Este manual aborda diversos aspectos da teologia e práticas pastorais pentecostais. É dividido em seis unidades que discutem prioridades na vida do pastor, preparação para avivamentos, prestação de contas, ministério aos crentes e adoração ungida pelo Espírito. O livro fornece orientações valiosas para pastores e estudantes se prepararem para servir de forma eficaz.
O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais
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Pa sto r
Pentecostal
Teologia e Práticas Pastorais
Reedição do livro 0 Pastor Pentecostal
R a y m o n d C a r l so n - T h o m a s E .T ra sk - L o r e n T r ipl e t t D ic k E a stm a n - T o m m y B a r x e t t
- C harles T . C r a btr ee - J o h n B u e n o - Z enas J. B ic k e t - N a n c ie C a r m ic h a el
2. M A N U A L
Pasto r
Pentecostal
Teologia ePráticas Pastorais
Raymond Carlson -T homas E.Trask - LorenT riplett - D ick Eastman -T ommy Barnett
C harles T. C rabtree -John Bueno - Zenas J. Bicket - N ancie Carmichael
Reedição do livro 0 Pastor Pentecostal
0CP/4D
5. Sumário
Prefácio / 7
Lista de Colaboradores / 9
Unidade 1: Prioridades na Vida do Pastor
Introdução: Prioridades na Vida do Pastor /17
Thomas E. Trask
Grupos de Prestação de Contas para Pastores /19
David Argue
O Pastor e Sua Vida Devocional / 28
Leslie E. Welk
A Vida Conjugal do Pastor / 35
Raymond T. Brock
O Relacionamento com Seu Predecessor / 45
G. Raymond Carlson
Construindo Relacionamentos na Igreja e na Comunidade / 50
Richard B. Foth
Primeiras Coisas ao Assumir uma Nova Igreja / 57
Charles E. Hackett
Trabalhando com Pessoas de Todo Tipo / 61
Hal Donaldson
O Pastor, Seu Gabinete e Seu Horário / 67
William F. Leach
O Gabinete de Estudos do Pastor / 74
Bill Wilson
Pregação Expositiva / 80
George O. Wood
De Volta à Palavra em Nossa Pregação / 98
Thomas E. Trask e Wayde I. Goodall
Unidade 2: A Vida Pessoal do Pastor
Introdução: A Vida Pessoal do Pastor /109
James K. Bridges
O Caráter do Servo dó Senhor /113
Zenas J. Bicket
As Inigualáveis Lutas dos Pastores de Hoje /123
Dennis A. Davis
A Esposa do Pastor /133
Nancie Carmichael
Lidando com as Dificuldades Financeiras na Família / 143
G. Raymond Carlson
Mantendo-se Saudável no Ministério /149
Richard D. Dobbins
Dominando o Estresse e Evitando o Esgotamento /169
Wayde I. Goodall
A Pessoa, as Possessões, os Hábitos, o Humor e o Lazer do Pastor /
Robert J. Strand
Educação Permanente para Atender Necessidades Variáveis / 189
Del Tarr
Ética Sexual no Ministério /198
Wayde I. Goodall
Quando o Pastor Precisa de Ajuda Profissional / 203
Richard D. Dobbins
6. O PASTOR PENTECOSTAL
O Pastor como Pastor de Ovelhas / 216
Wayne Kraiss
Unidade 3: Preparando-se para o flvivamento
Introdução: Avivamento E... / 229
Charles T. Crabtree
Implantando Missão e Visão nos Outros / 235
Tommy Bam etl
Sete Passos para um Avivamento Pentecostal / 243
DavidA. Womack
Desenvolvendo um Ministério de Oração na Igreja Local / 253
Dick Eastman
Avivamento através de Oração e Jejum / 264
Robert W. Rodgers
Alcançando e Discipulando Povos de Outras Etnias / 268
Jesse Miranda
Estabelecendo uma Nova Congregação / 276
Charles E. Hackett e David J. Moore
Atos: O Plano para o Estabelecimento de Igrejas / 281
Scott Hagan
Evangelizando uma Comunidade / 285
Randy Hurst
Mobilizando os Crentes para o Evangelismo / 294
Dale Lane
Treinando e Comissionando Presbíteros e Diáconos / 299
Richard L. Dresselhaus
O Dom de Evangelista: Perspectiva de um Pastor / 310
Glen D. Cole
O Dom de Evangelista: Perspectiva de um Evangelista / 315
Jimmy Davis
Sinais e Maravilhas / 323
Gordon L. Anderson
A Prioridade do Avivamento / 331
Charles T. Crabtree
Unidade 4: Prestação de Contas Eficaz
Introdução: Prestação de Contas à Denominação / 341
Charles Kelly
A Prioridade da Prestação de Contas / 346
GatyA. Kellner
Um Plano de Longo Alcance para a Igreja / 351
Glen D. Cole
Trabalhando com Corpos Ministeriais / 358
T. Ray Racheis
Dirigindo Reuniões Ministeriais e Assembléias Deliberativas / 368
Fulton W. Buntain
Prestação de Contas Bíblica na Igreja / 374
Bob Schmidgall
Conhecendo e Usando o Sistema Legal / 381
Richard R. Hammar
Questões Legais Básicas / 384
Richard R. Hammar
Conhecendo e Usando a Mídia / 392
Jejfrey Brawner
Lidando com Mudanças / 398
Michael D. Comer .
Priorizando o Uso das Instalações da Igreja / 408 *
Danny R. Thomas »
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7. Manejando as Finanças da Igreja / 416
Paul D. Goodman
Supervisionando o Programa de Construção / 421
Mark Burgund
Lidando com os Conflitos / 427
Almon Bartholomew
Resolvendo Crises / 432
Robert H. Spence
Formando uma Equipe Ministerial Qualificada e Dedicada / 438
Dan Betzer
O Uso Eficaz das Descrições de Cargo / 447
E. Allen Ratta
Orientando o Programa de Educação Cristã / 455
J. Melvyn Ming
O Ministério com Crianças / 463
Dick Gruber
Aperfeiçoando Crentes de Banco para a Obra do Ministério / 469
John M. Palmer
Unidade 5: Ministério ao Corpo de Crentes
Introdução: Prioridades do Ministério ao Corpo de Crentes / 483
Everett Stenhouse
Relacionamentos com Outras / 486
DonArgue
De Volta ao Básico em Missões / 490
Loren Triplett
Trabalhando com PastoresAuxiliares: Ponto de Vista de um Pastor- presidente / 496
M. Wayne Benson
Trabalhando com Pastores-presidentes: Ponto de Vista de um PastorAuxiliar / 504
Robert W. Klingenberg
Planejando o Crescimento da Igreja / 510
J. Don George
Crescendo de uma Igreja Pioneira para uma Igreja com Múltiplos Ministérios / 517
Dan Secrist
Cultos Especiais / 528
JerryA. Strandquist
Gerando Boa Vontade na Comunidade para com a Igreja e o Pastor / 537
Zenas J. Bicket
Relacionando-se com os Líderes da Comunidade / 548
Warren D. Bullock
Mudando de Pastorado / 554
Ron McManus
- que É Aconselhamento Bíblico? / 562
'•'‘■'cryde I. Goodall
A: inselhamento Pessoal no Poder do Espírito / 569
Donald Lichi
Mantendo a Visão por Toda a Vida/ 575
John Bueno
Unidade 6: Adoração Ungida peio Espírito
Introdução: A Prioridade do Ministério de Deus / 583
Thomas E. Trask
Dando Lugar aos Distintivos Pentecostais / 586
James K. Bridges
Antes de Subir ao Púlpito: A Preparação do Sermão / 594
H. Maurice Lednicky
A Chamada ao Altar e o Compromisso Congregacional / 599
David Cawston
8. O PASTOR PENTECOSTAL
Obtendo Variedade no Ministério de Púlpito / 607
H. Robert Rhoden
Planejando o Culto de Adoração em Comum Acordo com o Espírito / 614
David Lim
O Lugar Música na Adoração Congregacional / 622
Paul Ferrin
Dirigindo Reuniões de Oração que Chegam ao Trono / 628
James D. Marocco
Conservando a Sã Doutrina e a Manifestação do Espírito / 633
Jerry McCamey
A Pregação Pentecostal / 638
Ernest J. Moen
Fazendo Anúncios nos Cultos / 650
Rob Carlson
Notas de Fim / 657
9. Prefácio
Quando a Igreja nasceu, no Dia de Pentecostes, Deus com eçou a chamar
"pastores” para apascentar os rebanhos de fiéis que se levantariam ao redor
do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado, direção e
ensinam entos que um a congregação recebe. Eles são dons para a igreja
(Ef 4.11), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado
ao m inistério é de procedência divina (At 20.28); seu exem plo é Jesus
Cristo, e o poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.
Julgo que os pastores têm de ser pentecostais para que apascentem
igrejas tam bém pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto que vivemos
num dos tem pos m ais com plicados e plenos de avanços tecnológicos que
este m undo jam ais viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam
não só cheios mas tam bém guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são
com plexas; suas dificuldades e problem as, tam bém . Som ente D eus pode
capacitar-nos a entendê-las e ajudá-las. A m edida que os pastores
em penham -se em auxiliar os que se acham nas garras do alcoolism o, das
d ro g as, do d iv ó rc io e de o u tras in c o n tá v e is tra g éd ias, p re cisa m
urgentem ente de poder e discernim ento do Espírito para ministrar. Os
m étodos para se alcançar as pessoas m udam ; entretanto, nossa m ensagem
não pode mudar. A m ensagem pentecostal, os dons do Espírito Santo e a
pregação do E vangelho com sinais e m aravilhas são absolutam ente
im portantes para o século XXI.
Com o pastores, precisam os tão-som ente do poder do Espírito Santo
para guiar-nos em qualquer esforço que vise libertar e dar direção às
pessoas. Há duas razões para isso. A prim eira é que, nesta altura da história,
as pessoas enfrentam necessidades críticas. As vicissitudes nos lares e os
m ales da sociedade são talvez maiores do que os de qualquer outra geração.
Paralelo a isso está a necessidade de a Igreja Pentecostal satisfazer as atuais
dem andas e exigências sem, todavia, com prom eter a m ensagem que lhe
confiou o Senhor. Estam os envolvidos nas urgências sociais, m as nossa
m ensagem não deve tornar-se um evangelho social. Esta geração não pode
diluir a m ensagem que nos foi entregue. Se a igreja pôr em risco suas
características pentecostais, frustrará o propósito pelo qual Deus a levantou.
Q uando a Escritura diz: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não
ouviu, e não subiram ao coração do hom em são as que D eus preparou para
os que o am am ” (1 Co 2.9), Deus está falando com a igreja. Precisam os
buscar a D eus para saber o que Ele tem reservado para nós e para os nossos
m inistérios. A credito que não tem os com eçado sequer a arranhar a
superfície desse desafio. Não devemos nos descuidar, pensando que só
porque som os pentecostais já tem os experim entado tudo o que Deus tem.
M uitas coisas tem Ele para nós, as quais iremos descobrindo à m edida que
porfiarm o s por an d ar no E sp írito . É m inha oração que você seja
continuam ente cheio com o Espírito Santo, e experim ente tudo o que Deus
lhe tem reservado.
10. O PASTOR PENTECOSTAL
Este livro foi escrito por pastores, reitores e líderes pentecostais. O
m inistério desses autores dar-nos-ão novos esclarecim entos sobre o papel
do pastor. Eles não têm apenas a teoria do m inistério pastoral; possuem
tam bém a prática e o êxito do serviço cristão.
Este livro foi escrito para o pastor e seus auxiliares m ais diretos. E um
com pêndio de teologia prática; é um a ferram enta de referência im ediata a
ser usada sem pre que necessária.
O segundo grupo de leitores visado é aquele que está se preparando
para o m inistério. O estudante diligente que alm eja o m inistério terá
profundo interesse em estar adequadam ente preparado para essa obra
preciosíssim a. Com a preocupação de buscar a excelência em qualquer
obra que D eus lhe confie, o estudante precisa receber conselhos daqueles
que já têm m inistérios com provadam ente bem -sucedidos em áreas
específicas. Em bora não tenham os abordado todos os assuntos, tem os
certeza de que as áreas-chaves do m inistério pastoral foram devidam ente
consideradas. Este livro tem o propósito de ser um a ferram enta para os
pastores pentecostais, quer sejam das A ssem bléias de D eus, quer sejam de
qualquer outra com unidade de fé pentecostal.
A gradeço ao Dr. W ayde Goodall e ao Dr. Zenas B icket pelo notável e
extraordinário trabalho que desem penharam na com pilação de todos os
tópicos discutidos, na atribuição e trabalho com os escritores e na edição
dos resultados. Sou-lhes efusivamente grato à valiosa contribuição prestada
às A ssem bléias de Deus ao longo da execução deste projeto.
É m inha oração que “quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei
tudo em nom e do Senhor Jesus, dando por ele graças a D eus Pai” (Cl
3.17).
