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Pós Graduado em Treinamento Desportivo
Pós Graduando em Nutrição Esportiva
Pós Graduando em Treinamento Físico
Os princípios biológicos do
treinamento são relatados a
muito tempo na literatura
especifica.
Para que ocorra uma adaptação no
organismo, é previa mente necessário
um estimulo que perturbe o seu estado
de equilíbrio dinâmico.
Diante dessa perturbação, o
organismo inicia uma serie de reações
que visam restabelecer o estado de
equilíbrio dinâmico (Teixeira e Guedes
Jr., 2009).
PRINCIPIO DA VARIABILIDADE
Estímulos de magnitude semelhantes, se
mantidos por longo período, passão a não
proporcionar adaptações continuas ao
organismo.
Além disso há o risco de reversão das
adaptações, caso o período de manutenção de
estímulos sejam extremamente prolongados. A
isso se da o nome de
continuidade/reversibilidade (Pereira e Souza
Jr., 2005).
PRINCIPIO DA
INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA
Todo ser é único e responde de forma
única a diferentes estímulos. Assim,
estímulos iguais podem proporcionar
adaptações diferentes em dois
organismos distintos (Pereira e Souza
Jr., 2005).
HIPERTROFIA MUSCULAR
Entende-se por hipertrofia
muscular o aumento da área de
secção transversa do músculo.
E um fenômeno decorrente da
exposição repetida do músculo a
um fator estressor.
TIPOS DE HIPERTROFIA
MUSCULAR
HIPERTROFIA MIOFIBRILAR
E o aumento do calibre da fibra
muscular, essa hipertrofia promove
a adaptação de uma fibra para
tornar-se mais forte e mais
calibrosa.
HIPERTROFIA
SARCOPLASMÁTICA
E o aumento do liquido que fica
dentro da célula chamado
Sarcoplasma, essa hipertrofia se
da pelo maior acumulo de liquido e
organelas dentro do sarcômero.
HIPERPLASIA
Hiperplasia é o aumento da quantidade
de fibras musculares.
TIPOS DE ESTRESSE
MUSCULAR
ESTRESSE
TENSIONAL/MECÂNICO
Está relacionado ao elevado nível de tensão
imposto ao músculo pelo um treinamento com
cargas externas elevadas.
Características:
Cargas elevadas: geralmente, maior que 60%
de RM (Repetição Máxima).
Poucas repetições: geralmente, menos que 8-
10 RMs.
Intervalos longos: geralmente, entre 1 a 3
minutos.
Ênfase nas ações excêntricas.
O estímulo à síntese proteica
miofibrilar através do estresse
tensional se dá, principalmente,
por dois fatores (Schoenfeld,
2010); Mecanotransdução e
Microlesões.
MECANOTRASDUÇÃO
Transformação de energia
mecânica (Contração Muscular)
em sinalizações químicas
MICROLESÕES
Lesões microscópicas localizadas
em estruturas celulares
(Sarcolema, Sarcômero).
ESTRESSE METABÓLICO
A utilização da glicose como fonte de
energia através do metabolismo anaeróbio
contribui para o aumento de metabólitos
no meio intracelular (Lactato, H+)
promovendo aumento da síntese proteica.
O acúmulo de metabólitos leva também ao
inchaço celular, fator que também
contribui para o aumento da taxa de
síntese proteica.
Características:
Cargas leves/moderadas: geralmente,
menores que 60% de 1RM.
Muitas repetições: geralmente, mais que
15RMs.
Intervalos curtos: geralmente, menores
que 1 minuto.
Ênfase nas ações concêntricas e
isométricas.
Além disso, os tempos prolongados de
contração muscular associados aos
pequenos intervalos entre as séries,
promovem um ambiente de isquemia e
hipóxia no musculo, aumentando a
produção de espécies reativas de
oxigênio e elevando a secreção de
hormônios atuantes no processo de
hipertrofia muscular.
METÓDOS AVANÇADOS DE
TREINAMENTO
O QUE SÃO ?
Entende-se por métodos de
treinamento a maneira pela qual se
combinas as variáveis agudas de
treinamento (exercícios, ordem, séries,
repetições, intervalos entre séries,
velocidade de execução, ações
musculares, afim de proporcionar
diferentes estímulos fisiológicos e
motivacionais.
MÉTODOS DE ENFASE
TENSIONAL
REPETIÇÕES NEGATIVAS
Objetivos: enfatizar a fase
excêntrica, no intuito de elevar
os níveis de tensão e,
consequentemente, a
incidência de Microlesões e a
Mecanotransdução.
Execução: o método é baseado na
utilização de cargas maiores que
1RM (Supramáximas), no intuito
de explorar os maiores níveis de
tensão observado nas ações
excêntricas; as cargas costumam
variar entre 105 e 125% de 1RM;
para mobilização da carga,
parceiros de treino auxiliam o
levantamento da mesma na fase
concêntrica e o praticante executa
a fase excêntrica sozinho,
frenando a mesma (controlando a
velocidade); a execução deve se
feita até a falha excêntrica.
Evidencias cientificas: Schoenfeld
(2011) cita que grande parte das
pesquisas que o treinamento
excêntrico proporciona maiores
ganhos em hipertrofia quando
comparado ao treinamento
concêntrico e isométrico.
Keogh et al.. (1999) comparou a
eficiência de alguns métodos sobre
variáveis agudas relacionadas a força
e a hipertrofia e concluiu que o
treinamento negativo pode ser
interessante para hipertrofia, pois
apresenta tempo sob tensão maior
que outros métodos.
Roig et al. (2009) conduziram
estudo de revisão com metanálise
comparando a eficácia entre
treinamento concêntrico e
excêntrico sobre o aumento de
massa muscular.
Os resultados sugerem que o
treinamento excêntrico com cargas
elevadas é mais eficiente que o
concêntrico em promover aumento
de perímetro e área de secção
transversa muscular.
