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História do Boxe
• Introdução
  Na antiguidade, antes mesmo das civilizações
  grega e romana, há indícios arqueológicos que
  indicam que o homem praticava lutas usando
  as mãos, desferindo golpes uns contra os
  outros. Os gregos e romanos também
  praticavam lutas deste tipo com objetivos
  esportivos (caso dos gregos) ou de simples
  diversão (caso dos romanos).
Crescimento
• Porém, o boxe só ganhou algumas regras, aproximando-se
  do que é hoje, no século XVII, no Reino Unido. Foi no ano
  de 1867, que o uso de luvas e o número de assaltos foram
  determinados como regras oficiais.
  Para tornar as lutas mais competitivas, as regras do boxe
  definiram categorias que variam de acordo com o peso do
  lutador (boxeador ou pugilista).
  As lutas profissionais possuem, no máximo 12 assaltos com
  3 minutos cada. Porém, em determinadas competições o
  número de assaltos pode ser menor. Nas Olimpíadas, por
  exemplo, são 3 rounds de 3 minutos cada.
• No final de cada assalto, os lutadores ganham
  pontos, que são atribuídos por cinco jurados
  da luta. Estes pontos, definidos por golpes e
  defesas, servem para definir o ganhador em
  caso da luta chegar até o fim. Quando um
  lutador consegue derrubar o adversário e este
  permanece por 10 segundos no chão ou não
  apresentar condições de continuidade na luta,
  ela termina por nocaute. Não são permitidos
  golpes baixos (na linha da cintura ou abaixo
  dela).
• Principais golpes de boxe: os principais golpes
  de boxe são: cruzado (aplicado na lateral da
  cabeça do adversário), jab (golpes
  preparatórios de baixo impacto e rápidos),
  direto (soco frontal) e upper (também
  conhecido como gancho, ocorre de baixo para
  cima atingindo o queixo).
boxe inglês no final do século XIX
Equipamentos Utilizados no Boxe
Dificuldades para a penetração do
          boxe no Brasil
Como decorrência da colonização portuguesa, até o início do sec.
XX, a prática desportiva era quase totalmente desconhecida no
Brasil. Os raros esportistas limitavam-se a membros das
comunidades de emigrantes alemães e italianos, no Rio Grande do
Sul e em São Paulo. Foi só com eles que foi introduzida, entre nós, a
idéia de competição esportiva entre dois homens ou entre equipes,
principalmente em modalidades como canoagem e natação.
. Essa situação durou até 1915, quando o gigante branco Jess Wilard
conseguiu afinal derrotar Johnson. A partir daí, gradativamente, os
filmes de boxe começaram a passar nos cinemas americanos.
Contudo, esses filmes ainda levaram alguns anos até chegarem ao
Brasil.
• Além dessa falta de tradição esportiva, outra característica
  desfavorecia a introdução do boxe no Brasil: até o início do
  século XX, o único tipo de luta que se conhecia aqui era a
  capoeira e, na época, capoeira era considerada coisa de
  marginal, de gente que brigava com a polícia. Esse
  preconceito era especialmente forte entre os membros da
  elite dirigente do país.
  Não menos importante é o fato de que, desde a metade do
  século XIX, o centro das atividades pugilísticas saira da
  Inglaterra e fora para os USA. Ora, até boa parte do século
  XX, o grosso das informações internacionais que chegavam
  ao Brasil vinham da Europa, principalmente da França. Não
  tinhamos interesse por acontecimentos ocorridos nos USA.
• Mesmo com a popularização de meios de comunicação
  mais modernos, no início do século XX, como é o caso
  do cinema, a penetração do boxe no Brasil continuou
  difícil. Nisso teve importante papel o fato de que, em
  1908, o boxeador negro Jack Johnson conquistou o
  cinturão de campeão mundial dos pesados e muito
  humilhou os brancos que passaram a desafiá-lo. Como
  o racismo era muito forte nos USA, os brancos
  conseguiram a proibição de se passar fitas ou
  noticiários com lutas de boxe nos cinemas americanos.