— T h o m a s E . T r a s k
Superintendente Geral da
Convenção Geral das Assem bléias de D eus
nos Estados Unidos
11. Lista de Colaboradores
Gordon L. Anderson, Ph.D., Reitor, North Central Bible College, Mineápolis,
Minnesota, Estados Unidos.
David Argue, Presbítero Executivo, Pastor, Chrisfs Place Church, Assembléias
de Deus, Lincoln, Nebraska, Estados Unidos.
Don Argue, Ph.D., Presidente, National Association of Evangelicals, Wheaton,
Illinois, Estados Unidos.
Tommy Barnett, Presbítero Executivo, Pastor, Primeira Assembléia de Deus,
Phoenix, Arizona, Estados Unidos.
Almon M. Bartholomew, Presbítero Executivo, Superintendente Distrital, Nova
Iorque (1976-1996), Siracusa do Norte, Nova Iorque, Estados Unidos.
M. Wayne Benson, Presbítero Executivo, Superintendente Distrital Assistente,
Michigan; Pastor, Primeira Assembléia de Deus, Grand Rapids, Michigan, Estados
Unidos.
Dan Betzer, Presbítero Executivo, Superintendente Distrital Assistente, Flórida
Peninsular; Pastor, Primeira Assembléia de Deus, Fort Myers, Flórida, Estados
Unidos.
Zenas J. Bicket, Ph.D., Reitor, Berean University, Springfield, Missouri, Estados
Unidos.
Jeffrey Brawner, Pastor, Bonita Valley Christian Center, Bonita Valley, Califórnia,
Estados Unidos.
James K. Bridges, Tesoureiro Geral, Convenção Geral das Assembléias de Deus,
Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Raymond T. Brock, Ed.D., Conselheiro Cristão, Tulsa, Oklahoma, Estados
Unidos.
John Bueno, Diretor Regional, Assembléia de Deus Latina, Springfield, Missouri,
Estados Unidos.
Warren D. Bullock, D.Min., Superintendente Distrital, Noroeste, Kirkland,
Washington, Estados Unidos.
Fulton W. Buntain, D.D., Pastor, Primeira Assembléia de Deus, Tacoma,
Washington, Estados Unidos.
Mark Burgund, Administrador de Igreja, Calvary Church, Naperville, Illinois,
Estados Unidos.
G. Raymond Carlson, Superintendente Geral (1986-1993), Convenção Geral
das Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
12. O PASTOR PENTECOSTAL
Rob Carlson, Pastor, Bethany Christian Assembly of God, Everett, Washington,
Estados Unidos.
Nancie Carmichael, Escritora, Editora-at-Large, Virtue, Sisters, Oregon, Estados
Unidos.
David A. Cawston, Pastor, Christian Life Center Assembly of God, Bensalém,
Pensilvânia, Estados Unidos.
Glen D. Cole, D.D., Superintendente Distrital, Califórnia do Norte/Nevada, Santa
Cruz, Califórnia, Estados Unidos.
Michael D. Comer, PastorAuxiliar, Primeira Assembléia de Deus, Winston-Salém,
Carolina do Norte, Estados Unidos.
Charles T. Crabtree, Superintendente Geral Assistente, Convenção Geral das
Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Dennis A. Davis, Reitor, Northwest Bible College, Kirkland, Washington, Estados
Unidos.
Jimmy Davis, D.Min., Representante de Evangelista/Evangelistas, Convenção
Geral das Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Richard D. Dobbins, Ph.D., Fundador e Diretor, Ministério EMERGE, Akron,
Ohio, Estados Unidos.
Hal Donaldson, Editor, Pentecostal Evangel, Springfield, Missouri, Estados
Unidos.
Richard L. Dresselhaus, D.Min., Pastor, PrimeiraAssembléia de Deus, San Diego,
Califórnia, Estados Unidos.
Dick Eastman, D.D., Presidente Internacional, Every Home for Christ, Colorado
Springs, Colorado, Estados Unidos.
Paul Ferrin, Presidente, The Ferrin Music Group, Inc., Colorado Springs,
Colorado; Diretor de Música, Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados
Unidos.
Richard B. Foth, M inistro em M issão Especial para as Comunidades
Congressionais e Diplomáticas de Washington, Distrito de Colúmbia, Arlington,
Virgínia, Estados Unidos.
J. Don George, D.D., Pastor, Calvary Temple Assembly of God, Irving, Texas,
Estados Unidos.
Wayde I. Goodall, D.Min., Coordenador Nacional, Escritório de Aprimoramentos
Ministeriais, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Paul D. Goodman, Superintendente Distrital, Montana, Billings, Montana,
Estados Unidos.
13. LISTA DE COLABORADORES
Dick Gruber, Pastor Auxiliar, Bloomington Assemblies of God, Bloomington,
Minnesota, Estados Unidos.
Charles E. Hackett, Diretor Executivo, Divisão de Missões Nacionais das
Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Richard R. Hammar, J.D., LL.M., CPA, Consultor Legal, Convenção Geral das
Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Scott Hagan, Pastor, Harvest Church Laguna Creek Assembly, Grove Elk,
Califórnia, Estados Unidos.
Randy Hurst, Evangelista, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Charles Kelly, Superintendente Distrital, Carolina do Norte, Dunn, Carolina do
Norte, Estados Unidos.
Gary A. Kellner, Diretor de Educação por Extensão, Seminário Teológico das
Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Robert W. Klingenberg, Evangelista, Caledônia, Michigan, Estados Unidos.
Wayne Kraiss, Reitor, Southern Califórnia College, Diretor, Educação de Nível
Superior das Assembléias de Deus, Costa Mesa, Califórnia, Estados Unidos.
Dale Lane, Pastor Auxiliar, Primeira Assembléia de Deus, Phoenix, Arizona,
Estados Unidos.
William F. Leach, Superintendente Distrital, Michigan, Farmington Hills,
Michigan, Estados Unidos.
H. Maurice Lednicky, D.D., Reitor, Central Bible College, Springfield, Missouri,
Estados Unidos.
Donald Lichi, Ph.D., Vice-Presidente e Diretor de Educação, Ministério
EMERGE, Akron, Ohio, Estados Unidos.
David Lim, D.Min., Pastor, Grace Assembly, Cingapura.
James D. Marocco, D.Min., Pastor, Primeira Assembléia de Deus, Kahului, Havaí,
Estados Unidos.
Jerry G. McCamey, Pastor, Calvary Temple Assembly of God, Indianápolis,
Indiana, Estados Unidos.
Ronald F. McManus, D.Min., Pastor, Primeira Assembléia de Deus, Winston-
Salém, Carolina do Norte; Presbítero Executivo (1993-1995), Estados Unidos.
J. Melvyn Ming, D.Min., Diretor do programa Doutor de Ministério e Professor
de Liderança de Igreja, Assemblies of God Theological Seminary, Springfield,
Missouri, Estados Unidos.
Jesse Miranda. D.Min., Presbítero Executivo, Reitor Assistente, Assuntos Urbanos
e Multiculturais da Escola de Pós-Graduação em Teologia C. P. Haggard, no Azusa
14. O PASTOR PENTECOSTAL
Pacific University, Hacienda Heights, Califórnia, Estados Unidos.
Ernest J. Moen, Superintendente Distrital, Illinois (1984-1996), Carlinville,
Illinois, Estados Unidos.
David J. Moore, Secretário, Departamento de Ministérios Interculturais da Divisão
de Missões Nacionais das Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados
Unidos.
John M. Palmer, Pastor, PrimeiraAssembléia de Deus, Des Moines, Iowa, Estados
Unidos.
T. Ray Racheis, Superintendente Distrital, Califórnia do Sul, Irvine, Califórnia,
Estados Unidos.
E.Allen Ratta, Pastor, The Neighborhood Church, Bellevue, Washington, Estados
Unidos.
H. Robert Rhoden, D.Min., Superintendente Distrital, Potomac, Fairfax, Virgínia,
Estados Unidos.
Robert W. Rodgers, Pastor, Evangel Christian Life Center, Louisville, Kentucky,
Estados Unidos.
Bob Schmidgall, Pastor, Calvary Church, Naperville, Illinois, Presbítero
Executivo (1985-1996), Estados Unidos.
Dan Secrist, Pastor, Faith Assembly of God, Lacey, Washington, Estados Unidos.
Robert H. Spence, Ph.D., Reitor, Evangel College, Springfield, Missouri, Estados
Unidos.
Everett Stenhouse, Superintendente Geral Assistente (1986-1993), Convenção
Geral das Assembléias de Deus, Rancho Mirage, Califórnia, Estados Unidos.
Robert J. Strand, Pastor, Park Crest Assembly of God, Springfield, Missouri,
Estados Unidos.
Jerry A. Strandquist, Pastor, Bloomington Assemblies of God, Bloomington,
Minnesota, Estados Unidos.
Del Tarr, Ph.D., Diretor, Assemblies of God Theological Seminary, Springfield,
Missouri, Estados Unidos.
Danny R. Thomas, Pastor Auxiliar, Primeira Assembléia de Deus, Tacoma,
Washington, Estados Unidos.
Thomas E. Trask, Superintendente Geral, Convenção Geral das Assembléias de
Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
Loren Triplett, Diretor Executivo, Divisão de Missões Internacionais das
Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
15. LISTA DE COLABORADORES
William O. Vickery, Superintendente Distrital, Califórnia do Norte/Nevada (1977-
1991), Orangevale, Califórnia, Estados Unidos.
Leslie E. Welk, Superintendente Distrital Assistente, Noroeste, Kirkland,
Washington, Estados Unidos.
BilI Wilson, Pastor, Portland Christian Center, Portland, Oregon, Estados Unidos.
David A. Womack, Escritor, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
George O. Wood, D.Th.P., J.D., Secretário Geral. Convenção Geral das
Assembléias de Deus, Springfield, Missouri, Estados Unidos.
17. Introdução:
Prioridades na Vida do Pastor
Thomas E. Trask
M
anter as prioridades em sua devida ordem é um dos m aiores desa
fios que o pastor enfrenta. As m uitas ocupações do pastorado cons
tantem ente pressionam os m inistros a com prom eter a oração, a
vida devocional, a fam ília e, às vezes, até o padrão m oral exigido pela
Palavra de Deus.
As prioridades do m inistro do Evangelho devem estar nesta ordem: (1)
seu relacionam ento com o Senhor, (2) sua esposa e filhos e (3) seu m inis
tério e trabalho. A com panhe-m e em alguns pontos de especial interesse
no cam po dessas três prioridades.
Seu relacionam ento com o Senhor. Sua vida devocional é absoluta
m ente decisiva. A nos atrás, pedi ao Senhor que pusesse em ordem m eu
horário, e Ele o fez. Todos os dias, das cinco às sete da m anhã, estudo a
B íblia e oro. Tenho sido cuidadoso em observar esse tem po — o tem po
m ais p recio so do m eu dia. M eus p ais d eram -m e o exem plo; seu
devocional coincidia com as prim eiras horas da m anhã. Jesus dedicava
as prim eiras horas do dia à oração. O salm ista D avi disse: “Pela m anhã,
ouvirás a m inha voz, ó Senhor; pela m anhã, m e apresentarei a ti, e vigi
arei” (SI 5.3). Esta disciplina será fundam ental em tudo o que você fizer
e intentar realizar.
Seu relacionam ento com a esposa e filhos. A lguns m inistros ficam
tão ocupados, que negligenciam as necessidades em ocionais, alim enta-
res e outras carências da fam ília. Esposa e filhos podem ficar ressenti
dos contra o m inistério, e m esm o contra D eus, tudo porque o chefe da
fam ília falhou em suprir-lhes as necessidades básicas. Isso é trágico. Já
faz tem po que determ inei que não vou ganhar para o Senhor os filhos
dos outros e perder os m eus. O Senhor nos tem ajudado — a m im e a
Shirley — nessa prioridade. Temos quatro lindos filhos, e todos am am a
D eus e são atuantes em diversos m inistérios. Paulo instruiu a Tim óteo:
“Se alguém não sabe governar sua própria casa, terá cuidado da igreja
de D eus?” (1 Tm 3.5).
A obra do ministério. Os m inistros devem trabalhar com afinco, tendo
sem pre em vista a cham ada de D eus e o ofício sob o poder dinâm ico do
18. 1 8 O PASTOR PENTECOSTAL
Espírito Santo. Paulo descreveu o m inistério pastoral em 1 e 2 Tim óteo e
em Tito. À m edida que você consultar e vivenciar essas epístolas, en
quanto anda intim am ente com Deus e serve a fam ília que Ele lhe deu, seu
m inistério será cum prido com excelência.