CONSIDERAÇÕES
REPETIÇÕES FORÇADAS
Objetivo: prolongar o tempo
sobre tensão diante da
mobilização de cargas
elevadas, utilizando auxílio de
um parceiro de treino.
Execução: executa-se a serie do
exercício até a falha concêntrica e
a desse momento, realiza-se de 2
a 3 repetições adicionais com o
auxílio de um parceiro de treino
na fase concêntrica do
movimento,
Sendo que a fase excêntrica é
realizada sem auxílio; uma
possível variação deste
método consiste em continuar
com o auxílio do colega na
fase concêntrica até a falha
excêntrica.
Evidencias cientificas: Frois e
Gentil (2011) conduziram
estudo de revisão, no qual
incluíram 5 artigos originais
diretamente relacionado ao
método.
A conclusão dos autores foi que tal
método é eficiente em promover
aumento da secreção de
hormônios do crescimento (GH) e
testosterona, além de impor mais
estresse ao musculo que métodos
tradicionais, gerando mais
microlesões.
CONSIDERAÇÕES
PAUSA-DESCANSO
(rest-pause)
Objetivo: possibilitar o aumento
no volume de treinamento sob
condições de alta intensidade,
através de pequenos intervalos
de recuperação em meio a
série.
Execução: utilizando cargas elevadas,
realizar repetições até a falha
concêntrica; descansar por 5 a 10
segundos e retomar a série,
novamente até a falha concêntrica;
esse procedimento pode ser repetido
por 2 ou 3 vezes ou mesmo até a
impossibilidade de execução de mais
repetições.
Evidências cientificas: Marshall et
al. (2012) compararam os efeitos
de 3 métodos distintos no
exercício de agachamento sobre
ativação de músculos da coxa e
quadril, além de verificarem o nível
de fadiga após a execução.
Os métodos foram: tradicional com intervalos
longo de (5 séries de 4 repetições com 3
minutos de intervalo entre séries), tradicional
com intervalos curtos (5 séries de 4 repetições
com 20 segundos de intervalo entre séries), e
pausa-descanso (execução até a falha,
seguida de intervalo de 20 segundos e nova
execução até a falha, repetindo até chegar a
20 repetições). A carga utilizada nos 3
métodos foi de 80% de 1RM.
O método pausa-descanso
apresentou os maiores níveis de
ativação muscular dentre os
métodos, sem induzir maior fadiga
após a execução.
CONSIDERAÇÕES
MÉTODOS DE ENFASE
METABÓLICO
ISODINÂMICO
(oclusão vascular adaptada)
Objetivo: elevar o estresse
metabólico em treinamento com
baixas cargas, através da
realização de contração isométrica
máxima previa à execução da
série dinâmica.
Execução: sustentar por 15 a 20 segundos
uma contração voluntária isométrica máxima
no ponto de maior encurtamento (ou próximo
dele) do musculo a ser treinado (a isometria
não necessariamente precisa ser realizada
no mesmo exercício que será executado
posteriormente); imediatamente após a
isometria, iniciar a execução dinâmica do
movimento (para o mesmo grupo muscular)
até a falha concêntrica, utilizando cargas
leves a moderadas.
Evidencias científicas: Esse é um
métodos propostos como alternativa
ao Kaatsu Training, pois especula-se
que a isometria sustentada
previamente gera um estado de
isquemia e hipóxia para a realização
de repetições subsequente, sob essa
condição.
Gentil et al. (2006ª) compararam
os efeitos de diferentes métodos
de treinamento sobre respostas
agudas de lactado e
características de carga.
O método ISODINÂMICO apresentou
maior tempo sob tensão quando
comparado aos métodos tradicionais
(10RMs e 6RMs) e repetições forçadas,
além de maior carga total mobilizada do
que os tradicionais. Quanto ao lactado,
todos os métodos investigados
aumentaram significativamente os níveis
em relação ao repouso, sem diferença
estatística, entre eles.
Cabe ressaltar que, apesar de não ser
observada diferença estatística, os
níveis absolutos do lactado foram
maiores nos métodos ISODINÂMICO E
PICO DE CONTRAÇÃO em relação
aos demais.
Em outro estudo, Gentil et al. (2006b)
confirmaram uma maior magnitude de
estresse metabólico nos métodos
ISODINÂMICO e PICO DE CONTRAÇÃO,
observando níveis significativamente
maiores de lactado sanguíneo em relação
aos métodos de 10RMs e SUPERLENTO.
CONSIDERAÇÕES
PICO DE CONTRAÇÃO
(isometria funcional)
Objetivos: elevar o estresse
metabólico em treinamentos com
baixas cargas, através da
realização de contrações
isométricas em meio as repetições
dinâmicas da série.
Execução: utilizando cargas leves
a moderadas, executar a série
proposta, realizando ações
isométricas com duração de 2 a 3
segundos ao final de cada fase
concêntrica; levar a execução até
a falha concêntrica.
Evidências científicas: Gentil et al.
(2006a;b) compararam os efeitos de
diferentes métodos de treinamento sobre
respostas agudas de lactato e
características de carga.
O método PICO DE CONTRAÇÃO
apresentou resultados semelhantes ao
ISODINÂMICO, podendo ser uma opção
de substituição/variação.
Keogh et al. (1999) observaram que o
método PICO DE CONTRAÇÃO
proporcionou maior produção aguda
de força concêntrica e níveis
semelhantes de ativação muscular,
força excêntrica e tempo sob tensão
em relação ao método tradicional, no
exercício supino.
CONSIDERAÇÕES
SUPER SÉRIES
(supersets)
Objetivos: aumentar o tempo de
estímulo através da execução
sequencial de exercícios para o
mesmo grupo muscular, sem intervalo
entre eles; estimular fibras musculares
diferentes na mesma série, através da
execução de exercícios diferentes
para o mesmo grupo muscular.
Execução: executar 2 ou mais
exercícios para o mesmo grupo
muscular, de forma sequencial e
sem intervalo entre eles.