  Essa situação durou até 1915, quando o gigante branco
  Jess Wilard conseguiu afinal derrotar Johnson. A partir
  daí, gradativamente, os filmes de boxe começaram a
  passar nos cinemas americanos. Contudo, esses filmes
  ainda levaram alguns anos até chegarem ao Brasil.
Primeiros vestígios do boxe no Brasil
• As primeiras exibições de boxe em solo
  brasileiro ocorreram ainda no "reinado" do
  grande Jack Johnson, mais precisamente, lá
  por cerca de 1910. Consistiram de exibições
  feitas por marinheiros europeus, que tinham
  aportado em Santos e no Rio de Janeiro, e só
  reforçaram o preconceito que apontamos
  acima, uma vez que naquela época os
  marinheiros eram recrutados das classes mais
  humildes.
Em 1913: a primeira lição
• Em 1913, travou-se a mais antiga luta de boxe em território
  brasileiro que ficou documentada. Tratava-se apenas de uma luta
  de exibição - ou de desafio, não se tem certeza pois os testemunhos
  da época divergem nesse detalhe - em São Paulo, entre um
  pequeno ex-boxeador profissional que fazia parte de uma
  companhia de ópera francesa e o atleta Luis Sucupira, conhecido
  como o Apolo Brasileiro em razão de seu físico avantajado.
  Embora surrado, o nosso Apolo reconheceu que a técnica pode
  superar a força e tornou-se um grande entusiasta do boxe e seu
  primeiro grande divulgador. Dado seu prestígio - era médico e filho
  de conceituada família - seu apoio em muito contribuiu para
  atenuar o preconceito que já mencionamos.
O boxe é divulgado e legalizado no
                 Brasil
• A propaganda de Sucupira entusiasmou alguns jovens que eram membros
  do tradicional Club Canottiere Esperia ( o mais antigo clube de canoagem
  de São Paulo, fundado em 1899 e ainda hoje existente, sob a
  denominação Clube Esperia ). Esses jovens não tiveram grande dificuldade
  em incluir o boxe entre as atividades dessa associação, pois que a mesma
  já havia aceito vários outros esportes além da canoagem. Contudo, as
  atividades "boxísticas" no Esperia limitaram-se aos anos de 1914 e 1915, e
  não frutificaram.
   A real divulgação iniciou apenas em 1919, com Goes Neto, um marinheiro
   carioca que havia feito várias viagens à Europa, onde havia aprendido a
   boxear. Naquele ano de 1919, Goes Neto retornara ao Brasil e resolveu
   fazer várias exibições no Rio de Janeiro. Com as mesmas, um sobrinho do
   Presidente da República, Rodrigues Alves, se apaixonou pela nobre arte. O
   apoio de Rodrigues Alves facilitou a difusão do boxe: começaram a surgir
   academias e logo esse esporte ganhou a áurea da "legalidade", de esporte
   regulamentado, com a criação de "comissões municipais de boxe" em São
   Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Isso tudo, entre 1920 e 1921.
O fenômeno Maguila e o
           ressurgimento do boxe
• No início dos anos oitenta, pela primeira vez no Brasil, uma
  rede de TV ( a TV Bandeirantes ), por iniciativa de seu
  diretor de esportes ( Luciano do Valle, o qual também
  atuava como promotor de eventos esportivos, através de
  sua empresa, a Luque Propaganda, Promoções e
  Produções ), resolveu investir pesado no boxe,
  transformando-o em espetáculo de massa.
  Os primeiros boxeadores feitos pela TV brasileira, Francisco
  Thomás da Cruz ( peso super-pena ) e Rui Barbosa Bonfim
  ( meio-pesado ), tiveram relativo sucesso, mas foi só com
  Adislon "Maguila" Rodrigues que as transmissões de lutas
  de boxe pela TV alcançaram absoluta liderança de
  audiência.