Juntamente com essas prioridades pessoais, há prioridades ministeriais
secundárias igualm ente m uito im portantes. Os m inistros devem observar
estes fundamentos:
• Dê amplo tempo para a pregação da Palavra de Deus. Q uando as
pessoas se reúnem , precisam ser alim entadas com a Palavra. Elas estão
famintas pelas verdades espirituais. Com o pastor, é sua
g £ responsabilidade nutri-las com um a dieta espiritualm en-
„ te balanceada. Isso significa que você tem de passar bas-
I ureia nao foi tante tem po estudando e se preparando. Os prim eiros
. _ apóstolos com preenderam isso, porquanto determinaram:
crsada para ser m “Nós perseverarem os na oração e no m inistério da pala-
l j |M vra” (At 6.4). A Bíblia nos diz: “Toda a Escritura divina-
m usei, mas uni mente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir,
h n C ü i H I __ __ para corrigir, para instruir em justiça, para que o hom em
i l t l s p i I H l “ “ IIIIIÉ I de Deus seja perfeito e perfeitam ente instruído para toda
estação silia^fiíis b°a°b;f p Tm3;16’17)-. Qualquer coisa perm anente na igreja vira pela ora-
____ ________________________ I I ção (e jejum). Deus só opera na igreja que está im pregna
da pelo espírito de oração. D. L. M oody disse: “Aqueles
que deixaram a mais profunda marca nesta terra am aldiçoada pelo pecado
foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força
poderosa que tem movido não somente Deus, mas tam bém o hom em ”.'
M inha esposa e eu visitam os um a igreja cujo boletim relacionava nu
m erosas oportunidades de oração. Não é de admirar, pois, que em seis
anos essa igreja tenha crescido de sessenta para 650 m em bros. O pastor
confirm ou que esse reavivam ento teve origem na oração.
O jejum indica intensidade na oração. O padrão de orações polidas de
três a cinco m inuto não será suficiente. M as um a intensidade de oração
que descarta o conforto e os m anjares da vida dem onstra a sinceridade do
coração segundo o próprio coração de Deus. A tenção cuidadosa às disci
plinas espirituais revolucionará a igreja.
• A igreja deve estar envolvida em evangelismo. Deus honra o princí
pio da sem eadura e da colheita, ou seja, aquilo que você semeia, colhe.
C olher requer algum plantio, ou evangelism o, utilizando-se de alguns
meios com o o rádio, a TV, a literatura ou a visitação de porta em porta.
Quando eu pastoreava, fazíam os visitação de porta em porta toda segun
da-feira à noite. Deus salvava as pessoas, porque a igreja estava envolvida
na semeadura.
• A igreja deve estar envolvida em missões nacionais e estrangeiras.
M issões estão no coração de Deus, pois significam alcançar os perdidos.
Deus não deseja que ninguém pereça. A igreja não foi criada para ser um
m useu, mas um hospital — um a estação salva-vidas. Portanto, oportuni
dades devem ser dada em todos os cultos para que pessoas sejam salvas.
Não presum a que todos os presentes sejam salvos ou que não haja desvia
dos. Convites são oportunidades às pessoas responderem ao Evangelho.
19. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
Isso é fundam ental. D em onstre à congregação que m issões m undiais são
a tônica de suas prioridades. Patrocine um a convenção sobre m issões.
Faça com que m issionários tom em parte em seus cultos com freqüência.
D ê o m áxim o que você puder.
• Cada igreja deve ter um programa de discipulado. O discipulado é a
divisão de treinamento da igreja. Jesus ordenou: “Portanto, ide, ensinai todas
as nações” (Mt 28.19). A medida que o reavivamento der poder ao Corpo de
Cristo e o clima espiritual continuar subindo, a necessidade de treinamento,
ensino e discipulado dentro da igreja local tomar-se-á premente.
• Treine e envolva os crentes leigos na obra do ministério. Paulo ins
trui os que ocupam m inistérios de liderança a estarem continuam ente en
volvidos no “aperfeiçoam ento dos santos, para a obra do m inistério” (Ef
4.12). D eus tem usado poderosam ente os leigos que desejam participar
do que Ele está fazendo. Os dons do Espírito (1 Co 12 e 14) não são
apenas para o m inistério: “A m anifestação do Espírito é dada a cada um
para o que for útil. M as um só e o m esm o Espírito opera todas essas
coisas, repartindo particularm ente a cada um com o quer” (1 Co 12.7,11).
Os m inistros do Evangelho têm o privilégio de ajudar os crentes leigos a
encontrar seu espaço no m inistério. N em todos podem cantar no coral, ser
porteiros ou ensinar na Escola Dom inical, m as há outros lugares no m i
nistério cristão. N unca foi a intenção de Deus que houvesse crentes de
banco. Ele quer que todos os m em bros do Corpo de Cristo tom em parte
na obra do seu Reino.
D eus o cham ou para o m aravilhoso m inistério de pastorear, e “o Espí
rito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de D eus, que
Ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.28). A soberania de Deus
im pulsiona a cham ada que você tem. Q uando D eus nos m anda fazer algo,
sem pre nos dá os dons necessários para a realização de sua obra. Com pre
ender isso traz trem endo descanso.
Grupos de Prestação de Contas
_____para Pastores
David Argue
0
m odelo que Jesus nos dá para o m inistério não se lim ita ao tem po; é
com pleto. Sua cham ada para cada um daqueles prim eiros pastores
foi: “Segue-m e” (M t 8.22; 9.9). N ão era esotérico. N a realidade, foi:
“Vem com igo. Viva a m inha vida”.1
Os m odelos contem porâneos para o m inistério são diferentes. Em trei
nam ento, som os rígidos na teoria. A prendem os em salas de aula ou no
20. 20 O PASTOR PENTECOSTAL
estudo particular. Lem os, escrevem os, aprendem os a falar e tornam o-nos
estudantes da política e do sistem a eclesiásticos. Depois, saímos a exercer
o m inistério, tropeçando na adm inistração e nas m iríades de desafios que
surgem à nossa frente. Assim, pouco a pouco, nossa habilidade ministerial
vai se desenvolvendo. E ntrem entes, nossa vida pessoal tende a ser
exatam ente isto: pessoal. Por um a série de razões, aprendem os a separar
do m inistério a vida pessoal.
O m odelo de Jesus para o desenvolvim ento pastoral é bem diferente.
Seu m odelo inclui com er com Ele, sair à procura de um lugar para dormir,
cam inhar ao seu lado m ilhas sem fim, experim entar a lisonja e a rejeição
com Ele. N ão m enos que o m inistério e a vida que o cerca são juntam ente
processados. Você nunca está sem um colega no m inistério, m esm o quan
do Jesus não está fisicam ente presente. Estar com Ele significa ser alvo de
grandes fluxos de questões inquiridoras: O que você está vendo? Por que
está pensando assim? Onde está sua fé? Com o foi que você fez?
Sim, o desenvolvim ento do m inistério de acordo com Jesus sig
nifica um a experiência de vida com um a contínua prestação de
contas.2
Jesus sabe que “cada um de nós dará conta de si m esm o a
D eus” (Rm 14.12). Essa verdade, entretanto, só parece acentuar
a necessidade de nos prepararm os cada dia para aquele exame
final. N ão é surpresa, então, que se leia que “regressando os após
tolos, contaram -lhe [a Jesus] tudo o que tinham feito” (Lc 9.10).
A palavra grega traduzida por contaram é derivada de um termo
que significa “relatar com pletam ente”. Faz sentido. Ninguém pode
ficar escondido ou sem subm eter-se a exam e enquanto está pró
ximo do Filho de Deus: Jesus conhecia os motivos e os planos de
Judas, confrontou Tiago e João acerca dos deles e, m esm o após
sua ascensão, continuou polindo Pedro. Não adm ira que seus pas
tores em treinam ento tenham crescido tão fortes e se tom ado de
tanta confiança. Em três anos, Jesus form ou pessoas que, cheias
do poder do Espírito Santo, continuariam a ser transform adas para trans
form ar o m undo — para sempre.
Prestar contas está na com binação do que significa ser servo de Deus.
Prestar contas significa ser responsável, dar inform ações aos outros sobre
nossa vida e m inistério. Os docum entos do Novo Testam ento apresentam
pelo m enos nove conjunturas im portantes nas quais “relacionam entos
m utuam ente responsáveis” são as diretivas explícitas de Deus para seu
povo em cada situação da vida.3
Prestar contas. Por que precisam os disso?
1. Porque “enganoso é o coração [natural], m ais do que todas as coi
sas” (Jr 17.9) e o ego é inflável (G1 6.3,4).
2. Porque o m inistro está m uitas vezes desanim ado (2 Co 11.23-29; 2
Tm 4.16) e cheio de com plexos de todo tipo (Fp 1.22-24).
3. Porque o inim igo anda em derredor, buscando a quem possa des
truir (1 Pe 5.8).
4. Porque os m istérios que proclam am os precisam da luz esclarecedora
do diálogo (2 Pe 3.15,16; 2 Jo 12).
Em que Situação É Mais Provável
que você venha a Ser Tentado?4
• Quando não tem passado muito
tempo com Deus, 81%.
• Quando seu descanso não tem
sido o suficiente, 57%.
• Quando a vida é difícil, 45%.
• Durante os tempos de
mudança, 42%.
• Depois de uma vitória
espiritual importante, 37%.
• Quando as circunstâncias da
vida estão a seu favor, 30%.
21. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR 21
D escobri que as pressões e o andam ento do m inistério tendem a dis
tanciar-m e da prestação de cpntas em vez de aproxim ar-m e dela. M inha
tendência com o pastor é ser arrastado a um a vida isenta de exam es e in
quirições, sem ter de prestar contas a ninguém . (U m questionário anual
para renovação das credenciais de m inistro na realidade não constitui pres
tação de contas. Pois lim itam o-nos a resum ir todo um ano de m inistério
preenchendo m eros quadradinhos.) Eugene H. Peterson, por m uitos anos
pastor e hoje professor universitário no Regent College de Vancouver,
Canadá, fala com propriedade:
Não tenho conhecimento de outra profissão na qual seja muitíssimo
fácil fingir como na nossa. Adotar um comportamento reverente, cultivar
um tom de voz vitral, deixar escapar, aqui e ali, no meio da conversa
palavras como “escatologia”, [...] freqüentemente não chega para real
mente confundir as pessoas, mas já basta para mantê-las conscien
tes de que nossa habitual série de pensamentos está um grau acima
do nível da congregação. As pessoas confiam em nós sem questio
nar. [...] Mesmo quando em crises ocasionais de humildade ou ho
nestidade renunciamos a santidade, não somos desacreditados. Se
fornecemos o delineamento de um esboço cru de um simulacro, con
sideram-no verdadeiro e concordam com ele, impondo sobre nós
mãos limpas e corações puros.5
Essa não é a m aneira do m inistério de Jesus. A prestação
de contas é a m aneira de Jesus. E, se o seguirm os, as recom pen
sas serão abundantes.
Grupos de Prestação de Contas
Grupos de prestação de contas estão em posição de receber
algumas das m ais ricas bênçãos de Deus. Tiago afiança-nos que,
_uando confessarm os nossos pecados uns aos outros, a cura cer-
am ente virá (Tg 5.16). O próprio Jesus disse que estaria entre os
que conciliam vidas. Para tal grupo é dada a m aior prom essa de
: ração respondida: “Q ualquer coisa que pedirem , isso lhes será
feito por meu Pai, que está nos céus” (M t 18.19). Através da pres
tação de contas, pastores evitam o pecado, fortalecem o caráter,
irsv iam os esm orecim entos do m inistério, aguçam sua percep
ção da verdade, transform am a solidão em am izade, dom inam a
tristeza, experim entam curas, fortalecem a fé, resolvem proble
mas. trocam idéias, m antêm o equilíbrio, identificam e repelem
^iaques específicos do inim igo, desenvolvem a liderança e res
tringem o ego. É som ente quando nos aproxim am os o suficiente
_ns dos outros que Provérbios 27.17 tom a-se realidade: “Com o o ferro
com o ferro se aguça, assim o hom em afia o rosto do seu am igo”.6
o c ê p resta contas? Q uem , com regularidade, lhe faz perguntas
aauiridoras e diretas acerca de sua vida com Cristo, suas m otivações, sua
resistência às tentações, seu diálogo interior e im aginações? Q uem verda-
aeiram ente está representando o cuidado e o am or de Jesus por você no
~anistério? N ão é intenção de D eus que você m inistre sozinho. Se você
Perguntas Relacionadas à
Prestação de Contas Recomendadas
por Charles Swindoll, Chuck Colson,
Steve Farrar e Outros
1. Durante esta semana, você
esteve com uma mulher em
alguma situação que, de certa
forma, fosse imprópria ou
que pudesse ser interpretada
por outros como se você
estivesse incorrendo em mau
julgamento?
2. Você tem estado acima de
toda e qualquer suspeita no
que diz respeito aos seus
assuntos financeiros durante
esta semana?
3 Você se expôs a qualquer
material sexualmente
explícito nesta semana?
4. Você tem feito suas orações e
leitura das Escrituras todos
os dias durante a semana?
5. Você tem cumprido o
mandato de sua vocação ao
longo desta semana?