As super séries podem ser
classificadas como BI-SET (2
exercícios em sequencia), TRI-SET (3
exercícios) ou séries Gigante (4 ou
mais exercícios).
Evidências Científicas: Ceola e
Tumerelo (2008) investigaram os
efeitos da série gigante sobre
hipertrofia muscular aferida
através de perimétrica, após 4 e 8
semanas de treinamento,
comparando os resultados com o
método tradicional.
Os resultados revelaram que os
aumentos nos perímetros foram
mais evidenciados nas primeiras 4
semanas de treinamento no método
de séries gigante, porém, após 8
semanas, o método tradicional
obteve resultado superior.
Os autores concluíram que, para
aumentos rápidos na perimétria, o
método parece eficaz, porém se o
programa de treino exceder 4
semanas, o método perde eficiência
em relação ao tradicional.
Uchida et al. (2006) compararam os
efeitos dos métodos TRI-SET e
MÚLTIPLAS SÉRIES (tradicional)
sobre alterações estruturais e
hormonais após 8 semanas de
treinamento.
Os autores não observaram
alterações significativas sobre as
variáveis estruturais, porém
constataram que o método tri-set
impôs mais estresse ao organismo,
elevando, de forma aguda e
crônica,
os níveis séricos de cortisol e
diminuindo a relação
testosterona/cortisol.
Já o método tradicional
proporcionou ambiente hormonal
mais favorável ao anabolismo.
CONSIDERAÇÕES
G V T
GERMAN VOLUME TRAINING
Objetivos: elevar o estresse
metabólico em treinamentos com
cargas submáximas para 10RMs,
através da realização de diversas
séries com intervalo curto entre
elas.
Execução: utilizando uma carga que
permita realizar 10RMs sem falhar,
executar 10 séries com intervalos
de 15 a 30 segundos entre as
séries.
CONSIDERAÇÕES
MÉTODOS MISTOS
SÉRIES DESCENDENTES
(Drop-set)
Objetivos: aumentar o tempo sob
tensão e o trabalho total,
possibilitando a execução de mais
repetições em virtude da diminuição
das cargas em meio à séries;
explorar estresse tensional no inicio
da série e estresse metabólico, ao
final da série.
Execução: iniciar com cargas
elevadas, realizar repetições até a
falha concêntrica; diminuir a carga
(cerca de 10 a 20%) e, sem intervalo,
retomar novamente a execução até a
falha concêntrica; pode-se repetir o
processo 2 ou 3 vezes ou até atingir
o objetivo proposto.
Evidências científicas: Keogh et al
(1999) verificam que, no drop-set,
com a diminuição das cargas após
fadiga, é possível manter um bom
nível de ativação muscular por
períodos prolongados, o que torna o
método interessante para hipertrofia
muscular.
Gentil et al. (2006) compararam os
efeitos de diferentes métodos de
treinamento sobre respostas
agudas de lactato e características
de carga.
Os resultados revelaram que o drop-
set produziram maior tempo sob
tensão e sobrecarga total (volume total
de carga mobilizada) em relação aos
demais métodos estudados, sendo
portanto um método eficiente em
promover altos níveis de estresse
muscular e, supostamente, hipertrofia
subsequente.
CONSIDERAÇÕES
PIRÂMEDE CRESCENTE
Objetivo: preparar a musculatura
para suportar o aumento a
intensidade no decorrer da sessão de
treino, aumentando progressivamente
a carga em cada série; explorar
estresse metabólico no inicio do
exercício e estresse tensional, ao
final do exercício.
Execução: realizar a primeira série do
exercício com cargas leves/moderadas;
dar intervalo entre as séries e aumentar
progressivamente a carga em cada
série subsequente, diminuindo a
quantidade de repetições; não existe
regras para o aumento de carga, mas,
geralmente, aumenta-se a carga entre
10 e 20%.
Evidências científicas: De Salles et
al. (2008a) não observaram
diferenças significativas no número
de repetições entre os métodos
piramidal crescente e decrescente
com as mesmas configurações de
carga.
No referido estudo, as cargas
utilizadas foram de 70, 80 e 90% de
1RM no exercício de cadeira
extensora, sendo que os sujeitos
realizavam duas ordens de
execução distintas. Mais leve para a
mais pesada e vice-versa,
utilizando intervalos fixos de 3
minutos entre as séries.
Charro et al., 2012 realizou um
estudo comparando os efeitos de
marcadores agudos de dano
muscular. Os resultados não
revelaram diferença entre os
métodos piramidal crescente e o de
múltiplas séries.
Gentil (2011) alerta para que,
mesmo diante do aumento de
cargas, as repetições sejam
mantidas na zona recomendada
para hipertrofia, afim de não
desconfigurar o objetivo.
CONSIDERAÇÕES
PIRÂMEDE DECRESCENTE
Objetivos: aproveitar o estado de
descanso inicial para mobilizar
altas cargas, diminuindo as cargas
com a progressão das séries,
adequando-se à situação de
fadiga; explorar estresse
metabólico ao final do exercício.
Execução: executar a primeira série do
exercício com cargas elevadas; da
intervalo entre as séries e diminuir
progressivamente a carga em cada
série subsequente, aumentando a
quantidade de repetições; não existe
regra para a diminuição de carga, mas,
geralmente, diminui-se a carga entre
10 e 20%.
Evidências Científicas: Gentil (2011)
sugere que o aproveitamento da
pirâmide decrescente seja melhor em
relação à crescente, haja vista que
cargas maiores são mobilizadas nas
séries iniciais.
Com a instalação da fadiga, as cargas
são diminuídas e passa-se a enfatizar o
estresse metabólico.
CONSIDERAÇÕES
PRÉ-EXAUSTÃO
Objetivo: como nos exercícios
multiarticulares, vários grupos
musculares são solicitados, a
interrupção do exercício pode-se
dar em decorrência da fadiga de
músculos que não são
considerados principais no
exercício.
Execução: executar um exercício
uniarticular previamente à
execução de um exercício
multiarticular envolvendo o mesmo
grupo muscular.
