades legais. O Comportamento de Risco é o desvio de conduta do trabalhador ao lidar com o am- biente de risco, particularmente nas ativida- des envolvendo eletricidade, onde exige um estado e concentração plena; uma vez que, esta fonte de energia não tem cor e nem chei- ro e os acidentes são de altíssima gravidade. Portanto , o trabalho em equipe é fundamen- tal e a qualidade da comunicação também. Maiores detalhes serão tratados no módulo de Aspectos Comportamentais. O prontuário das instalações e Métodos de Trabalho O prontuário das Instalações é a memória das informações contidas na documentação das instalações do Sistema Elétrico de Potência; ou seja, Projetos , Memorial Descritivo, Es- pecificação de Ferramentas e Equipamentos, Parâmetros Técnicos (Sobretensões, Corren- tes de Curto Circuito e outros) que servem de base para o planejamento das atividades de Operação, Manutenção, Ampliações,Obras e outras atividades. A maior dificuldade das empresas é manter este prontuário atualizada, pois exige um per- feito entrosamento entre o pessoal que opera e mantém o sistema e a equipe de planeja- mento e projeto. É justamente neste ponto de conflito que MORA O PERIGO, pois já virou cultura en- tre equipes , particularmente de manutenção do SEP não acreditar nos dados de projeto, pois existe uma herança de antes da NR 10 2.1 Programação e Planejamento dos Serviços 2.2 Trabalho em Equipe 2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações 2.4 Métodos de Trabalho 2.5 Comunicação
  • 8. 8 , quando quase não existia cobrança dos ór- gãos fiscalizadores , o que vem mudando nos últimos 05 anos. Obs: A nova NR 10 foi publicada no Diá- rio Oficial da União (DOU) em 08.12.2004. (portaria n.598 de 07.12.2005) e altera a redação anterior da NR 10 aprovada pela portaria 3214 de 1978. Os métodos de trabalho requeridas para ati- vidades envolvendo o SEP devem sempre levar em conta as distâncias de segurança , lembrando que neste caso é permitido ativi- dades ao potencial ou a distância desde que a equipe tenha a qualificação técnica exigida e autorização para trabalhar com eletricidade, particularmente em circuitos energizados na alta tensão. Os métodos de trabalho devem ser estabe- lecidos considerando padrões técnicos em conformidade com os riscos ambientais e de segurança ocupacional; ou seja, ao se fazer o passo a passo da atividade é fundamental que se faça o levantamento também dos riscos envolvidos em cada passo acompanhado das respectivas medidas de controle. Para se instalar um conjunto de aterramento temporário existe todo um ritual que deve es- tar escrito em um procedimento operacional padrão (POP) acompanhado do responsável pela elaboração do mesmo, recursos, tempos e movimentos necessários sempre conside- rando os riscos envolvidos na atividade, par- ticularmente o nosso caso que é eletricidade envolvendo o SEP. Citamos abaixo algumas atividades ligadas ao SEP: Manutenção de Subestações – Envolve Ativi- dades de Transformação , Manobra, Medi- ção, Proteção e Controle e Operação , lem- brado que as atividades de campo devem ser realizadas em dupla. Manutenção de Linhas de Transmissão – En- volve Equipes de Inspeção, Troca de cadeia de Isoladores, Cruzetas, Postes, Para Raios, elementos da estrutura das torres metálicas, Desmatamento, Limpeza para Manutenção da Faixa de Servidão (CUIDADOS COM ASPEC- TOS E IMPACTOS AMBIENTAIS). Instalação de dispositivos anti subida, Construção de LT,s, Escavações e Fundações – Obras Civis. Obs. As atividades de Montagem e Constru- ção devem preferencialmente ser realizados com circuitos desenergizados (Tensão Nula). Normas Técnicas: As normas técnicas são fundamentais na Or- ganização do Trabalho e para atividades en- volvendo eletricidade , aplicamos as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) , NBR 5410 para Instalações Elétricas de Baixa Tensão e NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão – 1,0 kV a 36,2 kV. Citamos abaixo outras normas da ABNT que tem correlação com atividades envolvendo eletricidade: NBR 5418 – Instalações Elétricas em Atmos- feras Explosivas NBR 5419 – Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas NBR 6533 - Estabelecimento de Segurança aos Efeitos da Corrente Elétrica que Percorre o Corpo Humano.
  • 9. 9 Regulamentações do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE: São 33 Normas Regulamentadoras estabele- cidas pela portaria 3214 do MTE e citamos abaixo algumas que consideramos de funda- mental importância para a segurança dos tra- balhadores envolvidos com eletricidade. NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE Norma Regulamentadora NR 10 – Esta nor- ma é fundamental para a organização das atividades envolvendo eletricidade e trata-se de conformidade legal. Citamos abaixo a es- trutura da mesma e que esta anexada a esta apostila. (Observar aspectos de GESTÃO e RESPONSABILIDADES)
  • 10. 10 JRK OCUPACIONAL MÓDULO B Aspectos Comportamentais 1.1 - Cultura Organizacional 1.2 - Comportamento de Risco 1.3 - Medidas de Controle Segurança Comportamental Em Serviços com Eletricidade Sumário 1 - Objetivos do Módulo de Segurança Comportamental 2 - Mudança e Segurança Comportamental 3 - Reconhecimento e Avaliação dos Riscos 4.6 - Barreiras aos Acidentes 5.7 - Causas Comuns de Acidentes de Trabalho e seus Prejuízos 6.8 - Tipos de Comportamento e suas Características 7.9 - O Comportamento e os indicadores de Segurança 8.10 - Percepção do Risco e seu Gerenciamento 9.11- Estilos de Comunicação e o Comportamento na Empresa 10.12 - Administração de Conflitos / Buillying 11.13 - Equilíbrio de Emoções 12.14 - Higiene Ocupacional e Pessoal 13.15 - Trabalho em Equipe e Hierarquia
  • 11. 11 Fornecer aos trabalhadores que interagem com eletricidade conhecimentos e práticas sobre a conduta de cada um frente às exi- gências no âmbito da segurança pessoal no trabalho. Tem por finalidade demonstrar a importância da Segurança Comportamental no ambiente de trabalho em presença da eletricidade. Ou seja, avaliar a relação entre: Comportamento de Risco X Comportamento Seguro A mudança comportamental com foco na segurança do trabalho e a melhoria constan- tes no ambiente de trabalho constituem uma ferramenta eficaz na prevenção de aciden- tes dentro das empresas e poderá ser usa- da como estratégia para alcançar metas, tais como, redução de perdas, redução de aciden- tes, redução de custos, os quais irão incidir diretamente no lucro das empresas. Os principais fatores que levam ao acidente residem nas condições inseguras no posto de trabalho, nas falhas ou ausência de pro- 1. OBJETIVOS DO MÓDULO DE SEGURANÇA COMPORTAMENTAL 2. MUDANÇA E SEGURANÇA COMPORTAMENTAL cedimentos de segurança dos trabalhadores, nas ações displicentes ou inseguras no traba- lho, bem como a falta de valorização do fator segurança no processo produtivo como um todo. Mudança Comportamental E o que dizer quando nos referimos aos riscos com eletricidade? - Apresentam características específicas: não têm cor e nem cheiro. - Oferecem potencial para sérias conseqüên- cias: queimaduras, afastamentos do trabalho, perda de algum membro do corpo, morte, etc. EM OUTRAS PALAVRAS: Não há mágica Quando o assunto for segurança em eletricidade, sua excelência depende por parte de todos nós de: - Compromisso - Responsabilidade - Integração - Envolvimento - Mentalidade “Acidente Zero” Reconhecendo e Avaliando os Riscos
  • 12. 12 Os trabalhadores com eletricidade devem co- nhecer todo o processo produtivo dentro da atividade que executa. Ao adotar o comportamento seguro, toman- do as medidas de controle pertinentes a cada etapa em execução, acarretará num baixo ín- dice de acidentes. Reconhecendo e Avaliando os Riscos Ao reconhecer o perigo característico de cada etapa em execução, deve-se avaliar o risco – probabilidade de acontecer um acidente. Considera-se um risco aceitável quando há meios de evitá-lo, ou seja, adotando um com- portamento seguro. Quando o risco é inaceitável, faz-se a elimina- ção ou controle adotando o comportamento seguro. Em eletricidade não se admite dúvida, exige conhecimento nos procedimentos e identifi- cação dos possíveis riscos a que estão su- jeitos. Se o perigo não foi identificado como um possível risco, seja pelo desconhecimento, ações displicentes, desvalorização do fator segurança, etc , o trabalhador estará adotan- do comportamento de risco, o qual levará a ocorrência de acidentes. Barreiras aos Acidentes Barreiras aos Acidentes Conclusão - Muitas vezes o trabalhador se expõe ao risco por desconhecer os perigos aos quais está exposto - Assim, dificilmente ele reconhecerá os ris- cos da tarefa e a probabilidade de se expor ao perigo fica aumentada em razão de suas práticas de comportamento inseguro (ou de risco). - E o pior: quanto menos o trabalhador perce- ber o risco mais ele estará exposto aos peri- gos e, como conseqüência, aos acidentes. - Causas da Maioria dos Acidentes de Trabalho; - Falta de planejamento e/ou programação; - Improviso ou despreparo do trabalhador; - Procedimentos de trabalho inexistentes ou inadequados; - Inexistência ou inadequação das APR’s; - Uso inadequado ou inexistência de EPC’s e EPI’s; - Uso incorreto ou inexistência de instrumentos ou ferramental; - Tolerância por parte da empresa no descumprimento das normas de segurança pessoal;
  • 13. 13 - Sinalização de segurança inexistente, deficiente ou inadequada; - Falta de comprometimento, negligência ou omissão por parte das pessoas envolvidas. Prejuízos Causados pelos Aciden- tes de Trabalho EFEITOS NAS EMPRESAS - Perda de colaboradores qualificados, expe- rientes, somada à perda do investimento des- pendido para treiná-los; - Indenizações a trabalhadores feridos e a pa- rentes de trabalhadores que falecem no exer- cício de sua profissão; - Multas trabalhistas; - Perdas de contratos, principalmente os maiores. Comportamento com Foco na Segurança do Trabalho A capacidade de indicar e controlar os riscos em uma atividade no presente, de forma a reduzir a probabilidade de ocorrências inde- sejáveis no futuro, para si e para os outros.” Tipos de Comportamento e suas Características: A FORÇA DO HÁBITO Nós usamos os sentidos tão freqüentemente que na maioria das coisas que fazemos não precisamos sequer pensar nelas. Quando fazemos alguma coisa sem precisar PENSAR nela, então estamos tendo um com- portamento chamado: FORÇA DO HÁBITO. - Respirou - Leu o jornal - Ao se encaminhar para a poltrona, você se preparou, calculou ou mediu a distância que teria que percorrer? - Abriu a porta da sua casa ao entrar ou ela já estava aberta? BOA força do hábito - Fazer testes nos equipamentos de segurança antes das atividades - Fazer uso correto de EPI’s - Manter os corredores e equipamentos de emergência desobstruídos - Cumprir as regras de segurança MÁ força do hábito - Entrar em zonas de risco sem autorização porque havia pressa - Realizar trabalhos sem EPI’s apropriados - Utilizar ferramentas inadequadas somente porque elas estavam disponíveis por perto - Identificar uma não conformidade e “deixar para corrigir quando eu tiver tempo”. Analisando a Redução dos Riscos Alguns dos fatores que contribuem para a REDUÇÃO dos riscos: - Freqüência do comportamento seguro - Atualização das normas e procedimentos operacionais - Senso de segurança - Qualidade na comunicação - Quantidade de comunicações - Sentimento de controle pessoal pela segurança - Apoio aos colegas de trabalho - Responsabilidade individual Estilos Pessoais de Comunicação O “EU” e como me comunico: - Com os COLEGAS; - Com a EMPRESA; - Com as PESSOAS, em geral.