6. Você acaba de mentir para
mim?
22. 22 O PASTOR PENTECOSTAL
for casado, sua esposa m uito lhe poderá ajudar nessas dim ensões, mas há
riqueza, poder e propósito a serem encontrados em ir além dos irmãos ou
irm ãs que seguem as m esm as pisadas que você. Q uase todos os apóstolos,
que nos deram o prim eiro m odelo de prestação de contas, eram casados.
Entretanto, foram ensinados a ir além dos colegas em busca de poder e
propósito adicionais advindos dessa dim ensão de relacionam entos.
A prestação de contas é obtida apenas quando nos propom os a tal. É
raro ocorrer por acaso; deve ser deliberadam ente buscada. Sim plesm ente
não se desenvolve sozinha. U m a vez iniciada, deve ser intencionalm ente
EM CONFIANÇA
Se as pessoas devem abrir seus corações
e com partilhar detalhes de suas vidas, não
apenas suas “perfeições”, mas tam bém suas
fraquezas, elas têm de saber que aquilo que
com partilham será tratado com favor e con
fidencialm ente. O grupo deve concordar de
m aneira clara e em sua totalidade com as dis
posições anunciadas a seguir, antes que seus
integrantes se abram uns aos outros.
1. Você não pode expor as inform ações
com partilhadas no grupo com os não-
participantes do grupo. N ão im porta
quem sejam! Isso significa ninguém !
2. Você pode partilhar o que disse sobre
você com qualquer pessoa fora do gru
po. Trata-se de sua inform ação; ela não
deixa de ser sua m esm o que você a di
vida com o grupo ou fora dele.
3. Se desejar recontar um a história ou ilus
tração com partilhada por alguém do
grupo, você deve pedir perm issão àque
la pessoa antes de fazê-lo, não im por
tando o que você possa fazer para m as
carar a história ou ilustração (trocar
nom es, m udar detalhes etc.). Isso se
aplica ao testem unho positivo tanto
quanto ao negativo.
4. Se algo com partilhado no grupo cons
tituir algum pecado sério, ou seja: pe
cado que:
• seja praticado continuam ente, sem
dim inuição em term os de força ou
freqüência, m esm o sob a luz clara
da confissão e oração francas; ou
• sej a praticado além das tentações na
mente; ou
• esteja debilitando o m inistério; ou
• esteja pondo em perigo a vida da
própria pessoa e de outras.
Então deve-se pedir perm issão à pessoa
que com partilhou tal pecado para levar o
caso para fora do grupo, a fim de buscar aju
da. Essa perm issão deve ser obtida antes que
qualquer pessoa fora do grupo seja consul
tada sobre o caso.
Assim todos irão saber de antem ão que
podem confessar suas fraquezas para cres
cer através do perdão e do encorajam ento
sem vir a ser foco de m aus julgam entos e
fofocas. Grupos em que haja com partilha
m ento não devem prom over um clim a de
perm issividade ou traição, mas de verdade
e prestação de contas dentro do grupo.
5. Se o grupo chegar a um im passe (em
outras palavras, um pecado sério foi
revelado e a parte ofendida não per
m ite que seja declarado fora do gru
po), então deve prevalecer a lei su
perior de com prom isso com a verda
de e a pureza: a despeito dos protes
tos e com o fim de que a pessoa seja
curada e restaurada, a revelação con
fidencial deve ser feita a alguém que
tenha responsabilidade direta sobre
tal pessoa.
23. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
cultivada. Exige prioridade, planejam ento, dispêndio de energia e tempo.
Consegui fazer um a ilustração da prestação de contas verdadeiram ente
cristã em cinco dim ensões de atividade que form am um ciclo de vida.
A abertura vem em prim eiro lugar. A abertura significa que eu e cada
um dos participantes do trabalho em grupo m ostram os uns aos outros
quem realm ente somos. Falo abertam ente sobre m eus desafios, erros, es
peranças, desapontam entos, visão e situação espiritual. Falo sobre m inha
fam ília, m eu trabalho, m eus tem ores, m inhas forças, m eus pecados, m i
nhas vitórias. Perm ito que os integrantes do grupo m e vejam exatam ente
com o sou. Dallas W illard, em seu excepcional livro The Spirit o fth e D is
ciplines (O Espírito das D isciplinas), escreve sobre o processo de nos
abrirm os uns aos outros: a abertura nutre “nossa fé na provisão de Deus
para nossas necessidades através de seu povo, nosso senso de ser am ado e
nossa hum ildade diante de nossos irm ãos e irm ãs. [...] D epom os o peso de
nos esconder e fingir, o que norm alm ente consom e um a quantidade con
siderável de energia hum ana. [...] N ada dá m ais apoio a um com porta
m ento correto do que nos abrirm os com a verdade. A confissão em si
tom a possível a estreita e sincera am izade, e sua falta explica m uito da
qualidade superficial tão com um ente encontrada em nossas organizações
eclesiásticas”.7 Quantos de nossos relacionam entos com o pastores estão
apenas na superfície, nunca nos im pulsionando para mais perto de D eus?
A prestação de contas requer plena abertura.
O fecham ento é a segunda dim ensão na prestação de contas. O fecha
m ento significa que o grupo proporciona segurança a todos que se abrem.
G uardar os segredos revelados é fundam ental.8A aceitação, a afirm ação
honesta, a gentileza nas respostas e o tangível com prom etim ento em aju
dar fazem parte do fecham ento. Q uando um integrante do grupo está se
abrindo, todos os outros ouvem — realm ente ouvem. Não nos concentra
m os no que diremos em resposta. Não estamos formando um a defesa contra
qualquer coisa ou contra quem quer que seja. N ossa intenção é singular:
verdadeiram ente ouvir a m ensagem e o coração de quem está falando.
Enquanto ouvim os, esse pode ser o m om ento de nos alegrarm os com os
que se alegram e de chorarm os com os que choram (Rm 12.15).
Ouvir é arte a ser desenvolvida. E facilm ente perdida por pastores que
continuam ente vivem num am biente em que só falam e dão respostas.
D ietrick B onhoeffer lem bra-nos:
Aquele que não ouve mais seu irmão, logo também não será ouvido
por Deus; estará fazendo nada mais que tagarelar na presença de Deus.
Isso é o começo da morte da vida espiritual e, quando o fim chegar, nada
mais restará senão palavrório espiritual e condescendência clerical dis
posta em palavras devotas. [...] Faz parte da comunhão da cruz levar as
cargas uns dos outros. Se alguém não as leva, a comunhão a que pertence
não é cristã. Se algum membro recusar-se a levar essas cargas, estará ne
gando a lei de Cristo.9
A próxim a dim ensão da prestação de contas é a oração. N ão a oração
curta, generalizada, adequadam ente “restrita”, mas a oração que captura
o m osaico da vida e fala sem restrições com Deus. É a oração que leva o
24. 24 O PASTOR PENTECOSTAL
PerguntasqueEncorajamAbertura
V id a E s pir it u a l
1. Descreva os m om entos em que você se
ocupa com a Palavra e o que está apren
dendo. Com que freqüência você fica
sozinho com D eus durante a sem ana?
Por quanto tempo? Isso satisfaz suas ex
pectativas e esperanças?
2. Descreva sua vida de oração no que se
refere a tem po, regularidade, escopo de
oração e percepção da presença de Deus
enquanto ora. Você vive na presença de
D eus?
3. Descreva o que você sente sobre a un-
ção do E spírito Santo em sua vida e
m inistério. Em outras palavras, você
sente que Jesus está trabalhando atra
vés de você de m aneira perceptível?
4. Descreva sua situação presente no que
diz respeito ao com partilham ento da fé
com aqueles que não conhecem a Je
sus.
5. Você está seguindo as diretivas: “Procurai
com zelo os melhores dons” (1 Co 12.31)
e “Que despertes o dom de Deus, que
existe em ti” (2 Tm 1.6)? Q uando foi a
últim a vez que você profetizou?
6. Jejuar é um a disciplina espiritual im
portante. Descreva essa dim ensão em
sua vida atual.
V id a F a m il ia r
7. Descreva a natureza do seu relaciona
m ento atual com a esposa e filhos. In
clua tanto o crescim ento dos relaciona
m entos quanto o desenvolvim ento das
forças espirituais.
8. Que m etas espirituais você tem para a
sua fam ília? Em que ponto você se en
contra para atingi-las?
9. O que você faz com a fam ília só por
que é divertido? Q uando foi a últim a
vez que isso ocorreu?
10. Se nada m uda no que respeita ao seu
relacionam ento m atrim onial/fam iliar
conform e essa particularidade, você fi
cará satisfeito com tudo o que venha
a dar certo?
V id a P r o f iss io n a l /Pe s s o a l
11. Com o é que você adm inistra seu tem
po? Quais os seus lim ites e com o você
está lidando com as prioridades, ne
cessidades, pressões?
12. O fruto do Espírito é amor, gozo, paz,
longanim idade, benignidade, bonda
de. fé, m ansidão, tem perança. Hoje,
quais os dois aspectos mais fortes para
você? E os dois m ais fracos?
13. Quais as características atualmente em
desenvolvimento no seu m inistério? O
que você deseja que Deus fom ente em
você durante o mês que vem?
14. Q uais as suas leituras hoje? O que
você está aprendendo?
15. Com o está o seu bem -estar físico? O
que você faz para lidar com o estresse,
o peso e a idade?
16. Com o o inim igo tem tentado atacá-lo
desde a nossa últim a reunião? Com o
você reagiu?
17. Fale a respeito de sua vida com o ad
m inistrador dos recursos que Deus lhe
tem dado. Com o você está se saindo
na batalha contra a ganância, a inveja
e o m aterialism o? Você vive pela fé
na área financeira?
18. V ocê e stá d isc ip lin a n d o a lg u é m
atualm ente? Descreva.
19. O que você responderia, se D eus lhe
aparecesse em pessoa e perguntas
se: “O que quer que eu faça por você
agora?”
20. Qual sua visão para os próxim os cin
co anos de sua vida?11
25. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
ferido do grupo aos pés de Jesus. Na oração, tem po é dado para o desen
volvim ento e fortalecim ento da fé. A gora a prom essa de M ateus 18.19,20
pode ser considerada solo firm e sobre o qual se firmar. Jesus verdadeira
m ente está entre nós, e diz: “Pedi”.
A quarta dim ensão da prestação de contas é a verdade bíblica. A Pa
lavra de D eus nos grupos em que de fato há prestação de contas não é tão-
som ente consultada em citações um tanto quanto vagas, mas é aberta e
lida, pesquisada e exam inada. M etas apropriadas de prestação de contas
advêm de se estar debaixo do conselho da Palavra de Deus. Todas as pala
vras da Bíblia, tanto as que trazem conforto quanto as que revigoram ,
todas as instruções, tanto as com um ente m antidas quanto as seguidas uni
cam ente pelo esforço, são necessárias para a prestação de contas. A pres
tação de contas requer a totalidade do conselho de D eus. A ssim , prove
nientes da Palavra, passos são sugeridos para a solução ou resposta às
situações da vida. É som ente a Palavra que tem o poder de censurar, re
provar, corrigir e instruir em todas as dim ensões da justiça, para que seja
m os perfeitam ente equipados (2 Tm 3.16,17).
A última dimensão na prestação de contas é o acompanhamento. Q uan
do na sessão seguinte o grupo volta a se reunir, relatórios são dados sobre
progressos ou frustrações. As perguntas são as m esm as que Jesus fez;
perguntas essas que, na verdade, induzem todas as pessoas a dar conta de
suas vidas uns aos outros.10 Sem esse estádio, a prestação de contas pro
vavelm ente não está ocorrendo. O acom panham ento dá urgência e direção
no espaço de tem po entre as reuniões do grupo. Sei que vou dar conta a
m eus am igos quando nos encontrarm os na reunião seguinte. Isso m e im
pulsiona a agir. Se, na sessão seguinte, não obtiver progressos, o ciclo
pode ser feito novam ente sobre o m esm o assunto, mas em um nível mais
profundo: abertura m ais com pleta, oração m ais intensa, m ais pesquisa
contundente na Palavra. Quando há progressos e vitórias, posso apresen
tar novas áreas de m inha vida ao crescim ento.
O Ciclo de Prestação de Contas
N o diagram a m ais adiante, está ilustrado o ciclo com pleto da presta
ção de contas. Os descritivos das cinco principais dim ensões ilustram os
grupos inadequados (e até m esm o potencialm ente prejudiciais), resultan
tes da falta da ocorrência de todas as dim ensões da verdadeira prestação
de contas cristã. Por exem plo, havendo:
Somente Abertura conduz, muitas vezes, a danos maiores no que tange
à traição dos segredos — grupo fofoqueiro.
Somente Abertura + Fechamento pode resultar em um grupo de apoio
psicológico, no qual todos “sentem -se bem ”, mas provavelm ente não traz
qualquer m udança ou crescim ento significativos.