Evidências Científicas: Augustison
et al. (2003), ao analisarem o nível
de ativação dos músculos reto
femoral, vasto lateral e glúteo
máximo em duas condições de
execução do exercício de
agachamento no hack: com pré-
exaustão e sem pré-exaustão.
Os autores observaram menores
níveis de ativação nos músculos do
quadríceps durante o exercício de
agachamento quando precedido pela
extensão de joelhos, sem diferença
significativa para glúteo máximo.
(Gentil et al., 2007) verificou os efeitos
da pré-exaustão sobre o padrão de
ativação dos músculos peitoral,
deltoide anterior e tríceps braquial em
duas ordens de execução distintas:
Peck Deck + Supino (Pré-exaustão)
VS Supino + Peck Deck (Pós-
exaustão).
Os autores verificam que na condição
de Pré-exaustão, apesar de não
mostrar alterações significativas, a
ativação do peitoral apresentou delta
de – 5,44% no supino, enquanto a
ativação do tríceps aumentou
significativamente em 33,67%, sem
diferença para o deltoide.
Simão et al. (2012) concluem a ideia
em um estudo de revisão sobre os
efeitos da ordem de execução dos
exercícios, afirmando que a pré-
exaustão não é uma técnica efetiva
quando se objetiva aumentar o
recrutamento neuromuscular dos
grandes grupos nos exercícios
considerados “PRINCIPAIS”.
CONSIDERAÇÕES
PÓS-EXAUSTÃO
(prioritário)
Objetivos: Proporcionar a
continuação do estímulo ao músculo
alvo (estresse metabólico), através
da execução de exercício uniarticular,
após a interrupção (por fadiga) do
exercício multiarticular (estresse
tensional).
Execução: executar um exercício
uniarticular após a execução de
um exercício multiarticular
envolvendo o mesmo grupo
muscular.
Evidências Científicas: Gentil et al.
(2007) observou que a realização prévia
do supino (antes do Peck Deck)
possibilitou a execução de mais
repetições no exercício em relação à
ordem inversa. Considerando o supino
como um dos exercícios principais, o
método Pós-exaustão se torna mais
interessante que o inverso.
Além disso, os autores observaram
que a ativação do peitoral na execução
de Pós-exaustão tende a ser maior
quando comparado à condição Pré-
exaustão.
No entanto, Fisher et al. (2014)
conduziram estudo, com duração de
12 semanas, comparando os efeitos
de 3 intervenções distintas sobre força
e massa magra de sujeitos treinados:
Pré-exaustão sem intervalo entre os
exercícios, Pré-exaustão com intervalo
entre os exercícios e Pós-exaustão.
Os resultados revelaram que todos
os métodos foram eficientes em
aumentar os níveis de força, sem
diferença estatística entre eles.
Quanto à massa magra, nenhum dos
métodos promoveu alterações
significativas.
CONSIDERAÇÕES
SST
(Sarcoplasma Stimulating Training)
Objetivo: Induzir na mesma série
diferentes estímulos ao musculo
treinado (tensional e metabólico),
através da manipulação de cargas,
da velocidade de execução das
repetições e de ênfase nas fazer
do movimento.
Execução: executar de 8 a 12RMs
chegando a falha concêntrica,
descansar de 10 a 20 segundos,
retomar a realização das repetições
até a falha concêntrica, da novamente
o descanso e seguir novamente com
as repetições até a falha concêntrica;
Na sequencia, sem mais
descansos, retira-se uma pequena
parte da carga e continua a
executar as repetições fazendo a
fase excêntrica lentamente (4 a 5
segundos) e a fase concêntrica o
mais rapidamente possível,
ao falhar retira-se mais uma
pequena parte da carga e continua
o exercício de forma contraria a
anterior, então ao falhar retira-se
mais uma pequena parte do peso e
mantem-se em isometria até a
falha.
CONSIDERAÇÕES
MÉTODO INDETERMINADO
CIRCUITO
Objetivo: Aumentar o gasto
calórico, aumentar a participação
do componente cardiorrespiratório
e otimizar o tempo de sessão de
treinamento.
Execução: Selecionar entre 6 e 10
exercícios (estações),
prioritariamente multiarticulares;
ordenar os exercícios de forma
alternada por seguimento, realizar
os exercícios sem ou com intervalo
entre eles,
inserir pequenos intervalo de
descanso no final de cada
passagem que corresponde a uma
série de cada exercício. Realizar
1,2,3 ou mais passagens de acordo
com o objetivo da sessão de
treinamento.
Pode-se estipular um numero fixo
de repetições para cada exercício,
adotar execução do exercício por
tempo determinado ou realizar o
exercício até a falha concêntrica.
Evidências Científicas: Wilmore et al.
(1978) mostraram bons resultados à
sua utilização. No referido estudo, os
autores conduziram um programa de
treinamento em forma de circuito, no
qual homens e mulheres foram
submetidos a 10 semanas de
intervenção.
O circuito continha 10 exercícios, nos
quais foram realizadas 3 passagens.
A carga utilizada variou entre 40-55%
de 1RM, sendo que era indicado que
realizasse o máximo de repetições
em 30 segundos, seguido de 15
segundos de intervalo entre os
exercícios.
Ao final do estudo, os autores
observam aumento significativo na
massa magra, aumento no
perímetro de braço flexionado e
diminuição no somatório de dobras
cutâneas, além de melhora na
força e condicionamento
cardiorrespiratório.
Vale enfatizar que a duração média
das sessões de treino foi de 22,5
minutos.
Alcaraz et al. (2011) verificaram que o
treinamento de circuito com cargas
compatíveis com a execução de
6RMs promoveu resultados
semelhantes sobre o aumento de
massa muscular de homens
treinados, em relação ao treinamento
convencional (múltiplas séries), porém
otimizando o tempo da sessão.
No que se refere ao gasto calórico
durante e logo após a sessão de
treino, Murphy e Schwaezkopf (1992)
observaram que o circuito promoveu
melhores resposta em relação ao
formato tradicional.