  • 14. 14 Estilos Pessoais de Comunicação Principais estilos pessoais de comunicação: - Estilo PASSIVO: - Sente-se bloqueado quando lhe apresentam um problema para resolver; - Tem medo de avançar e de decidir porque receia a decepção; - Tem medo de importunar os outros; - Deixa que os outros abusem dele; - O seu “time” é o time do ambiente onde está inserido; - Ele tende a fundir-se com o grupo, por medo. - Estilo AGRESSIVO; Procura: - Dominar os outros; - Valorizar-se às custas dos outros; - Ignorar e desvalorizar sistematicamente o que os outros fazem e dizem. - Em posição dominante: autoritarismo, frieza, me- nosprezo, intolerância; - Em posição subordinada: contestação sistemáti- ca, hostilidade “ a priori” contra tudo o que vem de cima. COMO IDENTIFICAR: - Fala alto; - Faz barulho com os seus afazeres enquanto os outros se exprimem; - Não controla o tempo enquanto fala; - Olha de revés o seu interlocutor; - Demonstra sorriso irônico; - Manifesta por mímica o seu desprezo ou a sua desaprovação; - Recorre a imagens chocantes ou brutais. - Estilo MANIPULADOR. - Valoriza o outro através de frases que pretende que sejam humorísticas e que denotem inteligência e cultura; - Utiliza a simulação como instrumento. Nega fa- tos e inventa histórias para mostrar que as coisas não são da sua responsabilidade; - Fala por meias palavras; - É mais hábil em criar conflitos no momento oportuno do que reduzir as tensões existentes; - Tira partido das leis e das regras, adapta-o aos seus interesses e considera que, quem não o faz é estúpido; - Emprega freqüentemente o “nós” e não o “eu”; - Apresenta-se sempre cheio de boas intenções. Comportamento na Empresa: POSTURA PROFISSIONAL Comportamento que pode pesar mais que o próprio desempenho do indivíduo na empresa. Administrando Conflitos no Trabalho 1. Fase inicial - Antes de tratar um conflito é necessário: - Levantar os indícios, dados e fatos pertinentes, e discuta com as pessoas envolvidas. - Mostre às pessoas envolvidas os benefícios po- tenciais do tratamento do problema. - Ouça atentamente, encoraje-as, desfazendo as defesas e as resistências. - Tendo conseguido a adesão significativa, o con- flito está maduro e pronto para ser tratado. - Passe, então, para a fase seguinte. POSTURA NO ATENDIMENTO A OUTRA PESSOA - Seja objetivo; - Chame sempre seu interlocutor pelo nome;
  • 15. 15 - Olhe nos olhos; - Mostre-se interessado em atendê-la; - Não desvie o assunto após “quebrar o gelo”. EVITE ATITUDES TAIS COMO: - Prometer e não cumprir - Indiferença e atitudes indelicadas - Não ouvir - Dizer que ele não tem o direito de estar “nervoso” - Agir com sarcasmo e prepotência - Questionar sua integridade - Discutir - Não dar retorno - Usar palavras inadequadas - Apresentar aparência e postura pouco profissionais MANTENDO UM BOM RELACIONAMENTO PESSOAL É todo comportamento que afeta negativamente a produtividade e a harmonia de um ambiente de trabalho. Os conflitos surgem , geralmente , pela elevada intensidade das insatisfações CAUSAS DOS CONFLITOS NO AMBIENTE DE TRABALHO - Competição entre pessoas por recursos disponí- veis, porém escassos; - Divergência de alvos entre as pessoas; - Tentativas de autonomia/libertação de uma das pessoas em relação a outra. ADMINISTRAÇÃO DOS CONFLITOS? Estimular a competitividade saudável Evitar “colocar a lenha na fogueira”. Colaborar para se encontrar soluções Entrar em acordo. Bullying no Ambiente de Trabalho É uma brincadeira que não tem graça. Quem sofre com o bullying é o perseguido, o hu- milhado e o intimidado. Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos... - Ocorre principalmente nos ambientes de trabalho e familiar; - Apresenta atitudes intencionais e repetidas (às vezes agressivas); - São tradicionalmente admitidas como naturais; - Habitualmente é incorporado ou não valorizado pelos colegas e supervisores. EXEMPLOS DE AÇÕES QUE PODEM ESTAR PRESENTES NO BULLYING - Colocar apelidos - Ofender - Zoar - Gozar - Encarnar - Sacanear - Humilhar - Chutar - Fazer sofrer - Discriminar - Excluir - Isolar - Ignorar - Intimidar - Ferir - Roubar - Perseguir - Assediar - Bater - Aterrorizar - Amedrontar - Tiranizar - Dominar - Agredir - Empurrar - Quebrar pertences Características da vítima do Bullying: - Passiva ou retraída; - Medrosa e não participativa; - Com falta de sono ou pesadelo; - Com dificuldade de atenção; - É o centro das atenções (negativas) dos colegas; - Apresenta impulsividade ou agressividade (às vezes). Fatores de Risco para a presença do Bullying: - Fatores econômicos, sociais e culturais; - Aspectos inatos do temperamento do agressor; - Influências familiares, de amigos ou da própria comunidade; - Diferenças físicas; Origem da vítima.
  • 16. 16 Formas de prevenção do Bullying: Promover a orientação através da informação e discussão do assunto na comunidade; Criar regras de convivência claras e discuti-las; Valorizar a ética, a amizade, a solidariedade e o respeito à diversidade Estimular as vítimas a reconhecerem seus talen- tos. Formas de Intervenção do Bullying: O BULLYING só é interrompido pela interferên- cia de pessoas que tenham autoridade sobre seus praticantes; Oferecer apoio e confiança aos alvos; Buscar o diálogo; O BULLYING É PASSÍVEL DE PUNIÇÃO! O QUE É UMA EQUIPE? Uma equipe se forma quando 2 ou mais indivíduos interdependentes e em interação se aproximam vi- sando a obtenção de um determinado objetivo. - O que significa trabalhar em equipe? - Cumprir com suas responsabilidades no tempo estabelecido - Focar nos detalhes, sem esquecer o geral - Ajudar - Apoiar - Compartilhar conhecimentos - Compartilhar experiências - Motivar-se e procurar motivar os outros E o que faz, portanto, a diferença? A ATITUDE - A atitude, cada um desenvolve a sua. A escolha é de cada um; - Como vai pensar, como vai relacionar, como vai agir; - O sucesso de uma equipe está, pois, por detrás da atitude de cada um de seus membros. POSTURA NO ATENDIMENTO A OUTRA PESSOA - Seja objetivo; - Chame sempre seu interlocutor pelo nome; - Olhe nos olhos; - Mostre-se interessado em atendê-la; - Não desvie o assunto após “quebrar o gelo”.
  • 17. 17 JRK OCUPACIONAL MÓDULO C 1. Condições Impeditivas para Serviço 2. Riscos Típicos no SEP e sua prevenção a) Proximidade e Contato com Partes Ener- gizadas b) Indução c) Descargas Atmosféricas d Estática e) Campos Elétricos e Magnéticos f) Comunicação e Identificação g) Trabalhos em Altura , Máquinas e Equipamentos Especiais 3. Análise de Risco 4. Procedimentos de Trabalho 5. Liberação de Equipamentos
  • 18. 18 1. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇO Todo e qualquer elemento que ocasione riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores deverão ser tratados como condições impedi- tivas para serviços, dessa forma temos: Agentes Biológicos: - Presença de Animais – é muito comum em canaletas cabos e mesmo dentro de cubículos a presença de animais. Estes animais podem apresentar riscos para o trabalhador caso se- jam peçonhentos (cobra, aranha, escorpião etc...) e outros animais podem representar situação de perigo com algo grau de risco pela proximidade de barramentos energiza- dos , particularmente dentro de cubículos. É bom lembrar que Ratos, Gambás, Micos, ga- tos, Cobras e outros animais costumam en- trar nos cubículos e provocar curto circuitos e arco elétrico com explosão e emissão de radiação com gases em altas temperaturas. - Ocorrem também situações de maribondos e Abelhas que exigem técnicas apropriadas de remoção. - Recomendamos sempre o respeito a Fauna Local com os devidos cuidados quanto a As- pectos e Impactos Ambientais . Existe legis- lação pertinente com responsabilidade civil e criminal para crimes ambientais. - O corpo de bombeiros, policia florestal , IBAMA e outros órgãos prestam serviços nesta área. O que fazer então em tal situação ? Usar do direto de recusa ? Nestescasosrecomendamossempreasolução que garanta a segurança dos trabalhadores e do sistema elétrico. Providências imediatas devem ser tomadas no sentido de evitar a exposição do trabalhador, mesmo que tenha que utilizar do direto de recusa. Pode ser negociado com a operação medidas para desenergizar o circuito com rápido des- ligamento do sistema elétrico para remoção do agente de risco ou reprogramar o desliga- mento e o serviço. Soluções de Engenharia são sempre reco- mendadas para evitar entrada de animais e aproximação de partes energizadas que de- vem estar segregadas dentro de cubículos evitando assim qualquer contato acidental. Agentes Físicos: - Ruído – Não é característico do SEP apre- sentar níveis de ruído que venha a compro- meter a saúde auditiva do trabalhador. Os ambientes que apresentam níveis de ruído in- salubres normalmente estão no ambiente da geração de energia, tendo o Gerador como principal de fonte de ruído. Os projetos mod- ernos já fazer um bom controle na fonte de geração com encapsulamento e adoção de barreiras de isolamento acústico de forma a fazer a contenção dos ruídos gerados. Mas existem ainda em operação instalações antigas , onde o nível de automação ainda é baixo e equipamentos ruidosos ainda colocam a saúde auditiva do trabalhador recebe doses excessivas segundo a NR 15 e que requerem a utilização de protetores auriculares. (as vez- es usam dupla proteção auditiva – protetor tipo plug + protetor tipo concha) Os famosos carregadores de bateria (antigos) ainda apresentam altos níveis de ruído, par- ticularmente nos horários vespertino e no- turno quando o ruído de fundo fica bastante reduzido. Enfim , a recomendação é fazer um laudo téc- nico com o levantamento dos níveis de ruído da instalação e caso estejam acima dos níveis aceitáveis.