• Maguila, com 1,86 metros e cerca de 100 Kg, foi um dos
  poucos pesos pesados brasileiros. Tinha grandes elementos
  para ser um ídolo: enorme carisma aliado à grande
  valentia, mobilidade e uma direita demolidora que lhe
  propiciou nada menos do que 78 nocautes em sua carreira
  de 87 lutas, a maioria das quais com lutadores europeus,
  sul-americanos e norte-americanos.
  Maguila estreiou como profissional em 1983, tendo Ralph
  Zumbano como técnico e Kaled Curi como empresário. Em
  1986, já no auge da fama, assinou contrato com a Luque e
  passou a treinar com Miguel de Oliveira que alterou
  profundamente seu estilo de luta e corrigiu seus defeitos
  de defesa. Como consequência, em 1989, chegou a ser o
  segundo colocado no ranking do CMB e em rota de colisão
  com Mike Tyson, na época, o undisputed champion do
  mundo.
• O grande momento, contudo, nunca ocorreu.
  Precisou enfrentar dois dos maiores pesados do
  século: Evander Holyfield e George Foreman.
  Perdeu essas duas lutas e isso lhe tirou não só a
  chance de disputar o título como o encaminhou
  para a obscuridade. Para piorar, Maguila
  aumentou muito de peso, perdendo a forma
  física. Apesar disso, em 1995, chegou a campeão
  mundial pela WBF ( Federação Mundial de Boxe ),
  uma associação que ainda não havia conseguido
  grande respeitabilidade. Com falta de patrocínio,
  pouco tempo depois, Maguila foi destituído do
  título por inatividade.
• No final dos anos noventa, surgiu uma nova
  promessa: Acelino de Freitas, o Popó.
  Patrocinado pela Rede Globo de televisão, Popó
  rapidamente chegou ao título de campeão
  mundial pela Organização Mundial de Boxe e, no
  início de 2002, sagrou-se campeão pela bem mais
  importante Associação Mundial de Boxe. Ainda é
  cedo para avaliarmos a posição que lhe reservará
  a História.
• Com o ocaso de Maguila, também veio o do boxe
  brasileiro que rapidamente perdeu o enorme
  espaço que havia tido na televisão.
Fim

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Apresentação boxe

  • 1. História do Boxe • Introdução Na antiguidade, antes mesmo das civilizações grega e romana, há indícios arqueológicos que indicam que o homem praticava lutas usando as mãos, desferindo golpes uns contra os outros. Os gregos e romanos também praticavam lutas deste tipo com objetivos esportivos (caso dos gregos) ou de simples diversão (caso dos romanos).
  • 2. Crescimento • Porém, o boxe só ganhou algumas regras, aproximando-se do que é hoje, no século XVII, no Reino Unido. Foi no ano de 1867, que o uso de luvas e o número de assaltos foram determinados como regras oficiais. Para tornar as lutas mais competitivas, as regras do boxe definiram categorias que variam de acordo com o peso do lutador (boxeador ou pugilista). As lutas profissionais possuem, no máximo 12 assaltos com 3 minutos cada. Porém, em determinadas competições o número de assaltos pode ser menor. Nas Olimpíadas, por exemplo, são 3 rounds de 3 minutos cada.
  • 3. • No final de cada assalto, os lutadores ganham pontos, que são atribuídos por cinco jurados da luta. Estes pontos, definidos por golpes e defesas, servem para definir o ganhador em caso da luta chegar até o fim. Quando um lutador consegue derrubar o adversário e este permanece por 10 segundos no chão ou não apresentar condições de continuidade na luta, ela termina por nocaute. Não são permitidos golpes baixos (na linha da cintura ou abaixo dela).
  • 4. • Principais golpes de boxe: os principais golpes de boxe são: cruzado (aplicado na lateral da cabeça do adversário), jab (golpes preparatórios de baixo impacto e rápidos), direto (soco frontal) e upper (também conhecido como gancho, ocorre de baixo para cima atingindo o queixo).