Somente Abertura + Fechamento + Oração produz um grupo de
oração, mas com um padrão de crescim ento desigual.
Abertura + Fechamento + Oração + Verdade Bíblica conduz as
pessoas ao lugar do verdadeiro crescim ento, mas erra por não com pletar o
ciclo e conceder às pessoas a dinâm ica essencial, para a qual Jesus nos
chama: a prestação de contas.
26. O PASTOR PENTECOSTAL
A PRESTAÇÃO DE CONTAS CRISTA
Ciclo em Cinco Dimensões
Aprofundando-se cada vez mais
Dimensão 1
Dimensão 2
Dimensão 3
Como Começar — Algumas Orientações
1. Comprometa-se em fazê-lo. Não perm ita que esta leitura seja ape
nas informativa. Deste dia em diante, determ ine vivenciar a verdadeira
prestação de contas em sua vida. O dia para com eçar é hoje, pouco im por
tando a idade que você tenha ou o estádio em que se encontra sua vida e
m inistério.
2. Peça a D eus que o ajude a encontrar as pessoas certas para as
quais prestar contas. Procure pessoas que tenham um coração aberto, um
desejo intenso em andar com Cristo e um a capacidade em guardar confi
dências. Este grupo será form ado unicam ente por pastores? Restrito a
certa denom inação evangélica? Exclusivam ente de casais ou só de ho
mens ou só de m ulheres? Respostas a essas perguntas afetam significati
vam ente a função do grupo.
Houve grupos em que participei que requeria que as pessoas viajassem
durante horas para a reunião. Distância razoável não é obstáculo se os fato
res de composição estiverem em vista. Com relação ao tamanho do grupo,
deve este ser maior do que duas pessoas ou dois casais, mas não tão grandes
a ponto de reduzir a oportunidade de as pessoas se expressarem. Três casais
ou três a quatro pessoas parecem ser o ideal (vide Nota de Fim n.° 10).
3. Contate as pessoas, com partilhe estas informações e indique seu
desejo de prestar contas. Peça-lhes que orem para depois virem a se reu
nir com você em uma sessão prolongada, a fim de juntos explorarem as
possibilidades.
27. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR 27
4. Faça a prim eira reunião em um lugar onde haja privaci
dade e flexibilidade. Um restaurante não é boa escolha, nem o
escritório da igreja, nem um a casa onde haja crianças. Encontre
um lugar distante de interrupções, ruídos e olhares perscrutadores.
Se a reunião for em um a casa, ligue a secretária eletrônica e
desligue a cam painha do telefone para evitar interrupções. D edi
que-se na prim eira reunião a definir a visão e a chegar a um
consenso sobre as inform ações ditas em confiança. (Vide o qua
dro “Em C onfiança”.) D ecida a freqüência com que o grupo se
reunirá e estabeleça um período de prova, durante o qual o grupo
possa crescer em transparência e tam bém testar sua quím ica.
N esse prim eiro encontro, fixe um a data em que o grupo avaliará
seu progresso, quando então se dissolverá ou decidirá ir mais
adiante. Isso tornará claro o processo e o com prom isso já desde
o início. Três a seis reuniões são em geral suficientes para que
todos discirnam e avaliem seus com prom issos.
5. Se D eus o está usando para dar início ao grupo, presum a
que você será o líder na prim eira reunião. A certe o tom de sua
abertura. Faça as pessoas se sentirem à vontade com seus escla
recim entos acerca do processo. Com respeito à continuidade da
liderança, se o grupo for com posto por pessoas realm ente do
m esm o nível, faça um rodízio da liderança entre aqueles dispos
tos a liderar. Se o líder for sem pre a m esm a pessoa, haverá um a
redução na oportunidade para essa pessoa ser verdadeiram ente
vulnerável e ser levada pelo grupo aos pés do Senhor.
6. Permita que haja bastante tempo. Em m inha experiência,
um a hora (por pessoa ou casal) para com partilham ento de infor
m ações e recebim ento de feedback é o tem po m ínim o para o
ciclo de prestação de contas. N aturalm ente, se um a pessoa ou
casal estiver em crise, a sessão inteira pode ser dedicada ao seu
atendimento. No princípio do relacionamento do grupo, um tempo
m ais longo destinado a estabelecer fundam entos m ais fortes pa
gará dividendos im ediatos e m aravilhosos. A continuidade exige
que haja pelo m enos um a reunião m ensal com o grupo.
7. Comece com a abertura. Grupos de prestação de contas
fazem parte de um a longa jornada. As pessoas farão experiência
com a abertura. A m aioria de nós se m ove vagarosam ente em
situações de vulnerabilidade — com o caracóis, abrindo-se deva
gar e fechando-se rapidam ente se forem cutucados ou pressio
nados. Não desista de ninguém rápido demais. Seja paciente.
Forneça m uitas oportunidades para as pessoas se abrirem . Um a
m aneira excelente de com eçar é perm itir que cada um com parti
lhe sua vida e experiências espirituais. Perguntas investigadoras
e que im pulsionam ao crescim ento estão alistadas no quadro
“Perguntas que Encorajam A bertura”. Deixe que essas pergun
tam forneçam energia extra para o líder do grupo revigorar a
abertura. Todos devem responder à pergunta, se esta for feita.
Todos devem estar em pé de igualdade.
Limites para a
Proteção Morai
Jerry Jenkins
Limite ri' 1: Sempre que preciso
jantar ou viajar acompanhado
de outra mulher, levo mais uma
pessoa comigo. Se alguma
complicação inevitável de
última hora tornar isso
impossível, minha esposa é
informada por mim tão logo
seja possível.
Limite n- 2: Sou cuidadoso no
que se relaciona a toques.
Porquanto posso dar um aperto
de mão ou segurar o braço ou
bater no ombro ao cumprimen
tar; e abraço apenas amigos
queridos ou parentes, e só na
presença de outras pessoas.
Limite ri- 3: Se faço um elogio, é
sobre o vestido ou penteado, e
não sobre a pessoa em si. Na
minha opinião, comentar sobre
um traje bonito é muito
diferente do que dizer a uma
mulher que ela é bonita.
Limite n“ 4: Evito o flerte ou
conversas sugestivas, mesmo de
brincadeira.
Limite n-5: Freqüentemente
menciono à minha esposa, por
escrito e verbalmente, que me
lembro dos votos feitos no
casamento: “Só tenho olhos
para você até que a morte nos
separe”.
Limite ri' 6: Da hora em que
chego em casa do trabalho até
que meus filhos vão para a
cama, não escrevo ou faço
qualquer trabalho do escritório.
Isso me dá muito tempo com
minha família e ocasiões para
minha esposa e eu namorarmos
e curtirmos um ao outro.12
28. O PASTOR PENTECOSTAL
8. Faça o ciclo completo. O grupo deve ser cham ado à Palavra. Abra
a Bíblia e leia. Encoraje os outros a fazer o mesm o. O salm ista escreveu:
“M aravilhosos são os teus testem unhos; por isso, a m inha alm a os guar
da. A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendim ento aos sím plices”
(SI 119.129,130). Orem, sem pre que o Espírito Santo sensibilizá-los para
a necessidade. N unca perm ita que a oração seja superficial ou formal.
Esse é o lugar e o m om ento para elevarem seus corações a Deus e juntos
concordarem .
9. Incentive a oração entre as sessões. E útil fazer um a ou duas anota
ções sobre o que os outros com partilharam , para que entre as reuniões
você não esqueça de orar por elas e para que faça o devido acom panha
m ento no encontro seguinte. A lguém servindo de secretário no grupo é da
m aior ajuda nesse processo. Não esqueça que é essa fase que faz com que
o grupo obtenha a plena prestação de contas.
Enquanto escrevo estas palavras conclusivas, o im pacto de m inha reu
nião com nosso grupo de prestação de contas ocorrida três dias atrás ain
da perdura. Existem três casais em nosso grupo. Os hom ens são todos
pastores veteranos, com envolvim entos que vão m uito além de nossas
igrejas na vida de nossa denom inação. As m ulheres tam bém estão pro
fundam ente envolvidas no m inistério. Foi nosso terceiro encontro m en
sal. Por m ais de três horas falam os sobre nossas fam ílias, provações, nos
sa busca em ter m ais de Deus, nossas lutas m ais íntim as. Fizem os nossas
queixas e persuadim os com agrados. Às vezes, explodim os em gargalha
das, em outras, enxugam os as lágrim as.
Já no fim da reunião, refleti adm irado sobre o quanto o Espírito de
D eus esteve presente em nosso meio. Tangivelmente presente. Cada um
de nós foi rejuvenescido. Cada um de nós foi usado por D eus a falar para
a vida do outro. Saím os com novos discernim entos, novas resoluções.
Fom os fortalecidos (outra vez) através da prestação de contas. A data de
nosso próxim o encontro já está marcada.
“Viva a m inha vida” ainda é a cham ada do M estre. Levante-se, em bar
que nessa jornada!
0 Pastor e Sua
Vida Devocional
Leslie E.Welk
0
pastor, com o aquele que se espera que m inistre aos outros, deve em
prim eiro lugar e antes de mais nada ser m inistrado por Deus. A vida
devocional particular do m inistro, o tem po gasto com D eus, deter
m inará a verdadeira altura e profundidade de seu ministério.
29. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
M eta adm irável para o pastor é receber identificação sem elhante à de
Pedro e João em Atos 4.13. As m ultidões m aravilhavam -se da ousadia
desses hom ens indoutos e sem cultura, pois “tinham conhecim ento de
que eles haviam estado com Jesus”. Esses líderes espirituais tinham pas
sado tem po com D eus e o dem onstravam .
A palavra “devoção” é definida por vocábulos como “consagração”, “dedi
cação íntim a” e “zelo”. De fato, a edição de 1828 do American Dictionary
o f the English Language (Dicionário Americano da Língua Inglesa), de
N oah Webster, define “devoção” em sua m aior parte em termos religiosos.
W ebster descreve-a mais detalhadamente, como “um a atenção solene ao
Ser Supremo na adoração; um a rendição do coração e das afeições a Deus,
com reverência, fé e piedade, nos deveres religiosos, particularm ente na
oração e na m editação”.1Para todo crente e particularm ente para o pastor,
devoção significa concentração diária nas Escrituras e na oração.
Um a vida devocional disciplinada é assunto inteiram ente pessoal, e
não ousam os relegá-lo a um a exigência profissional rotineira. Antes de
sermos pastores, som os filhos de Deus, individualm ente responsáveis e
necessitados do alim ento espiritual diário. Com o pastores, logo percebe
mos que alim entar o rebanho de Deus requer que prim eiro sejam os estu
dantes diligentes da Palavra. M esm o assim , um a das m aiores arm adilhas
para o obreiro cristão de tem po integral é perm itir que o período dedicado
ao estudo pessoal substitua o período devocional particular. Fazê-lo pode
ser com parado a passar a sem ana inteira preparando um banquete para
hóspedes convidados, sem ter tem po de se sentar para comer.
A fim de ajudar a diferenciar essas duas abordagens à Palavra de Deus,
tenho em pregado o que denom ino de “m étodo das duas cadeiras”. De
m odo característico, a cadeira de m inha escrivaninha tem servido de ca
deira de estudo, cadeira de conselheiro, cadeira de adm inistrador. D essa
cadeira, pessoas são anim adas e serm ões são preparados. A cadeira está
convenientem ente próxim a aos livros, bloco de anotações, telefone e com
putador. Por outro lado, escolhi outra cadeira do meu gabinete, às vezes
até em lugar com pletam ente diferente, para hospedar m eus períodos
devocionais particulares. Cada propósito é distinto, cada lugar é distinto.
D eslocar-m e entre os lugares diferentes m e lem bra das diferenças entre
estudo pessoal e devoções particulares.
Devoções Pastorais ao “Estilo do Salmo 42”
O Salm o 42 apreende o anseio do coração do pastor espiritualm ente
apaixonado. Em bora desejando servir, o pastor percebe que o serviço não
é possível antes de ele m esm o se encontrar com aquEle que lhe alim enta
e dessedenta a alma. “Com o o cervo bram a pelas correntes das águas,
assim suspira a m inha alm a por ti, ó Deus. A m inha alm a tem sede de
Deus, do Deus vivo; quando entrarei e m e apresentarei ante a face de
D eus?” (SI 42.1,2). O anelo de um cervo sedento pela água ilustra vivida-
m ente a intensidade do relacionam ento que D eus deseja que tenham os
com Ele. A ssim com o a sede im pulsiona o cervo para o córrego, tam bém
a nossa fom e de receberm os m ais de Deus nos instiga à devoção particu-
e à fonte da vida espiritual que dela brota. O pastor que não mais
30. O PASTOR PENTECOSTAL
deseja ter intim idade com D eus é aquele cujo coração esfriou. Tal frieza
inevitavelm ente se m anifestará em sua vida pessoal e privada.