  • 19. 19 (NR 15 ) adotar as devidas medidas de con- trole (EPI,s , EPC,s ) e se for o caso , remover a fonte de ruído como medida de engenharia de segurança e saúde ocupacional. - Radiações : A exposição a radiações ultra violetas pode provocar câncer de pele e a re- comendação para trabalhos no SEP ao ar livre é a utilização do filtro solar conforme fator re- comendado pela área de medicina ocupacio- nal da empresa com a respectiva hidratação em dias de muito calor. - Umidade – Não combina com eletricidade para efeito da segurança do trabalhador, por- tanto em situação de forte chuva com descar- gas atmosféricas o serviço pode ser suspenso e reprogramado. - Agentes Químicos – Em salas de bateria é comum a presença de agentes químicos e portanto nestes ambientes é muito impor- tante a utilização dos EPI,s apropriados para lidar com produtos químicos (luvas, óculos e outros). Lembramos que bateria explode e portanto , sempre que entrar em salas de bateria deve-se utilizar dos recursos de ven- tilação para retirada de gases presentes no ambiente, particularmente as subestações ou instalações elétricas automatizadas e fecha- dos por longos períodos. Obs. O Ascarel é proibido e portanto se exis- tir bancos de capacitores ou transformadores com este tipo de liquido isolante, é impor- tante verificar a existência de vazamentos e evitar qualquer contato. Cuidados ambientais devem ser tomados para remoção deste re- síduo perigoso. - Riscos Ergonômicos – As posturas de trabalho envolvendo atividades de eletrici- dade, particularmente trabalhos em altura , onde exige do trabalhador longos períodos apoiados única e exclusivamente em cintos de segurança, podem comprometer seriamente a saúde do trabalhador, portanto recomenda- mos recursos apropriados para trabalhos em altura (andaimes, plataformas elevatórias e outros) no sentido de manter o conforto para atividades que requerem longos períodos em uma mesma posição. No SEP é comum trabalhos em altura em função das distancias de segurança (área de risco e controlada) com relação ao potencial de terra e pessoas. O atual cinto de segurança ; tipo paraque- dista, com recurso anti queda e linha de vida, melhorou muito a segurança do eletricista quanto ao conforto tanto na subida quanto na descida. Obs. É considerado trabalho em altura , ativi- dades realizadas acima de 1,80 metros do solo conforme a portaria 3214 do MTE . Algumas empresas são mais rigorosas e adotam va- lores acima de 2,00 metros (ex, VALE). - Riscos de Transporte de Pessoal É muito comum o registro de acidentes en- volvendo veículos em empresas que fazem a manutenção e operação do SEP em função das longas distancias a serem percorridas. Estes acidentes ocorrem as vezes por falha mecânica dado a envelhecimento da frota ou falta de manutenção. Mas o que se verifica na prática são acident- es decorrentes do comportamento de risco do condutor do veiculo. Um dos fatores que tem levado a muitos acidentes com veículos é o USO DO CELULAR AO VOLANTE, aliado a pressa ou falta de tempo para estacionar o veiculo. Lembramos que a PRESSA é sinal dos nossos tempos e que é inimiga da per- feição, e mui amiga do ATALHO ou Jeitinho de chegar mais RÁPIDO. Grande empresa do setor de mineração im- plantou recentemente um sistema chamado RAC – Requisitos de Atividade Crítica e uma
  • 20. 20 das atividades críticas é a condução de veícu- los dentro e fora das minas. O transporte de pessoas junto materiais e eq- uipamentos no mesmo compartimento não é recomendado devido aos riscos envolvidos em caso de impacto e contato com partes cortantes expostas. Ex. Pessoal de Limpeza e Aceiro de Faixa de Servidão carregar Facão, Foice, Motoserra e outros recursos para pode de arvores junto com a equipe de trabalho. As vezes sobre banco de passageiros. Enfim , embora a gravidade da fonte de en- ergia elétrica seja altíssima , devemos cuidar também dos agentes que possam impedir a realização do serviço de forma segura. 6. LIBERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Riscos Típicos no SEP e sua prevenção: a) Proximidade e Contato com Partes Energizadas b) Indução c) Descargas Atmosféricas d) Estática e) Campos Elétricos e Magnéticos f) Comunicação e Identificação g) Trabalhos em Altura , Máquinas e Equipamentos Especiais a) PROXIMIDADE E CONTATO COM PARTES ENERGIZADAS: A proximidade com partes energizadas pode ocorrer no momento que as distâncias de se- gurança forem violadas. Vale lembrar que so- mente os profissionais Qualificados e Autor- izados a trabalhar com eletricidade e que tem o conhecimento dos riscos envolvidos é que podem adentrar as Zonas de Risco e Zona de Controle. Os trabalhadores não Autorizados a trabalhar com eletricidade, mesmo tendo a qualificação somente devem ter acesso ao ambiente de risco elétrico com o acompanha- mento e supervisão de profissional autorizado. Somente será autorizado a trabalhar com Eletricidade ou em suas proximidades os tra- balhadores que tenham realizado com suces- so os treinamentos estabelecidos pela NR 10 em seus anexos 1e 2 respectivamente (Cur- so Básico e Complementar – SEP , ambos de 40 hs) . O curso de Reciclagem deve ser ministrado caso de afastamento da função (90 dias) , mudança de função ou ambiente ocupacional. Mesmo tendo conhecimento dos riscos en- volvidos o eletricista pode tocar acidental- mente ou aproximar acidentalmente de partes energizadas. A aproximação de partes energi- zadas , particularmente no SEP, é possível de ocorrer acidentalmente pelo uso de ferramen- tas e equipamentos. Neste caso a utilização de medidas de controle é fundamental. Temos como medidas de controle a sinaliza- ção e delimitação da área de serviço através da instalação de Barreiras Isolantes que são fabricadas em cores vivas e de cor alaranjada de forma a evitar que o trabalhar possa subir a estrutura e entrar no circuito energizado. A instalação de Barreiras isolantes é obrigatório segundo a NR 10, sempre que existir o risco de violação da distância de segurança con- forme tabela abaixo: As barreiras são obstáculos que impedem o contato acidental com partes energizadas do SEP e podem ser de material isolante ou não. Para ampliar a Zona de Controle e adentrar a Zona de Risco deve-se SEMPRE utilizar Bar-
  • 21. 21 reiras feitas com Material Isolante (Cuidado com o Nível de Tensão ). Com o objetivo de ampliar a Zona de Livre Acesso (Pessoal Não Autorizado) pode ser utilizada Barreira de material não isolante, mas que tenha resistência mecânica e impeça deslocamento em caso de contato acidental. Um cubículo que torna a parte energizada segregada e inacessível, inclusive aciden- talmente é um obstáculo e uma barreira ao mesmo tempo, pois impede acesso voluntário a partes energizadas, portanto recomendada em locais de livre acesso. B) INDUÇÃO: A indução ocorre no SEP devido aos altos níveis de tensão que facilitam a formação de campos eletromagnéticos com a indução de correntes em partes metálicas. Desde que estas partes metálicas estejam conectadas a uma boa malha de terra , podemos dizer que não existe risco de choque elétrico por tensão de toque e tensão de passo. Caso o aterra- mento do sistema não seja muito confiável estas tensões induzidas podem promover di- ferença de potencial entre partes metálicas e a terra ou gradientes de potencial na terra. Quando tocamos uma estrutura metálica de uma instalação do SEP e sentimos o choque (as vezes com ruído característico) é porque estamos descarregando a tensão induzida em nosso corpo para a malha de terra do siste- ma. Problemas decorrentes de tensão induzida devem ser resolvidos preferencialmente pela equipe de engenharia através de medições da malha de terra do SEP e verificação dos va- lores limites estabelecidos pelas normas da ABNT. ( ver normas módulo A). C) DESCARGAS ATMOSFÉRICAS As descargas atmosféricas ocorrem devido a uma diferença de potencial entre as nuvens e a terra. È como um grande capacitor, onde a base na base da nuvem são formadas car- gas estáticas de polaridade positiva e induz na terra potencial negativo. Em determinadas condições de temperatura e pressão atmosfé- rica (CNTP) , há formação de uma descarga chamada lider em direção a terra na veloci- dade de 50 metros por segundo , chamada descarga descendente . No mesmo instante forma-se uma descarga em direção à nuvem chamada descarga ascendente. No instante em que estas descargas se encontram temos uma espécie de curto circuito (RAIO) com explosão (trovão) e grande emissão de ener-
  • 22. 22 gia (ralâmpago) da nuvem para a terra. O ponto de encontro dessas descargas (Dis- tância de Descarga ou Escorvamento) é fun- damental para dimensionamento da altura do mastro para instalação do para raio. Normal- mente estes valores são diagnosticados atra- vés de sistemas de monitoramento de des- cargas atmosféricas. O que importa de fato , sob o ponto de vista da segurança ocupacional é que a engenharia do SEP faça bons projetos de malha de aterra e Sistemas de Proteção Contra Descarga At- mosférica (SPDA) com objetivo de proteger equipamentos e fundamentalmente PESSO- AS. Bons projetos garantem mais de 90% de se- gurança contra penetração de descargas at- mosféricas no SEP. Com certeza as descargas iram acontecer, principalmente em regiões de alta incidência de descargas atmosféricas ( ní- vel ceraunico) , mas é muito importante para a segurança do trabalhador que todas tenham o endereço certo da malha de terra. Como medida de controle para garantir a se- gurança do eletricista é fundamental e obri- gatório , inclusive por força de lei (NR 10 ) a utilização de sistema de aterramento TEMPO- RÁRIO. Recomendação IMPORTANTE ......NUNCA ESQUECER de fazer o Teste de Ausência de Tensão antes de aplicar o aterramento e uma vez liberado o equipamento para energização fazer a retirada do mesmo. Maiores detalhes serão passados no item Procedimentos de Segurança. D/E) CARGA ESTÁTICA E CAMPO ELETROMAGNÉTICO As cargas estáticas e campos eletromagnéti- cos ocorrem naturalmente em ambientes do SEP devido aos elevados níveis de tensão, conforme já dito anteriormente. O importante sob o ponto de vista da segurança ocupa- cional é o monitoramento destes campos de energia de forma a mantê-los dentro dos ní- veis recomendados. Existem muitas pesquisas sobre questões de insalubridade para os trabalhadores que ficam sujeitos a estes campos, mas ainda não foi comprovado cientificamente danos a saúde. Vale lembrar que em Saúde Ocupacional, a di- ferença entre REMÉDIO e VENENO é a DOSE e tempo de exposição. Dependendo da DOSE e o Tempo de Exposi- ção até Remédio pode provocar sérios danos a saúde humana. Existem ainda muitas crendices com relação a danos provocados a saúde humana pelos campos eletromagnéticos no SEP. F) COMUNICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO Falhas de comunicação podem provocar aci- dentes graves em trabalhos no SEP. Como as atividades no SEP envolve grandes distân- cias entre equipes e entre essas e os centros de operação , a utilização correta dos recur- sos de comunicação (Rádios Portáteis – UHF, VHF, Via Satélite e Outros) é fundamental para garantir a segurança do trabalhador. Sistemas de comunicação costumam sofrer interferências que poderão levar a ações inse- guras como o entendimento de estar ou não liberado pela operação (PLE). Na prática , falhas de comunicação ocorrem devido atitudes ligadas a comportamento de risco do trabalhador ao usar o recurso. Es- sas falhas decorrem na maioria das vezes por tensões geradas no relacionamento entre o pessoal de manutenção e operação do siste- ma. De um lado a pressão pela liberação do serviço e energização do sistema e de outro a preocupação da equipe em manter a con- centração no serviço que exige um raciocínio lógico e muito equilíbrio emocional. No módulo B (Aspectos Comportamentais) observa-se as diferentes personalidades e formas de comunicação.