Em suma, quando comparado ao
método tradicional, De Salles e Simão
(2014) concluem a ideia, afirmando
que o método é interessante para
promover hipertrofia muscular em
magnitude semelhante, maximizar a
redução do percentual de gordura e
otimizar o tempo de treino.
CONSIDERAÇÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
MÉTODOS COM EFEITOS JÁ INVESTIGADOS
Efeitos Investigados Métodos
Agudos
Repetições Forçadas, Pausa-
descanso, Isodinâmico, Pico de
Contração, Agonista-antagonista,
Agonista-antagonista contralateral
Crônicos
Repetições negativas, Oclusão
vascular parcial, Super-séries,
Intervalos decrescentes, Séries
descendentes, Pré-exaustão, Pós-
exaustão, Pirâmides, Circuitos
Obrigado!

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Graduado em Educação Física ensina métodos avançados de treinamento

  • 1. Graduado em Educação Física Mestre em Artes Marciais Pós Graduado em Personal Trainer Pós Graduado em Treinamento Desportivo Pós Graduando em Nutrição Esportiva Pós Graduando em Treinamento Físico
  • 2.
  • 3.
  • 4. Os princípios biológicos do treinamento são relatados a muito tempo na literatura especifica.
  • 5.
  • 6. Para que ocorra uma adaptação no organismo, é previa mente necessário um estimulo que perturbe o seu estado de equilíbrio dinâmico. Diante dessa perturbação, o organismo inicia uma serie de reações que visam restabelecer o estado de equilíbrio dinâmico (Teixeira e Guedes Jr., 2009).
  • 8. Estímulos de magnitude semelhantes, se mantidos por longo período, passão a não proporcionar adaptações continuas ao organismo. Além disso há o risco de reversão das adaptações, caso o período de manutenção de estímulos sejam extremamente prolongados. A isso se da o nome de continuidade/reversibilidade (Pereira e Souza Jr., 2005).
  • 10. Todo ser é único e responde de forma única a diferentes estímulos. Assim, estímulos iguais podem proporcionar adaptações diferentes em dois organismos distintos (Pereira e Souza Jr., 2005).
  • 12. Entende-se por hipertrofia muscular o aumento da área de secção transversa do músculo. E um fenômeno decorrente da exposição repetida do músculo a um fator estressor.
  • 15. E o aumento do calibre da fibra muscular, essa hipertrofia promove a adaptação de uma fibra para tornar-se mais forte e mais calibrosa.
  • 17. E o aumento do liquido que fica dentro da célula chamado Sarcoplasma, essa hipertrofia se da pelo maior acumulo de liquido e organelas dentro do sarcômero.
  • 19. Hiperplasia é o aumento da quantidade de fibras musculares.
  • 22. Está relacionado ao elevado nível de tensão imposto ao músculo pelo um treinamento com cargas externas elevadas. Características: Cargas elevadas: geralmente, maior que 60% de RM (Repetição Máxima). Poucas repetições: geralmente, menos que 8- 10 RMs. Intervalos longos: geralmente, entre 1 a 3 minutos. Ênfase nas ações excêntricas.
  • 23. O estímulo à síntese proteica miofibrilar através do estresse tensional se dá, principalmente, por dois fatores (Schoenfeld, 2010); Mecanotransdução e Microlesões.
  • 24. MECANOTRASDUÇÃO Transformação de energia mecânica (Contração Muscular) em sinalizações químicas
  • 25. MICROLESÕES Lesões microscópicas localizadas em estruturas celulares (Sarcolema, Sarcômero).
  • 27. A utilização da glicose como fonte de energia através do metabolismo anaeróbio contribui para o aumento de metabólitos no meio intracelular (Lactato, H+) promovendo aumento da síntese proteica. O acúmulo de metabólitos leva também ao inchaço celular, fator que também contribui para o aumento da taxa de síntese proteica.
  • 28. Características: Cargas leves/moderadas: geralmente, menores que 60% de 1RM. Muitas repetições: geralmente, mais que 15RMs. Intervalos curtos: geralmente, menores que 1 minuto. Ênfase nas ações concêntricas e isométricas.
  • 29. Além disso, os tempos prolongados de contração muscular associados aos pequenos intervalos entre as séries, promovem um ambiente de isquemia e hipóxia no musculo, aumentando a produção de espécies reativas de oxigênio e elevando a secreção de hormônios atuantes no processo de hipertrofia muscular.
  • 32. Entende-se por métodos de treinamento a maneira pela qual se combinas as variáveis agudas de treinamento (exercícios, ordem, séries, repetições, intervalos entre séries, velocidade de execução, ações musculares, afim de proporcionar diferentes estímulos fisiológicos e motivacionais.
  • 35. Objetivos: enfatizar a fase excêntrica, no intuito de elevar os níveis de tensão e, consequentemente, a incidência de Microlesões e a Mecanotransdução.
  • 36. Execução: o método é baseado na utilização de cargas maiores que 1RM (Supramáximas), no intuito de explorar os maiores níveis de tensão observado nas ações excêntricas; as cargas costumam variar entre 105 e 125% de 1RM;
  • 37. para mobilização da carga, parceiros de treino auxiliam o levantamento da mesma na fase concêntrica e o praticante executa a fase excêntrica sozinho, frenando a mesma (controlando a velocidade); a execução deve se feita até a falha excêntrica.
  • 38. Evidencias cientificas: Schoenfeld (2011) cita que grande parte das pesquisas que o treinamento excêntrico proporciona maiores ganhos em hipertrofia quando comparado ao treinamento concêntrico e isométrico.
  • 39. Keogh et al.. (1999) comparou a eficiência de alguns métodos sobre variáveis agudas relacionadas a força e a hipertrofia e concluiu que o treinamento negativo pode ser interessante para hipertrofia, pois apresenta tempo sob tensão maior que outros métodos.