O cântico das Escrituras que intitulam os “Salm o 42” credita aos filhos
de Coré a autoria. Eles eram sacerdotes da tribo de Levi, que “tinham
cargo da obra do m inistério e eram guardas dos um brais do tabernáculo; e
seus pais haviam sido capitães do arraial do Senhor e guardadores da
entrada” (1 Cr 9.19). Com o os pastores dos dias de hoje, esses sacerdotes
eram particularm ente vulneráveis a ficar sobrecarregados pelas tarefas e
obrigações diárias. Afinal de contas, eram os responsáveis pela verifica
ção das portas da igreja, para que estivessem abertas!
Tam bém é digno de nota que a herança espiritual dos filhos de Coré
não era nada m enos que tum ultuosa. Foram Coré e 250 outros líderes que
se rebelaram contra M oisés (Nm 16). Convencidos de que ele tinha sido
bem -sucedido na liderança da congregação, decidiram fazer valer os seus
direitos. M oisés, para não ser coagido, sentiu que os coraítas haviam ido
longe demais. Em algum ponto entre a rotina do seu serviço diário e a
busca rebelde por influência e controle, os coraítas tinham se afastado de
Deus. M oisés com sabedoria sugeriu que era o Senhor quem deveria m os
trar aquele que verdadeiram ente estava perto dEle. A ira do Senhor foi
desencadeada contra os coraítas, e a terra abriu a boca para tragá-los ju n
tam ente com todas as suas possessões.
A gora im agine essa herança em sua árvore genealógica e você com e
çará a com preender a perspectiva singular dos filhos de Coré. O Salm o 42
reflete a frustração e a avidez resultantes de andar a certa distância do
próprio Deus que esperaram servir. Os descendentes de Coré anelavam
ter um a proxim idade m ais estreita com Deus, algo que por bom tempo
não estavam tendo. Era este o tipo de desejo ardente que inspirou a com
posição do Salm o 42: o cervo ansiando por água fresca.
Criando Vulnerabilidade
O rei Saul queria m atar Davi, mas D avi encontrou segurança e abrigo
em um retiro m ontanhoso cham ado En-Gedi (1 Sm 23.29). En-G edi sig
nifica “fonte do cabrito” . O nom e provém do fato de que En-G edi era um
bebedouro habitual para o íbex, m em bro da fam ília dos caprinos, de fácil
adaptação às regiões m ontanhosas, com aparência e hábitos m uito pareci
dos aos do cervo.2
O íbex fez seu território nas m ontanhas rochosas do deserto árido per
to do m ar M orto. Nenhum predador se aventurava a galgar as m ontanhas
e rochedos escarpados. Lá, esse tipo de cabrito m ontês encontrou refúgio
dos caçadores que apreciavam seu couro, chifres e carne. As m ontanhas
eram sua “zona de segurança”. Entretanto, à m edida que o oásis no deser
to ia se secando com a vinda da estação quente, o íbex era forçado a achar
vegetação e água. Isso obrigava o anim al a sair das m ontanhas acim a das
fontes de En-G edi, onde abundavam águas revigorantes.
Quando o cabrito m ontês ficava com m uita sede, deixava a segurança
das m ontanhas e descia com cautela para beber água, ficando em um lu
gar m uito vulnerável. D urante séculos, os caçadores sabiam que esses
apreciados animais escolhem o despontar da m anhã para sair das m onta
31. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
nhas a fim de beber água da fonte. Na prim eira claridade do dia, os caça
dores deitavam -se e ficavam à espreita por aquele m om ento oportuno em
que o cauteloso cabrito m ontês vinha para a beira da fonte e se inclinava
para beber. Era nesse preciso m om ento de m aior vulnerabilidade que a
flecha era disparada. O cabrito m ontês ficava inteiram ente fam iliarizado
com o caçador. Ele sabia que arriscava a vida toda vez que furtava um
gole de água da fonte. N ão obstante, seu desejo ardente por água o força
va a tornar-se absolutam ente vulnerável. Tal vulnerabilidade é precisa
m ente o que Deus pede de nós.
Assim como o cervo anela pela água, o crente que vem beber da fonte de
Deus é levado a buscá-la a qualquer preço, mesmo correndo grande perigo.
Como seguidores sedentos de Jesus, somos incumbidos a, diariamente, orar
e m editar na Palavra de Deus como necessidade primeira. Essa busca por
Deus é confissão regular de nossa absoluta necessidade dEle. Ao mesmo
tem p o , ab rim o -n o s ao seu e sc ru tín io no p o n to de n o ssa m aio r
vulnerabilidade. Em tal capitulação, somos atraídos para mais perto de Deus.
Planejando Tempo para Deus
Com o pastores, devem os dar-nos conta de que, se não controlarm os
nosso horário, ele nos controlará. Por isso, faz-se necessário planejar o
horário para o devocional diário. Não há lei especificando a hora do dia
em que devem os fazer nosso devocional com Deus. (N aturalm ente que,
em situações de crise, som os levados a buscar a D eus em períodos
devocionais particulares pela manhã, ao m eio-dia e à noite!) O im portan
te é certificarm o-nos de que passarem os algum tem po com Deus, e que o
farem os regularm ente.
M uitos têm descoberto o hábito dos cervos de dessedentar-se nas pri
m eiras horas do dia com o um m odelo preferível. Davi parece expressar
essa certeza, quando diz: “Pela m anhã, ouvirás a m inha voz, ó Senhor;
pela m anhã, m e apresentarei a ti, e vigiarei” (SI 5.3). Parece lógico que,
antes de atacarm os as tarefas do dia, obtenham os forças para enfrentá-las
dando prioridade ao nosso relacionam ento com Jesus.
E. M. Bounds escreveu o clássico sobre o pregador e a oração Power
through Prayer {Poder pela Oração). E um daqueles livros que vale a pena
ser lido e relido através dos anos. Bounds estava convicto de que a m elhor
hora do dia para buscam os a Deus era logo cedo, de manhã, e expressa tal
certeza com todo vigor: “Aquele que mais tem feito para Deus neste mundo
tem estado de m anhã cedo de joelhos. Aquele que desperdiça as primeiras
horas do dia, sua oportunidade e frescor em outros assuntos que não seja
buscar a Deus, poucos avanços fará em buscá-lo no restante do dia”.3
A Vida Devocional e a
Prestação de Contas do Pastor
Você luta com a autodisciplina requerida para m anter um a vida
devocional consistente? Talvez parte da solução venha a ser encontrada
em níveis m ais profundos de prestação de contas com outros que enfren
tam o m esm o tipo de desafio.
32. O PASTOR PENTECOSTAL
Certam ente nossas esposas podem ajudar a m anter-nos responsáveis
na observância de prioridades apropriadas para nossas vidas, incluindo a
vida devocional. O m arido e sua esposa estão bem situados quando se
trata de discernir se a vida espiritual do outro está em ordem. Form alize a
prestação de contas, dando perm issão ao seu cônjuge para que fale com
você acerca dessa área crítica de sua devoção a Deus. Isso abrirá a porta
para que o Senhor use nossos cônjuges para m anter-nos mais responsá
veis. U m a form a de tornar isso possível é esposos e esposas entrarem
juntos em período de oração e m editação mais consistentes. Com partilhar
os m om entos devocionais como m arido e m ulher não apenas faz com que
prestem os contas de nosso relacionam ento com Deus, mas tam bém forta
lece o vínculo conjugal.
Certo dia, estava eu absorvendo a sabedoria e a experiência de um
pastor veterano, quando coloquei-lhe a questão: “Relem brando sua vida e
m inistério, quais seriam as três coisas que você m udaria se tivesse a opor
tunidade de fazer tudo de novo?” Sua resposta foi rápida e direta, indican
do que era algo que ele já tinha pensado m uito antes de ser form alm ente
inquirido. Ele disse: “Passaria m ais tem po com Jesus. Passaria mais tem
po com m inha esposa. Passaria m ais tem po com m eus filhos” . Obvia
mente, a experiência havia-o ensinado do valor duradouro de dar priori
dade a esses relacionam entos. A lém disso, algum a vez você já encontrou
alguém que, olhando para trás, sentisse que havia dedicado tem po demais
a Deus ou à fam ília?
Outro m eio útil de fazer prestação de contas diz respeito a outros m i
nistros que enfrentam o desafio com um de pôr em ordem as prioridades.
Paulo lembra-nos: “N ão veio sobre vós tentação, senão hum ana” (1 Co
10.13). Trilham os juntos o m esm o cam inho e podem os aprender com os
erros e vitórias de amigos de confiança.
Alguns anos atrás, foi m eu privilégio fazer parte de um grupo de pres
tação de contas com posto por seis ou sete pastores regionais de nossa
denom inação. E sprem íam os um a data de nossas ocupadas agendas,
fechávam o-nos na sala de conferência de um hotel da cidade e passáva
mos o dia reunidos. Então, abríam os nossos corações, ríam os, tínham os
com unhão na Palavra, fazíam os am izades e orávamos.
Encontrávam os forças em exem plos históricos com o John e Charles
Wesley. Bem cedo em sua inquirição m inisterial, eles haviam aprendido o
valor da prestação de contas. Com o propósito de ajudá-los na disciplina
de suas vidas espirituais, esses irm ãos reuniam -se com mais oito ou nove
devotados sem inaristas na U niversidade de Oxford. Tão firmes estavam
em seus com etim entos com o Senhor e uns com os outros, que o grupo
ficou conhecido com o o “Clube dos Santos” .4
Aqueles “enclausuram entos” que passei com colegas m inisteriais fo
ram alguns dos m ais preciosos dias de m inha vida. Descobri que os ou
tros tam bém tinham as m esm as lutas que eu, mas que, com a ajuda de
Deus e o apoio uns dos outros, poderíam os ter vitória! Os integrantes
desse grupo dispersaram -se, e aqueles dias fazem trem enda falta. Entre
tanto, a distância não arrefeceu as am izades, e ainda sinto certo nível de
prestação de contas aos m em bros daquela fraternidade.
33. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
D aw son Trotm an, fundador do Navigators, é outro m odelo clássico de
alguém que valorizava o papel desem penhado pelos am igos em sua vida
exem plar de oração e m em orização da Palavra. Às vezes, seus am igos
não conseguiam seguir-lhe o ritm o, mas “D aw s”, com o afetuosam ente
era conhecido, era im placável. Certo am igo com partilhou sua lem brança
de Daws: “Ele sem pre estava procurando com panheiros jovens para orar
com ele. A m aioria deles acom panhava-o por alguns dias ou semanas.
Então, cansavam -se. Era seu costum e vir à m inha casa e jogar um a pedri-
nha na janela para m e acordar, a fim de que eu fosse orar com ele. Certa
manhã, devolvi-lhe a pedrinha e voltei a dormir. Essa foi a única vez que
o vi desgostoso, porque cria firm em ente em M ateus 18.19, sobre o poder
de duas pessoas orarem juntas”.5
Ferramentas Devocionais para o Pastor
V ivem os num a época em que são abundantes os recursos destinados
a ajudar a vida devocional particular. O bviam ente, a lista dos itens es
senciais é curta: um a pessoa, um a B íblia e o Senhor. Esses elem entos
sem pre devem estar presentes para assegurar o sucesso devocional.
Entretanto, certam ente há outras ferram entas que são úteis para trazer
novidade e variedade em nossa vida devocional na Palavra de D eus e na
oração. A seguir, apresentam os um a lista não m uito longa de ferram entas
e idéias que podem ajudar a disciplinar a vida devocional do pastor.
1. U se um “Plano de Leitura B íblica em Um A no”, com seu sistem áti
co m étodo diário de leitura, para m anter um ritm o consistente.
2. Faça um diário de oração e devoção particulares.
3. Inclua em suas leituras destacados livros devocionais, que o levem
através das Escrituras e de tem as bíblicos. Leia e releia os clássicos
devocionais.
4. E nriqueça os períodos devocionais lendo biografias de gigantes
espirituais.
5. Em pregue m étodos com o os encontrados no m aterial de D ick
Eastm an sobre a vida de oração disciplinada.
6. Recom pense-se por obter consistência em seus hábitos devocionais
diários, presenteando-se.
7. N ão deixe de prestar contas a outros.
8. A proveite o tem po em que fica dirigindo o carro, ouvindo a Bíblia
em fita cassete.
9. R econheça os benefícios e recom pensas advindos dos períodos
devocionais.
As Recompensas de uma
Vida Devocional Disciplinada
Pastores são expostos além do quinhão da experiência hum ana. Corre
mos o risco de, cinicam ente, chegarm os à m esm a conclusão que Salomão:
“Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo
era vaidade e aflição de espírito” (Ec 1.14). Talvez tenham os visto coisas
demais. A inocência e o entusiasm o com que outrora m inistram os no Es-
34. O PASTOR PENTECOSTAL
pírito estão desvanecendo. Será que nos encolhem os ou ficam os na de
fensiva, quando m em bros do rebanho com entam nossa evidente sequidão
espiritual, ao m esm o tem po que reconhecem os a ausência da devoção
espiritual em nossas vidas? O anseio de nossos corações por Deus pode
não ser m ais tão intenso com o a avidez do cervo pela água.