  • 23. 23 O importante sob o ponto de vista da segu- rança ocupacional é eliminar ou controlar os COMPORTAMENTOS DE RISCO que podem levar a falhas na comunicação e erros na SE- QUÊNCIA DE MANOBRAS do SEP e queima de etapas ou passos importantes para garan- tir a segurança do trabalhador. A identificação do trabalhador é muito impor- tante, particularmente em caso de acidente. Esta identificação pode ser feita através de crachás com nome , matrícula, função e com devida autorização para trabalhos envolvendo eletricidade. G) TRABALHOS EM ALTURA E EQUIPAMENTOS ESPECIAIS Pelo portaria 3214 do MTE é considerado trabalho em altura , atividades de risco re- alizadas acima de 1,80 metros do solo. No SEP é a segunda maior causa de acidentes as quedas decorrentes de trabalhos em altura. As vezes um pequeno choque sem maiores conseqüências para a saúde do trabalhador pode levar a queda por diferença de nível e acidentes de alta gravidade, dependendo da altura pode chegar a morte. É comum o pessoal da manutenção em Ilumi- nação Pública levar pequenos choques devi- dos a falhas de isolamento em reatores com fuga para a carcaça do braço da luminária. O que evita de fato a queda é a utilização dos recursos adequados para trabalhos em altura como veremos no item de Equipamentos de Proteção a seguir. Os melhores recursos para trabalho em altura são os mecanizados com cestas aéreas com características de isolamento elétrica que im- pedem a presença de diferença de potencial e conseqüentes choques. Recurso como Escadas Isolante, Cintos de Segurança tipo para quedista com trava que- das e linha de vida são largamente utilizados e recomendados por força de lei (NR 10). O eletricista deve ser submetido a exames ri- gorosos para trabalho em altura. Existe limite de peso e trabalhadores com problemas de pressão arterial alta , labirintite , pânico e ou- tros não devem subir. O PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional estabelece exames que devem ser realizados na contratação do tra- balhador com emissão de ASO (Atestado de Saúde Ocupacional), periódico e demissional em caso de desligamento. O importante é que a vida LABORAL fique registrada para efei- to de aposentadoria e outros. O Perfil Pro- fissiográfico Previdenciário (PPP) é um ins- trumento administrativo e legal para registro da vida laboral do trabalhador com objetivos de Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) e Aposentadoria por tempo de serviço ou inva- lidez. 3. ANÁLISE DE RISCO A Análise de Risco é um recurso administra- tivo e tem conformidade legal com recomen- dação pela NR 10 e tem como objetivo levan- tar todos os riscos decorrentes da atividade a ser desenvolvida e estabelecer medidas de controle. A Análise Preliminar de Risco (APR) e Análi- se Preliminar de Tarefa (APT) são largamente utilizadas como medida de controle, e o que diferencia uma da outra é que a APR pode ser apresentada em um padrão já determinando os níveis referenciais de risco existentes con- forme levantamento qualitativo e quantitativo enquanto que a APT requer que o trabalhar faça anotações de próprio punho em vez de marcar como se fosse múltipla escolha. Na verdade , o ato de descrever os riscos e me- didas de controle é uma forma de forçar o trabalhador dedicar de forma concentrada no levantamento dos riscos da tarefa ou ativida-
  • 24. 24 de. A APR em forma de marcação de opções (quadradinhos) leva a banalização da ferra- menta , pois torna-se repetitiva e burocráti- ca. A análise de riscos é um instrumento de con- formidade legal que requer a assinatura de todos trabalhadores envolvidos na atividade. No ato da contratação do trabalhador é emi- tida uma Ordem de Serviço conforme reco- menda a NR 01 informando todos riscos do cargo/função a ser ocupado. A análise de risco também deve ser entendida como uma forma de relato de não confor- midades durante a execução da atividade de risco, pois sempre existem situações novas considerando que o SEP é bastante dinâmico e tem comportamento sazonal; ou seja, época de seca temos queimadas e época de chuvas descargas atmosféricas e outros riscos asso- ciados a tempestades. As empresas tem liberdade de criação dos seus modelos de analise de risco , o impor- tante é que se cumpra o mínimo recomendado pela lei; ou seja, levantamento dos riscos da atividade e respectivas medidas de controle. Além da Analise de Riscos desenvolvida na fase de planejamento ou mobilização da equi- pe, pode-se utilizar uma espécie de Análise de Riscos ao Pé do Poste que tem como ob- jetivo verificar aspectos da realidade do local conforme análise preliminar de riscos. Apresentamos abaixo um modelo de Analise de Risco. 4. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO NO SEP Para instalações elétricas do SEP , é exigido procedimento operacional para serviços em Linha Viva , a Distância e ao Potencial por se tratar de circuitos energizados. Tais pro- cedimentos são rigorosos no que se refere ao controle dos riscos envolvidos. O nível de acidente para estas atividades em circuitos energizados é muito baixo , pois existe todo um planejamento na fase de mobilização das equipes de manutenção em Linha Viva. O es- tado de atenção e concentração é muito alto dado a presença constante do risco grave e eminente. A gravidade é altíssima e quando ocorrem acidentes, na maioria são fatais com queimaduras de terceiro grau. É preciso ordem de serviço (OS) específica para cada tipo de serviço e criteriosa analise de riscos. O serviço é todo monitorado , particularmen- te aqueles onde o eletricista entra no poten- cial. Os maiores riscos ocorrem na entrada e saída do potencial com utilização de EPI,s especiais. Durante a realização dos serviços ao potencial com a utilização de andaimes isolados, é monitorada durante todo tempo a corrente de fuga no sentido de avaliar as condições de isolamento. O controle de umidade relativa do ar é rigo- roso para que não seja violada as condições mínimas de isolamento durante a realização da atividade. É recomendável na fase de planejamento que se faça consulta ao sistema de monitoramen-
  • 25. 25 to e previsão do tempo, para minimização dos riscos de elevação da umidade. O bloqueio dos relés de religamento automáti- ca é um procedimento de segurança em caso de falha ou defeito no SEP e para garantir a segurança do trabalhador. A emissão do pedido de liberação de equipa- mentos pelo Centro de Operação do Sistema (onde houver) com abertura de Permissão para Trabalho (PT) é procedimento muito im- portante. Em caso de manobras no sistema para iso- lamento elétrico e desenergizaçao do circuito a ser trabalhado é importante que haja emis- são de seqüência que pode ser acompanhada pelo supervisor da equipe de manutenção que assina os documentos de liberação de serviço ou equipamento. O perfeito entrosamento entre equipes de manutenção e operação é fundamental para a segurança das atividades tanto na liberação do equipamento para manutenção quanto na entrega do equipamento pelo pessoal da ma- nutenção após realização dos serviços. 5. LIBERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS A Liberação de equipamentos é um procedi- mento administrativo do SEP que tem como objetivo liberar equipamentos de transforma- ção, manobra, proteção e controle, medição, sistemas de telecomunicação e outros para intervenções nas Usinas , Subestações, Li- nhas de Transmissão e Distribuição. A Liberação de Equipamentos (PLE) do SEP para manutenção esta associada a uma Or- dem de Serviço (OS) e a uma Permissão para Trabalho (PT). Todos estes documentos tem conformidade técnica e legal e devem ser assinados pelo Responsáveis Técnicos da Operação e manu- tenção do SEP. Fazem parte deste ritual de liberação de servi- ço uma Seqüência de Manobras que deve ser realizada pelo pessoal da operação do SEP e com o devido reconhecimento do Supervisor ou responsável técnico da manutenção. O pedido de Liberação de Equipamentos pode ser solicitado pelo pessoal da manutenção, obras, projetos e outros e deve ser emitido sempre que ocorra riscos de desligamentos acidentais no sistema elétrico ou TRIP ACI- DENTAL e também risco envolvendo segu- rança de pessoas. Em alguns sistemas as manobras podem ser realizadas remotamente e com confirmação do estado de aberto ou sem carga pela equi- pe local , que pode ser tanto da operação quanto da manutenção. É comum nas gran- des empresas que atual no SEP , a figura do OPERADOR INTINERANTE que acompanha a equipe de manutenção e promove a liberação dos equipamentos no local e inclusive auxilia na instalação dos conjuntos de aterramento. A NR 10 é clara no sentido de quem deve promover os recursos de bloqueio de impe- dimento de energização, teste de ausência de tensão, instalação de conjuntos de ater- ramento e sinalização de área é a equipe de manutenção. Reuniões periódicas (semanais) entre pro- gramadores da operação e manutenção são recomendadas no sentido de promover de forma segura o fechamento das Ordens de Serviço com os pedidos de liberação de equi- pamentos. Vale lembrar que algumas liberações de equi- pamentos que envolvem baixos níveis de ris- co para pessoas e equipamentos podem ser realizadas com permissão de trabalho no lo- cal (PT local) que conhecimento e autorização do pessoal da operação. Hoje existem vários mecanismos promovidos pelas facilidades de comunicação via intranet e outros que agilizam com segurança a libe- ração de equipamentos do SEP.