  • 5.
  • 6. boxe inglês no final do século XIX
  • 8.
  • 9. Dificuldades para a penetração do boxe no Brasil Como decorrência da colonização portuguesa, até o início do sec. XX, a prática desportiva era quase totalmente desconhecida no Brasil. Os raros esportistas limitavam-se a membros das comunidades de emigrantes alemães e italianos, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Foi só com eles que foi introduzida, entre nós, a idéia de competição esportiva entre dois homens ou entre equipes, principalmente em modalidades como canoagem e natação. . Essa situação durou até 1915, quando o gigante branco Jess Wilard conseguiu afinal derrotar Johnson. A partir daí, gradativamente, os filmes de boxe começaram a passar nos cinemas americanos. Contudo, esses filmes ainda levaram alguns anos até chegarem ao Brasil.
  • 10. • Além dessa falta de tradição esportiva, outra característica desfavorecia a introdução do boxe no Brasil: até o início do século XX, o único tipo de luta que se conhecia aqui era a capoeira e, na época, capoeira era considerada coisa de marginal, de gente que brigava com a polícia. Esse preconceito era especialmente forte entre os membros da elite dirigente do país. Não menos importante é o fato de que, desde a metade do século XIX, o centro das atividades pugilísticas saira da Inglaterra e fora para os USA. Ora, até boa parte do século XX, o grosso das informações internacionais que chegavam ao Brasil vinham da Europa, principalmente da França. Não tinhamos interesse por acontecimentos ocorridos nos USA.
  • 11. • Mesmo com a popularização de meios de comunicação mais modernos, no início do século XX, como é o caso do cinema, a penetração do boxe no Brasil continuou difícil. Nisso teve importante papel o fato de que, em 1908, o boxeador negro Jack Johnson conquistou o cinturão de campeão mundial dos pesados e muito humilhou os brancos que passaram a desafiá-lo. Como o racismo era muito forte nos USA, os brancos conseguiram a proibição de se passar fitas ou noticiários com lutas de boxe nos cinemas americanos. Essa situação durou até 1915, quando o gigante branco Jess Wilard conseguiu afinal derrotar Johnson. A partir daí, gradativamente, os filmes de boxe começaram a passar nos cinemas americanos. Contudo, esses filmes ainda levaram alguns anos até chegarem ao Brasil.
  • 12. Primeiros vestígios do boxe no Brasil • As primeiras exibições de boxe em solo brasileiro ocorreram ainda no "reinado" do grande Jack Johnson, mais precisamente, lá por cerca de 1910. Consistiram de exibições feitas por marinheiros europeus, que tinham aportado em Santos e no Rio de Janeiro, e só reforçaram o preconceito que apontamos acima, uma vez que naquela época os marinheiros eram recrutados das classes mais humildes.
  • 13. Em 1913: a primeira lição • Em 1913, travou-se a mais antiga luta de boxe em território brasileiro que ficou documentada. Tratava-se apenas de uma luta de exibição - ou de desafio, não se tem certeza pois os testemunhos da época divergem nesse detalhe - em São Paulo, entre um pequeno ex-boxeador profissional que fazia parte de uma companhia de ópera francesa e o atleta Luis Sucupira, conhecido como o Apolo Brasileiro em razão de seu físico avantajado. Embora surrado, o nosso Apolo reconheceu que a técnica pode superar a força e tornou-se um grande entusiasta do boxe e seu primeiro grande divulgador. Dado seu prestígio - era médico e filho de conceituada família - seu apoio em muito contribuiu para atenuar o preconceito que já mencionamos.