H á m uitas recom pensas pela busca fiel a Deus, sem contar que estam os
dando-lhe oportunidade para que nos dispense novam ente sua preciosa
unção. Em vez do cinism o de Salom ão, devem os abraçar a esperança e
visão de Isaías: “Não vos lem breis das coisas passadas, nem considereis
as antigas. Eis que farei um a coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura,
não a sabereis?” (Is 43.18,19).
As recom pensas que vêm com a consagração a D eus podem não ser
im ediatas, m as são certas. A prom essa de D eus concernente aos investi
m entos no Reino declara que “o que sem eia pouco pouco tam bém ceifa
rá; e o que sem eia em abundância em abundância tam bém ceifará” (2
Co 9.6). Em todo caso, dividendos diferidos são freqüentem ente os m ais
proveitosos!
Em 1924, os Estados Unidos estavam fazendo grandes avanços na
m odalidade de canoagem de oito rem os para com petir nos Jogos O lím pi
cos de Paris. Eram considerados vencedores; a m edalha de ouro era certa.
Um dos m em bros da tripulação era Benjam in Spock, que mais tarde viria
a ser conhecido com o o m ais famoso pediatra dos Estados Unidos. Outro
dos rem adores era Bill Havens, de Arlington, Virgínia. A lém de estar na
m odalidade de canoagem de oito rem os, Havens tam bém era favorito na
m odalidade de quatro rem os e na individual.
Entretanto, apenas alguns m eses antes de a equipe olím pica viajar
para Paris, H avens descobriu que sua esposa estava grávida. Era um a
notícia m aravilhosa, m as o atleta im ediatam ente viu-se diante de um a
decisão transform adora de vida. O bebê de H avens era esperado ju sta
m ente para o período das duas sem anas em que B ill deveria estar em
Paris participando do tão esperado evento olím pico. D epois de consul
tar fam iliares e am igos, os quais o encorajaram a ir a Paris, B ill con
cluiu que no m elhor interesse de sua esposa e futuro filho deveria ele
perm anecer em casa. Em l 2 de agosto de 1924, Frank Havens nasceu,
tendo um pai orgulhoso a seu lado.
Pelos anos que se seguiram, Bill Havens ficou ponderando sobre sua
decisão, especulando se tinha sido a correta. Afinal de contas, o sonho de
sua vida de subir ao topo do pódio nos Jogos O lím picos nunca se reali
zou. Levaria quase trinta anos para que Havens soubesse que tinha feito a
m elhor escolha. U m telegram a de Helsinque, Finlândia, em 1952, o con
firmou: “Querido Papai, obrigado por ficar por perto esperando pelo meu
nascim ento em 1924. Estou voltando para casa com a m edalha de ouro
que o senhor deveria ter ganhado. Seu Filho que te ama, Frank”. Frank
Havens havia acabado de ganhar a m edalha de ouro na m odalidade de
canoagem individual dos dez m il m etros.6
Que com ovente exem plo de bênção diferida! A história de Bill Havens
é Eclesiastes 11.1 trazido para os tem pos m odernos: “Lança o teu pão
sobre as águas, porque, depois de m uitos dias, o acharás”.
35. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
Lem bre-se de que m uitos olharão para o seu exem plo pastoral em bus
ca de forças para seguir a Deus em suas próprias vidas devocionais. Sem-
rre estim arei as m em órias de pessoas im portantes, com o pais e pastores
veteranos, que foram m eus m entores no m inistério, pessoas sem pre fiéis
em buscar a D eus a cada dia. N o início do m eu pastorado, um dos sons
anim adores que ouvia, quando chegava à igreja de m anhã, era o m urm ú
rio da voz do m eu pastor clam ando a D eus em oração. É um som que me
inspirava, o qual tão cedo não esquecerei.
O tem po que passam os em devoção ao Senhor e à sua Palavra torna-se
o tram polim do qual iniciativas espirituais são lançadas em nosso m inis
tério e vida pessoal. U m pouco hoje. U m pouco am anhã. Com o o cervo
bram a pelas correntes das águas, assim nossas alm as anseiam pelo Único
que nos pode m atar a sede!
fl Vida Conjugal do Pastor
Raymond T. Brock
M
étodo básico de apresentar o Evangelho de Jesus Cristo ao m undo
é através da vida conjugal do pastor. Paulo nos diz, em Efésios
5.32, que o casam ento cristão foi projetado por D eus para revelar
ao m undo o m istério do relacionam ento entre Cristo e a Igreja. N enhum
relacionam ento conjugal na congregação é m ais im portante que o do pas
tor em com unicar essa m ensagem — não apenas aos crentes, m as aos
descrentes tam bém . Em fins de 1994, havia 31.300 m inistros credencia
dos das A ssem bléias de D eus nos Estados U nidos. D esse núm ero, 84,8
por cento eram hom ens, e 15,2 por cento, m ulheres. Pastores veteranos e
m em bros credenciados do corpo de assistentes da igreja eram responsá
veis por 53,2 por cento das designações m inisteriais. D esses m inistros
credenciados, 89,2 por cento eram casados, 5,9 por cento com punham -se
de solteiros (sem nunca haverem casado), 4,1 por cento constituíam -se de
viúvos e 0,9 por cento eram divorciados sem se casarem outra vez. Por
essa época, havia 11.144 pastores e 341 pastoras veteranos.1
Criado para Relacionamentos
Salomão descobriu um a verdade que é tão real hoje quanto era há três
mil anos: “O que acha um a m ulher acha um a coisa boa e alcançou a bene
volência do Senhor” (Pv 18.22). Além disso, enfatizou a im portância da
m onogam ia no casam ento (Pv 5.18-23; Ec 9.9), e Davi exaltou a alegria de
ter filhos que são o produto do am or conjugal (SI 127.5). A Bíblia com eça
nos dizendo que Deus em afinidade — Pai, Filho e Espírito Santo — criou
36. 36 O PASTOR PENTECOSTAL
o hom em e a m ulher para um a vida de relacionamentos mútuos e com Ele
(Gn 1.26,27). Am bos refletiam a glória de Deus. O hom em foi criado pri
meiro (Gn 2.7), seguido pela mulher, que foi tirada do hom em (Gn 2.21-
23). A mulher foi criada, porque Deus declarou: “Não é bom que o homem
esteja só; far-lhe-ei um a adjutora que esteja com o diante dele [ou seja, um a
auxiliadora para satisfazer-lhe as necessidades]” (Gn 2.18).
M as que necessidade tinha Adão e com a qual não podia lidar no utó
pico Éden com seu ecossistem a perfeitam ente equilibrado e a atm osfera
livre de substâncias tóxicas? Solidão! Solidão foi a prim eira em oção que
Adão teve e com a qual não podia lidar. Isso não significa que todas as
pessoas devam se casar, m as realm ente incentiva o ca
sam ento, sobretudo para pastores. Os solteiros tam bém
têm um a vida de relacionam entos com amigos e m em
bros da fam ília, o que adorna suas vidas.
A inda que no frescor do dia D eus viesse conversar
com A dão, este precisava de alguém com o ele m esm o
— outro ser hum ano — , com quem pudesse se
car durante o dia. A m ulher não foi criada para ser objeto
sexual. Antes, foi criada para ser ouvinte incentivadora
e com unicadora dinâm ica. Era tão fundam ental esse re
lacionam ento, que o casal recentem ente form ado foi
instruído a ensinar seus filhos a deixar pai e m ãe e a
apegar-se aos seus respectivos cônjuges (Gn 2.24). Esse
m andam ento é tão im portante, que é repetido nos evangelhos (M t 19.5;
M c 10.7) e nas epístolas (Ef 5.31). E interessante observar que o relacio
nam ento conjugal desde o seu início era transparente. A dão e Eva nada
tinham a esconder (Gênesis 2.25) até que tiraram D eus de suas vidas e
concentraram -se na voz de Satanás (Gn 3.1-10). O nosso relacionam ento
com o seres hum anos e com Deus é tridim ensional. Jesus enfatizou isto
em todos os quatro evangelhos, dando a m ais com pleta descrição em
M arcos 12.30,31: “Am arás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu cora
ção, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendim ento, e de todas as tuas
forças; este é o prim eiro m andam ento. E o segundo, sem elhante a este, é:
Am arás o teu próxim o com o a ti mesm o. N ão há outro m andam ento m ai
or do que estes” .
Ame a Deus
A m ar a Deus, segundo a recom endação de Cristo, envolve a pessoa
inteira. Em toda a literatura não há descrição m ais com pleta da personali
dade hum ana do que nesse m andam ento. O texto que Jesus estava citando
(Dt 6.5) não tem a palavra “entendim ento”. O Antigo Testam ento usou o
term o “coração” para incluir todas as habilidades cognitivas, porque a
língua hebraica encara o hom em como um a entidade completa, um nephesh
(“alm a vivente”).
Entre M oisés e Jesus surgiram os filósofos gregos, que alteraram o
pensam ento do m undo ocidental da inteireza para as dicotom ias. Os gre
gos não podiam conceber que todas as funções cognitivas pudessem ser
explicadas por um a única palavra, “coração”, por isso criaram o vocábulo
íí
0relacionamento
conjugal do
pastorapresentao
Evangelhoaomundo
________________ 95
37. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
entendim ento” (ou “m ente”) com o o lado verboso do conceito de cora
ção. U sando term os contem porâneos, os gregos viam o coração com o a
entrada de dados e o entendim ento com o a saída de dados no processo do
pensam ento. Jesus não estava alterando as palavras de M oisés. Estava
-nenas explicando o m aior m andam ento em term os coloquiais. Paulo fez
: m esm o em Filipenses 4.7. Segundo o em prego de Jesus, o coração en
volve o dom ínio cognitivo, o que abarca a inteligência, o conhecim ento, a
aprendizagem e a m em ória (SI 119.11,105). A alm a diz respeito ao dom í
nio afetivo, o que inclui em oções e sentim entos (SI 25.1; 40.8). O enten
dim ento tam bém envolve o dom ínio cognitivo, mas tem m ais a ver com a
sabedoria e a aplicação do conhecim ento (Tg 4.17). As forças referem -se
ao dom ínio psicom otor e ao com portam ento e ações (Ec 9.10).
Ame a Si Mesmo
N ão se trata de am or narcisista ou do excessivo am or a si mesm o,
com o alguns ensinam , m as de um a aceitação genuína de si m esm o com o
criatura de Deus. A única m aneira de am arm os adequadam ente o próxi
mo é perm itir que o am or de Deus nos m ostre quem som os em Cristo
Jesus e deixar que seu am or flua através de nós para o próxim o.
Ame o Seu Próximo
No casam ento, nosso próxim o m ais chegado é o cônjuge. D epois de
nosso relacionam ento pessoal com Deus, nosso cônjuge deve receber a
prioridade m áxim a de nossas vidas. Então vêm os filhos, seguidos pelos
outros fam iliares. N osso am or pela igreja e pela com unidade propaga-se
do centro de nosso am or a Deus. A ssim com o as ondas alastram -se em
círculos concêntricos a partir do ponto onde um seixo atingiu o lago, tam
bém o nosso am or pela criação de D eus se expande. Deus nunca preten
deu que nosso trabalho na igreja viesse antes do nosso andar com Ele, o
que inclui o nosso am or a D eus, assim com o o am or ao nosso cônjuge e
família.
Planejando o Casamento
É de vital im portância que aquele que se sente cham ado para o m inis
tério cristão — pastor, evangelista, m issionário ou serviço especializado
— seja extrem am ente cuidadoso em escolher o cônjuge. Nos nam oros, o
provável pastor deve ser cuidadoso em m arcar encontros som ente com
cristãs que não só sejam nascidas de novo e cheias do Espírito Santo, mas
que tam bém tenham entregue a vida para servir a Jesus onde quer que Ele
m ande. Tam bém é im portante que estejam dispostas a servir tanto em seu
próprio país com o no estrangeiro, dependendo da liderança do Espírito
Santo para o casal.2
O m inistério pastoral com eça com um a cham ada pessoal para o m i
nistério e requer preparação para o serviço cristão. H á m eio século, um a
educação form al não era tão im portante com o o é hoje. Em princípios
do século X X , m uitos am ericanos foram cham ados da fazenda ou da
fábrica para o m inistério de tem po integral. À noite, estudavam a B íblia
38. O PASTOR PENTECOSTAL
e, durante o dia, trabalhavam . Preparavam serm ões ajoelhados à luz de
lam parinas à querosene e dependiam da unção do Espírito Santo para
inspirá-los quando entregavam a Palavra de D eus extem poraneam ente.