  • 26. 26 JRK OCUPACIONAL MÓDULO D 1.Técnicas de Trabalho sob Tensão A) Em Linha Viva B) Ao Potencial C) Em Partes Internas D) Trabalho a Distância E) Trabalhos Noturnos F) Ambientes Subterrâneos 2. Equipamentos e Ferramentas de Trabalho
  • 27. 27 Recomendações Gerais: As atividade em instalações elétricas energiza- das podem ser realizadas mediante a adoção de procedimentos que garantam a seguran- ça dos trabalhadores. Nessas condições de trabalho, as atividades podem se desenvolver mediante três métodos, abaixo descritos, os quais serão tratados neste modulo: - Método ao Contato - Método ao Potencial - Método a Distância Recomendações Específicas: a) Intervenções em instalações elétricas com tensões acima de 50 Vca ou 120 Vcc , con- sideradas extra baixa tensão ou tensão de segurança , somente poderão ser realizados por profissionais qualificados, habilitados e autorizados conforme recomenda item 10,8 da NR 10. b) Os trabalhos em instalações energizadas devem obedecer condições mínimos de umi- dade relativa do ar e outros parâmetros no sentido de garantir a efetividade do isolamen- to dos circuitos. c) Procedimentos de Segurança devem ser preparados considerando o potencial de gra- vidade deste tipo de intervenção no sistema elétrico. d) Em caso de percepção ou evidência de si- tuação de risco grave e eminente , a atividade deve ser imediatamente interrompida. Neste caso , o trabalhador adentra a zona de risco e faz contato direto com o potencial, necessitando portanto de adoção de técnicas e recursos especiais para que efetiva garantia da não ocorrência de diferença de potencial entre o eletricista e a rede. Pode-se observar na figura acima a utilização de mangas e lu- vas isolantes de forma a garantir a segurança do trabalhador. È importante que todos recursos obedeçam as respectivas classes de tensão para cada nível de tensão sob intervenção para serviços ao contato no SEP. Neste trabalho o eletricista fica no potencial intermediário, isolado do potencial de terra através de escadas isolantes, plataformas ou cestas aéreas. MÉTODO A DISTÂNCIA Ver na NR 10 em anexo-Tabela com distâncias de segurança. O método a distância possibilita ao eletricista executar atividades em componentes ener- gizados do SEP se posicionando dentro da zona controlada e com recursos de bastões isolantes que garantem a segurança do po- tencial de terra; ou seja, entre o eletricista e o componente do sistema energizado recurso 1. TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO
  • 28. 28 com isolante adequado para garantir a sua segurança.Os bastões isolantes soa utilizados com classe de isolamento para os respectivos níveis de tensão a serem trabalhados. Sob o ponto de vista da segurança ocupa- cional os bastões isolantes devem ser arma- zenados em estufas e de forma a manter a integridade do material isolante. Na fase de mobilização do serviço recomen- da-se fazer o teste de isolamento dos bastões com medição das correntes de fuga. Existe equipamento portátil apropriado no mercado que possibilita este controle. Também segundo a NR 10, devem ser provi- denciados testes com periodicidade anual em laboratório com emissão de certificado. MÉTODO AO POTENCIAL O método ao potencial é largamente utiliza- do em serviços de manutenção de linhas de transmissão, onde os desligamentos pro- gramados são menos freqüentes e implicam em grandes interrupções no fornecimento de energia, a menos que o sistema seja inter- ligado, oferecendo alternativas em anel para alimentação do sistema de distribuição. É o método em que o eletricista fica em con- tato direto com potencial do sistema, ou seja, não há diferença de potencial e portanto pos- sibilidade de circulação de corrente pelo cor- po do trabalhador. Para tanto é preciso a utilização de um con- junto de vestimentas condutivas (vide figura abaixo) , conectando o corpo do eletricista ao potencial da rede através de um cabo con- dutor. Neste serviço , os momentos críticos são a entrada e saída do potencial para que não haja diferença de potencial com ocorrência de arco elétrico. Andaimes isolantes são utilizados para esta finalidade com sistema de monitoramento através de miliamperimetros que monitoram os níveis de corrente de fuga. Também deve ser realizado rigoroso controle da umidade relativa do ar através de termohigrômetros. TRABALHOS NOTURNOS Os trabalhos noturnos no SEP ocorrem em momentos de emergência e normalmente na ocorrência de tempestades com grandes desligamentos de cargas. Neste momento a pressão é muito forte para o pronto restabe- lecimento do sistema. Este de fato é o grande fator de risco para os eletricistas de plantão e que trabalham em regime de escala de re- vezamento. As recomendações sob o ponto de vista da segurança e saúde ocupacional do trabalha- dor é adotarem todos recursos de engenharia para propiciar o maior conforto ocupacional e garantir a segurança das equipes de operação e manutenção do sistema. Estas ações de engenharia envolvem fontes alternativas de energia para garantir níveis razoáveis de iluminação para realização das atividades de forma segura. Sob o ponto de vista da saúde ocupacional al-
  • 29. 29 gumas empresas utilizam de laboratórios do sono para monitoramento e controle do sono com acompanhamento médico das equipes que trabalham no horário noturno. Atividades que exigem precisam deve ser pro- gramadas para os horários diurnos de forma a garantir a segurança e a qualidade da infor- mação. Em tempos passados, antes da automação da subestações, os operadores tiravam leituras dos equipamentos de medição praticamente de hora em hora e esta era uma forma de mante-lo acordado e ativo na operação do sistema. Para as equipes de plantão, particularmente do sistema de distribuição , os veículos são equipados com projetores instalados nos ve- ículos e alimentados pela bateria do mesmo de forma a garantir recursos mínimos de ilu- minação para intervenções no SEP. Estas in- tervenções normalmente são realizadas com o circuito desenergizado. ATIVIDADES SUBTERRANEAS Existem verdadeiros SEP,s subterrâneos com quilômetros de linhas de distribuição e trans- missão de energia elétrica. Os riscos envolvidos em atividades subterrâ- neas estão ligados a presença de gases vene- nosos que retiram a presença de ar respirá- veis em suas taxas de oxigênio e nitrogênio , o que pode provocar desmaios e até a morte de trabalhadores se o resgate não for provi- denciado a tempo. Estas galerias subterrâneas de cabos são consideradas ESPAÇOES CONFINADOS com risco de explosão e as questões de segurança ocupacional devem ser tratadas a luz da NR 33 que estabelece procedimentos e medidas de controle para entrada , permanência e sa- ída destas galerias subterrâneas. A presença de atmosfera explosiva nestes ambientes deve ser diagnosticada e monito- rada e as ferramentas devem características de isolamento para trabalhos em áreas classi- ficadas; seja, totalmente a prova de emissão de descargas elétricas que possam provocar ignição do gás e explosão. Para efeito da Saúde e Segurança Ocupacio- nal , recomendamos que somente profissio- nais habilitados e autorizados a trabalhar em espaços confinados segundo a NR 33 devem adentrar galerias subterrâneas de linhas e re- des de transmissão e mesmo assim adotan- do todas medidas de controle e proteção do trabalhador. EXEMPLO Tripé trava quedas São utilizados para conduzir trabalhadores na entrada e saída de ambientes confinados.
  • 30. 30 2.EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO Apresentamos abaixo tabela com as classes de tensão e alguns Equipamentos de Prote- ção do eletricista para Serviços sob Tensão no SEP. EPI’s para proteção do corpo inteiro Vestimenta condutiva para serviços ao poten- cial (Linha Viva) EPI’S PARA MEMBROS INFERIORES Calçados condutivos: Destinam-se a prote- ger os trabalhadores quando em atividades em “Linha Viva”. Possuem condutor metálico para conexão com a vestimenta condutiva de trabalho CADEIRA DE ACESSO AO POTENCIAL Este dispositivo auxilia no transporte desde do nível do piso até a cesta ou para se posi- cionar em andaimes isolados. VARAS DE MANOBRA E BASTÕES CONCEITO: As varas de manobra e bastões isolantes tem por objetivo garantir a distancia de segurança e o isolamento necessário nas intervenções em instalações elétricas. São portanto , ferramentas e , ao mesmo tempo, equipamentos de segurança coletiva. INFORMAÇÕES GERAIS: As varas de manobra mais usuais suportam uma tensão de 100 kV por metro; Sujeiras e umidade, reduzem drasticamente o isolamento, por isso, antes de serem usa- das , devem ser limpas de acordo com os procedimentos respectivos; Outro aspecto importante é o acondiciona- mento para o transporte, que deve ser ade- quado; Para tensões acima de 60 kV devem ser tes- tadas quanto à sua condutividade antes de cada uso, com instrumento apropriado. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Tensão máxima: de 20 a 500 kV Comprimento Total: de 1250 a 6450 kV Diâmetro: de 25 a 38 mm
  • 31. 31 APLICAÇÕES: Operações de instalação e retirada de conjun- to de aterramento e curto-circuitamento tem- porária em linhas desenergizadas. Manobras de chave faca e chaves corta cir- cuito fusível Colocação e retirada de cartucho porta fusí- vel e elo fusível Detecção de Tensão Troca de Lâmpadas e elementos do sistema elétrico Poda de Árvores e Limpeza de Redes INFORMAÇÕES GERAIS: São fabricados com materiais isolantes, nor- malmente em fibra de vidro e epóxi; São segmentos (aproximadamente 1m cada) que se somam de acordo com a necessidade de alcance; São providas de suporte universal e cabeçote, onde na ponta pode-se , p.ex, colocar um de- tector de tensão, gancho para desligar chave fusível ou para conectar o cabo de aterramen- to nos fios etc.... NORMAS APLICÁVEIS: ABNT NBR 11854 ASTM F711 IEC 855
  • 32. 32 JRK OCUPACIONAL MÓDULO E - NR - RESGATE DE ACIDENTADO E PRIMEIROS SOCORROS - ACIDENTES DE ORIGEM ELETRICA E RESPONSABILIDADES
  • 33. 33 INTRODUÇÃO A Proteção Contra Incêndio é um assunto um pouco mais complexo do que possa parecer. A primeira vista, imagina-se que ela é com- posta pelos equipamentos de combate à in- cên-dio fixados nas edificações, porem esta é apenas uma parte de um sistema, é necessá- rio o conhecimento e o treinamento dos ocu- pantes da edificação. Estes deverão identificar e o-perar corretamente os equipamentos de combate a incêndio, bem como agir com cal- ma e racionalidade sempre que houver início de fogo, extinguindo-o e/ou solicitando ajuda ao Corpo de Bombeiros através do telefone 193. TEORIA DO FOGO Conceito de Fogo: Fogo é um processo químico de transfor- mação. Podemos também defini-lo como o resulta-do de uma reação química que des- prende luz e calor devido à combustão de materiais di-versos. Elementos que compõem o fogo Os elementos que compõem o fogo são: - Combustível - Comburente (oxigênio) - Calor - Reação em cadeia Esse quarto elemento, também denominado transformação em cadeia, vai formar o qua- drado ou tetraedro do fogo, substi-tuindo o antigo triângulo do fogo. Combustível É todo material que queima. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que os sólidos e os líquidos se transformam pri- mei-ramente em gás pelo calor e depois in- flamam. Sólidos Madeira, papel, tecido, algodão, etc. Líquidos Voláteis – são os que desprendem gases in- flamáveis à temperatura ambiente. Ex.:álcool, éter, benzina, etc. Não Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à temperaturas maiores do que a do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc. Gasosos Butano, Propano Etano, etc.