  • 40. Roig et al. (2009) conduziram estudo de revisão com metanálise comparando a eficácia entre treinamento concêntrico e excêntrico sobre o aumento de massa muscular.
  • 41. Os resultados sugerem que o treinamento excêntrico com cargas elevadas é mais eficiente que o concêntrico em promover aumento de perímetro e área de secção transversa muscular.
  • 44. Objetivo: prolongar o tempo sobre tensão diante da mobilização de cargas elevadas, utilizando auxílio de um parceiro de treino.
  • 45. Execução: executa-se a serie do exercício até a falha concêntrica e a desse momento, realiza-se de 2 a 3 repetições adicionais com o auxílio de um parceiro de treino na fase concêntrica do movimento,
  • 46. Sendo que a fase excêntrica é realizada sem auxílio; uma possível variação deste método consiste em continuar com o auxílio do colega na fase concêntrica até a falha excêntrica.
  • 47. Evidencias cientificas: Frois e Gentil (2011) conduziram estudo de revisão, no qual incluíram 5 artigos originais diretamente relacionado ao método.
  • 48. A conclusão dos autores foi que tal método é eficiente em promover aumento da secreção de hormônios do crescimento (GH) e testosterona, além de impor mais estresse ao musculo que métodos tradicionais, gerando mais microlesões.
  • 51. Objetivo: possibilitar o aumento no volume de treinamento sob condições de alta intensidade, através de pequenos intervalos de recuperação em meio a série.
  • 52. Execução: utilizando cargas elevadas, realizar repetições até a falha concêntrica; descansar por 5 a 10 segundos e retomar a série, novamente até a falha concêntrica; esse procedimento pode ser repetido por 2 ou 3 vezes ou mesmo até a impossibilidade de execução de mais repetições.
  • 53. Evidências cientificas: Marshall et al. (2012) compararam os efeitos de 3 métodos distintos no exercício de agachamento sobre ativação de músculos da coxa e quadril, além de verificarem o nível de fadiga após a execução.
  • 54. Os métodos foram: tradicional com intervalos longo de (5 séries de 4 repetições com 3 minutos de intervalo entre séries), tradicional com intervalos curtos (5 séries de 4 repetições com 20 segundos de intervalo entre séries), e pausa-descanso (execução até a falha, seguida de intervalo de 20 segundos e nova execução até a falha, repetindo até chegar a 20 repetições). A carga utilizada nos 3 métodos foi de 80% de 1RM.
  • 55. O método pausa-descanso apresentou os maiores níveis de ativação muscular dentre os métodos, sem induzir maior fadiga após a execução.
  • 59. Objetivo: elevar o estresse metabólico em treinamento com baixas cargas, através da realização de contração isométrica máxima previa à execução da série dinâmica.
  • 60. Execução: sustentar por 15 a 20 segundos uma contração voluntária isométrica máxima no ponto de maior encurtamento (ou próximo dele) do musculo a ser treinado (a isometria não necessariamente precisa ser realizada no mesmo exercício que será executado posteriormente); imediatamente após a isometria, iniciar a execução dinâmica do movimento (para o mesmo grupo muscular) até a falha concêntrica, utilizando cargas leves a moderadas.
  • 61. Evidencias científicas: Esse é um métodos propostos como alternativa ao Kaatsu Training, pois especula-se que a isometria sustentada previamente gera um estado de isquemia e hipóxia para a realização de repetições subsequente, sob essa condição.
  • 62. Gentil et al. (2006ª) compararam os efeitos de diferentes métodos de treinamento sobre respostas agudas de lactado e características de carga.
  • 63. O método ISODINÂMICO apresentou maior tempo sob tensão quando comparado aos métodos tradicionais (10RMs e 6RMs) e repetições forçadas, além de maior carga total mobilizada do que os tradicionais. Quanto ao lactado, todos os métodos investigados aumentaram significativamente os níveis em relação ao repouso, sem diferença estatística, entre eles.
  • 64. Cabe ressaltar que, apesar de não ser observada diferença estatística, os níveis absolutos do lactado foram maiores nos métodos ISODINÂMICO E PICO DE CONTRAÇÃO em relação aos demais.
  • 65. Em outro estudo, Gentil et al. (2006b) confirmaram uma maior magnitude de estresse metabólico nos métodos ISODINÂMICO e PICO DE CONTRAÇÃO, observando níveis significativamente maiores de lactado sanguíneo em relação aos métodos de 10RMs e SUPERLENTO.
  • 68. Objetivos: elevar o estresse metabólico em treinamentos com baixas cargas, através da realização de contrações isométricas em meio as repetições dinâmicas da série.
  • 69. Execução: utilizando cargas leves a moderadas, executar a série proposta, realizando ações isométricas com duração de 2 a 3 segundos ao final de cada fase concêntrica; levar a execução até a falha concêntrica.
  • 70. Evidências científicas: Gentil et al. (2006a;b) compararam os efeitos de diferentes métodos de treinamento sobre respostas agudas de lactato e características de carga. O método PICO DE CONTRAÇÃO apresentou resultados semelhantes ao ISODINÂMICO, podendo ser uma opção de substituição/variação.
  • 71. Keogh et al. (1999) observaram que o método PICO DE CONTRAÇÃO proporcionou maior produção aguda de força concêntrica e níveis semelhantes de ativação muscular, força excêntrica e tempo sob tensão em relação ao método tradicional, no exercício supino.
  • 74. Objetivos: aumentar o tempo de estímulo através da execução sequencial de exercícios para o mesmo grupo muscular, sem intervalo entre eles; estimular fibras musculares diferentes na mesma série, através da execução de exercícios diferentes para o mesmo grupo muscular.
  • 75. Execução: executar 2 ou mais exercícios para o mesmo grupo muscular, de forma sequencial e sem intervalo entre eles.
  • 76. As super séries podem ser classificadas como BI-SET (2 exercícios em sequencia), TRI-SET (3 exercícios) ou séries Gigante (4 ou mais exercícios).