N a m etade do século, as exigências ao m inistério m udaram drastica
m ente. As congregações ficaram m ais sofisticadas e passaram a reque
rer m ais de seus pastores. Pregar sem ter feito anotações já não era m ais
aceitável. Fazer serm ões seguindo tem as da B íblia de R eferência
Thompson não era mais tolerado. Evidências de um com pleto conheci
mento bíblico e treinam ento teológico eram esperadas e, em alguns ca
sos, exigidas (2 Tm 2.15; 3.15-17). Educadores de visão das Assem bléias
de D eus nos Estados U nidos perceberam o surgim ento dessa tendência
e. pela década de 1920, passaram a oferecer estudos bíblicos em suas
igrejas. Isso se expandiu, tornando-se em institutos bíblicos, faculdades
e universidades bíblicas, os quais hoje são a base dos program as de se
m inário na preparação de m inistros para um am plo escopo dos m inisté
rios cristãos.
No preparo para o m inistério, a atenção deve ser apropriadam ente dis
pensada na escolha de quem será o am ado (ou amada) para o resto da
vida. M as o casal deve considerar a tensão que o casar logo pode gerar na
fam ília e no program a educacional. Havendo estado envolvido por mais
de quarenta anos na educação cristã de nível superior nas Assem bléias de
Deus, estou convencido de que aqueles que se casam antes de se formar
adicionam carga extra ao casam ento. A queles que têm fam ília antes de
poder dedicar tem po suficiente para form ar laços com os filhos e criá-los,
estão querendo abarcar o m undo com as pernas para poder ser pais ou
mães eficientes. Em m inha opinião, fazer com que o casam ento coincida
com a form atura, seguido im ediatam ente pela m udança a um a nova atri
buição m inisterial, é extrem am ente arriscado. Isso aum enta os elem entos
estressantes a proporções extremas, pois cada um desses eventos é um
gerador de estresse significativo. Prim eiro a form atura, depois o casa
m ento ou a m udança ao prim eiro cargo m inisterial, sem im portar a ordem
destes dois últim os, mas ambos não devem ocorrer dentro do m esm o pe
ríodo de seis meses.
M odeiando o Casamento para a Congregação
Há m uitas m aneiras de m inistrar a um a congregação e com unidade.
Nenhum a, entretanto, é m ais eficaz do que o relacionam ento conjugal do
pastor, o qual exem plifica ao m undo o relacionam ento m ístico entre Cris
to e a Igreja (Ef 5.29-33). Paulo apresenta a ordem divina dos relaciona
mentos no casam ento cristão. Em Efésios 5.21, é ordenado ao m arido e à
m ulher que sejam m utuam ente subm issos um ao outro. No restante do
capítulo, o esposo é exortado a devotar am or à sua esposa, e ela deve
subm eter-se voluntariam ente ao seu amor.
O m arido cristão (pastor ou leigo) deve am ar sua esposa tanto quanto
Cristo am ou a Igreja, oferecendo-lhe sua últim a gota de sangue e a últim a
explosão de energia, se necessário. Ele deve dar a ela todos os privilégios
(m ateriais e tem porais) que tom a para si (Ef 5.23-29). O vocábulo grego
traduzido por “am or” nesses versículos é agape, o qual é definido por
39. Donald M. Joy como “ ‘afeição dirigida', na qual a pessoa deliberadamente
escolhe a quem amar. Essa é a razão de som ente agape poder ser ordena
do. Todos os outros tipos de amor, eros, philia e storge, são espontâneos e
situados dentro do contexto de relacionam entos específicos”.3Com o “ca
beça da [sua] m ulher” (Ef 5.23), qual a função do m arido cristão? Na
anatom ia hum ana, a cabeça executa quatro funções: sensação, percepção,
cognição e com unicação.
Sensação é a prim eira função da liderança. No casam ento, o esposo
tem de ser sensível às necessidades do “corpo” (es
posa e filhos), o que significa que eles devem m antê-
lo inform ado do que ocorre na família. Isso significa
que não deve haver conspiração de silêncio ou
conluios entre m ãe e filhos para guardarem segredos
do esposo/pai.
A percepção envolve com preender as sensações
recebidas pelo corpo e colocá-las na perspectiva
correta. As inform ações de experiências passadas,
as circunstâncias atuais e os resultados possíveis no
futuro são postos em foco. Então, o m arido tem as
inform ações de que precisa para tom ar um a decisão.
Cognição é o processo de tom ar um a decisão para
o benefício da fam ília. O esposo não tom a decisões
para seu conforto ou conveniência. Suas decisões são tom adas para o be
nefício da esposa e família.
A comunicação com pleta o ciclo. Havendo reagido às sensações e per
cepções necessárias para a cognição, o esposo então com unica à esposa e
filhos o que ele acredita que seja mais apropriado para a família. Para tal,
tom a a iniciativa de com unicar aos mem bros da fam ília e dar-lhes as infor
mações e encorajamento necessários para desfrutarem do benefício de um
casamento e de um a família centralizados em Cristo. Assim, o esposo é
adequadam ente o cabeça da casa, como Cristo é o Cabeça da Igreja.
Do exem plo de Jesus, sabem os que Ele era sensível às necessidades da
hum anidade perdida. Ele sabia ou percebia que estávam os perdidos e a
cam inho do inferno. Assim , um a decisão (cognição) foi feita no céu: Deus
não apenas am ou tanto o mundo, com o deu seu único Filho, e Jesus nos
am ou tanto que veio e deu sua vida para a nossa salvação (Jo 3.16,17). A
cruz perm anece com o o sím bolo dessa com unicação do am or de D eus e
de seu Filho por nós. E esse conhecim ento que faz a liderança do esposo
no lar ganhar não só sentido prático, m as tam bém espiritual.
D onald Joy fala sobre a liderança do esposo no casam ento cristão:
A palavra kephale, que foi traduzida por “cabeça”, tem o significado
primário de “fonte da vida, ou da força, ou da origem”. Assim, em
Colossenses 1.18, Cristo “é a cabeça do corpo da igreja”. Em Colossenses
2.19, Cristo é a fonte da vida, que sustenta a Igreja. Em Efésios 4.15,
devemos crescer “em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Paulo esclare
ce a situação; nem o homem nem a mulher são independentes um do
outro. Por um lado, Eva é formada de Adão, e, por outro, Adão nasce de
Eva. E tudo vem (é proveniente) de Deus (1 Co 11.11,12).4
4
UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR 3 9
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_________________________ H
40. O PASTOR PENTECOSTAL
A ssim com o o m arido, o cabeça no casam ento cristão, é o iniciador do
amor, tam bém a esposa deve subm eter-se ou reagir voluntária e esponta
neam ente com am or às iniciativas do seu esposo. Ela torna-se a recipiente
dos benefícios advindos da ordem dos relacionam entos estabelecida por
Deus. Essa subm issão não pode ser forçada, falsa ou passiva; tem de ser
voluntária, com o ao Senhor. Paulo conclui o assunto desta forma: “Vós,
cada um em particular am e a sua própria m ulher com o a si mesm o, e a
m ulher reverencie o m arido” (E f 5.33). É interessante assinalar que Deus
ordenou aos filhos obedecer aos pais e honrá-los. M as, onde os filhos
aprendem a honrar? Dos pais que são honráveis. E qual a prom essa aos
filhos que honram os pais? Vida longa!
W ayne W arner, editor da revista H eritage, fez um estudo sobre a
longevidade entre os m inistros das A ssem bléias de D eus nos Estados
Unidos. Ele descobriu que desde 24 de agosto de 1995, o núm ero de m i
nistros com noventa anos ou m ais totalizava 215, sendo que o m ais velho
tinha 104 anos. No período dos 15 anos anteriores a 1995, 16 m inistros
tinham cem anos de idade ou mais no m om ento da m orte.5 U m a vida
longa não poderia ser outra m aneira de o casal pastoral testem unhar ao
m undo sobre os benefícios de um casam ento bíblico?
Desenvolvendo Intimidade
A intimidade com eça nos primeiros encontros, desenvolve-se durante o
namoro, amadurece no noivado, mas só se completa depois do casamento.6
A intimidade geográfica inicia-se à m edida que o jovem casal consi
dera a influência que am bas as heranças geográficas têm em suas expec
tativas m atrim oniais. Os encontros perm item a análise dessas diferenças
e a consideração de que m udanças se fazem necessárias antes que os dois
“deixem ” e “apeguem -se” com o ordenado em Gênesis 2.24.
A intimidade recreativa é desenvolvida na proporção em que passa
tem pos, recreações e atividades nas horas vagas são exploradas. Quanto
mais os casais tiverem em com um em seus encontros, mais naturalidade
terão em desfrutar juntos de seu tem po vago nos anos subseqüentes.
A intimidade intelectual envolve a com binação de dois m undos m en
tais, em que o casal aprende a respeitar os dons intelectuais do outro e a
descobrir com o com partilhar de bons livros, literatura e poesia.
A intimidade estética é a habilidade em fazer parte do m undo da bele
za com sua sim etria e form ato, e perm ite ao casal com partilhar o m undo
da arte, da m úsica e da natureza.
A intimidade em ocional desenvolve-se quando o casal de nam orados
com partilha sentim entos em um nível profundo e desenvolve confiança.
Os dois aprendem a rir juntos, assim com o a com unicar honestam ente
quando estão tristes, com raiva ou desapontados.
A intimidade espiritual continua a progredir no nam oro, quando o jo
vem casal lê a Bíblia junto, ora junto, vai à igreja junto e envolve-se em
atividades do serviço cristão. Am bos devem estar com prom etidos com
Deus, com o a base organizacional do relacionam ento que têm, e com sua
Palavra para o estabelecim ento de suas prioridades, especialm ente em
situações de discordância.
41. UNIDADE 1: PRIORIDADES NA VIDA DO PASTOR
A intimidade financeira surge quando o casal de nam orados ou noivos
aprende a adiar a gratificação e a não com prar im pulsivam ente, responsa
bilizando-se pela m aneira com o o dinheiro é gasto. Os dois devem m anter
em m ira que estão trabalhando para Deus.
A intim idade de tarefas diz respeito a exam inar as forças e fraquezas
de cada um nas atividades pastorais. Isso tam bém abrange a divisão dos
serviços dom ésticos, de m odo que não se espera que a esposa esteja en
volvida em tem po integral na igreja e ainda tenha o encargo de cum prir
todas as responsabilidades dom ésticas e disciplinares em casa. O m arido
deve assum ir sua parte justa nas tarefas dom ésticas.
A intim idade de compromisso origina-se no com partilham ento de va
lores e no fazer um com prom isso m útuo diante de Deus: m anter a com u
nicação aberta em todas as dim ensões do casam ento, sobretudo em tem
pos de crise.
A intim idade física am adurece no casam ento à m edida que o casal se
torna “um a carne” (Gn 2.23,24). Cada cônjuge alcança a form a m ais pura
de intim idade quando corpo, alm a e espírito são unidos no intercurso se
xual na presença de D eus (Gn 2.24; 1 Co 6.17; Hb 13.4). N essa altura,
ambos são capazes de com unicar seu am or de um a m aneira que palavras
não podem expressar. O sexo no casam ento é com o o obbligato em um a
sinfonia — não a m elodia ou a harm onia, mas som ente as notas da graça
que em belezam a com posição.7
Prevenindo Casos Extraconjugais
Nas décadas finais do século XX, relações am orosas extram atrim oniais
envolvendo m inistros aum entaram precipitosam ente. Com o conselheiro,
tenho observado diversas causas principais de infidelidade sexual no meio
pastoral. A rapidez com que o casal pastoral encontra justificativas a seus
atos pode servir m uitíssim o bem para evitar casos extraconjugais.8
C a u sa s d e In f id e l id a d e M a t r im o n ia l
Invulnerabilidade. Certo pastor colocou: “Com ecei a sentir que eu era
um a exceção, que aquilo que censurava nos outros poderia justificar para
m im ”. O utra versão dessa desculpa: “Passei a acreditar que m inha con
gregação tinha a idéia de que eu era um a pessoa que nunca errava” .
Credulidade. D avid A ugsburger relata a confissão de um pastor: “A
m ulher a quem eu aconselhava, disse-m e: ‘Se você realm ente se im por
tasse com igo, m e abraçaria’. Portanto, visto que o carinho é a essência do
cuidado pastoral, abraçam o-nos. Então, resolvem os que m uito m ais cari
nho fazia-se necessário para nós am bos”.9
Teologia capenga. Certo pastor confessou ter um caso com um a das
integrantes de sua igreja, explicando: “Depois que fazíam os amor, ambos
nos ajoelhávam os ao lado da cam a e pedíam os perdão a Deus. Sabíam os
que sua graça era suficiente para tom ar conta de nós até a próxim a vez
que voltássem os a ficar juntos”. Infelicidade no casam ento — outra des
culpa antiquíssim a: “Sou infeliz no casam ento; m inha m ulher não é boa
am ante. Visto que Deus é bom e quer m e ver feliz, concluí que deveria
encontrar outra pessoa”. Pesquisa feita pela revista Christianity Today