  • 34. 34 Comburente (Oxigênio) É o elemento ativador do fogo, que se combi- na com os vapores inflamáveis dos combustí- veis, dando vida às chamas e possibilitando a expansão do fogo. Compõe o ar atmosférico na porcentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível para sus- tentar a combustão é de 16%. Calor É uma forma de energia. É o elemento que dá início ao fogo, é ele que faz o fogo se propa- gar. Pode ser uma faísca, uma chama ou até um super aquecimento em máquinas e aparelhos energizados. Reação em Cadeia Os combustíveis, após iniciarem a combus- tão, geram mais calor. Esse calor provocará o desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis, desenvolvendo uma transfor- ma-ção em cadeia ou reação em cadeia, que, em resumo, é o produto de uma transforma- ção gerando outra transformação. PROPAGAÇÃO DO FOGO O fogo pode se propagar: - Pelo contato da chama em outros combustíveis; - Através do deslocamento de partículas incandescentes; - Pela ação do calor. O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos cor-pos. Ele se propaga por três processos de transmissão: Condução É a forma pela qual se transmite o calor atra- vés do próprio material, de molécula a molé- cu-la ou de corpo a corpo. Convecção É quando o calor se transmite através de uma massa de ar aquecida, que se desloca do lo- cal em chamas, levando para outros locais quanti-dade de calor suficiente para que os materiais combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de fogo. Irradiação É quando o calor se transmite por on-das ca- loríficas através do espaço, sem utilizar qual- quer meio material.
  • 35. 35 PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO Ponto de Fulgor É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou ga- ses inflamáveis, os quais, combinados com o oxigênio do ar em contato com uma chama, co-meçam a se queimar, mas a chama não se mantém porque os gases produzidos são ainda insuficientes. Ponto de Combustão É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga, pois essa temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes para manter o fogo ou a transfor- mação em cadeia. Temperatura de Ignição É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, indepen- dente de qualquer fonte de calor. CLASSES DE INCÊNDIO Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis. Somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir o melhor método para uma extin- ção rápida e segura. CLASSE A - Caracteriza-se por fogo em materiais sóli- dos; - Queimam em superfície e profundidade; - Após a queima deixam resíduos, brasas e cinzas; - Esse tipo de incêndio é extinto principal- mente pelo método de resfriamento, e as vezes por abafamento através de jato pulver- izado. CLASSE B - Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis; - Queimam em superfície; - Após a queima, não deixam resíduos; - Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento. CLASSE C - Caracteriza–se por fogo em materiais/equi- pamentos energizados (geralmente equi-pa- mentos elétricos); - A extinção só pode ser realizada com agente extintor não-condutor de eletricidade, nunca com extintores de água ou espuma; - O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força, pois assim ele se tornará um incêndio de classe A ou B. CLASSE D - Caracteriza-se por fogo em metais pirofóri- cos (aluminio, antimônio, magnésio, etc.) - São difíceis de serem apagados; - Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento; - Nunca utilizar extintores de água ou espuma para extinção do fogo. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários o combustível, comburente e o calor, formando o triângulo do fogo ou, mais modernamente, o quadrado ou tetraedro do fogo, quando já se admite a ocorrência de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta retirar um desses elementos.
  • 36. 36 Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os seguintes métodos de extinção: ex- tinção por retirada do material, por abafa- mento, por resfriamento e extinção química. Extinção por retirada do material (Isolamento) Esse método consiste em duas técnicas: - retirada do material que está queimando - retirada do material que está próximo ao fogo Extinção por retirada do comburente (Abafamento) Este método consiste na diminuição ou im- pedimento do contato de oxigênio com o combustível. Extinção por retirada do calor (Resfriamento) Este método consiste na diminuição da tem- peratura e eliminação do calor, até que o com- bustível não gere mais gases ou vapores e se apague. Extinção Química Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia. Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapo-res que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamáv- el. Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dis- sociam pela ação do calor e se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), forman-do outra mistura não– inflamável. EXTINTORES DE INCÊNDIO Destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de incêndios, não devendo ser considerados como substitutos aos siste- mas de extinção mais complexos, mas sim co-mo equipamentos adicionais. Extintores Sobre Rodas (Carretas) As carretas são extintores de grande volume que, para facilitar seu manejo e deslocamen- to, são montados sobre rodas. Recomendações: - Instalar o extintor em local visível e sinalizado; - O extintor não deverá ser instalado em es- cadas, portas e rotas de fuga; - Os locais onde estão instalados os extin- tores, não devem ser obstruídos; - O extintor deverá ser instalado na parede ou colocado em suportes de piso; - O lacre não poderá estar rompido; - O manômetro dos extintores de AP (água pressurizada) e PQS (pó químico seco) deverá indicar a carga. AGENTES EXTINTORES Trata-se de certas substâncias químicas sóli- das, líquidas ou gasosas, que são utilizadas na extinção de um incêndio. Os principais e mais conhecidos são: Água Pressurizada - É o agente extintor indicado para incêndios de classe A.
  • 37. 37 - Age por resfriamento e/ou abafamento. - Pode ser aplicado na forma de jato com- pacto, chuveiro e neblina. Para os dois pri- meiros casos, a ação é por resfriamento. Na forma de neblina, sua ação é de resfri-amento e abafamento. ATENÇÃO: - Nunca use água em fogo das classes C e D. - Nunca use jato direto na classe B. Gás Carbônico (CO2) - É o agente extintor indicado para incêndios da classe C, por não ser condutor de e-letri- cidade; - Age por abafamento, podendo ser também utilizado nas classes A, somente em seu iní- cio e na classe B em ambientes fechados. Pó Químico - É o agente extintor indicado para combater incêndios da classe B; - Age por abafamento, podendo ser também utilizados nas classes A e C, podendo nesta última danificar o equipamento. Pó Químico Especial - É o agente extintor indicado para incêndios da classe D; - Age por abafamento. Espuma - É um agente extintor indicado para incên- dios das classe A e B. - Age por abafamento e secundariamente por resfriamento. - Por ter água na sua composição, não se pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois conduz corrente elétrica. Pó ABC (Fosfato de Monoamônico) - É o agente extintor indicado para incêndios das classes A,B e C; - Age por abafamento Outros Agentes Além dos já citados, podemos considerar como agentes extintores terra, areia, cal, tal- co, etc. GASES LIQÜEFEITOS DE PETRÓLEO (GLP) O Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) é um
  • 38. 38 combustível composto de carbono e hidrogê- nio. É incolor e inodoro e, para que possamos identifica-lo quando ocorrem vazamentos, é adi-cionado um produto químico que tem odor penetrante e característico (mecaptana, etilmer-captan). O GLP é muito volátil e se inflama com facilidade. No caso de vazamento, por ser mais pesado que o ar se deposita em lugares baixos, e em local de difícil ventilação o gás fica acumulado, misturando-se com o ar ambiente, formando uma mistura explosiva ou inflamável, depen- dendo da proporção. A válvula de segurança se romperá a mais ou menos à 70°C. O maior número de ocorrências de vazamen- tos se dá nos botijões de 13 kg, mais facil- men-te encontrado nas residências. No boti- jão de 1 kg por não ter válvula de segurança à risco de explosão. Normalmente, o vazamento se dá na válvula de vedação, junto à mangueira. O GLP oferece uma margem de segurança e o consumidor deve guiar-se pelas seguintes recomendações: - Somente instalar em sua casa equipamento aprovado e executado por uma compa-nhia especializada no ramo; - Não usar martelo ou objeto semelhante para apertar a válvula de abertura dos botijões; - Não abrir o gás para depois riscar o fósforo; - Ao constatar qualquer vazamento, fazer o teste para verificar o local exato com es-puma de sabão, nunca com fogo (chama); - Verificar sempre a validade e condição da mangueira e registro. Como se comportar quando ocorrer um va- zamento sem fogo - Desligar a chave geral da residência, desde que não esteja no ambiente gasado; - Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193 - Abandonar o local; - Ventilar o máximo possível a área; - Levar o botijão de gás para um lugar mais ventilado possível; - Durante a noite, ao constatarmos vazamento (odor) de gás, não devemos nunca a-cender a luz. Devemos fechar a válvula do botijão no escuro e em seguida ventilar o ambiente. Como se comportar quando ocorrer um va- zamento com fogo - Não extinguir de imediato as chamas, a não ser que haja grandes possibilidades de pro- pagação; - Apagar as chamas de outros objetos, se houver, deixando que o fogo continue no bo- tijão, em segurança; - Em último caso, procurar extinguir a cha- ma do botijão pelo método de abafamento, com um pano bem úmido. Para chegar perto do botijão, deve-se procurar ir o mais aga- chado possível para não correr o risco de se queimar, e levar o botijão para um local bem ventilado. PREVENÇÃO DE INCÊNDIO Cuidados Necessários - Respeitar as proibições de fumar no am- biente de trabalho (Lei Estadual nº 11.540, de 12/11/2003); - Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais sinalizados; - Manter o local de trabalho em ordem e limpo; - Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados; - Colocar os materiais de limpeza em reci- pientes próprios e identificados; - Manter desobstruídas as áreas de escape e não deixar, mesmo que provisoriamente, materiais nas escadas e corredores; - Não deixar os equipamentos elétricos liga-