  • 77. Evidências Científicas: Ceola e Tumerelo (2008) investigaram os efeitos da série gigante sobre hipertrofia muscular aferida através de perimétrica, após 4 e 8 semanas de treinamento, comparando os resultados com o método tradicional.
  • 78. Os resultados revelaram que os aumentos nos perímetros foram mais evidenciados nas primeiras 4 semanas de treinamento no método de séries gigante, porém, após 8 semanas, o método tradicional obteve resultado superior.
  • 79. Os autores concluíram que, para aumentos rápidos na perimétria, o método parece eficaz, porém se o programa de treino exceder 4 semanas, o método perde eficiência em relação ao tradicional.
  • 80. Uchida et al. (2006) compararam os efeitos dos métodos TRI-SET e MÚLTIPLAS SÉRIES (tradicional) sobre alterações estruturais e hormonais após 8 semanas de treinamento.
  • 81. Os autores não observaram alterações significativas sobre as variáveis estruturais, porém constataram que o método tri-set impôs mais estresse ao organismo, elevando, de forma aguda e crônica,
  • 82. os níveis séricos de cortisol e diminuindo a relação testosterona/cortisol. Já o método tradicional proporcionou ambiente hormonal mais favorável ao anabolismo.
  • 84. G V T GERMAN VOLUME TRAINING
  • 85. Objetivos: elevar o estresse metabólico em treinamentos com cargas submáximas para 10RMs, através da realização de diversas séries com intervalo curto entre elas.
  • 86. Execução: utilizando uma carga que permita realizar 10RMs sem falhar, executar 10 séries com intervalos de 15 a 30 segundos entre as séries.
  • 90. Objetivos: aumentar o tempo sob tensão e o trabalho total, possibilitando a execução de mais repetições em virtude da diminuição das cargas em meio à séries; explorar estresse tensional no inicio da série e estresse metabólico, ao final da série.
  • 91. Execução: iniciar com cargas elevadas, realizar repetições até a falha concêntrica; diminuir a carga (cerca de 10 a 20%) e, sem intervalo, retomar novamente a execução até a falha concêntrica; pode-se repetir o processo 2 ou 3 vezes ou até atingir o objetivo proposto.
  • 92. Evidências científicas: Keogh et al (1999) verificam que, no drop-set, com a diminuição das cargas após fadiga, é possível manter um bom nível de ativação muscular por períodos prolongados, o que torna o método interessante para hipertrofia muscular.
  • 93. Gentil et al. (2006) compararam os efeitos de diferentes métodos de treinamento sobre respostas agudas de lactato e características de carga.
  • 94. Os resultados revelaram que o drop- set produziram maior tempo sob tensão e sobrecarga total (volume total de carga mobilizada) em relação aos demais métodos estudados, sendo portanto um método eficiente em promover altos níveis de estresse muscular e, supostamente, hipertrofia subsequente.
  • 97. Objetivo: preparar a musculatura para suportar o aumento a intensidade no decorrer da sessão de treino, aumentando progressivamente a carga em cada série; explorar estresse metabólico no inicio do exercício e estresse tensional, ao final do exercício.
  • 98. Execução: realizar a primeira série do exercício com cargas leves/moderadas; dar intervalo entre as séries e aumentar progressivamente a carga em cada série subsequente, diminuindo a quantidade de repetições; não existe regras para o aumento de carga, mas, geralmente, aumenta-se a carga entre 10 e 20%.
  • 99. Evidências científicas: De Salles et al. (2008a) não observaram diferenças significativas no número de repetições entre os métodos piramidal crescente e decrescente com as mesmas configurações de carga.
  • 100. No referido estudo, as cargas utilizadas foram de 70, 80 e 90% de 1RM no exercício de cadeira extensora, sendo que os sujeitos realizavam duas ordens de execução distintas. Mais leve para a mais pesada e vice-versa, utilizando intervalos fixos de 3 minutos entre as séries.
  • 101. Charro et al., 2012 realizou um estudo comparando os efeitos de marcadores agudos de dano muscular. Os resultados não revelaram diferença entre os métodos piramidal crescente e o de múltiplas séries.
  • 102. Gentil (2011) alerta para que, mesmo diante do aumento de cargas, as repetições sejam mantidas na zona recomendada para hipertrofia, afim de não desconfigurar o objetivo.
  • 105. Objetivos: aproveitar o estado de descanso inicial para mobilizar altas cargas, diminuindo as cargas com a progressão das séries, adequando-se à situação de fadiga; explorar estresse metabólico ao final do exercício.
  • 106. Execução: executar a primeira série do exercício com cargas elevadas; da intervalo entre as séries e diminuir progressivamente a carga em cada série subsequente, aumentando a quantidade de repetições; não existe regra para a diminuição de carga, mas, geralmente, diminui-se a carga entre 10 e 20%.
  • 107. Evidências Científicas: Gentil (2011) sugere que o aproveitamento da pirâmide decrescente seja melhor em relação à crescente, haja vista que cargas maiores são mobilizadas nas séries iniciais. Com a instalação da fadiga, as cargas são diminuídas e passa-se a enfatizar o estresse metabólico.
  • 110. Objetivo: como nos exercícios multiarticulares, vários grupos musculares são solicitados, a interrupção do exercício pode-se dar em decorrência da fadiga de músculos que não são considerados principais no exercício.
  • 111. Execução: executar um exercício uniarticular previamente à execução de um exercício multiarticular envolvendo o mesmo grupo muscular.
  • 112. Evidências Científicas: Augustison et al. (2003), ao analisarem o nível de ativação dos músculos reto femoral, vasto lateral e glúteo máximo em duas condições de execução do exercício de agachamento no hack: com pré- exaustão e sem pré-exaustão.
  • 113. Os autores observaram menores níveis de ativação nos músculos do quadríceps durante o exercício de agachamento quando precedido pela extensão de joelhos, sem diferença significativa para glúteo máximo.
