O poema descreve a evolução da percepção do autor sobre a ausência. Inicialmente, via a ausência como falta, mas agora entende que não há falta na ausência, que a ausência é estar consigo mesmo. A ausência assimilada não tira mais nada dele e ele pode rir e dançar.

2. Por muito
tempo achei
que a ausência
é falta.
E lastimava
ignorante,
a falta.

3. Hoje
não
a lastimo.
Não
há falta
na ausência.

4. A
ausência
é
um
estar
em
mim.

5. E sinto-
a, branca, tão
pegada, aconche
gada
nos meus
braços, que rio e
danço
e invento
exclamações
alegres,

6. porque
a ausência,
essa
ausência
assimilada, ningu
ém
a rouba mais
de mim.

7. FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan
mimabadan@yahoo.com.br
MÚSICA: Música suave
Execução: Eduardo Lages
(Repasse com os devidos créditos)
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