  • 39. 39 dos após sua utilização. Desligue-os da to- mada; - Não improvisar instalações elétricas, nem efetuar consertos em tomadas e interrup-to- res, sem que esteja familiarizado; - Não sobrecarregar as instalações elétricas com a utilização do PLUG T, lembrando que o mesmo oferece riscos de curto-circuíto e outros; - Verificar antes da saída do trabalho, se não há nenhum equipamento elétrico ligado; - Observar as normas de segurança ao mani- pular produtos inflamáveis ou explosivos; - Manter os materiais inflamáveis em local resguardado e à prova de fogo; - Não cobrir fios elétricos com o tapete; - Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os sem- pre na posição vertical e na embalagem; - Não utilizar chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis. INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO DE EMERGÊNCIAS Em caso de Incêndio Recomenda – se: - Manter a calma, evitando o pânico, correrias e gritarias; - Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193; - Usar extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo; - Acionar o botão de alarme mais próximo, ou telefonar para o ramal de emergência, quando não se conseguir a extinção do fogo; - Fechar portas e janelas, confinando o local do sinistro; - Isolar os materiais combustíveis e proteger os equipamentos, desligando o quadro de luz ou o equipamento da tomada; - Comunicar o fato à chefia da área envolvida ou ao responsável do mesmo prédio; - Armar as mangueiras para a extinção do fogo, se for o caso; - Existindo muita fumaça no ambiente ou lo- cal atingido, usar um lenço como máscara (se possível molhado), cobrindo o nariz e a boca; - Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter molhadas as roupas, cabelos, sapatos ou botas. Em caso de confinamento pelo fogo Recomenda-se: - Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça; - Mantenha-se agachado, bem próximo ao chão, onde o calor é menor e ainda existe oxigênio; - No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapa- tos, encharque uma cortina e enrole-se nela, molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao nariz e atravesse o mais rápido que puder. Em caso de abandono de local Recomenda -se: - Seja qual for a emergência, nunca utilizar os elevadores; - Ao abandonar um compartimento, fechar a porta atrás de si (sem trancar) e não vol-tar ao local; - Ande, não corra; - Facilitar a operação dos membros da Equipe de Emergência para o abandono, seguindo à risca as suas orientações; - Ajudar o pessoal incapacitado a sair, dis- pensando especial atenção àqueles que, por qualquer motivo, não estiverem em condições de acompanhar o ritmo de saída (deficientes físicos, mulheres grávidas e outros); - Levar junto com você visitantes; - Sair da frente de grupos em pânico, quando não puder controlá-los. OUTRAS RECOMENDAÇÕES - Não suba, procure sempre descer pelas escadas; - Não respire pela boca, somente pelo nariz; - Não corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais. Com queimaduras ou asfi-
  • 40. 40 xias, o homem ainda pode salvar–se; - Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação. Tire apenas a gravata ou roupas de nylon; - Se suas roupas se incendiarem, jogue–se no chão e role lentamente. Elas se apagarão por abafamento; - Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias escorregadias. DEVERES E OBRIGAÇÕES -Procure conhecer todas as saídas que exis- tem no seu local de trabalho, inclusive as ro- tas de fuga; - Participe ativamente dos treinamentos te- óricos, práticos e reciclagens que lhe forem ministrados; - Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio, quando necessário e possível, adotadas na Empresa; - Comunique imediatamente aos membros da Equipe de Emergência, qualquer tipo de irre- gularidade. A prestação dos Primeiros Socorros depende de conhecimentos básicos, teóricos e práti- cos por parte de quem os está aplicando. O restabelecimento da vítima de um acidente, seja qual for sua natureza, dependerá muito do preparo psicológico e técnico da pesso a que prestar o atendimento. O socorrista deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter grande capacidade de improvisação. O primeiro atendimento mal sucedido pode levar vítimas de acidentes a seqüelas irreversíveis. Para ser um socorrista é necessário ser um bom samarita no, isto é, aquele que presta socorro voluntariamente, por amor ao seu RESGATE DE ACIDENTADO PRIMEIROS SOCORROS semelhante. Para tanto é necessário três coisas básicas, mãos para manipular a vítima, boca para acalmá-la, animá-la e solicitar socorro, e finalmente coração para prestar socorro sem querer receber nada em troca. OBJETIVO Os Primeiros Socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas dedicadas à vítima, fora do ambiente hospita- lar, executadas por qualquer pessoa, treinada, para garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes. AVALIAÇÃO INICIAL Antes de qualquer outra atitude no atendi- mento às vítimas, deve-se obedecer a uma seqüência padronizada de procedimentos que permitirá determinar qual o principal proble- ma associado com a lesão ou doença e quais serão as medidas a serem tomadas para cor- rigi-lo. Essa seqüência padronizada de procedimen- tos é conhecida como exame do paciente. Durante o exame, a vítima deve ser atendida e sumariamente examinada para que, com base nas lesões sofridas e no s seus sinais vitais, as prioridades do atendimento sejam estabe- lecidas. O exame do paciente leva em conta aspectos subjetivos, tais como: - O local da ocorrência. É seguro? Será ne- cessário movimentar a vítima? Há mais de uma vítima ? Pode-se dar conta de todas as vítimas? - A vítima. Está consciente? Tenta falar algu- ma coisa ou aponta para qualquer parte do corp o dela. - As testemunhas. Elas estão tentando dar al- guma informação? O socorrista deve ou- vir o que dizem a respeito dos momentos que anteceder am o acidente. - Mecanismos da lesão. Há algum objeto caí- do próximo da vítima, como escada, mo- to, bicicleta, andaime e etc. A vítima pode ter
  • 41. 41 sido feri da pelo volante do veículo? - Deformidades e lesões. A vítima está caída em posição estranha? Ela está queimada? Há sinais de esmagamento de algum membro ? - Sinais. Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima? Ela vomitou? Ela está tendo con- vulsões? - Para que não haja contaminação, antes de iniciar a manipulação da vítima o socorrista deverá estar aparamentado com luvas cirúrgi- cas, avental com mangas longas, óculos pa- norâmicos e máscara para respiração artificial ou ambú. As informações obtidas por esse processo, que não se estende por mais do que alguns segundos, são extremamente valiosas na seqüência do exame, que é subdividido em duas partes: a análise primária e secundária da vítima. ANÁLISE PRIMÁRIA A análise primária é uma avaliação realizada sempre que a vítima está inconsciente e é ne- cessária para se detectar as condições que colocam em risco iminente a vida da vítima. Ela se desenvolve obedecendo às seguintes etapas: - determinar inconsciência; - abrir vias aéreas; - checar respiração; - checar circulação; - e checar grandes hemorragias. COLAR CERVICAL Tipos - O colar cervical é encontrad o nos ta- manhos pequeno, médio e grande e na forma regulável a qual se ajusta a to do comprimen- to de pescoço. Escolha do tamanho - Com o pescoço da ví- tima em posição anatômica, medir com os dedos da mão, a distância entre a base do pescoço (músculo trapézio) até a base da mandíbula. Em seguida comparar a medida obtida com a parte de plástico existente na lateral do colar, escolhendo assim o tamanho que se adapta ao pescoço da vítima. Colocação do colar cervical (2 socorristas) Socorrista 1 - Retirar qualquer vestimenta e adorno em torno do pescoço da vítima; - Examinar o pescoço da vítima antes de colocar o colar; - Fazer o alinhamento lentamente da cabe- ça e manter firme com uma leve tração para cima; Socorrista 2 - Escolher o colar cervical apropria do; - Passar a parte posteri or do colar por trás do pescoço da vítima; - Colocar a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo da vítima de forma que esteja apoiado firmemente; - Ajustar o colar e prender o velcro, manten- do uma discreta folga (um dedo) entre o colar e o pescoço da vítima; - Manter a imobilização lateral da cabeça até que a mesma seja imobilizada (apoio lateral, preso pelas correias da maca). - Encaminhar para atendimento hospitalar. Queimaduras Conceituação É uma lesão produzida no tecido de revesti- mento do organismo, por agentes térmicos, elétricos, produtos químicos, irradiação ioni- zantes e animais peçonhentos. Sinais e Sintomas 1º Grau - Atinge somente a epiderme; - Dor local e vermelhidão da área atingida. 2º Grau - Atinge a epiderme e a derme; - Apresenta dor local, vermelhidão e bolhas d’água. 3º Grau - Atinge a epiderme, derme e alcança os teci- dos mais profundos, podendo chegar até
  • 42. 42 o osso. Queimadura de Primeiro Grau Queimadura de Segundo Grau Queimadura de Terceiro Grau (Vermelhidão, bolhas, necrose) Primeiros Socorros - Isolar a vítima do agente agressor; - Diminuir a temperatura local, banhando com água fria (1ºGrau); - Proteger a área afetada com plástico; - Não perfurar bolhas, colocar gelo, aplicar medicamentos, nem produtos caseiros; - Retirar parte da roupa que esteja em volta da área queimada; - Retirar anéis e pulseiras, para não provocar estrangulamento ao inchar. - Encaminhar para atendimento hospitalar; A. Queimaduras Elétricas Primeiros Socorros - Desligar a fonte de energia elétrica, ou reti- rar a vítima do contato elétrico com luvas de borracha e luvas de cobertura ou com um bastão isolante, antes de tocar na vítima; - Adotar os cuidados específicos para quei- maduras apresentados anteriormente, se necessário aplicar técnica de Reanimação Cardiopulmonar (RCP). B. Queimaduras nos Olhos Primeiros Socorros - Lavar os olhos com água em abundância durante vários minutos; - Vedar o(os) olho(s) atingido(s) com pano limpo; - Encaminhar para atendimento hospitalar. Principais Imobilizações Provisórias (colar cervical, tipóia, talas) Lesões da Coluna Vertebral Conceituação A coluna vertebral é composta de 33 vértebras sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix, e no seu interior há a medula espinhal, que realiza a condução dos impulsos nervosos. As lesões da coluna vertebral mal conduzidas po- dem produzir lesões graves e irreversíveis de medula, com comprometimento neurológico de- finitivo (tetraplégica ou paraplegia). Todo o cuidado d everá ser tomado com estas viti-
  • 43. 43 mas para não surgirem lesões adicionais. Sinais e Sintomas - Dor local intensa; - Diminuição da sensibilidade, formigamento ou dormência em membros inferiores e/ou superiores; - Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem abaixo da lesão; - Perda do controle esfincteriano (urina e/ou fe- zes soltas). Nota *Todas as vitimas inconscientes deverão ser con- sideradas e tratadas como portadoras de lesões na coluna. Primeiros Socorros - Cuidado especial com a vítima in consciente; - Imobilizar o pescoço antes do transporte, utili- zando o colar cervical; - Movimentar a vítima em bloco, impedindo parti- cularmente movimentos bruscos do pescoço e do tronco; - Colocar em prancha de madeira; - Encaminhar para atendimento hospitalar. Corpo Estranho nos Olhos Conceituação É a introdução acidental de poeiras, grãos diver- sos etc. na cavidade dos glóbulos oculares. Sinais e Sintomas - Dor; - Ardência; - Vermelhidão; - Lacrimej amento. Primeiros Socorros - Não esfregar os olhos; - Lavar o olho com água limpa; - Não remover o corpo estranho manualmente; - Se o corpo estranho não sair com a lavagem, cobrir os dois olhos com pano limpo; - Encaminhar para atendimento hospitalar. Intoxicações e Envenenamentos Conceituação O envenenamento ou intoxicaçã o resulta da pene- tração de substância tóxica/nociva no organismo através da pele, aspiração e ingestão. Sinais e Sintomas - Dor e sensação de queimação nas vias de pene- tração e sistemas correspondentes; - Hálito com odor estranho; - Sonolência, confusão mental, alucinações e delírios, estado de coma; - Lesões cutâneas; - Náuseas e vômitos; - Alterações da respiração e do pulso. Primeiros Socorros A. Pele - Retirar a roupa impregnada; - Lavar a região atingida com água em abundância; - Substâncias sólidas devem ser retiradas antes de lavar com água; - Agasalhar a vítima; - Encami nhar para atendimento hospitalar. B. Aspiração - Proporcionar a ventilação; - Abrir as vias áreas respiratórias; - Encaminhar para atendimento hospitalar. C. Ingestão - Identificar o tipo de veneno ingerido; - Provocar vômito somente quando a vítima apre- sentar-se consciente, oferecendo água; - Não provocar vômitos nos casos de inconsciên- cia, ingestão de soda cáustica, ácidos ou produtos derivados de petróleo; - Encaminhar para atendimento hospitalar.