  • 114. (Gentil et al., 2007) verificou os efeitos da pré-exaustão sobre o padrão de ativação dos músculos peitoral, deltoide anterior e tríceps braquial em duas ordens de execução distintas: Peck Deck + Supino (Pré-exaustão) VS Supino + Peck Deck (Pós- exaustão).
  • 115. Os autores verificam que na condição de Pré-exaustão, apesar de não mostrar alterações significativas, a ativação do peitoral apresentou delta de – 5,44% no supino, enquanto a ativação do tríceps aumentou significativamente em 33,67%, sem diferença para o deltoide.
  • 116. Simão et al. (2012) concluem a ideia em um estudo de revisão sobre os efeitos da ordem de execução dos exercícios, afirmando que a pré- exaustão não é uma técnica efetiva quando se objetiva aumentar o recrutamento neuromuscular dos grandes grupos nos exercícios considerados “PRINCIPAIS”.
  • 119. Objetivos: Proporcionar a continuação do estímulo ao músculo alvo (estresse metabólico), através da execução de exercício uniarticular, após a interrupção (por fadiga) do exercício multiarticular (estresse tensional).
  • 120. Execução: executar um exercício uniarticular após a execução de um exercício multiarticular envolvendo o mesmo grupo muscular.
  • 121. Evidências Científicas: Gentil et al. (2007) observou que a realização prévia do supino (antes do Peck Deck) possibilitou a execução de mais repetições no exercício em relação à ordem inversa. Considerando o supino como um dos exercícios principais, o método Pós-exaustão se torna mais interessante que o inverso.
  • 122. Além disso, os autores observaram que a ativação do peitoral na execução de Pós-exaustão tende a ser maior quando comparado à condição Pré- exaustão.
  • 123. No entanto, Fisher et al. (2014) conduziram estudo, com duração de 12 semanas, comparando os efeitos de 3 intervenções distintas sobre força e massa magra de sujeitos treinados: Pré-exaustão sem intervalo entre os exercícios, Pré-exaustão com intervalo entre os exercícios e Pós-exaustão.
  • 124. Os resultados revelaram que todos os métodos foram eficientes em aumentar os níveis de força, sem diferença estatística entre eles. Quanto à massa magra, nenhum dos métodos promoveu alterações significativas.
  • 127. Objetivo: Induzir na mesma série diferentes estímulos ao musculo treinado (tensional e metabólico), através da manipulação de cargas, da velocidade de execução das repetições e de ênfase nas fazer do movimento.
  • 128. Execução: executar de 8 a 12RMs chegando a falha concêntrica, descansar de 10 a 20 segundos, retomar a realização das repetições até a falha concêntrica, da novamente o descanso e seguir novamente com as repetições até a falha concêntrica;
  • 129. Na sequencia, sem mais descansos, retira-se uma pequena parte da carga e continua a executar as repetições fazendo a fase excêntrica lentamente (4 a 5 segundos) e a fase concêntrica o mais rapidamente possível,
  • 130. ao falhar retira-se mais uma pequena parte da carga e continua o exercício de forma contraria a anterior, então ao falhar retira-se mais uma pequena parte do peso e mantem-se em isometria até a falha.
  • 134. Objetivo: Aumentar o gasto calórico, aumentar a participação do componente cardiorrespiratório e otimizar o tempo de sessão de treinamento.
  • 135. Execução: Selecionar entre 6 e 10 exercícios (estações), prioritariamente multiarticulares; ordenar os exercícios de forma alternada por seguimento, realizar os exercícios sem ou com intervalo entre eles,
  • 136. inserir pequenos intervalo de descanso no final de cada passagem que corresponde a uma série de cada exercício. Realizar 1,2,3 ou mais passagens de acordo com o objetivo da sessão de treinamento.
  • 137. Pode-se estipular um numero fixo de repetições para cada exercício, adotar execução do exercício por tempo determinado ou realizar o exercício até a falha concêntrica.
  • 138. Evidências Científicas: Wilmore et al. (1978) mostraram bons resultados à sua utilização. No referido estudo, os autores conduziram um programa de treinamento em forma de circuito, no qual homens e mulheres foram submetidos a 10 semanas de intervenção.
  • 139. O circuito continha 10 exercícios, nos quais foram realizadas 3 passagens. A carga utilizada variou entre 40-55% de 1RM, sendo que era indicado que realizasse o máximo de repetições em 30 segundos, seguido de 15 segundos de intervalo entre os exercícios.
  • 140. Ao final do estudo, os autores observam aumento significativo na massa magra, aumento no perímetro de braço flexionado e diminuição no somatório de dobras cutâneas, além de melhora na força e condicionamento cardiorrespiratório.
  • 141. Vale enfatizar que a duração média das sessões de treino foi de 22,5 minutos.
  • 142. Alcaraz et al. (2011) verificaram que o treinamento de circuito com cargas compatíveis com a execução de 6RMs promoveu resultados semelhantes sobre o aumento de massa muscular de homens treinados, em relação ao treinamento convencional (múltiplas séries), porém otimizando o tempo da sessão.
  • 143. No que se refere ao gasto calórico durante e logo após a sessão de treino, Murphy e Schwaezkopf (1992) observaram que o circuito promoveu melhores resposta em relação ao formato tradicional.
  • 144. Em suma, quando comparado ao método tradicional, De Salles e Simão (2014) concluem a ideia, afirmando que o método é interessante para promover hipertrofia muscular em magnitude semelhante, maximizar a redução do percentual de gordura e otimizar o tempo de treino.
  • 147. MÉTODOS COM EFEITOS JÁ INVESTIGADOS Efeitos Investigados Métodos Agudos Repetições Forçadas, Pausa- descanso, Isodinâmico, Pico de Contração, Agonista-antagonista, Agonista-antagonista contralateral Crônicos Repetições negativas, Oclusão vascular parcial, Super-séries, Intervalos decrescentes, Séries descendentes, Pré-exaustão, Pós- exaustão, Pirâmides, Circuitos
  • 148.