  • 14. O boxe é divulgado e legalizado no Brasil • A propaganda de Sucupira entusiasmou alguns jovens que eram membros do tradicional Club Canottiere Esperia ( o mais antigo clube de canoagem de São Paulo, fundado em 1899 e ainda hoje existente, sob a denominação Clube Esperia ). Esses jovens não tiveram grande dificuldade em incluir o boxe entre as atividades dessa associação, pois que a mesma já havia aceito vários outros esportes além da canoagem. Contudo, as atividades "boxísticas" no Esperia limitaram-se aos anos de 1914 e 1915, e não frutificaram. A real divulgação iniciou apenas em 1919, com Goes Neto, um marinheiro carioca que havia feito várias viagens à Europa, onde havia aprendido a boxear. Naquele ano de 1919, Goes Neto retornara ao Brasil e resolveu fazer várias exibições no Rio de Janeiro. Com as mesmas, um sobrinho do Presidente da República, Rodrigues Alves, se apaixonou pela nobre arte. O apoio de Rodrigues Alves facilitou a difusão do boxe: começaram a surgir academias e logo esse esporte ganhou a áurea da "legalidade", de esporte regulamentado, com a criação de "comissões municipais de boxe" em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Isso tudo, entre 1920 e 1921.
  • 15. O fenômeno Maguila e o ressurgimento do boxe • No início dos anos oitenta, pela primeira vez no Brasil, uma rede de TV ( a TV Bandeirantes ), por iniciativa de seu diretor de esportes ( Luciano do Valle, o qual também atuava como promotor de eventos esportivos, através de sua empresa, a Luque Propaganda, Promoções e Produções ), resolveu investir pesado no boxe, transformando-o em espetáculo de massa. Os primeiros boxeadores feitos pela TV brasileira, Francisco Thomás da Cruz ( peso super-pena ) e Rui Barbosa Bonfim ( meio-pesado ), tiveram relativo sucesso, mas foi só com Adislon "Maguila" Rodrigues que as transmissões de lutas de boxe pela TV alcançaram absoluta liderança de audiência.
  • 16. • Maguila, com 1,86 metros e cerca de 100 Kg, foi um dos poucos pesos pesados brasileiros. Tinha grandes elementos para ser um ídolo: enorme carisma aliado à grande valentia, mobilidade e uma direita demolidora que lhe propiciou nada menos do que 78 nocautes em sua carreira de 87 lutas, a maioria das quais com lutadores europeus, sul-americanos e norte-americanos. Maguila estreiou como profissional em 1983, tendo Ralph Zumbano como técnico e Kaled Curi como empresário. Em 1986, já no auge da fama, assinou contrato com a Luque e passou a treinar com Miguel de Oliveira que alterou profundamente seu estilo de luta e corrigiu seus defeitos de defesa. Como consequência, em 1989, chegou a ser o segundo colocado no ranking do CMB e em rota de colisão com Mike Tyson, na época, o undisputed champion do mundo.
  • 17. • O grande momento, contudo, nunca ocorreu. Precisou enfrentar dois dos maiores pesados do século: Evander Holyfield e George Foreman. Perdeu essas duas lutas e isso lhe tirou não só a chance de disputar o título como o encaminhou para a obscuridade. Para piorar, Maguila aumentou muito de peso, perdendo a forma física. Apesar disso, em 1995, chegou a campeão mundial pela WBF ( Federação Mundial de Boxe ), uma associação que ainda não havia conseguido grande respeitabilidade. Com falta de patrocínio, pouco tempo depois, Maguila foi destituído do título por inatividade.
  • 18. • No final dos anos noventa, surgiu uma nova promessa: Acelino de Freitas, o Popó. Patrocinado pela Rede Globo de televisão, Popó rapidamente chegou ao título de campeão mundial pela Organização Mundial de Boxe e, no início de 2002, sagrou-se campeão pela bem mais importante Associação Mundial de Boxe. Ainda é cedo para avaliarmos a posição que lhe reservará a História. • Com o ocaso de Maguila, também veio o do boxe brasileiro que rapidamente perdeu o enorme espaço que havia tido na televisão.
  • 19. Fim