  • 44. 44 Estado Choque Conceituação É a falência do sistema cardiocirculatório devido a causas variadas, proporcionando uma inadequada perfusã o e oxigenação dos tecidos. Sinais e Sintomas - Inconsciência profunda; - Pulso fraco e rápido; - Aumento da freqüência respiratória; - Perfusão capilar lenta ou nula; - Tremores de frio. Primeiros Socorros - Colocar a vítima em local arejado, afastar curiosos e afrouxar as roupas; - Manter a vítima deitada com as pernas mais elevadas; - Manter a vítima aquecida; - Lateralizar a cabeça em casos de vômitos; - Encaminhar para atendimento hospitalar. Choque Elétrico Conceituação É o fenômeno da passagem da corrente elétrica pelo corpo quando em contato com partes energizadas. Sinais e Sintomas - Parada cardiorrespiratória; - Queimaduras; - Lesões traumáticas. Primeiros Socorros - Interromper imediatamente o contato da vítima com a corrente elétrica, utilizando luvas isolan- tes de borracha, com luvas de cobertura ou bas- tão isolante; - Certificar-se de estar pisando em chão seco, se não estiver usando botas com solado isolante; - Realizar avaliação primária (grau de consciên- cia, respiração e pulsação); - Aplicar as condutas precon izadas para parada cardiorrespiratóri a, queimaduras e lesões trau- máticas; - Encaminhar para atendimento hospitalar. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Conceituação É a ausência das funções vitais, movimentos respi- ratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada de uma delas só existe em curto espaço de tempo; a parada de uma acarreta a parada da outra. A parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos. Sinais e Sintomas -Inconsciência; - Ausência de movimentos respiratórios e batimen- tos cardíacos. Primeiros Socorros A. Desobstrução das Vias Aéreas - Remover dentadura, pontes dentárias, excesso de secreção, dentes soltos etc.; - Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e com a outra fazer uma pequena força para elevar o queixo; - Estender a cabeça da vítima para trás até que a boca abra. B. Respiração Artificial (Boca a Boca) Verificação da Respiração - Encostar o ouvido sobre a boca e nariz da vítima, mantendo as vias aéreas abertas; - Observar se o peito da vítima sobe e desce, ouvir e sentir se há sinal de respiração.
  • 45. 45 Procedimento - Manter a cabeça estendida para trás, sustentan- do o queixo e mantendo as vias aéreas abertas; - Pinçar o nariz da vítima; - Inspirar, enchendo bem o peito, e colocar sua boca de forma a vedar completamente, com seus lábios, a boca da vítima; - Aplicar 1 sopro moderado com duração de 1 a 2 segundos respirar e aplicar mais 1 sopro; - Observar se quando você sopra o peito da vítima sobe; - Aplicar uma respiração boca a boca a cada 5 ou 6 segundos; - Continuar até que a vítima volte a respirar ou o atendimento médico chegue ao local. C. Massagem Cardíaca Verificação do Pulso - Manter a cabeça da vítima estendida para trás, sustentando-a pela testa; - Localizar o Pomo de Adão com a ponta dos de- dos indicador e médio; - Deslizar os dedos em dir eção à lateral do pes- coço para o lado n o qual você estiver posicionado (não utilize o polegar, pois este tem pulso próprio); - Sentir o pulso da carótida (espere 5 – 1 0 se- gundos). A carótida é a artéria mais recomendada por ficar próxima ao coração e ser acessível. Procedimento - Realizar somente quando tiver certeza de que o coração da vítima parou; - Colocar a vítima sobre uma superfície rígida; - Ajoelhar-se ao lado da vítima; - Usando a mão próxima da cintura da vítima, des- lizar os dedos pela lateral das costelas próximas a você, em direção ao centro do peito, até locali- zar a ponta do osso externo; - Colocar a ponta do dedo médio sobre a ponta do osso esterno, alinhando o dedo indicador ao médio; - Colocar a base da sua outra mão (que está mais próxima da cabeça da vítima) ao lado do dedo indicador; - Remover a mão que localizou o osso esterno, colocando-a sobre a que está no peito; - Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de forma que não toquem no peito da vítima. - Posicionar seus ombros diretamente acima de suas mãos sobre o peito da vítima; - Manter os braços retos e os cotovelos esten didos; - Pressionar o osso esterno para baixo, cerca de aproximadamente 5 centímetros; - Executar 15 compressões. Contar as compressões à medida que você as executa; - Fazer as compressões uniformemente e com ritmo; - Durante as compressões, flexionar o tronco ao invés dos joelhos; - Evitar que os seus dedos apertem o peito da vítima durante as compressões.
  • 46. 46 D. Reanimação Cardiopulmonar (RCP) - Aplicar 2 sopros moderados após as 15 compressões; - Completar 4 ciclos de 1 5 compressões e 2 sopros e verificar o pulso. Se não houver pulso, manter o ciclo iniciando sempre pelas compressões no peito. Continuar verificando o pulso a cada 4 – 5 minutos. Se o pulso voltar, faça apenas a respiração boca a boca; - Continuar com a RCP, inclusive durante o transporte, até que a vítima volte a respirar, a ter pulso ou até que o atendimento médico chegue ao local. Picadas e Ferroadas de Animais Peçonhentos Conceituação Animais peçonhentos são aqueles que introduzem no organismo humano substâncias tóxicas. Por exemplo, cobras venenosas, aranhas e escorpiões. Se possível deve-se capturar ou identificar o animal que picou a vítima, mas sem perda de tempo com esse procedimento. Na dúvida, tratar como se o animal fosse peçonhento. Sinais e Sintomas - Marcas da picada; - Dor, inchaço; - Manchas roxas, hemorragia; - Febre, náuseas; - Sudorese, urina escura; - Calafrios, perturbações visuais; - Eritema, dor de cabeça; - Distúrbios visuais; - Queda das pálpebras; - Convulsões; - Dificuldade respiratória. A. Cobras Primeiros Socorros - Manter a vítima deitada. Evite que ela se movi- mente para não favorecer a absorção de veneno; - Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição mais baixa que o coração; - Lavar a picada com água e sabão; - Colocar gelo ou água fria sobre o local; - Remover anéis, relógios, prevenindo assim com- plicações decorrentes do inchaço; - Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o soro em tempo; - Não fazer garroteamento ou torniquete; - Não cortar ou perfurar o local da picada. Medidas Preventivas - Usar botas de cano longo e perneiras; - Proteger as mãos com luvas de raspa ou vaqueta; - Combater os ratos; - Preservar os predadores; - Conservar o meio ambiente. B. Escorpiões/Aranhas Sinais e Sintomas - Dor; - Eritema; - Inchaço; - Febre; - Dor de cabeça. Primeiros Socorros - Os mesmos utilizados nas picadas de cobras; - Encaminhar a vítima imediatamente a o serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de soro específico. Picadas e Ferroadas de Insetos Conceituação Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves
  • 47. 47 ou generalizadas, devido a picadas de insetos (abelhas e formigas). OBS: Especial cuidado deve ser dado a picadas múltiplas ou simultâneas. Têm sido descritos ca- sos fatais por ataque de enxames de abelhas afri- canas por choque e hemólise maciça. Sinais e Sintomas - Eritema local que pode se estender pelo corpo todo; - Prurido; - Dificuldade respiratória (edema de glote). Primeiros Socorros - Retirar os ferrões introduzidos pelos insetos sem espremer; - Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água; - Encaminhar para atendimento hospitalar. TÉCNICAS PARA REMOÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS Conceituação O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando seqüelas irreversíveis ao acidentado. A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não é possível contar com equipes especializadas em resgate. OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte seguro (número de pessoas para realizar o transporte). A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de lesões na coluna vertebral. Uma pesSOAsoa a. Nos braços - Passe um dos braços da vítima ao redor do seu pescoço. b. De apoio - Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o braço da vítima ao redor de seu pescoço. c. Nas costas - Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu pescoço, incline-a para a frente e l evante-a. Duas pessoas a. Cadeirinha - Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da vítima ao redor do seu pescoço e levante a vítima. b. Segurando pelas extremidades - uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a
  • 48. 48 outra, segura pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima simultâneamente. Três pessoas Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das coxas. A terceira segura a parte inferior das coxas e pernas. Os movimentos das três pessoas devem ser simultâneos, para impedir deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e pernas. Quatro pessoas Semelhante ao de três pessoas . A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima im- pedindo qualquer tipo de deslocamento. TELEFONES ÚTEIS CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) - 193 AMBULÂNCIA - 192 POLÍCIA MILITAR - 190 Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exer- cício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. A incidência do acidente do trabalho ocorre em 3 hipóteses: - Quando ocorrer lesão corporal; - Quando o ocorrer perturbação funcional ou; - Quando o ocorrer doença. Consideram-se acidente do trabalho, as seguintes entidades mórbidas: - Doença Profissional: É desencadeada pelo exercício do trabalho pecu- liar a determinada atividade e constante da rela- ção elaborada pelo Ministério do Trabalho e Da Previdência Social; - Doença do Trabalho: É desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se rela- cione diretamente, constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. - A doença proveniente de contaminaçã o acidental do empregado no exercício de sua atividade; - O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário d e trabalho: - Na execução de ordem ou na realização de ser- viço sob a autoridade da empresa; - Na prestação espontâne a de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; - Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão- de- obra, independentemente do meio de loco- moção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; ACIDENTE DO TRABALHO E RESPONSABILIDADES